segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A LÍNGUA

Vamos, paulatinamente, mostrar a cada um dos irmãos a responsabilidade daqueles que não sabem frear a língua e a usam para juízos temerários a respeito de seus semelhantes.

Das palavras de Jesus, no Evangelho de Luz como diz o Profeta Thiago:
"São tremendos os tropeços da língua".

Através da língua, o homem se envaidece, se considera um mestre superior a todos os irmãos, mas, esse homem se esquece de que, através dessa insânia, ele prejudica a si mesmo. Porque nós temos que imitar, nos dias atuais, a Jesus, nosso Mestre, que foi humilde de coração. A língua, este pequeno membro é um instrumento terrível. Como disse Thiago, ocasiona ao homem e a mulher coisas que agravam o seu carma, o seu futuro espiritual, pois desvia cada um do seu caminho reto, da estrada perfeita que Jesus Cristo traçou.

Vejam os animais:
o cavalo, por exemplo, tão submisso. Um simples freio na sua boca o domina e o dirige completamente. Vejam os barcos com velas possantes, que o vento conduz daqui para acolá dirigidos por um pequeno leme. Vejam meus irmãos como uma pequena fagulha incendeia um grande bosque.

Assim disse Thiago:
"A língua é um fogo tremendo." Está cheia de iniquidade. Está cheia do mau. Ela inflama a roda de nossos nascimentos e nos atrai para mundos infernais. As sábias palavras de Thiago nos alertam sobre o nosso comportamento no lar, quando em torno da mesa devemos manter o silêncio e agradecer a Deus, evitando usar a língua para criticar e julgar. Um comportamento contrário revela a nossa falta de religião e que estamos afastados dos ensinamentos de Jesus.

A língua é uma iniquidade porque ela ocasiona as guerras, as conseqüências terríveis para a humanidade, como ocorreu durante a inquisição. É a língua a responsável pela nossa presença neste grupo e por aqueles que vêm juntar-se a nós atraídos pela lei de causa e efeito, pois como disse Paulo (Epístola aos Romanos III): "Ninguém na Terra é inocente, todos são pecadores.

" A língua é como uma víbora dentro da boca, capaz de tanta maldade, pode envenenar, destruir a todos os irmãos. E, porque? Diz o apóstolo que essa língua traz em si grande iniquidade, porque já cometemos erros através dela, dos falsos elogios, da calúnia, do mal que ocasionamos à humanidade devido à nossa invigilância. A roda do nascimento nada mais é do que a lei cármica, a lei de causa e efeito, que se agrava, que aumenta o carma e consequentemente as dores, pois a lei de causa e efeito é inexorável.

É como disse o grande cientista Einstein, "a lei de todo o universo e do cosmo". Ninguém pode infringir essa lei impunemente. Se todos compreendessem isso cada um guardaria o máximo cuidado no falar palavras fúteis, superficiais, que redundam em atrações dessas forças inferiores, infernais que significam lugares inferiores, imundícies, pestilência, peçonha, como, disse o apóstolo. Estes ensinamentos têm muito a ver conosco nos dias atuais, pois usamos a língua para espalhar boatos, notícias mentirosas, pois o apóstolo Paulo, na Epístola aos Romanos III, afirma: "Todo homem mente." É incentivado pela língua a fazer comentários e tomar posição nas conversações objetivando aspectos para fazer o mal, progredir e se disseminar por todo o universo. Portanto, se o nosso carma é doce, brando, nós podemos nos desviar dele pelo mau uso da língua no instante em que não escutarmos as verdades que nos tocam o coração.

É o que o profeta Isaías dizia, tristemente:
"Senhor, quem creu na minha pregação?" Têm olhos para ver mas não vêem; têm ouvidos para ouvir, mas não escutam. São todos insensíveis às coisas do espirito. Fogem espavoridos porque já estabeleceram, através da língua, "aliança com o mal".

E, portanto, nós verificamos que a língua viperina causa o mal a nós próprios. Causa a nossa degradação através das iniquidades para nós e para os outros, pois, segundo a lei, tudo que se faz através do pensamento, das palavras e da ação, se repete num ciclo doloroso a fim de que pela dor a criatura compreenda que tem que estabelecer o equilíbrio do universo e do cosmo.

E, assim sendo, as aves, os répteis, todos os animais marinhos, como diz o apóstolo Thiago, podem ser modificados, domesticados na sua natureza pela ação humana.

Mas a língua, este terrível instrumento, o homem quase não pode domá-la. As vezes toma algumas providências, mas de repente, cai nas ciladas terrível das críticas, das condenações e dos julgamentos indefectíveis para outrem, mas retroativo para aquele que assim procede.
A lei funciona não imediatamente. Tempos depois, às vezes dias depois vem a doença porque a língua tem peçonha. E porque o apóstolo Thiago afirma que ela tem peçonha? No capítulo III do Novo Testamento, ele diz que quando proferimos uma mentira, um embuste, um engano, uma traição, uma calúnia a quem quer que seja, nós estamos criando um carma terrível. As forças do universo sentem este abalo de cada criatura porque nós não vivemos só na nossa família. Nós também estamos sujeitos, como já foi dito, à lei cármica, a lei universal e aos conselhos e advertências de nosso Senhor Jesus Cristo.

E com essas conversas, com essas coisas fúteis, superficiais, nos tornamos cada vez mais intoleráveis pela boca. Ouvimos o que não devemos ouvir porque a língua atrai dessas fontes de imundícies para nossa aura, espíritos trevosos, animalescos. E como eles querem destruir, fazer sofrer, nós sentiremos no corpo essas infecções, essas necroses. Tudo ocasionado pelos mesmos erros do passado.

Assim, a língua em conseqüência do nosso relacionamento com as trevas, com os núcleos de maldade, atrai essas forças negativas para os nossos lares, para os nossos locais de trabalho, e a nossa vida se torna insuportável.

E quando as vítimas recorrem à médicos, a infecção já campeia completamente, porque a nossa língua infeccionou todo o nosso corpo. A língua contamina todo o corpo com nossa conversação inconveniente.

Portanto, uma boca que foi feita para abençoar, uma boca que foi feita para amar, uma boca que foi feita para estimular uns aos outros, porque esta é a nossa obrigação, maldiz se enfurecendo repentinamente. E as forças animalescas penetram sem a criatura sentir, mas deformam o rosto. Os órgãos sentem choque terrível da maldade e a língua, que devia abençoar, amaldiçoa pela vingança, pelo ódio, pela vindita.

Mas diz Thiago:
"Uma fonte, uma manancial de água doce não pode ser amargosa." Não colherei da figueira outros frutos diferentes. "As videiras não produzem figos e , portanto uma língua para abençoar é como uma fonte que é pura e não pode dar, ao mesmo tempo, água doce e amargosa".

Estes ensinamentos representam, através da língua, a nossa saúde, a nossa paz, a nossa mocidade, a nossa juventude, porque pela conduta do homem nunca o espírito envelhece.
Além disso (vamos repetir de novo Thiago); diz ele no Cap. I:
"Nós fomos criados pela palavra da verdade e esta palavra é Deus." É manifestação em, todo o Universo como força primordial de todas as forças. E esta palavra de verdade nos delegou poder de ser as primícias de todas as criaturas. Portanto, o homem que, depois dos animais, foi criado para essas primícias, não pode se animalizar, bestializar-se, ligado a essas forças trevosas que só querem nos massacrar.

Então, o apóstolo diz, que todos nós devemos ter o cuidado com a prática da palavra; que devemos ser tardios para falar, que devemos ser tardios para nos irritar, porque através da irritação penetram em nosso corpo todos esses germes malignos. E não haverá assepsia mais perfeita quando o nosso corpo já estiver completamente infectado devido ao mal uso da língua. E, para evitarmos isso devemos ouvir a palavra que nos toca o coração e sermos não ouvintes fáceis, que se esquecem destes ensinamentos e mergulham nas coisas do mal e da ilusão.

Essas criaturas representam um viajante no deserto, que vê uma miragem, coisas belas e reais e, de repente, chega a conclusão de que tudo aquilo é mera ilusão. Não devemos nos enganar. Os ensinamentos de Jesus não podem ser pregados em vão. Devem fazer parte de nossa vida como um meio mais eficiente para, através da nossa língua, podermos estar em comunhão com Deus.

Portanto, não devemos ser ouvintes para sairmos daqui e esquecermos tudo. Devemos ser obradores, operadores dessas verdade evangélicas, para o nosso bem e a nossa felicidade porque Deus criando-nos pela palavra da verdade, nos tornou criaturas, viventes, sempre, eternamente, quando nós cumprimos a lei. E não dentro de quimeras, de lisões, de futilidade, que travam completamente o objetivo do homem na terra, objetivo este que é engrandecer-se, ser feliz e não adoecer.

E, então, diz o apóstolo, que todos nós deveríamos nos cingir por uma lei que se chama "lei da liberdade", porque Deus não criou seus filhos para que eles vivam

jungidos á escravidão. A liberdade do espírito domina em todo o cosmo e no mundo invisível. E, nesta lei de liberdade, nos seremos automaticamente, conscientemente, julgados por nós mesmos. O homem que ouve essas palavras e as esquece completamente, é como aquele que vai a um espelho, vê a sua fisionomia e, ao afastar-se do espelho, esquecer a sua aparência. Mas, aquele que vive dentro da liberdade, a lei cármica, a lei criada por Deus, compreende o que é a verdadeira religião. A verdadeira religião é reprimir a língua, porque não é

adorando ídolos,. em coisas exteriores, acendendo velas, como estamos vendo, que Deus nos escuta.

Deus nos ouve pela nossa palavra de verdade, quando nós abrimos nossa alma para ele; quando vivemos de acordo com as leis que seu filho unigênito trouxe á terra, as quais devemos seguir e alcançarmos através da estrada estreita, que é o caminho da nossa redenção. Então, poderemos falar com Deus, poderemos seguir os ensinamentos daqueles que há 5.000 anos AC já anunciavam que Deus está dentro de nós. Mas precisamos reconhece-lo dentro de nós. E como isso será possível se a nossa língua viperina continua caluniando, julgando e condenando o nosso próximo?

Portanto, dentro dessa lei de liberdade, segundo o entendimento do grande apóstolo Thiago, nós reconheceremos que a verdadeira religião é refrear a língua. E, nesse refreamento da língua é quase impossível não perdermos o rumo para a nossa felicidade e a nossa redenção, atenuarmos as arestas rudes do nosso carma, de lei de causa e efeito e fazermos com que cada dia sejamos um exemplo digno de um servo de Jesus.

É pela lei de liberdade que nós seremos julgados e, portanto, devemos pensar que, livres do espírito, nós podemos alcançar as alturas e não as profundidades terríveis das trevas.

Meus irmãos! Vamos confirmar essas palavras através de um espírito de escol: o nosso irmão Emmanuel, diz ele que a palavra pode conduzir a humanidade a caminhos muito diferentes para a evolução do seu espírito e atingir o objetivo, porque quando há sinceridade há humildade no coração. O homem através dos testemunhos que acompanham essas palavras, colabora cada um na sua individualidade pelo progresso da humanidade, pelo que foi dito por homens sábios, pela própria história verídica e pela benéfica dos outros. E, então, esta palavra é palavra divina? Esta palavra é palavra que vem do alto porque esse homem refreia a sua língua, temerosos de errar com toda a humildade de errar, de ser traído pelas trevas, porque as forças trevosas, nos dias que estamos vivendo, os últimos ciclos de vida na terra, procuram, cada vez mais aliciar prosélitos a fim de que possam manter as energias do núcleo, usando da nossa vitalidade, vampirizando-nos.

Nós temos um celeiro divino de onde vem todos os recursos para nós nessas horas difíceis. E, em vez de atrair o Divino Mestre para nós, através do Cristo, nós nos perdemos, nos clivamos numa paliçada atraindo os inimigos do Cristo, que é o Anti-Cristo. Cuidemos, pois da nossa língua!

