sábado, 30 de maio de 2009

ORIXÁS

Orixás são divindades.

Fagulhas de um sagrado que mistura o entendimento humano, nossa capacidade de
entendimento de tais seres, com a força emanada por eles que nos dão sustento.
Principalmente nos piores momentos de nossas vidas.

Orixás são vida.

Uma chama tranqüila de vida que nos desperta para uma outra consciência, em que não existe bem nem mau, mas um significado para todos os nossos atos e ações.
Fazendo com que saibamos que eles estão lá, em um lugar qualquer, nos orientando, nos guiando, nos enriquecendo de sabedoria.
Porém, não são responsáveis pelos nossos erros, nossas escolhas ruins, nossos infortúnios, nossas quedas, nossa ignorância, pois Eles avisam, alertam, orientam ...
Mas é nossa a vida e são nossas as escolhas.

Orixás são caminhos.

Que deveríamos seguir, mas acabamos desviando, tentando atalhos, uma maneira melhor e mais rápida ... Daí voltamos, e eles estão lá nos esperando. Sempre de braços abertos, mesmo que nos sacudam e nos dêem broncas, estão lá, aguardando por nós.

Orixás são temperança.

Têm vontade própria, caráter, glória, perseverança, bondade, carisma ...
Todas as características humanas, pois somente assim poderíamos definí-los; somente assim, poderíamos descrevê-los; somente assim, eles poderiam se revelar diante de nós.
Como um espelho onde é refletida a nossa imagem, mas que tem sua própria têmpera e brilho, os quais não podemos ver com os nossos frágeis olhos, porém, sabemos que Eles estão alí, pois a força que vem do olhar do reflexo é algo a mais que não enxergamos, mas que podemos apenas sentir.
Vemos, mas não enxergamos, apenas sentimos.

Orixás são idealizações.
.

Onde eles se colocam tudo do que há bom, e onde não conseguimos alcançar esse bom.
Ao contrário, só sabemos pedir, arriar, oferecer, obrigações materiais, onde não vemos o retorno útil, pois somos egoístas demais, ignorantes demais, brutos demais e muitos não sentem o retorno daquilo que é oferecido e revertido em nossas vidas. A transmutação da matéria ofertada em energia geradora de uma construção interior que poucos ainda conseguem entender e utilizála em suas vidas.

Orixás são luta.

Luta pela vida, por viver, por continuar, por existir, pela família, pelos amigos, pela tribo, pela glória de ser humano ... Ser especial da criação, que luta desde o ventre e continua lutando, não se deixando subjulgar nem se derrotar pelo mau do sofrimento, do egoísmo, da ganância, do soberba, da exploração do homem pelo próprio homem.

Orixás são amor.

Amor de mães, de pais, de fraternidade, de dividir a comida, compartilhar as responsabilidades,
do ensinar as gerações futuras para que se possa preservar uma crença, os ritos, a doutrina, a fé.

Orixás são comunhão.

Entre Deus (Olorun ou Zamby) e os homens, nas pessoas das entidades. Dos pretos-velhos, dos caboclos, dos exus e pombogiras, dos boiadeiros, dos baianos, das crianças, dos marinheiros, dos ciganos, de tantos e tantos outros que se dispuseram a retornar para, munidos com a força de seus Orixás, orientar e guiar os homens no mundo da Terra, trocando o sofrimento pela alegria; a dor pelo alívio; a discriminação e o preconceito, pela liberdade e pelo respeito; a inveja pelo dividir e compartilhar; a ignorância pela consciência da humildade do conhecimento de ensinar e aprender ...

Orixás são a minha vida e sem eles eu não sou nada, eu não existo.

Etiene Sales – GhostMaster

ORIXÁS SÃO ESPÍRITOS ?

*ARASHÁ - ORIXÁS

ORIXÁS NÃO SÃO ESPÍRITOS !

ORIXÁS SÃO MUITO MAIS QUE ISSO, NUNCA FORAM E NÃO SERÃO ESPÍRITOS JAMAIS, E MUITO MENOS FORAM ENCARNADOS!!!

É VERDADE SIM !!!

ORIXÁS, meus irmãos, SÃO VIBRAÇÕES CÓSMICAS.

AS forças sutis que propiciam a manifestação da vida em todo o UNIVERSO, têm a influência dos ORIXÁS, como se fosse o própio hálito de DEUS.

Por isso se diz que a própria natureza manifesta na TERRA, por intermédio dos elementos do Fogo, da Água, da Terra e do Ar, é a concretização das vibrações dos ORIXÁS aos Homens, embora não seja em sí essas energias, mas emanadas deles, dos ORIXÁS.

É preciso comprender que existem vários planos vibratórios no Cosmos, e que DEUS, em sua benevolência e infinito amor, em todos se manifesta pelas vibrações próprias a cada dimensão.É como se os ORIXÁS fossem regentes ou senhores das energias em cada Universo dimensional manifestado, mas não as próprias energias.

Os ORIXÁS não se manifestam diretamente nos vários planos vibratórios do Cosmos, nem são um estado de consciência como alguns entendem.

Sendo a própria representação vibracional do Criador, espécie de outorga Divina, tem em sí as potencialidades daquele que a todos assiste, mas são imanifestos em suas manifestações.

Fazem-se presente energéticamente aos filhos, através das emanações nos Chacras, mas não são as energias em sí.

* ARASHÁ é um termo do antiquísimo alfabeto Adâmico, Vatânico,Devaganárico, desde os tempos da raça vermelha da Atlântida.
Mais recentemente, outros povos fonetizaram este termo, inclusive os Africanos, que traduzindo significaria "ORIXÁS".

Hoje, NA LINGUA PORTUGUESA "Arashá" quer dizer "O verbo de DEUS",
"A luz do senhor DEUS".

Texto extraido da obra de RAMATIS,
EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL (APOMETRIA e UMBANDA)

PROVAÇÃO E APRENDIZADO

Quando a dor nos bate à porta e enche de sombras nossa vida, costumamos chorar ou nos desesperar.
Abatidos, olhamos em torno e invejamos os felizes do mundo:
os que têm riquezas, os que aparentam não ter preocupações, os que têm saúde ou família perfeitas.

Nessas horas de provação, lamentamos e choramos.
Raras vezes aproveitamos a ocasião para meditar e retirar aprendizados.

Muitas vezes, aqui na Terra, as preocupações da vida material nos cegam.
Ficamos tão aflitos com o que haveremos de comer ou de beber que esquecemos de que temos Deus, um Pai amoroso que cuida de todos nós.

Acredite:
ninguém está esquecido por esse Pai amoroso e bom, que faz nascer o sol sobre bons e maus, que faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.

Muitas vezes nos perguntamos:
Por que isso aconteceu comigo?

A pergunta deveria ser diferente:
Para que isso aconteceu comigo?

Sim, toda e qualquer experiência - sofrida ou feliz - traz um aprendizado importante.
São momentos que vão enriquecer nossa alma.
Deus não brinca com as nossas vidas.
Se Ele permite que certas coisas aconteçam conosco é porque há um objetivo útil e importante para nós.

Faça uma retrospectiva: observe os momentos difíceis de sua existência.
Cada um deles trouxe algo de novo, um aprendizado especial.
Cada lágrima acrescentou sabedoria, experiência, um novo olhar sobre a vida.
A doença, por exemplo, nos ensina a valorizar a saúde, a cuidar melhor do corpo.
A pobreza nos revela a importância do trabalho e do esforço pessoal.
A família difícil nos oferece a lição da tolerância.
Enfim, as privações nos ensinam a ser mais sensíveis perante o sofrimento alheio.

Essas lições são interiorizadas:
nós as guardaremos para sempre.

Na verdade, as dificuldades são advertências que a vida nos apresenta, alertas sobre nossas atitudes perante o próximo.

Se algo ruim nos ocorre, vale a pena se perguntar:
o que posso aprender com isso?

Como posso melhorar a partir desse episódio?

Mas, atenção:
nada disso significa que devemos cultuar a dor.

Nada disso!
Bem sofrer não significa cultivar o sofrimento, ser conformista ou agravar as dores que sofremos.
Bem sofrer significa enfrentar as situações com fé e coragem, alimentar a esperança enfrentando as situações com serenidade.

Assim, busque soluções, lute por sua felicidade.
Mas faça tudo isso com tranqüilidade.
Quando desabarem sobre você as tempestades da vida, não se entregue à revolta destruidora.
Silencie, ore e procure descobrir o aprendizado oculto que a situação traz.

Acredite:
por mais amarga seja a experiência, os frutos desse aprendizado jamais se perderão e eles poderão nos tornar mais sábios e generosos.

Por isso, cada vez que as lágrimas visitarem seu rosto, erga os olhos para o céu e agradeça.
Nas suas orações, peça a Deus a força necessária para superar o momento difícil e a inspiração para encontrar soluções.
E Deus, que nos ama tanto, não deixará de atendê-lo na medida de suas necessidades espirituais.
Quando o momento difícil passar, você se sentirá bem melhor se não tiver de lembrar que se entregou ao desespero, que gritou e se debateu.

Em geral, a solução está bem próxima.
Se estivermos transtornados de medo ou desespero, será mais difícil resolver o problema.
Com calma, logo poderemos ver a luz no fim do túnel.

Mensagem do Momento Espírita
Por: Alexandre Morós

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CRIANÇAS CRISTAL

Por volta do ano dois mil essas crianças começaram e encarnar na Terra.

Elas representam o próximo passo na evolução humana.

Elas seguem às crianças índigo.
Sua missão é completar o trabalho começado pelos índigos.
Elas também são detonadores de sistemas, são os guerreiros espirituais que vêm desmantelar e remover maneiras velhas e limitadas de pensar e elas vêm para começar o processo de renovação e reconstrução.

A missão primária de uma Criança Cristal é ensinar as maneiras de vida muiltidimensional em harmonia, paz e amor.

Elas estão vindo nos ensinar como viver vidas emancipadas com o reconhecimento dos nossos plenos poderes. Elas estão vindo para nos ajudar a nos ligar novamente com as Energias Divinas. Elas representam o caminho futuro da raça humana.

E uma das dádivas mais mágicas delas para conosco é que elas são catalisadores para a nossa evolução: várias crianças e adultos Índigo estão fazendo a transição para o estado Cristal com a ajuda da elevação energética que essas crianças fornecem pela mera presença delas na Terra.

As Crianças Cristal são primariamente reconhecidas pelas suas auras que são geralmente claras como cristal mas também podem ter tons de dourado, azul-índigo ou púrpura, dependendo de sua afiliação de Raio.

As Crianças Cristal nascem com acesso ao seu Eu Multidimensional e estão geralmente ancoradas na Sexta Dimensão com a habilidade de se abrirem para a Nona Dimensão, a completa Consciência do Cristo!

Isso quando o planeta estiver pronto, provavelmente em torno do ano de 2012, quando a primeira geração de Crianças Cristal atingir os 12 anos de idade.

Existem algumas características bastante definidas que as Crianças Cristal têm quando encarnam:
-São geralmente bebês grandes e freqüentemente têm cabeças que são proporcionalmente grandes para os seus corpos.
-Tem olhos grandes e penetrantes e fitam as pessoas nos olhos por longos períodos.
O que esses bebês estão fazendo é acessar os registros de alma do adulto e ler quem é ele.