Houve um médium extraordinário em sua época, Emmanuel Swíndberg, que, falando a respeito da língua, disse: A nossa língua tem que ser conservada. Como disse o apóstolo Paulo, para que em nós repercute a língua dos anjos a nossa língua tem que aprender, através da sua repressão, a linguagem dos espíritos de luz, pois os anjos falam uma língua muito difícil de ser compreendida na Terra. Os espíritos também falam uma linguagem não compreendida, muitas vezes, pelos homens.

A linguagem dos espíritos, por mais elevada que seja, não encontra no homem, na humanidade, o meio necessário para que ela, seja ouvida. Dai o que afirmou Isaías e todos os apóstolos. Porque para que nós sintamos a ação espiritual, a ação benéfica dos espíritos, dos nossos verdadeiros amigos, é preciso uma condição, uma postura da língua, uma postura em que nós, com toda humildade, reconheçamos o poder de Deus, sua justiça indefectível agindo sobre nós. E, é, então, com a humildade no coração, verificando, auto-examinando, fazendo uma introspeção diária do nosso egoísmo, da nossa vaidade, do nosso orgulho, da nossa necessidade de sofrer, que abrimos uma porta. Temos á nossa disposição um verdadeiro telefone pelo qual os espíritos de luz vêm nos ajudar, nas horas difíceis, comunicando-se conosco. Isto tem sido assim desde os primórdios da humanidade.

Em Israel, havia um homem chamado Elcana, que tinha duas esposas como era hábito naquele tempo. Ana era uma dessas esposas, profetiza e estéril; a outra era Penina, vaidosa pela prole que tivera com Elcana, por isso procurava sempre, com má língua, destruir sua companheira, procurava sempre faze-la sofrer pára que se

afastasse do seu esposo. Um dia ambas se encontraram no templo e Exana aproveitou a ocasião em que comemorava Jeová, para julgar e condenar Ana, lançando-lhe um terrível ódio. Ana deixou o templo triste porque tinha ido ali para se comunicar com Jeová, o Deus dos Judeus. O coração de Ana enfraqueceu pela tristeza e pela falta de alimentação. Elcana que muito a amava lhe perguntou: porque estás triste? Porque teu coração está conturbado? Porventura eu não te acato? Eu não te amo e te respeito? Porventura eu não te amo mais do que aqueles oito filhos que ela me deu?

E ela, não satisfeita, foi ao templo. Orou com todo coração, com toda a ternura a Deus e pediu para que um filho nascesse. Mas, no templo, como era comum, as orações eram feitas coletivamente e em voz alta, pois, pensavam eles que assim. Deus ouviria suas preces.

A palavra "oração" vem do latim, significando "ores=boca". Boca aberta, proferindo algo. Mas, "oração" não é isso. Oração é a alma aberta ao Criador, ao nosso pai, a Jesus, vibrando em todo o nosso ser para atingirmos o estado de prece.

Assim, em estado de prece, Ana orava. Lágrimas escorriam em suas faces. Ela balbuciando, conversava com Deus. Aproximando-se dela, o sacerdote Eli ouviu aquele balbuciar muito tênue e. perguntou-lhe: "Ana, tu estás embriagada?" Tu estas dominada pelo vinho?"

Ela respondeu-lhe: "Não Senhor! Eu não estou dominada pelo vinho. Eu não tenho esse hábito. Eu converso, eu me manifesto com toda a alma aberta. Ao meu Deus que ele me dê, como deu a Ester, um filho"

E Deus ouviu suas preces porque o sacerdote Eli imediatamente disse: Abençoada seja! Que Jeová te de uma progenitura! "Que Jeová te encha desta plenitude da vida que ë a procriação, pois para isto vieste á terra".

E nasceu Samuel. No capítulo I, vocês verificarão que Ana, recata na humildade e nas preces, teve ímpeto de levar o filho ao templo, como era hábito do povo de Israel. Chegando ao templo, completamente transtornada sob a influencia de sua mediunidade, lançou a toda humanidade um cântico, semelhante àquele magnífico de Maria. Este canto ficou conhecido como o "Cântico de Ana". Este é o cântico que a nossa boca deve proferir: "Senhor!" Eu me alegro neste instante, porque tu olhaste para a humildade da tua serva. Senhor! Tu me tiraste da fraqueza, das calúnias, do ódio, ajuda aquela irmã. Senhor! Tu me elevaste além de quaisquer condições delegando-me o poder. Tu nos lança no Sheol e nos eleva. Tu partes a flecha daquele que se considera forte. "Tu te unes ao fraco para o poder da vida".

"Senhor, tu ajudas ao santo protegendo os seus pés e deixa os ímpios, os faladores vulgares, os caluniadores calados nas profundezas do mal. Senhor! Eu reconheço que nenhum homem prevalecerá pela força.

Ë o amor, meus irmãos! Este cânticos que se acha registrado na Bíblia representa para todos nós um ensinamento aos nossos corações a fim de podermos viver felizes tanto na vida material como na vida espiritual. Todo o universo obedece a um ciclo de vida e "morte": Nascer, viver, morrer, renascer, reviver. Porém quando não refreamos a nossa língua como o apóstolo diz, nós estamos em decadência espiritual, como conseqüência do julgamento que fazemos sobre os nossos irmãos.

A palavra tem um poder divino quando é seguida por atos e ações meritórias. Quando não é assim, são discursos inertes, inúteis, que não tocam o coração e não fazem vibrar a alma. Nós devemos viver permanentemente em aliança, através da castidade da nossa língua, através do exemplo dos nossos atos, para que, com a humildade que teve Ana, que teve Jesus e todos aqueles que deixaram um exemplo de luz para a humanidade, um meio mais fácil para estabelecermos, cada dia, a comunhão com Deus. E esta aliança nós não devemos perder, como diz aquele médium do século XVII: "Esse contato com Deus, devemos fazê-lo todo dia, acautelando-nos com a nossa língua para que ela não seja a causa do mal em nós, dos nossos próprios prejuízos ocasionados pela nossa vaidade, pelo nosso orgulho, pela nossa prepotência".

Quando os fariseus procuraram julgar os discípulos de Jesus porque eles comiam sem lavar as mãos receberam um ensinamento, que ficou para toda a humanidade e que não devemos esquecer.

"Não é o que entra pela boca que faz mal."
O que entra pela boca vai ao ventre e sai para lugar escuso.
o que sai da boca é o que envenena o homem, que infelicita o homem. Porque a boca fala daquilo que há no coração.

Assim o nosso coração deve ser sublime no amor, no perdão, não condenando a ninguém, nem julgando a ninguém, a fim de não atrairmos para os nossos lares estas forças ignaras, que só querem nos desviar de meta da vida, do objetivo preponderante que é viver em paz e feliz. Se a boca fala daquilo que está no coração, como disse Jesus, o homem mau tira a maldade de dentro de si mesmo.

O homem bom tira só bondade do seu coração e não engana a ninguém. Assim, todos os que se dizem religiosos devem compreender estas palavras de Jesus, pois, como disse Thiago, elas são a verdadeira religião, Nós compreendendo o nosso dever religioso, refreamos a nossa língua, os nossos instintos, deixando o nosso coração viver puro em harmonia com todos os outros órgãos. Não desfalecemos porque o Senhor está dentro de nós, sentindo e suprindo todas as nossas necessidades.

Além disso, Jesus deixa, através de Lucas, Cap. VI, todos esses conselhos: não condenar a ninguém, não julgar a ninguém, pois da mesma maneira que julgarmos aos nossos irmãos seremos julgados, Jesus deixou bem clara esta sentença para aqueles que sem compreensão e que não vivem na formalidade dos sentidos, no orgulho e na vaidade, pois todas essas coisas entopem os nossos ouvidos. Jesus deixou claro uma norma de vida para que a humanidade não caia nas malhas da lei de causa e efeito.

Ninguém, quando caminha para o bem deixa de satisfazer essa lei do Carma. Se todos os homem compreendessem que o mal é para eles próprios, como disse Jesus, é a sua condenação, não haveria maldade, não haveria pessoas aumentando sua culpa, seu pecado, como hoje acontece.

Se as religiões se preocupassem em ensinar verdadeiramente isso, se cada um fosse o sacerdote da sua fé, da compreensão e da Lei Divina haveria uma humanidade onde ninguém faria o mal, porque já sabia, antecipadamente, que esse mal recairia sobre ele. E, pelo egoísmo humano; pela compreensão humana, temeroso efe não faria mal a ninguém.
No futuro, essa humanidade será realmente cristã, pois, então, como disse o padre Alta:
"Cristianis-Alta Cristi" - O Cristo está dentro de nós. Cristianismo é vivência.
É experiência em Deus. É prática constante da caridade e do bem. É contenção da língua diabólica, que causa enfermidade e dor.

É justamente aquilo que Thiago falou:
O auxílio ás viúvas desamparadas, o auxílio as criancinhas órfãs, para que não haja, no futuro, párias na sociedade e cada criança cresça, seja educado com a noção do poder que está dentro de cada um. É compreender que a força bruta não educa a ninguém. 0 que educa é a humildade daquele que é educador e o educando recebe essas vibrações de amor e se modifica".

Portanto, cada um de nós, cônscio dessa responsabilidade, não condenará a ninguém, não condenará as autoridades, não julgará á ninguém porque, como vimos no tema de hoje, quando aquela adúltera ia ser apedrejada conforme a lei, o Mestre imediatamente se comunicou com o Alto (como sempre devemos fazer em circunstâncias difíceis), e disse:
"Quem estiver isento de pecado atire a primeira pedra". Ninguém atirou a pedra porque todos eram pecadores. Como também pecadores somos todos nós, pois temos dentro de nós um tribunal divino que é a própria consciência.

Livrando a mulher daquela condenação terrível, daquela grande humilhação pública o Mestre amorosamente apenas a aconselhou: "Vá e não tornes a pecar."

Meus irmãos, não errem mais pela língua, ajudem a vencer a tentação que assalta a toda a humanidade, seguindo os conselhos de Jesus, porque, a voz que desce do alto é mansa, humilde, pacífica, tolerante, harmônica e traz para cada um a alegria de viver. E é esta alegria, que reina no mundo espiritual. É desta alegria que Jesus quer que a humanidade moderna desfrute, evitando os caminhos que podem conduzí-las ás forças do mal. Jesus deseja que a humanidade siga feliz e não sofra.

Portanto, repassando:
Se nós quisermos falar a língua dos anjos, se nós quisermos fazer a caridade, se nós dispusermos, hoje a conter a língua, não devemos julgar a ninguém, pois esta precipitação de julgar é força inimiga que está dentro de nós querendo a nossa queda. É, como já disse, um motivo de enfermidade, de infecções terríveis, que a medicina não pode curar. Mas, a maior assepsia para o nosso corpo e o nosso espírito é manter a aliança e o contato com Deus com o refrear de nossa língua, para vivermos em paz e felizes.

Graças a Deus!

Palestra psicofônica do irmão LUIZ DA ROCHA LIMA, domingo, 21-04-1985.
Assunto determinado por FREI LUIZ, sob inspiração do mesmo e do FREI BENEDITINO KELLY.
fonte:http://www.lardefreiluiz.org.br/index_br.html

O DESENVOLVIMENTO

A mediunidade física é um dom inato, necessita de muito tempo e muita paciência para alcançar seu pleno desenvolvimento.

A correria e o alvoroço dos dias de hoje exigem sucessos instantâneos que não podem produzir grandes médiuns mentais ou físicos, principalmente que sejam capazes de pesquisarem lentamente, de procurar a verdade com paciência e finalmente alcançar a convicção de que a personalidade humana sobrevive após a morte corporal.

O estudo da raça humana dos tempos imemoriais é um objeto de lição para todos, todavia não observamos essas lições que temos aprendido, não vemos o presente no passado; e o que é o presente, senão o resultado dos acontecimentos passados, dos erros anteriores, das tolices consumadas?
O que nos falta realmente é simplicidade e conhecimento da essência do espírito.

Quais são os sentimentos durante uma sessão?
Ficamos completamente cientes do que é divulgado? Entramos mesmo em transe durante uma sessão? Geralmente ficamos muito lúcidos e podemos ouvir tudo o que é dito, tanto pelas pessoas que estão na sessão como as vozes do espírito em nossa mente.

O médium não começou ainda a realizar o que pretende ser verdadeiramente, no sentido real; ser preparado para se dar em amor e colocar-se a serviço de Deus; realizando isso, o poder que emana do espírito pode mudar não só a si mesmo, mas através dele, possivelmente o mundo todo.

Há muitas religiões diferentes, muitas até confusas, com conflitos de idéias e pensamentos; no entanto só há uma única verdade: verdade da vida eterna, que todos nós morrendo, vivemos. Os espíritos desejam ardentemente o bem estar da humanidade.

Muitas pessoas pensam que um médium é como uma máquina; colocamos o dinheiro e automaticamente a máquina funciona. Não é assim. Seria perigoso e fútil para qualquer médium dirigir sessões durante todo o tempo, ao capricho desta ou daquela pessoa, no momento em que desejam.

Os guias espirituais protegem os médiuns, para que não se desgastem, pois pretendem conservar seu poder, com a finalidade de ser usado esses dons para fazer comunicações e fazer caridade, de alto valor para o mundo todo e na necessidade.

A mediunidade deve ser usada eficazmente para ajudar tantas pessoas quanto for possível, sem sobrecarregar as próprias forças e o sistema nervoso.

Devemos estar conscientes que, apesar de sermos médiuns, não devemos esperar por uma vida fácil, nem imaginar que temos o direito a privilégios especiais.
Assim foi dito:
“Não teremos tudo o quisermos, mas durante todo o tempo em que servimos com fé, seremos providos com tudo o que precisamos.”

Algumas vezes poderão ficar desapontados, deprimidos e sentir que não estão fazendo progresso suficiente. Não se pode precisar o tempo que levará o desenvolvimento espiritual de cada um. Com alguns ele demora anos, com outros aparece muito depressa, se perseverarem. Mas, tenham fé, sejam sinceros de espíritos e usem seus talentos para servirem à comunidade.

A ignorância e o egoísmo dos homens têm trazido grandes sofrimentos para a humanidade e as pessoas perguntam: Por que Deus permite essas coisas? Investiguem e procurem um elo através dos espíritos e lembrem-se da promessa de Jesus quando se reunirem:
“Vede, Eu estou sempre com vós”. Sigam em frente, fortalecidos, e saibam que também vocês estarão servindo. Sejam Seus servos, Suas crianças e a Paz Eterna virão até vocês.

Cada ser humano possui uma substância conhecida como ectoplasma, que é a força vital. O corpo físico de um médium possui esta substância em quantidade muito maior do que a maioria das pessoas.

Durante uma sessão mediúnica, esse elemento ou força vital e que algumas pessoas chamam de poder, é retirado do médium e moldado pelos espíritos numa réplica do organismo físico vocal, que dizemos “caixa vocal”.
O espírito comunicante concentra seus pensamentos nessa “caixa de voz”, fazendo criar uma freqüência ou vibração, devendo equiparar a freqüência vibratória conforme o aparelho possa receber. Utilizam os médiuns, como veículo de evolução espiritual, tornando-se guias, orientadores e amenizadores do ser humano.

Os espíritos que se comunicam com a matéria, vêm nos dar forças e poder, afim de tornar possível o caminho para várias entidades evoluírem ou outras comunicações de importância para a humanidade.

A personalidade humana sobrevive após a morte corporal, isso devemos admitir e estamos convictos. Percebemos a ruptura dos valores morais, o fracasso da autoridade, a estagnação das igrejas e o empobrecimento da vida familiar e de nossa juventude rebelde que, à procura de algo, é guiada a uma falsa percepção química de alguma outra coisa, que as drogas alucinógenas podem lhe dar momentaneamente , porém a um alto preço. Entre esses abandonados e iludidos jovens podem existir grandes médiuns em potencial, cujos talentos nunca se desenvolverão, pois há poucos espíritos que podem dar convicções mostrando-lhes o caminho da verdade.

A missão da mediunidade é tratar das almas, ajudando-as a se livrarem de suas velhas e estagnadas idéias, medo, ódio e preconceitos, que impedem seus progressos espirituais.

As pessoas precisam saber que um homem é o que ele pensa, e pelos seus pensamentos e ações cria seu próprio céu ou inferno no outro lado da vida.

autor desconhecido

domingo, 29 de novembro de 2009

SEXO E MEDIUNIDADE

1- Sexo como paixão exagerada é sentimento passageiro.
Mediunidade espontânea e educada é satisfação eterna.

2- Sexo mal orientado e mal adestrado pode trazer "amigos" interesseiros e interessados.
Mediunidade vivida profundamente atrai os verdadeiros amigos idealizadores da evolução.

3- Sofrer por sexo mal aplicado nos engedra por caminhos desconhecidos, desorientando-nos e enfraquecendo as energias vitais.
Mediunidade analisada, sentida, nos traz a direção da verdade, mostrando o que somos e o que pretendemos ser.

4- O sexo é ponto de equilibrio emocional, bem se está quando ele completa o amor sincero.
Mediunidade é o emocional equilibrado, quando bem vigiada não se cai nas tentações momentâneas, nefastas, superficiais e inibidores do próprio ser.

5- Sexo como fonte de energia armazenada é alicerce para sensibilidades apuradas.
Mediunidade (energia armazenada), floresce e ativa a emoção para o amor sincero.

6- Sexo não é lazer, do qual se faz um brinquedo frágil que pode ao se quebrar aflorar as mais difíceis e incompreensíveis desilusões.
Mediunidade séria é acalanto de fraternidade, é conhecimento das relidades da vida, é o prazer aberto e doado a quem mostrar interesse de progresso.

7- Sexo não é pecado. Pecado é não querer saber que ele é fruto das mais íntimas sensações consensuais. Uma sensação consensual com satisfação passageira pode nos levar a séculos de recuperação íntima.

Mediunidade é o estado consensual equilibrado.

"Sexo equilibrado ---- Mediunidade equilibrada"

"Sexo desiquilibrado--- Não há mediunidade"

Caboclo Sete Flechas
Psicografia na Umbanda

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CANDIDATO AO MEDIUNATO

É muito bonito reconhecer e admirar as qualidades espirituais dos outros:
a inteligência, a generosidade, a delicadeza, a nobreza de sentimentos.

Mas, quase sempre, fica uma pontinha de despeito em quem falta uma ou outra, principalmente os talentos intelectuais para a arte, a música, a poesia, a oratória, a liderança.

Minha gente, tudo isto tem um preço. Quem traz hoje estas facilidades pagou o preço do esforço e da dedicação, do empenho, muitas vezes, até do sacrifício. E estes dons estão disponíveis pra todos que resolvam encarar os mesmos desafios.

Não tem milagre, nem mágica, só tem estudo e prática, estudo e prática, estudo e prática.

Quantas pessoas sonham com uma mediunidade frutífera, produtiva. Isto também, teve um preço, pago em seguidas reencarnações, porque só a vida cai do céu e é dada de presente. O tempo dentro da vida é nossa dádiva divina. O resto é conquista, resultado do desenvolvimento de si mesmo nos campos da virtude e do conhecimento.

Da mesma forma, se vocês vivem hoje neste planeta, tiveram as oportunidades que tiveram, estudaram ou não, cada uma destas coisas é merecimento particular de cada um.

Se você tem possibilidade de se abrigar sob um teto, desfrutar de uma série de confortos e praticidades, foram conquistas suadas. Se, graças a Deus, você não está num leito de dor, é porque na justiça de Deus, você não está precisando disto. O que não significa que não venha a precisar... E, se você precisa disto, neste momento, tenha paciência, que não é para sempre.

Se vocês moram num país que não tem vulcão nem terremoto, é merecimento de vocês, o que não significa que vocês não possam merecer estar nestas condições, no futuro, dependendo das suas ações e dos seus pensamentos.

Tudo é muito flexível nas leis divinas, os acontecimentos se moldam de acordo com as suas atitudes. Então, antes de querer ser artista, músico ou orador, visualize a estrada de trabalho e esforço pessoal que conduzem até lá.

Se você deseja uma mediunidade produtiva, comece a usar bem aquilo que já possui, que assim, você se candidata a maior responsabilidade. Não despreze a vereda do estudo, das leituras esclarecedoras. E acima de tudo, não invente faculdades que não existem, apenas siga com boa intenção as inspirações superiores dos Amigos Espirituais, que a sua sinceridade e desejo verdadeiro representam o ponto de partida para que, algum dia, esteja apto a realmente prestar serviços à Humanidade encarnada e desencarnada.

A mediunidade bem dirigida não é uma senda de glórias, mas sim a opção pelo trabalho árduo e nobilitante.

No entanto, seja o que for, nas áreas da cultura ou das potencialidades da alma, só tenha bem claro que nada, nada nos vem de graça, como nada na vida dos sábios e dos santos que hoje reverenciamos apareceu de uma hora pra outra como obra da sorte ou do acaso.

Calunga/Rita Foelker

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

COMO SURGIU O HINO DA UMBANDA?

Muitos conhecem, cantam ou já ouviram o Hino da Umbanda, uma canção que fala de paz e de amor, que faz com que nosso corpo se arrepie de emoção.
Mas, infelizmente, sua origem é desconhecida por grande parte dos Umbandistas.
Sendo assim, vamos aprender um pouquinho mais falando hoje sobre o surgimento desta obra prima.

O Hino da Umbanda foi composto na década de 60, há cerca de 46 anos, por um cego que em busca de sua cura foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Embora não tenha conseguido a cura por ser sua cegueira cármica, ficou apaixonado pela religião e escreveu uma canção para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra maneira. Apresentou a composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto que resolveu apresentá-la como Hino da Umbanda, o qual em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, foi oficializado para todo o Brasil.

É importante saber que não se deve repetir a ultima estrofe do hino; que em sinal de amor e respeito pela religião coloca-se a mão direita sobre o peito e que, como para qualquer hino, não se deve bater palmas ao final de sua execução, as palmas acontecem quando saudamos a Umbanda


Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
É do reino de Oxalá
onde há paz e amor.

Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar.

A Umbanda é paz e amor,
é um mundo cheio de luz,
é a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,
como a nossa lei não há,
levando ao mundo inteiro
a bandeira de Oxalá!

por Mãe Mônica Caraccio - Minha Umbanda

MEDIUNIDADE OU VAIDADE ?

Podemos e devemos falar sobre mediunidade sem termos a danada da vaidade.

Meus filhos muitas vezes me cobram estar mais elegante, mais esbelto, com uma aparência, digamos, mais dentro dos padrões atuais, mas não me vejo usando roupas caras, tênis de ultima moda, sapatos de pelica … e olha que lá nos meus anos dourados, ou seja, na época da brilhantina, não podia ficar de jeito nenhum fora de moda …rsrsrs….

Hoje, mais maduro, me sinto muito bem calçando minha sandália da humildade, como brinca meu filho, com roupas simples e muito pouco luxo. Não que eu não goste de ter uma vida tranquila, com minhas contas pagas e as vezes fazer um passeio diferente, muito menos que deixe de ser cuidadoso com minha aparência, minha higiene e meus modos, mas trabalho para me livrar do conceito e dos padrões de exigência do ser humano atual.