Esse é um comportamento perfeitamente normal para essas crianças e elas ficarão muito contentes se o adulto fizer o mesmo de volta.
É a maneira cristal de se comunicar, olhar para a alma de outro ser e sentir quem é ele. Uma coisa que todos nós aprenderemos a fazer no futuro.

Emocionalmente, elas são geralmente bebês muito bons e calmos formando um laço intenso com a mãe.
Esta é, geralmente, a primeira encarnação delas neste planeta e precisam da reafirmação e estabilidade que a presença física da mãe pode oferecer. São crianças extremamente amorosas e freqüentemente procurarão ajudar e curar tanto humanos como animais em sofrimento.
São crianças também extremamente sensíveis.
Elas não só são capazes de ler o registro da alma de uma pessoa como também sentir todas as tensões e raivas não resolvidas que a pessoa carrega em seu subconsciente.

É por isso que elas são tão sensíveis ao seu meio ambiente.

Educar uma Criança Cristal pode ser um verdadeiro desafio.

Freqüentemente os assuntos não resolvidos dos pais são sentidos pela criança , que será afetada negativamente por essas emoções .

Mas a característica pessoal mais fora de série das Crianças Cristal é o seu poder. Elas são muito poderosas!

Elas têm as energias poderosas de um Mestre da Sexta Dimensão. É por isso essencial que os pais aprendam a respeitá-las e a negociar com elas. Senão essa energia poderosa será usada em lutas por poder que seus pais ou educadores nunca irão ganhar.

Crianças Cristal têm várias dádivas especiais que derivam das suas habilidades multidimensionais.
Elas têm a habilidade não só de ler os campos de energia das pessoas como muitas outras habilidades psíquicas, desde mover objetos mentalmente até ler livros sem abrí-los e ainda têm uma grande habilidade de comunicar-se telepaticamente e é por isso que elas, às vezes, não falam até que tenham 4 ou 5 anos de idade.

A missão de todas as Crianças Cristal é avançar a evolução humana pelo processo da ascensão.

Elas estão aqui para nos mostrar como viver de uma maneira completamente nova e diferente.

Só por chegarem em tão grande número e ancorarem a Energia Crística, elas estão facilitando uma mudança nas energias planetárias. Mas também estão aqui para nos ensinar técnicas de vida multidimensional para o reconhecimento dos nossos plenos poderes.

A Criança Cristal move-se facilmente entre as diferentes dimensões. Não estão nada limitadas ao mundo da terceira dimensão; embora tenham corpos e funcionem na realidade da terceira dimensão, elas estão essencialmente sintonizadas na sexta dimensão e trazem essa energia para o nosso planeta.

O princípio fundamental por trás dessa maneira de viver é a Consciência da Unificação.

As Crianças Cristal percebem e vivem a Unidade.

Elas sentem as energias dos outros.

Elas apanham ansiedade e stress que não são delas.

Elas sentem as toxinas no ambiente e na comida.

Temos que estar conscientes da dádiva que estas crianças nos trazem.

Elas são o futuro.

Elas nos mostram o que estamos nos tornando.

E a dádiva especial delas para conosco é para nos dizer que nós podemos nos tornar assim como elas agora, se deixarmos que as suas energias nos movam para o próximo degrau na escala da evolução.

Ao chegarem em número tão significativo elas estão precipitando o despertar espiritual de grande número de humanos. E não há limite de idade para isso. Você pode ter 10 ou 100 anos, pegar essa onda de energia Cristal e renascer no seu estado Crístico!

Aos pais dessas crianças fascinantes eu gostaria de dizer aqui algumas palavras do Mestre Sananda que eu passei de uma mensagem publicada na revista Amaluz em 1998.

Sananda é o nome como esotericamente é conhecido Jesus de Nazaré:

" Não as forcem a enquadrar-se nos velhos moldes. Elas chegaram com novas marcas de nível superior para a humanidade, codificadas dentro do seu ser. Elas carregam em seu interior grande sabedoria espiritual;

- Lembrem-se de que seus filhos não são vocês. Em outros níveis do seu ser vocês estabeleceram acordos com eles para permitir-lhes vir através de vocês para a experiência no plano terrestre. Repito, eles vieram através de vocês mas não são vocês. Cada um deles é único e vem com sua própria personalidade, talentos e pensamentos. Não esperem que eles vivam os seus sonhos, pois eles têm os deles próprios;

- Passa ser sua tarefa amá-los incondicionalmente, sustentá-los e encorajá-los em suas explorações e ajudá-los a descobrir seu propósito de estarem aqui, suas missões e a exercerem os papéis apropriados para eles;

- Essas crianças trazem sistemas neurológicos diferentes em seus corpos. Elas exigirão muito amor e compreensão por parte de suas famílias e da comunidade. Essas crianças podem parecer desajustadas e de certo modo são, porque elas anunciam a chegada da sétima raça original, a raça índigo a seu planeta. Elas são as precursoras de seres de dimensões ainda superiores que virão;

- Seria conveniente que vocês ampliassem seus horizontes com alguns estudos metafísicos. Seria desejável iniciar momentos de meditação familiar e que cada pessoa possa compartilhar em comunhão espiritual juntos, permitam que cada membro da família participe de algum modo. Além disso, as crianças sabem que existem anjos em volta, encorajem essas conexões. Permitam que reino angélico participe desses momentos miraculosos no plano terrestre; - Dêem ouvidos a seus filhos quando eles manifestarem o desejo de compartilhar suas experiências com sonhos. Muita informação é transmitida, os sonhos trazem mensagens da alma;

- Encorajem seus filhos a apreciar e respeitar a natureza, a sentir a terra, a observar as plantas e os animais em seu ciclo através das estações. Ensinem-nos a amar e respeitar seus animais de estimação. Se possível, levem-os à praia, às montanhas e às planícies. Permitam que eles vejam diretamente a grandeza do planeta. Pergunte o que eles estão vendo e sentindo e talvez mesmo ouvindo, pois eles não irão ver, ouvir e sentir o mesmo que vocês. Dêem ouvidos a eles. Eles são sábios. Permitam que eles os ensinem de modo que vocês possam compartilhar de seu encanto;

- Com a mescla dos planos astrais inferiores no plano físico, seus filhos podem ver figuras, formas e outras aparições... essas visões durante a vigília são válidas e podem ser divertidas ou assustadoras...sábio é o pai que não rejeita jocosamente essas experiências de seus filhos. Encorajem seus filhos a falar sobre essas experiências, e riam com eles ou compadeçam-se com eles mas permitam que eles manifestem essas visões. Trabalhem com seus filhos para passar essas entidades para as mãos orientadoras das forças angelicais, que em troca os conduzirão a seus lugares apropriados em outros planos de existência;

- Não sejam precipitados em suas avaliações, pois seus filhos não são loucos. Se vocês, de alguma maneira, ficam confusos sobre como cuidar dessas crianças e do seu crescimento, procurem orientação apropriada daqueles que compreendem princípios metafísicos e espirituais e a transmutação de energia;

- Dêem aos seus filhos sua máxima atenção. Eles os ensinarão muito e vocês serão abençoados por eles. Amem incondicionalmente.
Abençoem vigorosamente.
Tratem com grande carinho, pois eles são seus instrutores.
Eles vêm para cá com muito amor para compartilhar e vêm com paz, harmonia, tolerância e alegria em seus corações.

Sim, meus amados, ouçam bem, pois eles trazem lições de sabedoria para vocês ".

fonte: Caminhos de Luz

VÍCIOS - TABAGISMO

Entrevista do jornalista Fernando Worm a Chico Xavier e Emmanuel, sobre os vícios, em agosto de 1978, inserida no livro Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre.

Fernando Worm
- A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?

EMMANUEL
- O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do perispírito, o que na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si costume inconveniente, o tratamento dele, no mundo espiritual, ainda exige cotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.

Fernando Worm
- Se o fumante não abandonar o cigarro durante o transcurso da vida física terá de fazê-lo, inarredavelmente, na esfera espiritual? E quanto tempo exigirão o tais tratamentos antitabágicos para fumantes desencarnados? Na vida extrafísica também ocorrem reincidências ou recaídas dos dependentes do fumo?

EMMANUEL
- Justo esclarecer que não apenas quanto ao fumo, mas igualmente quanto a outros hábitos prejudiciais, somos compelidos na espiritualidade a esquecê-los, se nos propormos seguir para diante, no capítulo da própria sublimação. O tratamento da Vida Maior para que nos desvencilhemos de costumes nocivos perdura pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida quanto necessário para a libertação precisa, de vez que nos planos extrafísicos, nas vizinhanças da Terra propriamen-te dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança.

Fernando Worm
- Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do plano espiritual para o plano físico?

EMMANUEL
- Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresenta, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, enquanto os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.

Fernando Worm
- Você considera o hábito de fumar um suicídio em câmara lenta? Por quê?

F. C. Xavier (Chico Xavier)
- Creio que o hábito de fumar não pode ser definido por suicídio conscientemente considerado. Será um prejuízo que o que se deve estudar com esclarecimento, sem condenação, para que a pessoa se conscientize quanto às conseqüências do fumo, no campo da vida, de maneira a fazer as suas próprias opções.

Fernando Worm
- Você teria alcançado condições de desempenho de seu mandato mediúnico, ao longo de mais de meio século de trabalho incessante, se fosse um dependen-te da nicotina?

F. C. Xavier (Chico Xavier)
- Creio que não, com referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero o hábito de cultivar pensamentos infelizes uma condição pior que o uso ou o abuso da nicotina e, sinceramente, do hábito de cultivar pensamento infelizes ainda não me livrei.

Entrevista de Chico Xavier
Fonte: Lições de Sabedoria - Chico Xavier
Marlene R. S. Nobre

A TAL DA EGRÉGORA

“Egrégora são aglomerados de moléculas do Plano Astral, que tomam
forma quando são criadas pelo pensamento nítido e constante de uma pessoa ou de
um grupo de pessoas e passam a ‘viver’ magnetizadas por essas mentes.

Tais criações podem apresentar vários tipos:
‘anjos de guarda’ ou ‘protetores’, quando fortemente mentalizados pelas mães para a custódia de seus filhos, e sua ação será benéfica;

podem servir de perseguidores, obsessores, atormentadores quando criados por mentes
doentias; podem ser formas que se agregam à própria criatura que as cria mentalmente
e as alimenta magneticamente; têm capacidade de resistir para não se deixarem
destruir pelo pensamento contrário.

‘São comuns esses agregados ao redor das criaturas,obra puramente do poder mental sobre o astral.
Assim são vistas formas mentais de ambições de ouro, de desregramento sexual, de gula, de inveja, de secura por bebidas alcoólicas etc.

Essas aglomerações, quando criadas e mantidas por magnetização forte e prolongada de numerosas pessoas (por vezes, durante séculos e milênios), assumem também proporções gigantescas, com poder atuante, por vezes quase irresistível.

Denomina-se, então, um egrégoro.

E quase todos os grupos religiosos o possuem; alguns pequenos, outros maiores, e por vezes tão vasto que, como no caso da Igreja Católica de Roma, estende sua atuação em redor de quase todo o Planeta, sendo visto como uma extensa nuvem multicolor, pois apresenta regiões em lindíssimo dourado brilhante, outras em prateado, embora em certos pontos haja sombreado escuro, de tonalidade marrom-terrosa e cinzenta.