Vejo muitas vezes algumas pessoas virarem de ponta cabeça para serem o mais especiais possível, donos de seus luxos e, pior, da espiritualidade. Acham mesmo que são proprietários da sua espiritualidade, se bobear com escritura e tudo! “Se tenho meus guias são eles quem mandam”, “Minhas entidades são tudo perante o todo” e pior é que acham ser melhores que todos sendo individualistas e únicos, esquecendo do contexto de um terreiro e dos irmãos que estão ao redor.

Diz um conto muito interessante do vaidoso que pensa fazer uma boa ação e depois tira proveito para si:
Uma donzela encontrou um sapo na floresta que disse-lhe:
– Se me beijar deixarei de ser sapo e me transformarei num competente professor.
Ela com a convicção de que estaria fazendo o melhor para os dois, afinal um professor para lhe ensinar tudo não seria nada mal, levou o sapo para casa e passou a cuidar dele.
Algum tempo depois, o sapo perguntou-lhe:
– Você não vai me beijar para eu virar um professor?
– É claro que não! – respondeu ela. – Não preciso aprender mais nada com você pois já tenho o que eu queria . Posso ganhar muito mais dinheiro com um sapo falante do que com um professor!

Bem, isto caracteriza a desvalorização da caridade e valorização da vaidade, do poder e do dinheiro, mas o enfoque aqui é outro. Quanta gente agradece o pouco dinheiro que ganha e dignifica o trabalho que tem! Há pessoas que lutam dia e noite pela sobrevivência e nunca reclamam!

A melhor explicação para isso está na espiritualidade que conquistaram. Dizemos que os homens são como pássaros: voam de dia e voltam ao ninho à noite.
O problema é que o ‘dia’, às vezes, significa anos de escuridão para o ser humano. O importante, então, é disponibilizar tempo para a espiritualidade.
Se estivermos envolvidos com bons propósitos a chama de amor nunca se apagará. Porém se estivermos mascarados de bondade e admiração mas por trás tivermos a vaidade de querer ser o melhor imaginando que ter conquistado um posto dentro de um terreiro significa que quem manda “sou eu e minhas entidades”, ledo engano, mais dia ou menos dia tudo vai por água abaixo.

Costumo dizer à minha companheira que quando estamos fracos é que somos mais fortes e unidos! Com certeza, me refiro ao amor de nossos Pretos Velhos que nos congrega como irmãos. Costumo afirmar que, infelizmente, a doença deste século é a vaidade. Quando tudo dá certo, dizemos: “Eu fiz!“, e desprezamos a graça dos Orixás e a ajuda de tantas entidades e aliados que, na fraqueza, são pilares para a nossa sobrevivência.

No século XIX, um grande pregador foi convidado a discursar para o rei e, quando ia começar a reflexão que havia preparado, simplesmente ‘deu branco’! Ele, então, pregou falando de sua fraqueza e de como era pequena a sua sabedoria. Assim, realizou uma das melhores oratórias de sua vida e encantou a todos. Pois é, sem vaidade, tudo flui melhor.

Embora Aruanda não seja almejada somente por bons médiuns, é certo que lá chegará quem mais se aproximar de Olorum aqui na Terra. Por exemplo: quem acolhe o próximo com amor e caminha na fé, sem ser individualista está próximo de Deus. E Deus nos ama tanto que não nos poupa de sofrimentos para crescermos em espiritualidade. Nas situações adversas, se desejarmos, acumulamos muitos tesouros em Aruanda. Posso falar por mim que, com tantos dissabores familiares, sustos com a saúde daqueles que muito me são caros e tantos tropeços, aprendi grandes lições. E as recompensas têm sido maravilhosas!

Mas, isso é valorizar a espiritualidade ou cultivar a vaidade? Se eu não fizer minha reforma intima e me policiar cada vez mais é possível cair em tentação e inverter os valores. Pode até parecer estranha esta colocação: a vaidade e a mediunidade caminham muito próximas de nós a todo momento, porém, quanto mais crescermos em espiritualidade, mais nos afastamos da vaidade.

Isso deveria ser o correto, mas será que é? É uma luta diária e constante!

Porém, senhores médiuns, não valorizem demais a sua super mediunidade esquecendo daqueles que lhes reergueram e de seus irmãos em Oxalá imaginando que são super heróis de seu próprio ego. Em algumas fases da vida, fui muito vaidoso e arrogante também, mas superei lembrando daqueles que me levaram à plenitude da espiritualidade. Hoje, a caminhada é mais fácil, amando aos sagrados Orixás sobre todas as coisas e testemunhando seu amor por mim, através de um trabalho religioso pacifico, discreto e silencioso.

Peço a benção dos mais velhos, aos quais devo muitas das minhas experiências; peço agô ao meu Pai Xangô pelos meus erros e peço, principalmente, guarnição ao Guerreiro que comanda Nosso Terreiro e é grande ancestre de minha companheira Mãe Mônica Caraccio.

Paz e Luz

Pai Marco Caraccio - Minha Umbanda

QUEM TEM MEDO DA MEDIUNIDADE ?

Esse é um ponto que merece bastante atenção e um esclarecimento maior mas, na gigantesca maioria das vezes, observamos que esse medo é reflexo da falta de conhecimento sobre o que é a mediunidade e como tratá-la.

O primeiro ponto a ser esclarecido é de que a mediunidade não é escravidão, mas uma grande oportunidade de evoluir espiritualmente, visto que, não somos matéria mas sim espíritos em experiências no Plano Material.

Outro ponto importante a esclarecer é que aquelas frases que todo mundo escuta, como: “é um caminho sem volta” ou “nunca mais poderá sair dessa vida” até têm um certo sentido, mas estão sendo mal interpretadas.

Pense comigo:
ser médium não é uma escolha atual ou uma determinação externa, mas uma opção e essa opção foi sua em algum momento do passado, por isso, a mediunidade não surge de repente só porque você está frequentando um Terreiro ou um Centro. Você optou por ser um intermediário entre o plano espiritual e material, você foi, você é e você sempre será médium perante os Planos Espirituais Superior e Inferior, por isso, a mediunidade é sim o seu caminho e, querendo ou não, é sem volta pois não tem como apagar a sua Luz Interior, a Luz da mediunidade que você tanto desejou, pediu e se esforçou para conquistar.

Então, olhe para o Alto, olhe para si e agradeça por ser eternamente Luz, pois é a sua conquista, é o seu dom dado por Deus. Saiba que essa Luz ninguém lhe tira e ninguém apaga, portanto, assuma-a e deixe-a refletir com orgulho, alegria e toda a sua gratidão a Deus, afinal, é muito bom ser um instrumento Dele.
Saliento que a mediunidade só é uma escravidão ou punição quando não há conhecimento sobre o quê, como, quando e de que forma ser médium. Quando não se sabe ‘abrir e fechar’ a mediunidade, quando não se tem todas as Forças Espirituais Superiores e Inferiores alinhadas, ordenadas e equilibradas, ou ainda, quando se perde o amparo e a proteção do Plano Superior Divino.

Fico impressionada com a quantidade de médiuns que se recusam a desenvolver a sua mediunidade por medo, e aí esclareço que só através de um bom desenvolvimento é que se adquire atributos como equilíbrio, ordenação e amparo.

Observo que muitas pessoas têm medo de incorporar e acreditam que isso é algo do outro mundo, mas mal sabem que muitas vezes estão incorporando em suas próprias casas ou em qualquer local sem nenhum cuidado ou conhecimento.
Isso acontece naquela hora da briga onde se perde o controle sobre os atos e sobre as palavras, acontece naquele momento em que se fala o que não se pensa ou quando se faz aquilo que não se quer, e aí vem a culpa, a sensação de “como pude fazer isso?” e o arrependimento. Vejam, nesses momentos pode ter havido uma irradiação, uma influência e até mesmo uma incorporação do baixo astral, de espíritos zombeteiros ou vingativos que se aproveitam do desequilíbrio e da negatividade do médium e fazem a festa.

Acreditem:
isso é muito comum de acontecer, só que ninguém tem medo, talvez por não saberem que uma incorporação pode acontecer de forma tão sutil, só dependendo da afinidade que o ser tem em relação ao espírito desencarnado.
O pior é que isso pode acontecer a qualquer momento e em qualquer local, basta não ter domínio sobre a mediunidade e sobre si próprio.

Se todo esse medo da mediunidade acontece por falta de explicação ou conhecimento, então saiba que tudo é muito simples e se você se ajudar com um pouco de boa vontade e dedicação aos estudos umbandistas, tudo fica ainda melhor.

Acredite, é muito melhor ter esse Dom equilibrado do que viver perturbado e sem prosperidade na vida, pois a espiritualidade traz sim a prosperidade, talvez não essa prosperidade financeira em que a maioria pensa, mas a prosperidade de alma, e essa não se compra em lugar algum, somente se conquista.

E se mesmo assim você ainda acha que a mediunidade é uma escravidão, eu digo para você:

“Prefiro ser escrava de Deus e dos queridos Guias Espirituais do que ser escrava da doença, da miséria, do chefe, do vício, do marido, do dinheiro, da mãe ou do que quer que seja.

por Mãe Mônica Caraccio - Minha Umbanda

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ANIMISMO E MEDIUNIDADE (ANIMISMO x MISTIFICAÇÃO)

Definição de animismo

A palavra ANIMISMO vem do latim ANIMA que significa alma e foi usada, pela primeira vez, por Alexander Aksakov em seu livro “Animismo e Espiritismo” para designar “todos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano e, mais especialmente, os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo.”

André Luiz em seu livro “Mecanismos da Mediunidade”, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, define animismo como sendo “o conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação.” Já Richard Simonetti em seu livro “Mediunidade – Tudo o que você precisa saber”, diz que animismo, “na prática mediúnica, é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio.”

Ramatis no livro “Mediunismo”, pela psicografia de Hercílio Maes, diz que “animismo, conforme explica o dicionário do vosso mundo, é o “sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos os fatos intelectivos e vitais”.
“O fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do Além-Túmulo.”

Partindo de definições como estas o termo passou a ser usado de forma negativa e pejorativa para tudo aquilo que fosse produzido por um médium, mas que não tivesse qualquer contribuição ou participação de espíritos desencarnados. Com essa definição o animismo passou a ser o pesadelo de todos os médiuns, especialmente os iniciantes, por ser usado como sinônimo de mistificação e fraude.

Animismo e mistificação

No entanto, mistificação é outra coisa completamente diferente, caracterizada pela fraude consciente do médium e a simulação premeditada do fenômeno mediúnico, com intenção de enganar os outros. Médium mistificador, portanto, é aquele que FINGE, premeditada e conscientemente, estar em transe mediúnico, recebendo comunicação de espíritos desencarnados quando, na verdade, está apenas inventando a mensagem para impressionar ou agradar as pessoas que estão à sua volta.

A atuação anímica do médium, por sua vez, acontece de forma quase sempre insconsciente, de modo que o próprio médium dificilmente consegue perceber a sua própria interferência ou participação no fenômeno que manifesta, não conseguindo separar o que é seu do que é criação mental do comunicante, mesmo quando o fenômeno, em si, é consciente.

É o que nos diz Hermínio C. Miranda em seu livro “Diversidade dos Carismas”, quando afirma que “o fenômeno fraudulento nada tem a ver com animismo mesmo quando inconsciente. Não é o espírito do médium que o está produzindo através de seu corpo mediunizado, para usar uma expressão dos próprios espíritos, mas o médium como ser encarnado, como pessoa humana, que não está sendo honesto nem com os assistentes nem consigo mesmo. O médium que produz uma página por psicografia automática, com os recursos do seu próprio inconsciente não está, necessariamente, fraudando e sim, gerando um fenômeno anímico. É seu espírito que se manifesta. Só estará sendo desonesto e fraudando se desejar fazer passar sua comunicação por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que não for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum espírito desencarnado.”(grifo nosso)

Animismo não é defeito mediúnico

O animismo não é, portanto, defeito mediúnico e nem deve ser tratado como distúrbio ou desequilíbrio da mediunidade ou do médium.