Isso depende dos grupos que se elevam misticamente e com sinceridade e de outros que interferem com pensamento de baixo teor (inveja, ódio de outras denominações religiosas, ambições desmedidas de lucro etc).

Há também os egrégoros de grupamentos outros, como de raça, de pátria etc.

Funcionam quase como uma ‘bateria de acumuladores que são alimentados pelas mentes que os cria’, como escreveu Leadbeater em “O Plano Astral”(Editora Pensamento).

Logicamente, quanto mais forte é a criação e a alimentação,mais poderoso e atuante se torna esse ser artificial, muitas vezes cruel com seu próprio criador, pois não possui discernimento do bem ou do mal e age automaticamente com a finalidade para que existe.”

Texto extraído da obra “Técnica da
Mediunidade” (Editora Sabedoria),
de Carlos Torres Pastorino.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ALGUNS TOQUES UNIVERSALISTAS

1. Ser universalista significa ter a mente aberta e saber somar as melhores partes do que lê, vê, escuta, sente e aprende numa síntese inteligente e criativa. Da mesma forma, saber filtrar as informações e recusar o que parecer fora dos parâmetros do bom senso e da coerência.

2. A mente é igual a um pára-quedas: só funciona se estiver bem aberta.

3. Manter a mente aberta não significa embarcar em qualquer coisa.
Respeitar formas de expressão diferentes é valor democrático e ensina a harmonia dos contrários. Porém, respeitar não significa compactuar com valores contrários ao Bem comum. Posso respeitar a opção fundamentalista de alguém, mas continuo não gostando da violência doutrinária oriunda disso. Respeito a opção religiosa diferente de alguém, mas isso não me faz ser simpático a quem quer obrigar os outros a seguir os seus dogmas. Respeito o fanático, mas nada no mundo vai me fazer achar que o cara não é chato demais. Ser universalista não significa não ter opinião.

4. O maior universalismo que conheço é a assistência espiritual. De que adianta falar de universalismo e frequentar tudo quanto é lugar e não ter centro algum no coração? De que adianta ir na sinagoga, na mesquita, na igreja, no templo, no grupo tal ou na natureza e não melhorar nada como ser humano?

5. A assistência espiritual não olha rosto, sexo, cor ou condição social ou dimensional. Tanto faz se é encarnado, desencarnado, terrestre ou extraterrestre, todos estão no bojo daquela assistência que não depende de lugar, mas simplesmente de sintonia adequada e esforço, que, inclusive, pode ser feita a partir de casa, em silêncio e sem alarde para o mundo.

6. Às vezes, o estudante espiritual ganha mais ficando em casa e lendo um livro que eleve sua consciência e o faça refletir em temas magnos do que frequentando aleatoriamente diversos lugares. É fato constatado (quem trabalha com público há muito tempo sabe disso na prática) que muitas pessoas frequentam vários lugares paras fugirem de si mesmas ou de seus ambientes domésticos complicados. Outros vão a diversas reuniões em busca de companhia, pois não suportam ficar
quietas ou sozinhas em algum momento. Isso não é universalismo ou espiritualidade: É fuga mesmo!

7. Não é o fato de alguém frequentar diversos lugares diferentes que o torna universalista. Universalismo (assim como a espiritualidade) é estado de consciência interno e que independe de doutrina ou condição.

8. De que adianta frequentar diversos lugares e não se sentir bem dentro de si mesmo?

9. Há pessoas que frequentam muitos lugares e se arrogam de universalistas por isso. Porém, muitas delas brigam frequentemente e provam na prática que o seu temperamento não é nada universalista. O Universalismo leva a pessoa a sempre ampliar o seu círculo de amizades e a diminuir a acidez emocional tão característica de quem precisa se harmonizar primeiro consigo mesmo.

10. Quanto maior o Universalismo, maior o nível de lucidez do projetor. Quanto maior o nível de amor em seu coração, melhor o nível de sua assistência espiritual. Logo, uma coisa é básica: pelo nível de assistência consciencial que uma pessoa manifesta pode-se verificar claramente o nível de sua consciência. É que suas energias sempre estarão limpas e estuantes. E são elas que demonstrarão o grau de universalismo de alguém. De que adianta ir a vários lugares e portar energias pesadas?

11. É essencial que as pessoas possam tirem um tempo para ler mais e mexer mais com as suas enegias em casa. O tempo em que alguém que já estuda (muitas vezes só teoricamente e nunca colocando em prática o que aprende) leva para ir até algum lugar, é o tempo em que ela poderia estar colocando em prática em casa o que já aprendeu.

12. Muitas vezes, a pessoa que já tem um certo estudo espiritual perde tempo num ritual em algum canto onde as pessoas estão por não saberem dominar suas próprias energias. Nesse tempo ela ganharia muito mais se estivesse trabalhando suas energias e consciência em casa, principalmente se estivesse enganjada em algum trabalho de assistência extrafísica. Nada contra o ritual e quem precisa de um ou
de sua egrégora (muitas vezes extremamente útil, dependendo do contexto e da intenção do grupo), mas ainda fico com os ensinamentos dos rishis (sábios) da antiga Índia: "de que adianta acender o fogo fora de si mesmo e só queimar a madeira e dançar em volta da luz bruxoleante das chamas? Mais vale queimar as tolices no fogo do discernimento e dançar com o coração livre das labaredas emocionais da raiva."

13. Quantas pessoas que se dizem universalistas só porque vão a lugares diferentes são incompetentes para prestarem ajuda espiritual ao mundo? E quantas continuam saturadas de medo?

14. Muitas pessoas se agarram a mestres e doutrinas. Outras a egolatria ou autolatria. Porém, quando os amparadores vão tirá-las do corpo para "ralar" extrafisicamente na assistência espiritual, cadê o nível delas? E se as energias de alguém não são úteis espiritualmente, de que adianta ir a algum lugar?

15. Se alguém irradia energias conscienciais de sua casa em silêncio e ajuda a muitas pessoas que sequer conhece, ela é mais universalista do que aqueles que vão a muitos lugares e sequer dominam suas energias, muito menos exteriorizam-nas para a humanidade.

16. Outro dia, uma amiga minha fez a caminhada de Santiago de Compostellla. Voltou de lá entusiasmada e pareceu bastante melhorada em vários aspectos. Se foi o lado psicológico ou alguma mudança energética, não sei. Porém, dias depois ela voltou ao nível anterior. Pois é, o contato diário com as pessoas e as dificuldades da vida não
são aprendidos em caminhadas ou comunidades, grupos ou institutos algum, seja de onde for. E a espiritualidade só é alcançada como estado de consciência íntimo nos caminhos da vida.

Outro detalhe disso: a minha amiga irá fazer nova caminhada por lá e convidou-me para ir junto. Respondi para ela que ganho muito mais numa simples projeção do que numa viagem dessas. Ela chamou-me de radical e de não ter universalismo e que a peregrinação pelo Caminho de Santiago transforma a pessoa. Bom, estou torcendo para que ela venha dessa nova viagem realmente transformada e que sinta-se muito
bem permanentemente. Enquanto isso, vou seguindo pelos caminhos da projeção e da espiritualidade por aqui mesmo, sabendo na prática que isso tudo é estado de consciência e que independe de lugares ou de qualquer outra coisa.

17. Viajar pelo céu do coração é mais valioso do que ir em qualquer lugar.

18. Quem possui o discernimento correto sabe que pode ir a qualquer lugar, pois o TODO está em tudo. Mas sabe, acima de tudo, de que o principal está em si mesmo, no que pensa, no que sente e no que faz.

19. Não é necessário que você vá procurar um mestre para lhe ensinar o "Amai-vos uns aos outros".

Alguém muito melhor já fez isso há dois mil anos atrás.

terça-feira, 26 de maio de 2009

EGUM OU KIUMBA ?

Na maior parte das vezes a dificuldade de entendimento se dá pela obsessão (quase um trocadilho) que muitos têm em renegar os significados das palavras, apenas porque são em outro idioma.

Querem de qualquer modo dar a elas significados próprios, em nosso idioma ou em suas concepções.

Egum é um termo africano que significa osso, por extensão todos que os têm, ou seja, os seres humanos que os tiveram, seres desencarnados hoje, sob qualquer nível de evolução espiritual, que militam de alguma forma ou qualidade na vida espiritual, influenciando-nos ou não.
(Óbvio que existem os animais vertebrados, mas que não se incluem na questão).

Kiumba é um ser desencarnado que, em função de sua baixa evolução espiritual momentânea, ignora ou se compraz com o mal que pratica a outros, inclusive nós, seres encarnados.

Ora, vemos imediatamente nas definições de Egum e Kiumba duas coisas que demonstram aproximação e distância respectivamente:
- O fato de serem seres desencarnados e o nível de evolução espiritual.

Kiumba é um ser desencarnado?
Sim! Portanto, é um Egum.

Todos os Eguns tem o mesmo nível evolutivo espiritual?
Não! Uns o tem mais elevado outros menos.

Qual o nível de evolução de um Kiumba?
É difícil defini-los numericamente, mas relativamente podemos dizer que é muito baixo.

Neste caso podemos afirmar que:

TODO KIUMBA É UM EGUM, MAS NEM TODO EGUM É UM KIUMBA.

por Robson Nogueira

UMBRAL

No Umbral, tudo o que está fora de nós é conseqüência do que está dentro.

Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.

Alguns autores descrevem o Umbral como uma seqüência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.

O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

É exatamente o que nos diz Lancellin, em seu livro "Iniciação - Viagem Astral", pela psicografia de João Nunes Maia: “As pessoas, como os espíritos desencarnados, se reúnem por simpatia, por atração daquilo que pensam e sentem, pois se sentem felizes por estarem com os seus iguais, tanto na Terra como no mundo espiritual.”

Esse mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões “especializadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro "Memórias de um Suicida". Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas. Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.

Em seu livro "Driblando a Dor", pela psicografia de Irene Pacheco Machado, o espírito Luiz Sérgio, jovem desencarnado em acidente de automóvel na década de 70, conta o trabalho de sua equipe junto a grupos de drogados e traficantes. Em outro de seus livros, "Deixe-me Viver", pela psicografia da mesma médium, ele fala mais especificamente da situação dos espíritos abortados e aborteiros, vivendo lado a lado na faixa vibratória de seus atos.

No livro "O Abismo", de R. A. Ranieri, orientado por André Luiz, vamos encontrar uma descrição dramática dos espíritos que vivem ligados ao subsolo do planeta, em condições terríveis de degradação moral e perispiritual.

O Prof. Wagner Borges, pesquisador de projeção astral e fundador do IPPB – Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, também nos traz diversos relatos e psicografias importantes sobre o assunto. Em seu livro "Viagem Espiritual", em duas mensagens orientadas pelo espírito Rama, ele descreve imagens do Umbral vistas pelos olhos de um padre desencarnado dedicado a ajudar e resgatar espíritos que vivem ali.

No livro "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec, encontramos também diversos relatos de espíritos desencarnados que se apresentam pela psicofonia e descrevem as condições em que se encontram no mundo espiritual. Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos também encontrar relatos de espíritos relativamente felizes, alguns apenas algumas horas após o seu desencarne, demonstrando que céu e inferno são condições espirituais íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e intensificam pela sintonia com outros espíritos nas mesmas condições.

Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro "Tambores de Angola", e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro "Aconteceu na Casa Espírita". Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e displinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.

É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivendo numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.

Em seu segundo livro, "Os Mensageiros", André Luiz conta a história de vários moradores de “Nosso Lar” que passaram pelas “zonas inferiores”. Todos eles saíram da colônia cheios de esperanças, de amigos, de auxílio e orientação. Eram, portanto, espíritos relativamente esclarecidos, amparados, iluminados. Muitos deles passaram anos na colônia estudando antes de reencarnar com missões definidas na mediunidade. No entanto, mesmo assim, vários deles se deixaram levar por seu lado ainda imperfeito e falharam novamente. Todos voltaram para “Nosso Lar” depois de desencarnados, mas não sem antes passar pelo Umbral, para drenar energias negativas acumuladas numa encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria consciência e a de outros.

Isso é necessário para o bem do próprio espírito a fim de que ele possa se livrar de energias espirituais altamente tóxicas que desequilibram e bloqueiam sua mente para energias mais sutis e saudáveis e também porque nesse estado eles perturbariam os ambientes mais equilibrados, como o de colônias como “Nosso Lar”, caso fossem levados para lá nesse estado.

É importante notar que não se trata de punição ou banimento, mas de tratamento justo, necessário e amoroso. Sim, o Umbral é criação de amor e justiça divinos, onde espíritos desviados e profundamente desequilibrados encontram um meio onde conseguem viver e, ao mesmo tempo, aprender, enquanto se recuperam.

Muitos perguntam se não é pior o espírito ficar tanto tempo convivendo com tantas energias negativas semelhantes às suas próprias, agravando e intensificando seu próprio desequilíbrio. No entanto, não podemos nos esquecer que, muitas vezes, os espíritos desencarnam em tal estado de alheamento e perturbação, que não resta outro recurso a não ser deixar que a natureza siga seu curso e faça o trabalho necessário de depuração, colocando-os com seus semelhantes para que, juntos, filtrem, uns dos outros, as energias que os envenenam, e para que, observando as atitudes uns dos outros, possam compreender onde erraram e queiram reiniciar o processo de melhoria interior.

por Maísa Intelisano

segunda-feira, 25 de maio de 2009

AS SEREIAS

O arquétipo das sereias já existia nos mitos e lendas de vários povos.

As sereias e demais encantadas (os) aquáticas (os) são seres naturais, isto é, espíritos que nunca encarnaram, regidos por mãe Yemanjá, tida por elas como mãe divina de todas.

Elas têm um poder de limpeza, purificação e descarga de energias negativas superior a qualquer outra das linhas de trabalho de Umbanda Sagrada.

Essa entidades espirituais, quando incorporam, não costumam falar, mas emitem um som, repetido o tempo todo, que imita um canto e é um poderoso mantra aquático diluidor de energias negativas.

São ótimas para anular magias negativas, afastar obsessores e espíritos desequilibrados ou vingativos, para limpeza de lares e para harmonização de casais ou famílias.

As sereias verdadeiras são seres naturais regidos por Mãe Yemanjá.
As Ondinas, ou antigas sereias são mais velhas e regidas por Mãe Nanã.
As encantadas elementais aquáticas são regidas por Mãe Oxum.

Essas três mães d’água regem o mistério sereia, do ritual de Umbanda Sagrada, e todas podem incorporar com cantos de Yemanjá, Oxum e de Nanã.

Esses seres de natureza aquática só existem em seu lado espiritual, pois não existem no lado material, onde são apenas lendas.

No estágio encantado são sereias e quando alcançam o estágio natural são denominadas ninfas (estágio intermediário para depois tornarem-se Orixás da Natureza:
Yemanjás, Oxuns e Nanãs).

Esses espíritos híbridos possuem magníficos poderes que podem nos ajudar muito, quando os colocamos em nosso auxílio.

Na incorporação, há sereias que ficam em pé e se movem com passos de dança.

Há aquelas que ficam sentadas de lado e outras que vêm deitadas, mas se movimentam como se estivessem nadando ou se banhando nas ondas do mar.

Em seus movimentos, vão recolhendo as cargas energéticas negativas dos médiuns e da assistência.

Consideramos esse arquétipo poderoso porque tem por trás dele os Orixás femininos da águas, forças primordiais da criação.

Guardião de Ogum

O APELO MÁGICO DA INICIAÇÃO

RASPAR A CABEÇA E DEITAR PRO SANTO

Vamos levantar algumas questões para a reflexão.

Não visamos julgar quem quer que seja, pois o respeito ao livre arbítrio de cada um é soberano.

Por outro lado, muitos ritos das nações se contrapõem a Umbanda pelo lado estético, exterior:
o luxo e a criatividade das roupas usadas contrastam violentamente com a simplicidade e austeridade umbandística.
Assim, embora o caráter festivo das cerimônias das nações seja confrontado com a utilidade do trabalho “simplório” da Umbanda, é justamente o luxo e as apoteoses que agem como imã sobre os médiuns que estão na Umbanda.

Mesmo com o custo excessivos das iniciações e dos adereços, muitos umbandistas acabam se interessando pelas raspagens e deitar pro santo, por quê?

Segue algumas constatações dos motivos:

- Na Umbanda os médiuns incorporam espíritos simples para fazer a caridade, anonimamente se identificando em nomes simbólicos. Nas nações os iniciados se transformam em deuses poderosos que controlam os trovões e ventos, cuja presença do santo no “cavalo” é motivo de veneração coletiva. A combinação de música, dança, luxo, decoração, comida, gera uma fascinação irresistível sobre os espectadores;

- Tornar-se iniciado, significa prestígio e brilhar nas cerimônias confere autenticidade à manifestação do santo;

- Os que são iniciados e continuam em seus terreiros de Umbanda, chefes espirituais, aos olhos da assistência e clientes, se tornam mais poderosos, com um axé – asé – mais forte, aumentando a procura pelos serviços mágicos o que oportuniza um maior ganho financeiro, status e prestígio frente ao mercado religioso;

- Reforçar sua mediunidade, achando que fazendo o corte ritual, no alto do crânio, assentando o “orixá”, terão mediunidade mais inconsciente, o que tornará seu tônus mediúnico mais forte.

Cada vez mais se verifica terreiros que se rendem ao apelo mágico deste tipo de iniciação, introduzindo as raspagens, camarinhas, cortes ritualísticos.
Numa segunda etapa, preconizam “libertar” a Umbanda, dessincretizando-a, “africanizando-a” às tradições antigas, dispensando o atrito destes ritos frente a essência umbandística:
a caridade desinteressada.

CONCLUSÃO DESTAS REFLEXÕES:

ESTÁ FALTANDO MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Pensemos a Umbanda.

Relembremos o Caboclo das Sete Encruzilhadas e o canal mediunidade.

A manifestação mediúnica cristalina, inequívoca, num jovem de 17 anos.

Reflitamos na essência da Umbanda com o Cristo Cósmico, na sua maior representatividade que foi Jesus na Terra.

Qual o motivo do Caboclo das Sete Encruzilhadas ter associado o movimento nascente, que era pré-existente no Astral muito antes, à caridade, à disciplina, à austeridade do branco, à igualdade entre todos, à simplicidade sem ritos complexos e sacrificiais.

Na verdade, pensemos que para ser médium não precisa de pai-de-santo para manifestar os guias, pois nascemos com eles. Quem tem mediunidade, quem tem coroa pra trabalhar, já vem com ela antes de encarnar. Não precisa pagar para ninguém firmar o seu santo, assentá-lo na sua glândula pineal.

A mediunidade é um dom de Deus, de Olorum, dos Orixás.

Reflitamos sem julgamentos, baseado em fatos.

Somos umbandistas.

O QUE É SER UMBANDISTA????

fonte:Refletindo a Umbanda

domingo, 24 de maio de 2009

CALDEIRÃO

Acho que todos já ouviram essa expressão:
"O Brasil é um grande caldeirão".

Talvez não tenhamos o mesmo requinte da culinária francesa, bastante tradicional, nem da japonesa, adaptada às condições regionais, mas no nosso "caldeirão" cabe uma grande feijoada, onde diversos elementos se misturam, ganhando um sabor especial - a digestão (entenda-se compreensão) desse prato pode ser um pouco pesada às vezes, mas certamente é apaixonante e paradoxalmente original ao mesmo tempo em que é universalista.

No Brasil as coisas misturam-se tanto, que é possível estudar a culinária, a formação étnica e cultural, ao mesmo tempo em que tentamos entender a sua religiosidade.

É um país onde as mais diversas denominações religiosas - desde a católica até a judaica - convivem numa paz quase absoluta. E curiosamente, a população, das mais variadas religiões existentes aqui acabam convergindo para um ponto:
as crenças populares.

Benzedeiras, mandingas, simpatias e patuás se confundem com outras liturgias, que acabam recebendo o questionável rótulo de “autênticas” que a tradição histórica lhes impõe.

Pesquisas da Vox Populi mostram que 59% da população brasileira declara que acredita em reencarnação e que já viveu outras vidas, mas apenas 3% dessa mesma população se diz espírita. Paradoxo? Provavelmente não. Mais possivelmente trata-se de um traço cultural, fruto da miscigenação construída ao logo dos séculos.

No entanto, tal constatação nos remete a outro questionamento. Esse espiritismo praticado no Brasil é realmente “puro” (no sentido de seguir de maneira ortodoxa a obra codificada por Kardec) ou apresenta também, em si, traços dessa nossa identidade cultural?

Não é novidade para ninguém que o espiritismo nasceu na França, onde possuía um caráter mais científico e filosófico do que religioso, mas hoje, ele é mais difundido aqui no Brasil do que em seu país de origem (sim, pesquisas mostram também que Alan Kardec é mais conhecido no Brasil do que no seu país de origem, e acredito que isso seja motivo de orgulho para nós).

Mas por que então o espiritismo encontrou os portões abertos justamente no Brasil?

Provavelmente o Brasil já possuía uma predisposição para as crenças reencarnacionistas (e espiritualistas em geral), já que uma gama dessa cultura foi trazida pelos negros que aqui aportaram como escravos. Encontramos então um ponto convergente aí. Certas ritualísticas, práticas como benzimentos, simpatias e similares, já tinham um campo no Brasil, o espiritismo veio então somar conhecimentos a uma cultura já bastante vasta e eclética.

Isso significa que houve uma deturpação do espiritismo?

Longe disso.
O que houve foi um processo natural de adaptação cultural, que não somente as religiões, mas todos os hábitos, costumes, crenças, linguagem – cultura de um modo geral – passam dentro da construção de uma nova identidade sócio-cultural (lembremos que o Brasil ainda era jovem como país independente e mais ainda como República, portanto ainda estava “se conhecendo” como nação, e o positivismo – berço filosófico do espiritismo – era a palavra de ordem).
O que houve então foi um processo natural de universalização.

Hoje as coisas misturam-se nesse grande caldeirão.
É muito comum seguidores da Umbanda definirem-se como espíritas.

Trata-se de um erro conceitual?

Cada qual terá a sua resposta (eu tenho a minha) e a partir dela saberá dizer se é ou não um erro, mas como mais uma manifestação dessa miscigenação, muitos insistirão naquele melhor lhe aprouver e esse não é o tema da discussão. O que importa é a influência entre (e não sobre) o espiritismo e os cultos populares que já eram difundidos no Brasil.

No início do século XX era muito comum se falar em “macumbas”, especialmente no Rio de Janeiro. Esses rituais que muitas vezes consistiam em oferendas entregues ao ar livre, já eram um protótipo do que viria a ser o que hoje chamamos de Umbanda.

Paralelamente a isso, em 1908, dentro de uma casa espírita, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que oficializou a Umbanda (se ele “fundou” a Umbanda já é tema para outro debate).

Mais uma constatação da existência desse caldeirão podemos verificar em um trecho do livro AFRICANISMO E ESPIRITISMO, de Deolindo Amorin em que ele diz que a Umbanda é muito mais parecida com o catolicismo do que com o Espiritismo, devido aos rituais, que segundo ele, não existem no Espiritismo.

Vamos ler esse trecho sem emitir juízo de valores principalmente sobre nossos amigos espíritas, que são merecedores de todo nosso respeito. Deixemos rixas e preconceitos de lado, caso contrário toda e qualquer forma de tentativa de estudo vai por água abaixo:

Quando falamos em Espiritismo, saibam os leitores que nos referimos à codificação CIENTÍFICA, FILOSÓFICA e MORAL, de Allan Kardec, - a única com o privilégio de ostentar semelhante título!
– que o mestre expôs numa série de obras notáveis, editoradas na França, no período de 1857 a 1869, e não a êsse conglomerado de pagelança e de rituais espalhafatosos, onde preponderam o mediunismo abastardado; em suma – ao carnaval de UMBANDA, difundido e praticado por aí em fora, sob o rótulo daquela luminosa esquematização espiritualista.(AMORIM, 1949: 5-7)


É fundamental ressaltar que esse trecho reflete a opinião de UM AUTOR EM ESPECIAL e jamais de toda a comunidade espírita. Mas percebe-se claramente que há uma tentativa de não identificar o espiritismo com a Umbanda, e sim com o catolicismo (assim como os católicos se esforçam para identificar a Umbanda com o espiritismo – haja caldeirão).

Por outro lado, não podemos esquecer a influência dos cultos indígenas, que foram preservados principalmente em algumas partes das regiões Norte e Nordeste do Brasil e que acabaram incorporados aos rituais de Umbanda e à própria identidade nacional (o uso terapêutico e magístico de ervas é o exemplo mais clássico da existência dessa tradição). Embora menos falados, não há como desprezar também o catimbó, o Xangô (não o orixá, mas o culto) de Pernambuco, o Batuque do Sul – e isso porque nem citei o Candomblé e sua gigantesca influência.

Somos então uma nação caldeirão, ou, para ser mais modernos, um liquidificador, onde ritos, crenças e filosofias se uniram e se misturaram, formando, no imaginário coletivo, uma unidade, que na teoria não existe, mas é praticada constantemente (quem nunca viu um católico procurando uma benzedeira?).

Na verdade esse é um texto que mais confunde do que explica – e essa é a intenção, pois dela pode nascer um bom debate – mas construir a nossa própria história (nesse caso, em especial da Umbanda) é entender um pouco de si mesmo, de seu povo, de sua nação e formação.

É um trabalho árduo, para o qual eu talvez não tenha competência e preparo, mas creio ser importante lançar uma primeira semente para uma troca de idéias amigável, onde cada qual pode contribuir com a informação que possui, concordando, discordando, acrescentando e corrigindo.

Saravá a Umbanda.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A FALANGE DAS CRIANÇAS

A Falange das crianças é talvez uma das mais incompreendidas da Umbanda.

Apesar de se apresentarem com roupagem fluídica de criança, trazem destes somente a pureza e alegria contagiante. Na verdade são os grandes magos do universo. foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra.

Como a entidade não possui um corpo astral, ela precisa forjar esse corpo para o processo de incorporação.
Assim ela busca na matéria do corpo astral o material que necessita para esse processo. realiza este intricado passo retirando do próprio médiun matéria astral, bem como vai buscar em seus corpos astrais de uma das suas ultimas encarnações o fluido de que necessita para o processo de incorporação.

Desta forma passamos a entender o porquê dessas entidades se apresentarem na forma como crianças. Escolheram essa forma por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muita dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase criança (a grande maioria).

Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chacra laríngeo, fazendo com que o médiun modifique a voz, afinando-a. Além disso, também durante o processo de incorporação, acontece um fato bastante peculiar a esta falange.

Normalmente durante a incorporação, a energia da entidade penetra ppor um dado chacra particular, resultando em um processo bem definido de incorporação. no caso da falange das crianças o processo é diferente.
A energia como vimos também penetra por um dado chacra, mas aqui ela vai sofrer um processo de espalhamento por todos os chacras do corpo, fazendo com que o médiun fique saltitando, não conseguindo parar em um ponto.

Aliando-se os dois fatos: a modificação da voz com a inquietação do médiun, temos como resultado, a manifestação de crianças na forma de como as entendemos.
E daí resulta toda a má interpretação que diversos médiuns, infelizmente dão a esta poderosíssima falange. entendem-se como criancinhas despreparads, infantis, choronas, brigonas às vezes, indolentes, simplórias em seus trabalhos e, o que é pior, comilonas e bagunceiras.

Percebemos, assim, que lhes são atribuidas todas as qualidades negativas das crianças de nosso mundo.
Mas não é nada disto que realmente ocorre.

As crianças fazem parte de uma falange, talvez a mais poderosa de todas. Não possuem aquelas qualidades negativas que lhes são atribuídas.

Nenhuma criança é comilona.
Seria impossível, do ponto de vista do processo de incorporação, um médiun comer compulsivamente como muitas vezes é visto.

Quando da incorporação principalmente das crianças ocorre um fechamento da glote, não permitino que sejam ingeridas grandes quantidades de comida e doces como muitas vezes é visto.

Somente pequenas quantidades de doces podem ser ingeridas, até porque o doce contribui para o equilibrio energético do aparelho, pois é transformado imediatamente em glicose, caindo na corrente sanguínea e mantendo desta forma a integridade do médiun.

Assim, vemos que os líquidos têm mais facilidade que os doces sólidos neste processo.
Logo, o que vemos na maioria dos templos dedicados a Umbanda, são médiuns com fome e com sede.
Mas tudo é uma questão de equilibrio e cabe ao dirigente verificar os excessos e saber diferenciar as vibrações, pois a comida e bebida fazem parte sim do trabalho dessa falange, sendo fundametal a presença destes elementos quando uma criança se manifesta, tudo depende da doutrina da casa.

Quanto ao tipo de trabalho que estas tão valorosas entidades realizam, também é bastante mal compreendido por todos. seus trabalhos são visto de maneira bastante simplória.

Como é uma falange altamente espiritualizada, certos trabalhos de limpeza não tem condições de serem por elas realizados.

Daí decorre a necessidade de sempre se precisar invocar o trabalho de uma ou outra falange para o "fechamento" dos trabalhos
A criança quando realiza o seu trabalho, no momento do passe, simplesmente retira o que pode estar atrapalhando a vida de uma pessoa, mas não conduz o que foi retirado para o devido lugar.
Retira e deixa em um canto.
Precisa, pois, de um batalhão de choque para levar o que foi retirado.

Se formos reparar nos apetrechos que se utilizam para os trabalhos, observamos objetos ritualísticos de origem druida, xamânica, egípcia e outras.

É preciso se despir de todo o preconceito, tirar as mágoas e ódios do peito para encontrar o reino dos céus.

De outra maneira, é preciso voltar a ser criança, para encontrarmos o verdadeiro caminho da espiritualidade.

"Bem-aventuradas sejam as crianças, porque é delas o Reino dos Céus"

Saravá as Crianças
As nossas crianças
Onibeijada.

na postagem do texto não foi citado a fonte

O USO DA VELA

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda.

Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia;

Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais;
A vela funciona na mente das pessoas como um código mental.

Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo,tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas;

A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica uma forte sensação de poder.
Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente; Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria.

Embora, na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras.

Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração.

É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela;
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio.
Sendo a chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor.

Toda vela deve ter um propósito e esta deve ser emantada, pois acender uma vela semnenhuma reza, é queimar parafina de bobeira, uma forma conhecida da imantação é segura-lá com as duas palmas das mãos, com os dedos esticados e juntos, parecida com a posição das mãos nas imagens da Virgem Maria, pois em cada dedo da mão temos um elemento como vemos na imagem ao lado.

Oxossí o senhor dos caboclos comanda o elemento ar, note que alguns caboclos ficam com as mãos em formatos de flecha com o indicador ereto, que é o dedo do elemeto ar.

Na posição de imantação temos a perfeita harmonia dos 4 elementos sobre a vela com o comando do éter que é a energia pura de Oxalá.


VELAS QUEBRADAS OU USADAS

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas.
A principio, pensei tratar-se de mera supertição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia.

No caso da vela quebrada encontrei um componente supersticioso:
psicologicamente, a pessoa acredita que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos. Se o trabalho obtiver sucesso, o detalhe da vela quebrada não será notado: mas, se falhar, será tido como principal fator de seu fracasso o fato de a vela estar quebrada. Mas não há problema algum em usar essas velas para acender cachimbos.

VELA DE SETE DIAS

Na Umbanda, alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais.
Sabemos de acordo com a psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de se acender uma vela isoladamente não há nenhum tipo de reforço que se baseia na repetição.

Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos.

Na prática, constamos que dificilmente uma vela de sete dias queima durante todo esse tempo.
As velas de sete dias são mais usadas numa consagração, segurança de um rito ou na cura pois fica uma vigilância e emanações durente sete dias, já a vela de hora ou palito, serve mais para um chamado ou descarrego.

VELAS COLORIDAS

A vela tem sua chama pulsante como qualquer lampada, esses pulsos tranmistem a energia do pedido emanado na vela, o uso de velas coloridas é uma emanação da energia da cor do Orixá.
exemplo:
Ogum, sua energia é de cor vermelha então acende-se a vela desta cor para que emane essa cor juntamente com a energia deste Orixá.

Lembrando que a cor branca é a soma de todas as cores, então pode substituir qualquer vela.

VELA BICOLOR

São usadas como um pedido que tem duas fases, ou para entidades com linhas cruzadas.
Algumas entidades usam velas de cores correspondentes ao Orixá que ela trabalham, por exemplo o Caboclo Rompe-Mato, pode usar vela verde, como a vela vermelha, por trabalhar com o orixá Ogum.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OLHO GORDO

Saiba como evitar o "olho gordo"

Desde a antiguidade, os olhos são considerados "a expressão da alma".

Órgão sagrado e de grande poder, têm um potencial oculto e emitem energias que podem intensificar as palavras ditas. Um olhar dirigido e penetrante pode reforçar uma mensagem ou um ensinamento.
E, muitas vezes, sozinhos conseguem passar toda a informação necessária.

Portanto, grande parte da energia gerada por nossos pensamentos e sentimentos é emitida pelos olhos.
Além de ser o "espelho da alma", o olho também é um grande emissor de magnetismo e energia.

Existem relatos de homens santos que, apenas com seu olhar, curavam os doentes.