Na verdade, como parte dos fenômenos psíquicos humanos, deve ser considerado também parte do fenômeno mediúnico já que, como diz Richard Simonetti no livro já citado, “o médium não é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite, utilizando-se de seus próprios recursos“.(grifo nosso) “Se o animismo faz parte do processo mediúnico sempre haverá um porcentual a ser considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do médium.”

Hermínio Miranda, no livro já citado, diz que, “em verdade, não há fenômeno espírita puro, (grifo nosso) de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, anímicas.”

Interessante também vermos algumas anotações de Kardec referentes a instruções dos espíritos, em “O Livro dos Médiuns”: “A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra.” (…) “O espírito do médium é o intérprete porque está ligado ao corpo que serve para a comunicação e porque é necessária essa cadeia entre vós e os espíritos comunicantes, como é necessário um fio elétrico para transmitir uma notícia à distância e, na ponta do fio, uma pessoa inteligente que a receba e comunique.”

Em nota de rodapé, José Herculano Pires que traduziu a 2ª edição francesa de “O Livro dos Médiuns” diz que “o papel do médium nas comunicações é sempre ativo. Seja o médium consciente ou inconsciente, intuitivo ou mecânico, dele sempre depende a transmissão e sua pureza.”

Quando Kardec, ainda no mesmo livro, pergunta se “o espírito do médium não é jamais completamente passivo”, os espíritos lhe respondem dizendo que “ele é passivo quando não mistura suas próprias idéias com as do espírito comunicante, mas nunca se anula por completo. Seu concurso é indispensável como intermediário, mesmo quando se trata dos chamados médiuns mecânicos.”

Hermínio Miranda, citando ensinamento dos espíritos no livro de Kardec, diz ainda que “assim como o espírito manifestante precisa utilizar-se de certa parcela de energia que vai colher no médium para movimentar um objeto, também para uma comunicação inteligente ele precisa de um intermediário inteligente, ou seja, do espírito do próprio médium. (…) O bom médium, portanto, é aquele que transmite, tão fielmente quanto possível, o pensamento do comunicante, interferindo o mínimo que possa no que este tem a dizer. Reiteramos, portanto, que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica. (grifo nosso) O cuidado que se torna necessário ter na dinâmica do fenômeno não é colocar o médium sob suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma e sim, ajudá-lo a ser um instrumento fiel traduzindo, em palavras adequadas, o pensamento que lhe está sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.

Animismo como coadjuvante no fenômeno mediúnico

Quando Kardec, ainda no “O Livro dos Médiuns”, pergunta aos espíritos se “o espírito do médium influi nas comunicações de outros espíritos que ele deve transmitir”, recebe a seguinte resposta: “Sim, pois se não há afinidade entre eles, o espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às suas tendências.” Em seguida, Kardec lhes pergunta se “é essa a causa da preferência dos espíritos por certos médiuns”, ao que os espíritos respondem: “Não existe outro motivo. Procuram intérprete que melhor simpatize com eles e transmita com maior exatidão o seu pensamento.”

Vemos, portanto, que mais que parte integrante, o animismo é, até certo ponto, condição necessária para o fenômeno mediúnico, garantindo a sintonia adequada para que a transmissão seja o mais fiel possível às idéias do comunicante. Sem o conteúdo do médium é muito mais difícil para o espírito transmitir-lhe suas idéias e o que pretende com elas.

De posse do conteúdo mental e até emocional do médium, no entanto, torna-se muito mais fácil para o espírito fazer-se entendido podendo, assim, transmitir com mais naturalidade e desenvoltura o seu raciocínio.

No livro “Mediunismo”, Ramatis nos diz que “mesmo na vida física é necessário ajustar-se cada profissional à tarefa ou responsabilidade que favoreça o melhor êxito ou eficiência para alcance dos objetivos em foco. (…) Da mesma forma, o espírito do médico desencarnado logrará mais êxito ao se comunicar com o mundo material, se dispuser de um médium que também seja médico. Quando o médium e o espírito manifestante afinizam-se pelos mesmos laços intelectivos e morais, ou coincide semelhança profissional, as comunicações mediúnicas tornam-se flexíveis, eloqüentes e nítidas. (…) Os espíritos não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas comunicações espíritas porque o seu escopo principal é o de orientar os médiuns, aos poucos, para as maiores aquisições espirituais, morais e intelectivas, a ponto de poderem endossar-lhes, depois, as comunicações anímicas, como se fossem de autoria dos desencarnados.”

Notamos, assim, que a preocupação com o animismo é muito mais de médiuns e dirigentes, do que dos espíritos que se comunicam nas reuniões mediúnicas.

Mediunidade consciente, semiconsciente e inconsciente

Mediunidade consciente é aquela em que o médium, como o próprio nome diz, permanece consciente durante todo o transe, registrando a mensagem e quase tudo o que se passa à sua volta durante a comunicação e participando ativa e conscientemente do fenômeno, imprimindo à mensagem muito de suas características pessoais. Neste caso, a comunicação se faz mente a mente, telepática e/ou energeticamente, sem o desdobramento do médium. Mais de 70% dos médiuns apresentam este tipo de fenômeno.

Mediunidade inconsciente é aquela em que, ao contrário da anterior, o médium, a partir da ligação com o espírito comunicante, fica inconsciente, incapaz de registrar qualquer parte da mensagem ou mesmo de qualquer coisa que ocorra à sua volta durante o transe. Neste caso, o médium é totalmente afastado de seu corpo físico, permanecendo projetado durante a comunicação, e o espírito assume o comando do órgão físico correspondente ao tipo de mensagem (psicografia - braço e mão; psicofonia – garganta; ectoplasmia - cérebro) a ser transmitida, sem que o conteúdo da mensagem passe pela sua mente.

Entre as duas, poderíamos citar a mediunidade semiconsciente que é aquela em que o médium percebe o que se passa à sua volta, mas não é capaz de registrar completamente todos os detalhes, nem mesmo da mensagem que está transmitindo. Neste caso o médium é afastado parcialmente de seu corpo físico e o comunicante se coloca entre este e o seu perispírito, ligando-se tanto com a sua mente como com o órgão físico correspondente ao tipo de mensagem, atuando duplamente.

Importante notar que fenômeno mediúnico consciente não é o mesmo que fenômeno anímico.

No fenômeno consciente, a mensagem não é do médium, embora ele esteja consciente de todo o processo e participe do fenômeno que ocorre com ele, sem interferir no seu conteúdo, sem deturpar a idéia central da mesma. O estilo, o vocabulário, a forma e o tom da mensagem são seus, mas o tema, a idéia, a essência e o conteúdo são da entidade. Por este motivo, médiuns conscientes costumam transmitir mensagens muito parecidas em termos de estilo e forma, porque é mais ou menos como se recebecem dos mentores um tema e alguns tópicos para redação e coubesse a eles desenvolvê-los, com seu jeito e palavras.

Já no fenômeno anímico, é o espírito do próprio médium que se comunica e dá a mensagem através de seu próprio corpo em transe, na maioria das vezes sem que tenha consciência de que é ele mesmo que está passando a mensagem, mesmo que esteja consciente do fenômeno e durante o fenômeno. Ou seja, ele pode até estar consciente de tudo, mas não tem consciência de que é ele mesmo que está se comunicando e transmitindo uma mensagem. Ele pode acompanhar o desenrolar da comunicação, mas não sabe que o comunicante é ele mesmo, ou uma porção inconsciente de sua própria consciência ou espírito…

Importante ressaltar também que é possível a espíritos encarnados se afastarem de seu corpo físico, em desdobramento ou projeção, e se manifestarem por intermédio de outros encarnados que sejam médiuns sem que, no entanto, este seja um fenômeno anímico. Na verdade, este é um fenômeno mediúnico entre encarnados (ou entre vivos como, incorretamente, se convencionou chamar, já que vivos somos todos encarnados e desencarnados), pois caracteriza-se pela interação espiritual de duas consciências encarnadas diferentes.

Animismo como conscientização para o estudo e a prática constantes

Se, como diz Hermínio C. Miranda, não há fenômeno mediúnico sem participação anímica, é importante que o médium se conscientize da necessidade e da importância do estudo sistemático e da prática constante, como meios de garantir uma participação anímica de melhor nível nas comunicações mediúnicas que se fazem por seu intermédio. Quanto mais conhecimento técnico e teórico tiver o médium, mais fácil será para mentores e amparadores encontrarem, em seus arquivos mentais, material em sintonia com as mensagens a serem transmitidas. Da mesma forma, quanto mais prática, quanto mais vivência mediúnica e espiritual tiver o médium, mais fácil será para ele mesmo compreender o sentido do que lhe é transmitido, podendo repassar com mais segurança e desenvoltura as idéias que recebe mentalmente.

Capacidades anímicas erroneamente classificadas como capacidades mediúnicas

Sendo o animismo a interferência, participação ou mesmo manifestação do espírito do próprio médium no fenômeno, vamos notar que determinadas capacidades psíquicas, classificadas como mediúnicas são, na verdade, anímicas por serem capacidades inerentes ao próprio ser humano, pois não dependem da interferência ou ação de mentes externas, encarnadas ou desencarnadas, para se manifestarem.

Vejamos alguns desses casos:

- clarividência, incluindo a precognição, a retrocognição e a visão à distância, que são tipos de clarividência;

- telepatia que, embora precise de outra mente para se caracterizar, é anímica, funcionando como interação entre receptor e emissor;

- psicometria, que poderia ser considerada também um tipo de clarividência, já que se trata da visualização de fatos e cenas, geralmente passados, relacionados a objetos;

- clariaudiência;

- transmissão de energias, seja por que técnica ou método for, desde o passe comum até bênçãos, etc.

- desdobramento ou desprendimento astral, mesmo os ocorridos durante trabalhos mediúnicos ou os provocados mediunicamente, ou seja, por espíritos desencarnados.

Acontece que, muitas vezes, estas capacidades são despertadas ou desenvolvidas com a ajuda direta de espíritos desencarnados, dando a impressão de serem mediúnicas. Nesse caso, a capacidade é anímica, pois é da pessoa e poderia se manifestar sem o auxílio de espíritos, mas a sua manifestação é mediúnica, pois só acontece quando entidades desencarnadas atuam, com energias e fluídos, sobre os comandos que a controlam. Acontece também de, muitas vezes, os espíritos desencarnados se comunicarem com as pessoas por meio dessas capacidades anímicas, dando também a impressão de serem mediúnicas.

Nesse caso, a capacidade é anímica, pois existe independentemente da presença dos desencarnados, mas o uso é mediúnico, já que é utilizada para a comunicação ou a transmissão de mensagens de espíritos desencarnados para os encarnados.

Maísa Intelisano

fonte: Povo de Aruanda

domingo, 22 de novembro de 2009

SONHOS

O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura.

Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente. Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo. Fazendo uma analogia séria como uma "fotografia" do inconsciente. Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional.

Os sonhos têm uma linguagem própria.
Pensemos no seguinte exemplo:
Ao ver duas pessoas estrangeiras que falam um idioma que não é do nosso conhecimento, nunca diriamos que elas não sabem falar. Na verdade, o problema é que não conhecemos aquela língua (sua estrutura, sua gramática, etc).

O mesmo acontece com os sonhos. Sua linguagem são os símbolos. Para entender seus variados conteúdos, temos que estudar os símbolos.

Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e de desenhos, Carl Gustav Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.

Existem outras correntes, que vêem o sonho de modo diverso.
Alguns neurocientistas, de modo geral, afirmam que o sonho é apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem.
Essa teoria só não explica como esses enredos supostamente desconexos são responsáveis por grandes insigths, como em Thomas Edison, por exemplo.
Edison, que estava a desenvolver o fonógrafo e dormia muito pouco, certa vez sonhou com a manivela, finalizando o seu projeto em 1877.