Isso nada mais é do que uma energia de cura muito poderosa que é canalizada por meio dos olhos. Mas, infelizmente, nem só de santos vive a Terra.
Muitas pessoas desequilibradas emitem, pelo olhar, energia "desgovernada".
Podem matar plantas, murchar bolos, colocar quebranto em crianças pequenas, quebrar objetos, enguiçar máquinas e provocar mal-estar em outras pessoas.

Esse "fenômeno" é o conhecido "olho gordo".

Para a terapeuta holistica Vera Caballero, muitos consideram o "olho gordo" pura superstição, mas o tema já era tratado por Lao-Tse, criador do Taoísmo, que viveu há mais de 350 anos antes de Cristo, e por Confúcio, que viveu 600 anos antes de Cristo, -ambos na China

O "olho gordo" nada mais é do que a canalização, por meio dos olhos, de uma energia interna gerada pelo desejo de possuir o que é dos outros e pela inveja, o que não deixa de ser um roubo de energia.
Quem tem "olho gordo" são aquelas pessoas que estão em permanente estado de descontentamento e que têm complexo de inferioridade -mesmo que camuflado.
Como não se julgam capazes de conseguir por mérito próprio o objeto de sua cobiça, seguem lamentando-se de sua má sorte e nada fazem para construir uma vida mais feliz.

"Pessoas assim podem ser consideradas vampiros de energia e estão ligadas aos baixos desejos, à mesquinhez, ao egocentrismo e a uma série de assuntos internos mal resolvidos.
Gostam de estar sempre por perto e, diante de algum acontecimento, são solícitos e companheiros.
Utilizam-se do recurso da aproximação", diz a terapeuta.
Segundo Vera, nossa felicidade certamente incomoda muita gente e durante toda a vida nos veremos obrigados a lidar com isso. Portanto, não adianta fugir nem fingir que não é com você.

"Aprender a nos portar diante do fato é o melhor que temos a fazer", afirma.

Em seus estudos sobre "olho gordo", Vera Caballero elaborou seis dicas para lidar com ele.

Leia a seguir:

1- Há pessoas que costumam usar amuletos para evitar as energias negativas. Embora muitos não acreditem em sua eficiência, na verdade, esses objetos são receptores de energias desarmoniosas. Apesar de absorverem e neutralizarem essas energias, são de pouca valia se a pessoa que o usa vibre o mal ou tenha baixa auto-estima.

2- Deixar a ingenuidade de lado também é muito útil nessas horas. Com um pouco de conhecimento, prática e atenção é possível começar a pressentir as intenções dos outros, para não sermos pegos de surpresa. Isso não significa ser malicioso e apenas ver o mal em tudo e em todos, mas com um pouco de sensibilidade aprenderemos a nos posicionar de forma correta em cada situação, nos abrindo para quem merece nossa confiança e nos colocando em posição de defesa em relação ao que não nos inspiram bons agouros.
O segredo é não se deixar levar pelas aparências, somente pela razão. A intuição e uma observação apurada também contam muito. A partir daí, selecione seus amigos, saiba a quem confiar segredos e principalmente determine quem deve ou não frequentar sua casa.

3- Outra dica boa é o uso de visualização criativa e do mentalismo. Imagine-se envolto em luz dourada, que o torna invulnerável às investidas do invejoso. Aproveite também para mandar um pouco de luz para ele, afinal a generosidade é uma energia que nos protege. Faça o mesmo com sua casa, animais e objetos de valor. O azul é outra cor muito boa para a proteção: a cor do arcanjo Miguel

4- Em se tratando de "olho gordo", o mais importante é a postura da pessoa diante do fato. Seres de vontade fraca, indecisos, medrosos e supersticiosos, que não se julgam merecedores de felicidade, são alvos fáceis do invejoso.
O fortalecimento interior é a melhor arma contra as investidas externas.

5- Outro aspecto importante é a naturalidade.
Nada de esconder o carro novo, a promoção merecida e muito menos os seus dons pessoais, nunca use de falsa modéstia, assuma com firmeza e merecimento as suas riquezas. Por outro lado, também não caia no outro extremo, saindo por aí exibindo-se e atiçando a inveja dos outros.
Repito: a naturalidade aliada à segurança do senso de merecimento nos protegem da inveja alheia.

6- Nunca olhe para o invejoso com medo ou se sentindo inferior. Lembre-se que quem tem inveja é porque não é feliz e não tem capacidade de conquistar o que deseja.
A sua firmeza é que vai protegê-lo e o medo só dará forças ao invejoso.
Use e abuse do senso de humor.
A alegria aliada à presença de espírito -sem agressividade- cortam o padrão vibratório do invejoso, deixando-o sem ação.

E não se esqueça:
Nunca tenha vergonha ou culpa por ser feliz.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A INDIVIDUALIDADE DO SER

Algumas vezes nos deparamos com questionamentos sobre muitos dos aspectos relacionados aos “espíritos”, sejam eles “Guias” de Umbanda, do kardecismo ou mesmo aos Orixás do Candomblé (entendidos por muitos também como espíritos).
Muitas são as teorias chegando até mesmo a envolver princípios científicos formalizando códigos matemáticos para adentrar num universo desconhecido e apartado do universo espiritual.

Todos os questionamentos poderiam ter respostas objetivas não fossem as vaidades humana que, por questões de confiança entre “mestre” e discípulo ainda não foi conquistada, e os velhos chavões religiosos permanecem...

Mas, na prática religiosa muito poucos são aqueles que conseguem com seus mestres adquirir todo o conhecimento, é no caminhar da vida que a experiência se faz, pois, eis aqui a individualidade, cada um possui seus objetivos e seus aprendizados.
Isso faz parte do “Ser”.

Quando nascemos uterinamente nossa individualidade material é única, mesmo que estejamos agregados a outro corpo, aquele que nos gerou. Porém, trazemos nesse nascimento toda uma estrutura formada por genes, traços familiares que com o tempo de gestação vão se apresentar na formação física do individuo; aí nascemos para a vida independente.

Fora do útero, crescemos e adquirimos personalidade e fazemos uma historia individual, mesmo com todas as convivências sociais que nos cercam; mas, mesmo que venhamos a sofrer influências de tais convivências, nossa individualidade permanece na personalidade que desenvolvemos, pois estamos também atrelados a fatores astrais e espirituais que são as marcas registradas, como uma placa que identifica cada um de nós perante o mundo.

Desta forma transmitimos pelo nosso semblante e de nossas ações todas as virtudes, vicissitudes, vitorias, derrotas, angustias, anseios e saberes.
Isto é vida material.
A marca da nossa individualidade.

No Universo etéreo, onde a vida se desdobra em relação aos conceitos criados pelo homem, uma infinidade de “Seres” coexistem em forma de energia, não em energia medida, mas em energia plasmática.
Neste reino, denominado “reino espiritual” , o etéreo é um ilimitado espaço onde e tempo não existem como fator de existência e sim como fator de equilíbrio, de espera para uma reciclagem (reencarnação) ou encaminhamento e cumprimento de missão, neste caso os Guias. Neste ponto valho-me dos conceitos Nagô quando relativos aos Èguns* (*Égun – palavra que pode definir: Espírito, osso, morto, cadáver), sabendo que Guias – Caboclos, Pretos velho, “Exus” - estão neste patamar de qualificação, independente de suas atribuições ou qualquer outro conceito a eles dados.

Estes Guias, por terem pertencido ao universo dos mortais continuam com suas características e possuidores suas individualidades, sejam pessoais ou culturais quando vivos eram, isso porque, alguns ainda coabitam próximos ao universo material mesmo sendo eles sabedores de suas condições de espíritos.

Podemos observar alguns procedimentos quando se encontram incorporados em médiuns a darem suas consultas; momentos em que utilizam objetos, materiais, cores, roupagens e tudo mais que os faz recordar e conservar suas culturas, mas principalmente suas individualidades como ainda estivessem vivos, além de seguirem uma ordem hierárquica e obediência a um “escalão” superior, (escalão de resgate e regentes nas diversas linhas), por isso são limitados e seu crescimento fica na dependência de “cumprimento de missões” ou mesmo em reencarnações, períodos nos quais se desprendem dos egos de existências terrenas; mas mesmo assim suas individualidades são preservadas para que sejam reconhecidos como espíritos em evolução.

Da mesma forma isso ocorre na vida corpórea, nela, todas as memórias acumuladas durante milhões de anos de desenvolvimento humano, tornam-se memória coletiva de todas as existências anteriores, no entanto, independente de todas as existências o espírito permanece com sua individualidade, porém, muito distante de um cérebro ou corpo primitivo.

Uma das características marcantes nos “Guias” é a cultural, pois, a cultura da ultima reencarnação é a mais marcante diante das condições de existência e, mesmo quando temporariamente estão incorporados, signos e símbolos permanecem anexados nas suas individualidades, e que são acrescidas daqueles que os regem no universo espiritual. Além disso, existem as incorporações a cada um deles, são cantigas, orações e toques de instrumentos criados por estruturas religiosas, que passam a fazer parte na individualidade de cada um e que permanece na “consciência distinta ou consciência individual”.

Portanto, a individualidade é uma constante em todos os “Seres”, sejam materiais ou espirituais.

Uma das grandes questões nas religiões é a não observância nesta questão; dirigentes religiosos apelam para determinadas imposições para que tudo seja aceito conforme suas determinações.

Acham que estão procedendo corretamente quando, no caso da Umbanda e do Candomblé, em iniciarem “seus filhos” em determinados Orixás ou mesmo apontar direções sem mesmo fazerem consultas mais profundas.

Nasce então uma outra questão, a de iniciar um médium erroneamente em um Orixá ou um Guia que nada tem há ver com o individuo.

Ora...! Sabemos que todo o processo de iniciação é feito justamente para dar equilíbrio ao individuo para que o mesmo possa desenvolver trabalhos espirituais. Qual resultado pode ser esperado quando isso acontece?

Logicamente haverá um desequilíbrio, pois afeta a individualidade daquele Ser e, além de afetar materialmente vai também afetar espiritualmente as energias dos Guias ou, no caso do candomblé os Orixás e demais entidades que não irão corresponder, havendo assim um desequilíbrio total afetando também o crescimento daquelas entidades e principalmente provocando uma “briga interna” nos Oris, pois, cada Ori possui seu/sua patrono ou matrona.

A importância da Individualidade vai muito mais além de enredos figurados, vai além dos sentidos humanos ou vontades pessoais, vai além dos valores impostos ou criacionismos alegóricos.

Todos nós possuímos nossas vocações, além delas somos como acreditamos, em cumprimento de uma tarefa, uma missão enquanto aqui estamos, missão essa que foi determinada em um universo do qual denominamos “universo espiritual”.

Assim como estamos aqui para cumprir determinadas tarefas (tarefas individualizadas), “do outro lado” há também aqueles que, para evoluir procuram através de resgates cumprirem tarefas (também individualizadas); e esta é a missão de muitos espíritos, uns mais evoluídos, outros menos. Por isso também a existência de níveis aos quais os chamados Guias pertencem.

As ditas “linhas de atuação” não são mais nem menos que uma divisão de níveis. Na linha dos ditos Exus isso é constante; alguns Éguns pertencentes a esta linha e que estão em níveis de evolução tem a missão de fazer resgates daqueles que estão perdidos; uma forma de ajuda, em colocar no caminho da luz espíritos desgarrados, os conhecidos kiumbas ou mesmo espíritos recém inclusos no universo paralelo.

Porém, igualmente ao lado de cá, o livre arbítrio também funciona do outro lado da vida, nada é imposto, nada é articulado para que aqueles espíritos aceitem ou não, apenas são mostrados os caminhos de um portal, (podemos denominá-lo de portal da regeneração ou de reconhecimento espiritual), e, a cada resgate feito, aquele que o resgatou fica responsável pelo resgatado até o entendimento se fazer.

Por isso muitos dos “Exus” possuem crescimento, diferente de muitos outros que ainda conservam resquícios de vidas totalmente profanas não aceitando determinadas normas do equilíbrio. Estes, desvirtuados, apesar de terem recebido “outra chance” preferiram permanecer nas penumbras fazendo promessas de poder e de resolver todos os problemas terrenos, geralmente promessas mirabolantes com conceitos diabólicos, pois se acham capazes, e a individualidade permanece numa teimosia em não aceitar um resgate permanente para a evolução.

Em qualquer uma das formas de existência, seja terrena ou espiritual a individualidade permanece; podemos observar nas “entidades ou guias” seus comportamentos e suas preferências, suas roupagens e seus hábitos culturais e mesmo que queiramos mudar alguma coisa, esses espíritos, quando incorporados, não aceitam, isso faz parte da individualidade.

Os conceitos criados pelos homens diante ao imensurável universo espiritual fez com que muitas das ditas entidades se afastassem do convívio terreno, desta forma podemos analisar que um preto velho ou um caboclo deixou de incorporar pelas inovações feitas na religião, principalmente na Umbanda...e isso acontece também nos candomblés pelas formas “modernas” de iniciação, pelos novos hábitos adquiridos pelos/as noviços/as com consentimento dos ditos zeladores. Energias plasmáticas e energias elementais possuem suas defesas, são individualidades com características bem definidas, daí surgirem dificuldades em avaliar a que Orixá pertence tal ou tal neófito.

Podemos também observar a individualidade nos Orixás, cada um deles traz consigo suas particularidades, suas cantigas, suas danças, suas roupagens, cores e ferramentas distintas, alimentos de oferendas e em seus brados, e principalmente quando de suas “feituras”. Nenhum deles possui equivalências, são únicos em cada Ori e em seus assentamentos; vem daí a criação das ditas “qualidades” que, confundidas com “caminhos do Orixá”, permanecem de forma constante.

Portanto, tanto nos Orixás de Nação quanto nas Entidades Guias da Umbanda existe um diferencial nos vários caboclos identificados com o mesmo nome, os mesmos pretos velhos, ou os mesmos Orixás de Nação; por isso temos as várias Oxuns, as várias Yansãs, os vários Xangôs e assim por diante.

Da mesma forma temos na Umbanda os vários Caboclos Sete Flecha, e os vários Tupinambás e outros.
O mesmo acontece com a linha de esquerda, como é conhecida. Os Exus e Pombogiras também possuem suas individualidades, são vários Zé Pilintra, são vários outros nomes, porém um é diferente do outro; cada um deles possui suas individualidades, suas historias de vida e suas atribuições determinadas pelos seus resgatadores que agora permanecem num patamar de comando e na administração do universo espiritual.

Atentemo-nos para fatos individuais que poderemos colaborar em muito para as decisões coletivas.

O MISTÉRIO DA CRUZ

Conta uma outra lenda que esse gesto de cruzar o solo ou a si mesmo só foi adotado pelos cristãos quando um "padre" romano, atiçado pela curiosidade, perguntou a um serviçal de sua igreja o porque dele cruzar o solo antes de entrar nela para limpá-la... E o mesmo fazia ao sair dela.

O serviçal, um negro já idoso que havia sido libertado pelo seu amo romano quando já não podia carregar os seus pesados sacos de pedras ornamentais, e que andava arqueado por causa de sua coluna vertebral ter se curvado de tanto peso que ele havia carregado desde jovem, ajoelhou-se, cruzou o solo diante dos pés do padre romano e, aí falou:

– Agora já posso contar-lhe o significado do sinal da cruz, amo padre!

– Por que, só após cruzar o solo diante dos meus pés, você pode revelar-me o significado do sinal da cruz, meu negro velho?

– É porque eu vou falar de um gesto sagrado, meu amo. Só após cruzarmos o solo diante de alguém e pedirmos licença ao seu lado sagrado, esse lado se abre para ouvir o que temos a dizer-lhe.

– Se você não cruzar o solo diante dos meus pés o seu lado sagrado não fala com o meu? É isso, meu negro velho e cansado?

– É isso sim, meu amo. Tudo o que falamos, ou falamos para o lado profano ou para o lado sagrado dos outros com quem conversamos! Como o senhor quer saber o significado do sinal da cruz usado por nós, os negros trazidos desde a África para trabalharmos como escravos aqui em Roma e, porque ele é um sinal sagrado, seu significado só pode ser revelado ao lado oculto e sagrado de seu espírito. Por isso eu cruzei o solo diante dos seus pés, pedi ao meu pai Obaluaiyê que abrisse uma passagem entre os lados ocultos e sagrados dos nossos espíritos senão o senhor não entenderá o significado e a importância dos cruzamentos... E das passagens.

Os padres romanos, ouvindo as palavras sensatas daquele preto, já velho e cansado de tanto carregar os fardos de pedras ornamentais com as quais eles, os romanos, enfeitavam as fachadas e os jardins de suas mansões, sentiu que não estava diante de uma pessoa comum, mas sim diante de um sábio amadurecido no tempo e no trabalho árduo de carregar fardos alheios.

Então o padre romano convidou o preto, velho e cansado, a acompanhá-lo até sua sala particular localizada atrás da sacristia.

Já dentro dela, o padre sentou-se na sua cadeira de encosto alto e confortável e indicou um banquinho de madeira para que aquele preto velho se sentasse e lhe contasse o significado do sinal da cruz.

O velho negro, antes de sentar-se, cruzou o banquinho e isto também despertou a curiosidade de empertigado padre romano, sentado em sua cadeira mais parecida com um trono, de tão trabalhada que ela era.

– Por que você cruzou esse banquinho antes de se assentar nele, meu preto velho?

– Meu senhor, eu só tenho essa bengala para apoiar meu corpo arqueado. Então, se vou sentar-me um pouco, eu cruzei esse banquinho e pedi licença ao meu pai Obaluaiyê para assentar-me no lado sagrado dele. Só assim o peso dos fardos que já carreguei não me incomodará e poderei falar mais à vontade, pois, se nos assentamos no lado sagrado das coisas deixamos de sentir os "pesos" do lado profano de nossa vida.

O padre romano, de uma inteligência e raciocínio incomum, mais uma vez viram que não estava diante de uma pessoa comum, e sim, diante de um sábio que, ainda que não falasse bem o latim, (a língua falada pelos romanos daquele tempo), no entanto falava coisa que nem os mais sábios dos romanos conheciam.

O velho preto, após assentar-se, apoiou a mão esquerda no cabo da sua bengala e com a direita estralou os dedos no ar por quatro vezes, em cruz e aquilo intrigou o padre romano, que perguntou-lhe:

– Meu velho preto, porque você estralou os dedos quatro vezes, cruzando o ar?

– Meu senhor, eu cruzei o ar, pedindo ao meu pai Obaluaiyê que abrisse uma passagem nele para que minhas palavras cheguem até os seus ouvidos através do lado sagrado dele senão elas não chegarão ao lado sagrado de seu espírito e não entenderás o real significado delas ao revelar-lhe um dos mistérios do meu pai.

– Então tudo tem dois lados, meu preto velho?

– Tem sim, meu senhor.

– Porque você, agora, já sentado e bem acomodado, fala mais baixo que antes, quando estava apoiado sobre sua bengala?

– Meu senhor, quando nos assentamos no lado sagrado das coisas, aquietamos nosso espírito e só falamos em voz baixa para não incomodarmos o lado sagrado delas.

– Entendo, meu velho. – murmurou o padre romano, curvando-se para melhor ouvir as palavras daquele preto velho. Conte-me o significado do sinal da cruz!

E o preto velho começou a falar, falar e falar. E tanto falou sobre o mistério do cruzamento que aquele padre (que era o chefe da igreja de Roma naquele tempo quando os papas ainda não eram chamados de papa) começou a entender o significado sagrado do sinal da cruz e começou a pensar em como adaptá-lo e aplicá-lo aos cristãos de então.

Como era um mistério do povo daquele preto, já velho e cansado de tanto carregar fardos de pedras ornamentais alheias, então pôs sua mente arguta e agilíssima para raciocinar.

E o padre romano pensou, pensou e pensou! E tanto pensou que criou a lenda dos três reis magos, onde um era negro, em homenagem ao sábio preto velho que, falando-lhe desde seu lado sagrado e interior, havia lhe aberto a existência do lado sagrado das coisas; o da existência de passagens entre esses dois lados, etc.

Enquanto ouvia e sua mente pensava, a cada revelação do preto, já velho e cansado, seus olhos enchiam-se de lágrimas e mais e mais ele se achegava chegando um momento em que ele se assentou no solo à frente do preto velho para melhor ouvi-lo, pois não queria perder nenhuma das palavras dele.

E aquele padre, que era o chefe de todos os padres romanos, diariamente ouvia por horas e horas o preto velho, e depois que o dispensava, recolhia-se à sua biblioteca e começava a escrever os mistérios que lhe haviam sido revelados.

Aos poucos estava reescrevendo o cristianismo e dando-lhe fundamentos sagrados.

– Ele escreveu a lenda dos três reis magos, onde um dos magos era um negro muito sábio.

– Ele mudou o formato da cruz em X onde Cristo havia sido crucificado e deu a ela a sua forma atual, que é uma coluna vertical e um travessão horizontal.

– Também determinou que em todos os túmulos cristãos deveria haver uma cruz, que é o sinal da passagem de um plano para o outro, segundo aquele preto velho.

– "Ele criou a figura de Lázaro, cheio de chagas, para adaptar o orixá da varíola ao cristianismo. Na verdade, ele criou o sincretismo cristão, e dali em diante muitos outros "padres de todos os padres", uma espécie de "cappo de tutti capos", (os papas) começaram a adaptar os mistérios de muitos povos ao cristianismo, fundamentando a crença dos muitos seguidores de então da doutrina humanista criado por Jesus. E criaram concílios para oficializá-los e torná-los dogmas.

Poderíamos falar de muitos dos mistérios alheios que os padres romanos adaptaram ao cristianismo. Mas agora, vamos falar somente dos significados do mistério da cruz e dos cruzamentos, ensinados àquele padre por um preto velho.

1º) O ato de fazer o sinal da cruz em si mesmo tem esses significados.

a) Abre o nosso lado sagrado ou interior para, ao rezarmos, nos dirigirmos às divindades e a Deus através do lado sagrado ou interno da criação.

Essa forma é a da oração silenciosa ou feita em voz baixa. Afinal, quando estamos no lado sagrado e interno dela, não precisamos gritar ou falar alto para sermos ouvidos.