Francis Crick, um dos cientistas que descobriu a forma em dupla hélice da molécula de DNA, sonhou com duas cobras entrelaçadas na noite anterior à grande descoberta. O beatle Paul McCartney sonhou com uma melodia, acordou, foi para o piano e compôs “Yesterday”, um dos maiores clássicos de todos os tempos.

Há muitos outros casos de sonhos reveladores em várias áreas da ciência e da arte. O que não impede que os sonhos sirvam também para recuperar a saúde do organismo e do cérebro.

Oniromancia, a previsão do futuro pela interpretação dos sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: consta na torá e na bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos.

No Novo Testamento, São José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar à Israel.

Na história de são Patrício, na Irlanda, também figura o sonho. Quando escravizado, Patrício em sonho é avisado de que um barco o espera para que retorne à sua terra natal.

No Islamismo os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens dininatórias, enquanto os pesadelos são consideradas armadilhas de satã.

Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema religião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores.

Pensadores e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitz também tiveram em sonhos visões reveladoras.
Em 10 de novembro de 1619 Descartes em viagem à Alemanha teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekule propôs em 1865 a fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma cobra que mordia a própria cauda.

Abraham Lincoln também teve um sonho revelador. Segundo Abraham, ele ia a um velório e quando perguntou quem era todos disseram que era o presidente dos Estados Unidos. Pouco tempo depois Abraham foi assassinado.

TIPOS DE SONHOS

Existem muitos tipos diferentes de sonhos. As pessoas vem estudando-os, tentando entendê-los e dividindo-os em grupos.

Sonhos criativos: Pessoas que tem sonhos criativos representam seus sonhos através da pintura ou mesmo através de livros.

Sonhos lúcidos: A pessoa está sonhando, sabe que está sonhando e conseguem controlar o que está acontecendo como se estivessem direcionando um filme. Essas pessoas conseguem se encontrar com outras pessoas pelo seus sonhos e depois quando acordam, descobrem que a pessoa com quem sonharam tiveram o mesmo sonho com as mesmas pessoas e as mesmas coisas.

Pesadelos: Sonhar com monstros, fantasmas significa que você está com medo de alguma coisa na vida real e que precisa ser confrontado. Se você sonhou que você está preso em algum lugar, isso significa que você está preso à uma situação na vida real.

Sonhos previsíveis: São sonhos em que a pessoa que está sonhando alega que certos eventos irá acontecer no futuro.

Sonhos repetitivos: Se você sonha com a mesma coisa mais de uma vez, isso quer dizer que alguma coisa está te preocupando na vida real.

Sonhos sensuais: Todos nós sonhamos sobre sexualidade, especialmente quando estamos passando pela fase da puberdade. É perfeitamente natural sonharmos com esse tipo de coisa em qualquer estágio de nossas vidas.

SIMBOLOS EM SONHOS

Existe diversos jeitos de entender os sonhos. A melhor maneira de entendê-los é seguir seu coração e sua intuição.
Apresentamos uma lista com os símbolos mais comuns que aparecem nos sonhos.

Árvores: São símbolos da vida e também podem significar família.

Voar: É um símbolo clássico. Pode vir em forma de pássaros ou aviões, mas todos eles querem dizer liberdade.

Números: São bastante significantes. Cada número tem um significado diferente.

Morte: Geralmente não é sobre alguém que está morrendo. Pode significar o fim de uma fase da sua vida ou o fim de alguma coisa que não é mais útil para você.

Jardins: Representam como você está se sentindo no momento. Se você sonhou com um jardim, tente lembrar dos detalhes, como se parecia e se tinha muitas flores.

Cruzamento: Quer dizer que você tem muitos caminhos diferentes para você escolher e tomar na sua vida. Preste atenção nas placas que você vê no seu sonho, isso poderá ajudar você a tomar uma decisão.

Nascimento: Literalmente pode significar a chegada de um bebê mas também pode significar o começo de uma nova vida.

Prédios: Representam você mesmo. Se você tem sonhos com corredores e cômodos é porque você está tentando entender você mesmo.

Montanhas: Significam coisas que você mais deseja em sua vida. Também podem siginificar obstáculos que devem ser superados.

Comida e bebida: Aparecem em sonhos quase que sempre, mesmo estando sem fome ou sem sede. Siginifica que você precisa de alguma coisa extra em sua vida.

Mapas: Pode nos mostrar qual é o caminho que devemos tomar e também pode significar viagem pela frente

fonte:sonhos, libertação da alma

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

INTUIÇÃO E SABEDORIA

COMO A INTUIÇÃO E A SABEDORIA INTERIOR PODEM FORTALECÊ-LOS DURANTE OS MOMENTOS DIFÍCEIS

Todos nós fomos criados com uma sabedoria interior inata que orienta as nossas vidas, serve como um "barômetro da verdade" e nos ajuda a tomar importantes decisões em pontos decisivos e críticos em nossas vidas. Alguns chamam a esta dádiva natural de intuição ou orientação espiritual.

Cada um de nós se conecta com a intuição nos seus próprios e exclusivos modos. Aqueles com dádivas artísticas ou musicais podem invocar a sua musa para inspirá-los com idéias criativas. Aqueles cujo trabalho envolve grande resistência física ou mental, podem se conectar com a sua sabedoria interior, desafiando-se intensamente a romperem as barreiras que usualmente permanecem entre eles mesmos e as suas dádivas interiores. Alguns podem ter vidas muito agitadas com pouco tempo para se sintonizar com a sua orientação interior, mas os seus sonhos servem como mensageiros para compartilharem com eles a informação importante que podem não ter captado no meio de um dia agitado.

Nossa intuição é um presente profundo que conecta o nosso eu físico encarnado com a nossa essência divina espiritual. A alma pode se comunicar com o nosso eu encarnado através desta linha de luz, e podemos desenvolver esta conexão interior com o decorrer do tempo, através da meditação, da prece e do desejo de nos conhecermos mais profundamente.

Nossa intuição pode ser de grande benefício em todos os momentos em nossas vidas, e especialmente durante os momentos de grande stress ou dificuldade. Em situações onde estamos nos defrontando com desafios inesperados, tais como a perda de um amado, ou uma enfermidade, emoções muito intensas surgem de dentro de nós. Nossos apoios habituais são removidos ou abalados, o que pode nos levar a sentir desorientados, desprotegidos, sem qualquer coisa em que nos apoiar.

Nossa intuição pode servir como um compasso de orientação, apontando-nos em direção aos apoios que precisamos para superarmos as dificuldades que estamos encarando. Quando as nossas mentes nos traem porque nos sentimos oprimidos, a voz de nossa sabedoria interior se expressa claramente e se repetirá tão freqüentemente quanto necessário.

Se nós estamos acostumados a estar no controle de nossas vidas, e então subitamente somos defrontados com uma situação que não podemos administrar, nós podemos nos sentir assustados e desesperados porque os nossos métodos usuais de enfrentar as situações, não estão mais funcionando. A intuição, entretanto, funcionará sempre, até nas mais terríveis circunstâncias, porque o nosso eu humano encarnado no mundo físico está sempre conectado com o nosso Eu Superior.

Em um momento de desafio ou crise, os nossos sistemas espirituais de apoio são ativados dos reinos espirituais. Nossa conexão com a intuição ou com a orientação é fortalecida, e estes amorosos seres nos reinos espirituais que nos zelam e guiam as nossas vidas, proporcionam um auxílio extra.

Se nos acostumamos a não considerarmos a nossa sabedoria interior, ou a simplesmente ignorarmos as nossas partes intuitivas, através de anos de negligência, pode parecer como se não pudéssemos encontrar o filamento de luz que nos religaria a nossa fonte. É importante compreender que não importa quão desconectados nos tornamos de nossa sabedoria interior divina, ela está sempre presente e disponível para nós. Ainda que tenhamos erguido barreiras para excluirmos a nossa orientação interior por algum tempo, estas podem ser removidas através de nossa diligente prece e intenção.

Se estivemos desconectados de nós mesmos por muito tempo, o processo de reconexão criará freqüentemente velhas emoções, pensamentos e memórias que possamos ter escondido de nós mesmos, e com os quais não estávamos preparados para interagir. Durante esta fase de re-equilíbrio, é útil participarmos de algum tipo de sistema de apoio espiritual ou emocional que possa ajudar a estabilizar a nossa conexão interior com o Espírito.

Um dos aspectos mais desafiadores do processo de cura é lembrarmos que as emoções e as memórias do passado estão surgindo a fim de serem curadas e liberadas. Um sistema de apoio pode nos ajudar a ancorarmos no poder de nosso ser interno, a permitirmos que as emoções e sentimentos passem através de nós e sejam liberados do nosso corpo, mente e espírito.

Enquanto acontece este processo de limpeza, a intuição e a sabedoria interior são naturalmente fortalecidas, pois há menos barreiras entre nós mesmos e o Espírito. Esta conexão interior mais profunda pode proporcionar uma fonte de sabedoria, de liberdade, de capacitação e de conforto durante os momentos difíceis, e nos sustentará através da vida com mais amor, alegria e paz.

A sabedoria interior é uma grande dádiva, e tenciona não somente a abençoar as nossas vidas individuais, mas compartilhar com outros, abençoando toda a vida através de nossa conexão com o divino.

Mashubi Rochell

domingo, 15 de novembro de 2009

ELEMENTOS DE MAGÍA

Nós, mentores responsáveis pela linha do conhecimento do Ritual de Umbanda Sagrada, às vezes (muitas para ser franco) nos sentimos magoados com a falta de explicação acerca dos elementos de magia, pois ela é de competência dos pais e mães de Umbanda.

Infelizmente, eles têm dedicado tão pouca atenção a esse assunto, que muitos Guias de Lei (espíritos atuantes na incorporação) sentem-se constrangidos quando têm de “receitar” certas obrigações aos consulentes das tendas onde atuam.

Sim, existe um descaso total nesse aspecto, e isso tem dado farta munição aos adversários religiosos da Umbanda, e mesmo do Candomblé, pois esse desconhecimento de causa pelos próprios médiuns os tem impedido de sustentarem suas próprias praticas mediúnicas, todas fundamentadas na movimentação de elementos mágicos ou magísticos.

Mágico = movimentação de energias
Magístico = ativação de processos mágicos

Quantos médiuns não desconhecem o próprio significado das velas coloridas que acendem aos seus orixás?

Quantos não desconhecem o porquê da queima de pólvora ou dos banhos de ervas ou de sal grosso?

Quantos fazem obrigações, mas intuitivamente, porque desconhecem seus reais fundamentos?

Quantos não cantam os “pontos”, mas sem convicção ou vibração, só porque desconhecem seus fundamentos ocultos, seus poderes vibratórios e magísticos, e mesmo, seus valores rituais?

Quantos, ao fazerem um “despacho”, não se sentem constrangidos, pois desconhecem o real significado e valor simbólico que eles têm pra quem os recebe?

São tantas perguntas semelhantes a estas que é melhor pararmos por aqui e comentarmos o que já temos, senão nosso livro irá virar uma enciclopédia.

Mas seremos objetivos para não nos alongarmos demais nesse capítulo.

Vamos aos elementos rituais:
Normalmente uma oferenda contém vários elementos materiais que à primeira vista parecem não ter fundamento.
Mas na verdade, todos têm e são facilmente explicáveis.

Frutas, velas, bebidas, flores, perfumes, fitas, comidas, etc., tudo obedece a uma ordem de procedimentos, todos afins a que se destinam.

Senão, vejamos:
Frutos:
são fontes de energias que têm várias aplicações no plano etérico.
Cada fruta é uma condensação de energias que forma um composto energético que, se corretamente manipulado pelos espíritos, tornam-se plasmas astrais usados por eles até como reservas energéticas durante suas missões socorristas.