Só fala alto ou grita para se fazer ouvir quem se encontra do lado de fora ou profano da criação. Esses são os excluídos ou os que não conhecem os mistérios ocultos da criação e só sabem se dirigir a Deus de forma profana, aos gritos e clamores altíssimos.

b) Ao fazermos o sinal da cruz diante das divindades, estamos abrindo o nosso lado sagrado para que não se percam as vibrações divinas que elas nos enviam quando nos aproximamos e ficamos diante delas em postura de respeito e reverência.

c) Ao fazermos o sinal da cruz diante de uma situação perigosa ou de algo sobrenatural e terrível, estamos fechando as passagens de acesso ao nosso lado interior, evitando que eles entrem em nós e se instalem em nosso espírito e em nossa vida.

d) Ao cruzarmos o ar, ou estamos abrindo uma passagem nele para que, através dela, o nosso lado sagrado envie suas vibrações ao lado sagrado da pessoa à nossa frente, ou ao local que estamos abençoando (cruzando).

e) Ao cruzarmos os solo diante dos pés de alguém, estamos abrindo uma passagem para o lado sagrado dela.

f) Ao cruzarmos uma pessoa, estamos abrindo uma passagem nela para que seu lado sagrado exteriorize-se diante dela e passe a protegê-la.

g) Ao cruzarmos um objeto, estamos abrindo uma passagem para o interior oculto e sagrado dele para que ele, através desse lado seja um portal sagrado que tanto absorverá vibrações negativas como irradiará vibrações positivas.

h) Ao cruzarmos o solo de um santuário, estamos abrindo uma passagem para entrarmos nele através do seu lado sagrado e oculto, pois se entrarmos sem cruzá-lo na entrada, estaremos entrando nele pelo seu lado profano e exterior.

i) Ao cruzarmos algo (uma pessoa, o solo, o ar, etc.) devemos dizer estas palavras: – Eu saúdo o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda e peço-lhe em nome do meu pai Obaluaiyê que abra o seu lado sagrado para mim.

Outras coisas aquele ex-escravo dos romanos de então ensinou àquele padre de todos os padres, que era altivo e empertigado, mas que gostava de sentar-se no solo diante daquele sábio preto, já velho e muito cansado. Era um tempo que os políticos politiqueiros romanos estavam de olho no numeroso grupo de seguidores do cristianismo e se esmeravam em conceder aos seus bispos e pastores, (digo padres) certas vantagens em troca dos votos deles que os elegeriam.

Também era um tempo em que era moda aqueles bispos e pastores (digo padres), colocarem nos púlpitos pessoas que davam fortes testemunhos, ainda que falsos ou inventados na hora para enganar os trouxas já existentes naquele tempo em Roma, tanto na plebe como nas classes mais abastadas.

E olhem que havia muitos patriciosinhos e patricinhas (digo, patrícios e patrícias) com grande peso na consciência que acreditavam no 171 (digo discursos) daqueles ávidos padres romanos, que prometiam-lhes um lugar no paraíso assim que se convertessem ao cristianismo!

Mas os padres daquele tempo pensavam em tudo e espalharam que quem fizesse grandes doações à igreja seria recompensado com uma ampla e luxuosa morada, um palacete mesmo, no céu e bem próximo, quase vizinho de onde Jesus vivia.

A coisa estava indo bem mas, havia espaço para melhorar mais ainda a situação da igreja romana daquele tempos e alguns padres, versados no grego, se apossaram do termo "católico" que significava "universal" e universalizaram suas praticas de mercadores da fé.

Como estavam se apossando de mistérios alheios um atrás do outro e começaram a ser chamados de plagiadores, então fizeram um acordo com um imperador muito esperto mas, que estava com seus cofres desfalcados, à beira da bancarrota (digo, deposição), acordo esse que consistia em acabar com as outras religiões.

No acordo, o imperador ficava com os bens delas (tesouros acumulados em séculos, propriedades agrárias e imóveis bem localizados) e os padres de então ficariam com todos os que se convertessem e começassem a pagar um dízimo estipulado por eles.

O acordo era vantajoso para ambos os lados envolvidos e aqueles padres de então, para provar ao imperador suas boas intenções, até o elegeram chefe geral da quadrilha (digo, hierarquia), criada recentemente por eles, desde que editasse um decreto sacramentando a questão dos dízimos cobrados por eles.

Outra exigência daqueles pastores (digo padres) de então foi a de estarem isentos na declaração dos bens das suas igrejas.

Também exigiram primazia na concessão de arautos (as televisões de então) pois sabiam que estariam com uma vantagem imensa em relação aos seus concorrentes religiosos de então.

O imperador começou a achar que o acordo não era tão vantajoso como havia parecido no começo, mas, os pastores (digo, os padres) daquela época, começaram a fazer a cabeça da esposa dele, que era uma tremenda de uma putana (digo, dama da alta sociedade), que estava se dando muito bem na sua nova religião, pois aqueles padres haviam criado um tal de confessionário que caíra como uma luva para ela e outras fornicadoras insaciáveis (digo, damas ilustres) que pecavam a semana toda, mas no domingo, logo cedo, iam se confessar com um padre que elas não viam o rosto, mas que era bem condescendente, pois as perdoavam em troca delas rezarem umas orações curtas, fáceis de serem decoradas.

No domingo ajeitavam a consciência e na segunda, já perdoadas, voltavam com a corda toda às suas estripulias intramuros palacianos.

O acordo foi selado e sacramentado, e aí foi um salve-se quem puder no seio das outras religiões. E não foram poucos os que rapidinho renunciaram à antiga forma de professar suas fezes (digo, fé, no singular, mesmo!) pois viram como a grana corria à solta para as mãos (digo, cofres) daqueles padres de então, pois eles eram muito criativos e a cada dia tinham um culto específico para cada algum dos males universais, comuns a todos os povos, épocas e pessoas.

Aqueles pastores (digo, padres) de então estavam com "tudo": A grana que arrecadavam, parte reinvestiam criando novos pontos de arrecadação (digo, novas igrejas) e parte usavam em benefício próprio, comprando mansões e carrões (digo, carruagens) que exibiam com ares de triunfo, alegando que era a sua conversão ao cristianismo que havia tornando-os prósperos e bem sucedidos na vida.

Eles criaram uma tal de teologia da prosperidade para justificar seus enriquecimentos rápidos e à custa da exploração da ingenuidade dos seus seguidores de então, que davam-lhes dízimos e mais dízimos e ainda sorriam felizes com suas novas fezes (digo, fé no singular).

Tudo isso aconteceu no curto espaço de uns vinte e poucos anos e começou depois da segunda metade do século IV d.C.

Por incrível que pareça, aquele preto velho, muito cansado de tanto carregar sacos de pedras alheias, viveu tempo suficiente para ver tudo isso acontecer.

E tudo o que aquele padre de todos os padres havia lhe dito que faria com tudo o que tinha aprendido com ele, aconteceu ao contrário.

O tal pastor (digo, padre), já auto-eleito bispo, usou o que havia aprendido com o preto, mas segundo seus interesses de então, (digo, daquela época).

Batizava com uma caríssima água trazida direto do rio Jordão (mas que seus asseclas colhiam na calada da noite das torneiras da Sabesp, digo, das bicas da adutora pública).

Vendiam um tal de óleo santo feito de azeitonas colhidas dos pés de oliva existentes no Monte das Oliveiras (mas um assecla foi visto vendendo a um "reciclador" barricas de um óleo que, de azeitonas, só tinha o cheiro).

E isso, sem falas nas réplicas miniaturizadas da arca da aliança feitas de papiro; nas réplicas das trombetas de Jericó; num tal de sal grosso vindo direto do Mar Morto, mas que algumas testemunhas ocultas juraram que era sal grosso de um fabricante de sal para churrasco.

Foram tantas as coisas que aquele velho preto cansado e curvado havia ensinado àquele jovem e empertigado pastor (digo, padre) e que ele não só não usou em benefício dos outros, como os usou em benefício próprio, que o preto já velho, muito velho falou para si mesmo: "Me perdoa, meu pai Obaluaiyê, mas eu não revelei àquele padre (digo, pastor, isto é, àquele bispo) o que acontece com quem inverte os seus mistérios ou os usa em benefício próprio: que eles, ao desencarnarem, têm seus espíritos transformados em horrendas cobras negras!"

Obaluaiyê, ao ouvir o último lamento daquele preto, velho e curvado de tanto carregar sacos de pedras alheias, e cansado e desiludido por ensinar o bem e ver seus ouvintes inverterem tudo o que ouviam em benefício próprio, acolheu em seus braços o espírito curvado dele, endireitou-o, acariciou-lhe o rosto e falou-lhe bem baixinho no ouvido:
-"Meu filho, alegre-se, pois ele só andará na terra o tempo necessário para tirar dos cultos dos orixás os que não aprenderam a curvar-se diante dos Senhores dos Mistérios mas que acham-se no direito de se servirem deles.
Mas, assim que ele fizer isso, deixará essa terra e voltará a rastejar nas sombras das trevas mais profundas, que é de onde ele veio para recolher de volta para elas os espíritos que Jesus trouxe consigo após sua descida às trevas.
Bem que eu alertei o jovem e amoroso Jesus sobre o perigo de usar do meu Mistério da Cruz para abrir passagens nas trevas humanas!

Afinal, quem abre passagens nas trevas com meu mistério da cruz, liberta o que nele existe, não é mesmo, meu velho e sábio preto?

"É sim, meu divino pai Obaluaiyê!" disse o preto velho.

O Mistério da Cruz, entre o Sagrado e o Profano!

Rubens Saraceni

UMBANDA E CIÊNCIA

Tal como o Espiritismo que abraçou, relativamente, o aspecto científico, a Umbanda também tem "sua" Ciência (ou parte científica).

O trato com a energia é seguramente a parte científica de qualquer religião, especialmente das reencarnacionistas e/ou que lidam com Espíritos de forma mediúnica.

Os Banhos de Ervas ou outros constituem, igualmente, aspectos científicos, pois que tudo é energia. As ervas em especial vem sendo estudada e utilizada a milênios, não apenas nas formas de banhos. Os banhos não são primazia das religiões, mas é uma prática milenar.

Como ciência ou aspectos científicos quero dizer que certos processos teriam eficácia independente do aspecto religioso puro. Claro que a religiosidade, a fé amplifica,dinamiza a eficácia dos processos em função dos fins.

Poderemos comentar procedimentos desse teor. Acredito que os banhos podem facilmente sair da órbita puramente religiosa e mística, e integrar o corpo da ciência. O único problema seria a medicina se apropriar de banhos e chás como instrumento de sua propriedade, rsrsr, e dizer quem pode indicar banhos e chás são os médicos, e se assim acontecer, o que não duvido pela ganância desmedida, os médicos passariam a ser Xamãs, Payes/Pajes, Curandeiros. rsrs.

E numa análise/ciência mais profunda abordar aspectos psicológicos, arquetipais e contribuir para o desenvolvimento de terapias numa abordagem holística.

Levar a ciência para a religião é preciso igualmente. Paulatinamente substituindo o maravilhoso, o mito, e o místicismo pelo conhecimento, doses homeopáticas, pois a dose pode matar o doente. O cuidado para que a ciência não desestabilize a fé, mas a fortaleça; e que a fé não despreze a ciência por fanatismo, mas a ajude.

O problema, sempre, vai ser a venda de processos genuinamente espirtituais. A ganância humana é desumana.

Casamento de ciência e religião é complicado, mas necessário.

Também, comentaríamos a ciência espiritual genuína e seu desenvolvimento, levantar véus.

Shanti, Shalom Aleichem.