As frutas também servem como fontes de energias sutilizadoras do corpo energético dos espíritos, e como densificadoras dos corpos elementares dos seres encantados regidos pelos orixás e que atuam na dimensão espiritual, onde sofrem desgastes acentuados, pois estão atuando num meio etérico que não é o deles.

Para efeito de comparação, podemos recorrer aos trabalhadores que manipulam certos produtos químicos e precisam ingerir grandes quantidades de leite para desintoxicá-los ou aos que trabalham em fornalhas e precisam ingerir grandes quantidades de líquidos para se reidratarem. Sim, os encantados são seres que, quando fora das suasdimensões de origem sofrem fortes desgastes energéticos.

E esse mesmo desgaste sofre os espíritos que atuam como curadores, quando doam suas próprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os encarnados.

É certo que para si só, um espírito ou um encantado não precisa de alimento algum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas esferas mais densas sofrem esgotamentos parecidos com os mineiros que trabalham em minas profundas. E os que atuam como curadores doam tanto de suas energias que muitos precisam descansar um pouco após socorros mais demorados junto aos enfermos.

Já escreveram tanto sobre Umbanda, Espiritismo, Candomblé, espiritualismo, etc., e, no entanto ensinam muito pouca ciência espiritual no que escrevem.

Bem, voltando ao nosso comentário, o fato é que as frutas têm muitas utilidades aos espíritos e aos seres encantados que atuam junto dos médiuns umbandistas.

Romã, mamão, manga, uva, abacaxi, laranja, jabuticaba, pitanga, etc., fornecem energias que podem ser armazenadas dentro de “frascos cristalinos” existentes no astral e que, depois de armazenadas, basta aos seus manipuladores lhes acrescentar uma energia mineral que o conteúdo do frasco transforma-se numa fonte irradiante, einesgotável, de um poderoso plasma energético ao qual recorrerão para curar espíritos enfermos ou pessoas doentes sempre que precisarem.

Afinal, se fosse só para “comer” os frutos, para que um guia espiritual recomendaria ao seu médium uma trabalhosa oferenda?

Seria mais prático ele comer na própria casa do médium ou ir a algum mercado, onde se fartaria de tantas frutas que neles existem, não é mesmo?

Só que ninguém atenta para isto: uma oferenda é um ato religioso realizado no ponto de forças de um orixá, que irá fornecer ao espírito que trabalha com o médium um de seus axés, utilizado de imediato, ou posteriormente, em trabalhos os mais diversos.

Uma oferenda obedece a todo um ritual magístico, que por isso mesmo, ou é feito religiosamente ou não passará de uma panacéia. Orixá algum admite panacéias em seus campos vibratórios e domínios energéticos (axés).

Reflitam sobre o que foi escrito porque a oferenda ritual seja ela como ou qual for, é um procedimento religioso. E tem de ser entendida e respeitada como tal, pois no lado oculto e invisível sempre há uma divindade que nela atuará diretamente, ou através de seus encantados ou de espíritos incorporados às suas hierarquias ativas.

Esse procedimento é correto, recomendável e fundamentado em preceitos religiosos. Só durante uma oferenda ritual os guardiões dos axés, após certificarem-se de que eles terão um uso amparado pela Lei Maior, os liberam para o uso particular dos espíritos atuantes nas tendas.
Ou alguém acredita que os axés são liberados para uso profano?
Atentem bem para o que foi escrito aqui. Só um desconhecedor dos procedimentos ritualísticos desconhece o fundamento das oferendas rituais.

Afinal, para que um exu de Lei perderia seu tempo acompanhando todo o ritual de despacho de algumas garrafas de marafo na terra?

Não seria mais lógico ir a uma destilaria e embriagar-se com os vapores etílicos, lá emanados em abundância?

Existe toda uma ciência divina nos processos ritualísticos, e um exu de Lei a conhece muito bem, além de saber manipular as energias que extrairá dos elementos materiais que lhe forem oferendados.

Apenas uma advertência aos incautos de boa fé:
já vimos frango assado em oferendas. Ou quem oferendou nada entende de oferendas rituais ou está sendo enganado por algum quiumba muito astuto, pois frango assado não tem valor ritualístico, e muito menos magístico ou energético.

Até onde sabemos, só eguns (espíritos soltos no tempo) alimentam-se das emanações etéricas dos alimentos cozidos ou de uso na mesa das pessoas. Mas quem tem uma porção de eguns atuando disfarçados de exus de Lei, isso tem!
Logo, que seus afins encarnados os alimente, certo?

Bem, o fato é que muitos exus, se exigem o sacrifício de uma ave (galo) ou de um animal de quatro patas ( bode), no entanto assim procedem por causa da poderosa emanação energética que colherá durante o ritual, já que atua em níveis vibratórios muito mais densos que o do plano material.

Existe todo um conhecimento a respeito, mas ele não está aberto a comentários, pois é ritual fechado.

As suas oferendas têm de obedecer a toda uma ritualística ou é melhor nada fazer. Além do mais, exu que vive pedindo despachos, ou está “pagando” dívidas pessoais ou não tem a força que faz seu médium crer que possua, pois exu assentado obedece aos mesmos procedimentos rituais dos orixás: nos dias de trabalho o médium tanto deve firmar o congá quanto a tronqueira onde o exu está assentado.

Assim tem procedido com todos os exus guardiões dos médiuns dirigentes de tendas, e assim devem proceder com os exus dos médiuns que o auxiliam: devem firmar sua esquerda na tronqueira do terreiro de seu pai ou mãe espiritual enquanto freqüentarem os trabalhos dirigidos por eles e sustentados no astral, tanto pelos orixás da casa quanto pelo exu guardião dela. Só procedendo assim, nenhum trabalho realizados pelos guias dos médiuns-auxiliares, refletirá sobre suas vidas pessoais.

Mas… quantos pais e mães de Umbanda tÊm uma tronqueira assentada corretamente, e com espaço suficiente para acomodar o assentamento de seus filhos e filhas de Fé?

E a quantos deles isso foi ensinado por seus pais espirituais?

Dentro dos rituais, muitas coisas têm sido relevadas pelos orixás.
Eles não imputam aos seus filhos o ônus de um procedimento errado, pois sabem que nada nesse sentido lhes foi ensinado no plano material.

Mas, se os dirigentes espirituais souberem e se dispuserem a ter uma tronqueira nesses moldes, sentirão de imediato como se fortaleceu a esquerda “geral” da tenda que dirige.

Sim, pois a partir do assentamento da esquerda de seus filhos espirituais, os exus guardiões deles, (não os exus de Lei- trabalho) passarão a dar cobertura direta aos seus médiuns, e com isso diminuirá em muito os problemas pessoais dos médiuns, e o amparo que têm d receber do exu guardião da tenda que freqüentam.
Isso é ciência, filhos de Fé!

Todo ritual ou procedimento ritualístico possui fundamentos pouco estudados pelos dirigentes espirituais, que vivem assoberbados com tantos pedidos de socorro e ajuda que recebem tanto de seus médiuns-auxiliares quanto dos freqüentadores das tendas que dirigem.

Saibam que vela é elemento magístico por excelência. Uma vela acendida pelos médiuns, ao redor do assentamento do exu guardião da tenda, mas aos seus próprios exus, de imediato ativam os mistérios cósmicos guardados por eles, e os colocam à disposição dos protetores dos trabalhos que serão realizados.

Saibam que, se todo médium tem um orixá de mesmo grau que o do dirigente espiritual, eles também possuem um exu guardião com o mesmo grau que o do guardião da tronqueira. Mas assim como o orixá do dirigente atua num campo e os de seus médiuns atuam em outros, assim acontece com os exus guardiões deles.
Exu guardião não é o mesmo que exu de Lei, pois este é o exu incorporante que atua no nível terra dando consultas ou guardando os seus médiuns.

Já, os exus guardiões zelam mistérios cósmicos (negativos), e atuam em níveis vibratórios onde as energias ali existentes são poderosíssimas, e são manipuladas só por eles, os exus guardiões dos processos magísticos negativos ou cósmicos.

Muitos médiuns possuem em suas esquerdas exus com os nomes Tranca-Ruas, Marabô, Sete Encruzilhadas, Porteira, etc., mas estes exus são os que chamamos exus de Lei ou exus de trabalho no plano terra, e que são, todos eles, sustentados pelos exus guardiões dos mistérios, que também respondem por esses nomes simbólicos só para não se revelarem ao plano material.

Saibam que os orixás regentes das linhas de Umbanda, ao contrário do que dizem ou ensinam muitos livros de Umbanda, regem tanto a direita quanto a esquerda, pois nelas exu não é um elemento solto ou que atua livremente. Todos obedecem aos orixás.
Os orixás intermediários assentam à direita suas hierarquias positivas e à esquerda as hierarquias negativas, que na Umbanda formam as linhas de caboclos e exus, caboclas e bombo-giras, etc.

Nestes pólos estão assentados orixás ou espíritos ascencionados com grau de intermediadores, e que na Umbanda são chamados de Orixás Intermediadores.

Os que estão assentados à esquerda dos orixás intermediários assumem o grau de exus guardiões e regem hierarquias que assumem os nomes simbólicos com que seus membros se apresentam quando incorporam nos médiuns para realizarem trabalhos magísticos.

Assim, se o médium firma seu exu de trabalho na tronqueira do exu guardião do templo, este passa a contar com o auxílio velado do exu guardião do médium, que não pode ser assentado ali, pois é tronqueira de outro exu guardião com o mesmo grau hierárquico, já que ambos respondem aos orixás intermediários regentes das faixas vibratórias.

Existe todo um conhecimento ainda não aberto ao plano material sobre o mistério “Exu de Umbanda”.

O que temos visto é pouco se comparado ao que é indispensável aos médiuns, pois tudo fica um tanto confuso em suas mentes por causa desse tabu que envolve os exus.
Saibam que exu precisa de seus elementos mágicos ou recursos energéticos. Tendo-os à mão, mas no plano material, melhor desempenha suas funções de protetores cósmicos e de exus de Lei, de ação e reação cármica.

Assim, temos elementos energéticos de uso exclusivo dos espíritos que atuam através da esquerda dos médiuns e não devem temer o uso que darão a eles, pois os exus são regidos pela Lei e a respeitam muito mais do que os seus próprios médiuns.

Não vamos listar os elementos mágicos usados por eles, mas que são fundamentais, não tenham dúvidas!

autor desconhecido

FREQUÊNCIAS DE VIBRAÇÃO

Todo médium (ser vivente) ao reencarnar, traz consigo para controle do invólucro material,

3 (três) Freqüências de Vibração distintas, à saber:

Freqüência de Vibração Nominal

Freqüência de Vibração Operacional

Freqüência de Vibração de Transição

FREQÜÊNCIA NOMINAL: é a freqüência original de interligação do espírito encarnado e seu invólucro material.

FREQÜÊNCIA OPERACIONAL: é a freqüência original alterada, de acordo com a necessidade da Entidade à incorporar.

FREQÜÊNCIA DE TRANSIÇÃO: é o limite de vibração do Ser, que se atingida, ocasionará o desenlace material do Ser.
A Freqüência Operacional é mais ou menos dez por cento abaixo da Freqüência de Transição.

É na maneabilidade destas freqüências que se processa o desenvolvimento mediúnico.

Suponhamos, para exemplificação, que determinada entidade (Egum) vibre numa faixa aproximada de 1.000 megas. Após a feitura de determinadas obrigações, banhos de descarga, etc., esta entidade é atraída sobre o médium, pela concentração do mesmo em combinação com o Ponto Cantado.

Nessa primeira aproximação a Entidade faz um enorme sacrifício, para descer de sua vibração original de 1.000 megas, para 100k, para onde atrai a Freqüência Nominal do médium, que com isso tem alterados o ritmo cardíaco, o pulso e a temperatura.

Assim que cessa o cântico, a Entidade retorna à sua vibração original, permitindo desta forma que a freqüência do médium retorne também à sua faixa nominal.

Na próxima vez em que o médium estiver em corrente vibratória de desenvolvimento, ao ser cantado o ponto específico daquela Entidade, o médium automaticamente passará, se bem concentrado, a vibrar na freqüência de 100k, anteriormente alterada pela entidade, o que facilita a aproximação da mesma; quando do término do Ponto, a Entidade se retirará, deixando a alteração da Freqüência Nominal do médium dobrada (200k), para que o mesmo, da próxima vez vibre automaticamente nesta última freqüência.

E assim se sucederá, tantas e quantas vezes necessárias for, para que o médium atinja a freqüência de operação ideal, quando então a Entidade já firmada, poderá manusear a sua máquina de transmissão sem embargos outros.

HÁ PERIGO DE VIDA NA INCORPORAÇÃO E DESINCORPORAÇÃO DE ENTIDADES?

Sim, pois se a Entidade opera idealmente a 10% da Freqüência de Transição do médium, qualquer quebra de corrente, pode provocar a ultrapassagem do limite operacional, atingindo a Freqüência de Transição e nesta ocasionando o desenlace (morte) do médium, pela ruptura do elo de ligação entre o Espírito encarnado e o corpo físico.

No momento da incorporação, com a aproximação da Entidade, a Freqüência do médium sobe vertiginosamente, para atingir a sua faixa operacional, e uma quebra de corrente neste momento, provocará a ausência do Dreno no momento propício ao equilíbrio da Freqüência Operacional.

Por outro lado, é igualmente perigoso, com risco de vida, uma quebra de corrente no momento exato em que a Entidade solta o médium a 10% de sua Freqüência de Transição; poderá ultrapassar a dita freqüência, em vez da tendência natural de baixar, ocasionada pela elevação da freqüência, na dita quebra de corrente. Há que se lembrar que a expansão da freqüência é bilateral (Positiva e Negativa) pois que ao atingir o médium sua freqüência de operação positiva, para a incorporação das Entidades necessárias à determinado trabalho, atingirá também a sua freqüência de operação negativa, por meio da qual trabalhará o empregado, o capangueiro, o Exu, enfim o elementar predestinado ao trabalho de SAPA

Ao atingir a sua freqüência de operação, é dispensável ao médium que se preocupe se tem ou não Consciência, porquanto, a consciência, a semiconsciência e a inconsciência são fatores dependentes diretos do Grau de Evolução do médium, ficando destarte independente da freqüência de operação.

ENCOSTO: É a vibração de uma freqüência negativa sobre o Ser, superior à sua Freqüência Nominal positiva, neutralizando-a.

POSSESSÃO: É a vibração de uma freqüência negativa que atinge o Ser no ponto exato da sua freqüência nominal negativa, tentando substitui-la.

Tudo na vida é a resultante de duas forças antagônicas.

Assim também o é na missão mediúnica.

A ATRAÇÃO (positiva) e a REPULSÃO (negativa) geram na vida material do Ser, uma resultante, conhecida como PERSONALIDADE.

Na missão mediúnica, estas duas forças antagônicas geram uma resultante conhecida como GRAU DE EVOLUÇÃO.

CODIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS DIVERSAS FREQÜÊNCIAS QUE ATUAM SOBRE OS SERES ENCARNADOS

Descrição:

A Freqüência +10 -10 - Chama-se Freqüência Nominal, ou seja a normal do ser vivente
B Freqüência +20 -20 - Início do desenvolvimento, incidência da 1a Vibração Espiritual recebida
C Freqüência +30 -30 - Desenvolvimento ativado. Freqüência só apresentada na 4a ou 5a vez em que a Entidade vibra sobre o médium
D Freqüência +30 -10 - Elevação demasiada da freqüência, é marcada pelo enlevo do médium, na tentativa de tornar-se só positivo, prejudicando destarte o equilíbrio indispensável; Também pode ser considerado como Animismo
E Freqüência +10 -10 - Freqüência Nominal, após o início do desenvolvimento. Nota-se o espaçamento entre os ciclos, demonstrando o estado de relaxamento quer material, quer espiritual do ser encarnado
F Freqüência +10 -30 - Quebra de Corrente. Quando o médium trabalha com o seu lado negativo, a freqüência semelhante
G Freqüência +30 -30 - Incorporação comprovada, dando condições para a prática da caridade. Nota-se as freqüências positivas e negativas exatamente idênticas, assim como o espaçamento entre os ciclos. É neste estado, também chamado de harmônico que a entidade pode encaixar e firmar a harmônica da sua própria freqüência, e assim permanecer enquanto necessário for
H Freqüência +10 -10 - Aparente freqüência nominal do médium apresentada na ocasião do desencaixe da harmônica de freqüência da entidade. (Desincorporação - 1a fase)
I Freqüência +10 -10 - Descarga provocada pela saída harmônica da entidade, reverberação necessária ao reaparelhamento da freqüência nominal do médium. (Desincorporação - 2a fase)
J Freqüência - Freqüência nominal do médium, após o trabalho espiritual

Item C - Também chamada FREQÜÊNCIA ALFA ou o desligamento do mundo material.
Item G - Também camada FREQÜÊNCIA TETRA ou o isolamento total e temporário do mundo material (Relaxamento ou Transe), o qual pode durar por horas.
Itens H+I+J - Este movimento de freqüências é normalmente executado em conjunto não excedendo mais do que um segundo do nosso tempo, medido no planeta.

Cada freqüência de vibração, pode gerar harmônicas, sub-harmônicas e micro-harmônicas, etc. que serão transformadas por si só em:
· 7) Freqüência de Atração
· 6) Freqüência de Aglutinação >LI>5) Freqüência de Condensação
· 4) Freqüência de Refração
· 3) Freqüência de Reverberação
· 2) Freqüência de Potencialização
· 1) Freqüência de Desintegração

que resumem a Força Potencial de um Espírito.
Quando enclausurado na matéria, esquece umas, exerce outras e desconhece a maioria.
Cabe portanto ao ser encarnado que quer fazer pleno uso consciente do seu Livre Arbítrio, através do poder de sua vontade, conhecer, aprender, exercitar e usar dentro das necessidades, as diversas vibrações da Força Potencial do seu Espírito, que deverá ser feita:
Através do seu cérebro
Através dos seus sentidos (5 materiais e 2 dois sensoriais {Vidência e Clarividência})
Através da necessidade da ajuda a ser dada à outrem

INFLUÊNCIA ANUAL DOS ORIXÁS E REGÊNCIAS

Todos os Orixás atuam sobre os seres encarnados durante todo o período de um ano, porém de maneira mais acentuada nos seus espaços de atuação direta, à saber:

ORIXÁ ESPAÇO DE ATUAÇÃO ACENTUADA ATRIBUTO


OXALÁ De 17 de dezembro (A Anterior) à 07 de janeiro (A Posterior) FORTALEZA

OXÓSSI De 08 de janeiro à 14 de fevereiro CONSELHO

XANGO De 15 de fevereiro à 05 de abril SABEDORIA

OGUM De 06 de abril à 02 de maio JUSTIÇA

ALMAS De 03 de maio à 28 de maio PUREZA

XANGO De 29 de maio à 05 de julho SABEDORIA

NANÃ De 06 de julho à 04 de agosto RESPEITO

IEMANJÁ De 05 de agosto à 17 de setembro RESPEITO

IBEJI De 18 de setembro à 12 de outubro ENTENDIMENTO

XANGO De 18 de setembro à 22 de outubro SABEDORIA

ALMAS De 23 de outubro à 18 de novembro PUREZA

OXUM De 18 de novembro à 10 de dezembro RESPEITO

IANSÃ De 18 de novembro à 10 de dezembro RESPEITO

autor desconhecido

ANIVERSÁRIO DA UMBANDA - 15 DE NOVEMBRO DE 2009

O que é a Umbanda e o que ela significa para cada um de nós?

A Umbanda é uma oportunidade divina que foi dada pela misericórdia de Deus a estes espíritos, imperfeitos e endividados que ao encarnarem assumiram a responsabilidade de servirem de meio de comunicação entre os espíritos encarnados e desencarnados.

Deus na sua infinita bondade permite-nos colaborar na obra divina, nos utilizando para erguer os caídos, enxugar as lágrimas, dar esperanças, distribuir sorrisos, ceder o ombro para as lágrimas redentoras. Com isso não só resgatamos parte de nossas dívidas, como também aprendemos valiosas lições de vida.

A Umbanda é esta religião linda que irmana e iguala os homens, sem fazer distinções quanto à sua cor, condição financeira, cultura, ou sexo.

O que interessa a Umbanda e aos seus espíritos trabalhadores é o que cada um traz no seu coração, a vontade de ajudar o seu próximo, de progredir em amor e bondade, de aprender as lições de Simplicidade com os Caboclos, de Humildade com os Pretos-Velhos, de Inocência com as crianças, de Disciplina com os Exus, de Coragem com os Boiadeiros, de Liberdade com os Ciganos, de União com os Marujos; enfim, de amor ao próximo com Jesus.

O que é necessário para ser um bom médium de umbanda?
O estudo?
O conhecimento dos rituais?
O equilíbrio emocional?
A melhoria íntima?
O desenvolvimento mediúnico?

Tudo isso um pouco, mas, sobretudo o amor ao próximo, a vontade de ajudar ao seu semelhante na necessidade, abrindo mão com isso de alguns confortos e prazeres da vida, sendo abnegado.
Deixando de participar de reuniões sociais, abrindo mão do descanso de algumas horas de sono, da alegria de estar junto da família, de seu lazer. E fazer isso sem arrependimento, porque seu Dever de Médium é também o seu Prazer em ser útil ao seu semelhante.

O Umbandista muitas vezes é chamado de ignorante, mentiroso, maligno. É encarado como praticante de magia negra, e coisas piores.
Mas não se deixa abater, sabe que isto tudo é fruto da ignorância alheia, que não conhece a Umbanda nem o trabalho de luz realizado pelos guias. Aproveita-se destes momentos em que é ofendido e agredido para exercitar sua paciência e por em prática os ensinamentos de fraternidade que aprendeu junto aos guias.

Para ser Umbandista é importante que não se espere retribuição na terra, pois somos pagos muitas vezes com a ingratidão, com a indiferença.

Algumas pessoas após resolverem seus problemas materiais através da Umbanda, viram-lhe às costas e juram que nunca pisaram num Terreiro.
Estas pessoas não receberam quase nada da ajuda que a Umbanda podia lhes prestar.
A solução dos problemas materiais não é o objetivo da Umbanda, seu objetivo é a reforma íntima dos seres, é passar os ensinamentos dos espíritos de luz aos homens.

Como o sofrimento é um instrumento para que o encarnado aprenda suas lições, o sofrimento se torna desnecessário após o aprendizado.

A Umbanda ensina que todos pertencemos a mesma família, a família Humana. Que todos somos iguais entre nós, embora tenhamos aprendizados diferentes a realizar na vida. Que podemos e devemos auxiliar nosso irmão na jornada terrena. Que podemos construir um mundo melhor para nós através da caridade e do Amor. Que estamos intimamente ligados às forças da natureza, e que a natureza deve ser respeitada e tratada com amor.

Que acima de todos nós Deus nos guarda e tem esperança de que um dia a humanidade saia da infância espiritual, pare de olhar apenas para o próprio umbigo, e finalmente olhe nos seus olhos, o reconheça e diga:

“Pai, fazei de mim um instrumento da sua Paz!”.

por João Luiz(Umbanda por Amor)

A GRANDE TRANSIÇÃO

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo- se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam- se os relacionamentos afetivos, desestruturam- se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam- se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.

Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.

Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam- se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis