sábado, 30 de junho de 2012

TATUAGEM E PIERCING NA VISÃO ESPÍRITA

O QUE PENSA A DOUTRINA ESPÍRITA SOBRE AS TATUAGENS E PIERCINGS?

Pensa que o bom senso é a melhor medida.

A doutrina espírita não se coloca contra nada, apenas orienta. Colocamos aqui o que acreditamos ser a maneira certa de agirmos para não sofrermos no futuro. Mas, a decisão em seguir ou não deixamos a critério de cada um. Primamos pelo livre arbítrio.
Não é a tatuagem que mostrará o caráter de uma pessoa. Apesar que, há certos desenhos funestos, sensuais, com palavreados chulos que, poderão ser formadores de preconceito além de atrair espíritos funestos, sensualistas que marcarão a psicosfera mental e peripiritual onde a pessoa poderá levar após sua desencarnação.
A doutrina pede também cuidado com o corpo físico. E certas atitudes são verdadeiras agressões que, muitas vezes, ferem a parte adornada, causando danos irreversíveis ao corpo físico.
"Durante o processo de tatuagem, a pele é perfurada de 80 a 150 vezes por segundo para injetar os pigmentos coloridos.
Os pesquisadores ressaltam que os instrumentos entram em contato com o sangue e fluidos corporais. Com isso, infecções podem ser transmitidas se o instrumento é usado em mais de uma pessoa sem ser esterilizado ou devidamente higienizado. Além disso, as tintas próprias da tatuagem não são mantidas em embalagens esterilizadas e podem servir de transporte para infecções. Outros riscos relacionados à tatuagem apontados pelo estudo incluem reações alérgicas, HIV, hepatite B, infecção de fungos e bactérias, e outros riscos associados à remoção de tatuagens."
A pessoa tatuada só poderá doar sangue após um ano. Então, se um filho, um amigo, um parente precisar de nosso sangue antes de um ano, não poderemos socorrer.
Segundo Divaldo Pereira Franco, pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings, são almas que ainda trazem reminiscências vivas de encarnações em épocas bárbaras, quando guerreiros sanguinários se utilizavam desses meios para se impor frente aos adversários.
Mas, muitas pessoas também fazem tatuagem por estar na moda, pelo conflito da adolescência, etc., que mais tarde, muitos se arrependem.
Então, a doutrina deve orientar e esclarecer quando possível. Proibir nunca. Respeitar sempre.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO CORPO FÍSICO PARA OS ESPÍRITAS?

O corpo físico é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito nas suas variadas reencarnações. É com ele que o Espírito pratica seus conhecimentos e vive experiências necessárias, melhorando-se dia-a-dia. Assim, devemos ter para com nosso corpo um carinho e uma atenção especial, zelando e ofertando-lhe o que de melhor a natureza pode lhe dar. Daí o necessário repúdio as drogas, desde as mais simples, como o cigarro e a bebida alcoólica, até as mais graves; daí também o cuidado com a higiene; com a alimentação e os sentimentos equilibrados, enfim, com a saúde do corpo.
Como disse Joanna de Ângelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.”

Grupo de estudos Allan Kardec

RESPOSTA ÀS TREVAS

I - Dedico este texto aos tarefeiros do bem, de todas as correntes de pensamento.

Há os que realizam passes, práticas bioenergéticas, Apometria, consolação, esclarecimento, cura, conselho fraterno. Há os que escrevem livros, ministram aulas e proferem palestras. Não importa como prestamos assistência ao próximo, desde que o façamos com dignidade e honestidade de propósito. Estamos na mesma condição: vivemos em mundo de provas e expiações, somos falíveis, cheios de defeitos, em busca de reforma íntima e de servir à humanidade.

Um dia chega um espírito obsessor de uma manada de assediadores extrafísicos. Aponta o dedo para o nosso repertório de erros, praticados nesta e em outras reencarnações — como se o obsessor tivesse errado menos.

Nessas horas temos de dar uma resposta à altura — não é para convencer o obsessor, mas para proteger nossa própria auto-estima de assédios morais que, muitas vezes, levam a pique preciosas oportunidades de melhoramento íntimo e projetos coletivos em benefício de toda a sociedade.

Este texto é genérico e, portanto, possui as limitações da generalidade. Porém, fornece argumentos lógicos e honestos, complementados por notas de fim.

II - Sim, pratico muitos erros — alguns até lúcidos —, mas reencarnei com coragem e estou aqui na luta, errando ainda, mas acertando também (1).

Sim, tenho minha “folha corrida” de defeitos, mas estou aqui enfrentando, na marra, os desafios da reencarnação, enquanto você continua neste atraso de vida, acumulando débito, perseguindo os que estão reencarnados (2).

Sim, sou um velho espírito em novo corpo, mas não sou a mesma pessoa que você me conheceu séculos atrás (3).

Sim, tenho medo, vergonha e vacilo na auto-estima e no perdão, mas embora falhe, procuro dar o exemplo com minhas atitudes — não doutrino ninguém, nem peço a outrem para fazer o que não consigo (4).

Sim, às vezes cometo velhos erros, mas não sou o mesmo. Mudei a mim mesmo e mudei meu projeto de vida. Só mudará amanhã quem tenta hoje (5).

Sim, minhas fissuras cármicas são muitas. Se sou vítima, sou vítima de mim mesmo. Mas, pelo menos, não mais prejudico ninguém por perversidade (6).

Sim, minha ignorância é patente e minha teimosia também, mas tenho estudado bastante e, mesmo ainda vulnerável a armadilhas do ego, sirvo à humanidade à minha maneira (7).

Sim, tenho momentos de hipocrisia, mas nem tanto quanto as trevas e seus assediadores, que optaram por insistir no mal e sabem do mal que praticam, em desafio inócuo à Lei Eterna, à qual me submeto da forma que posso (8).

Sim, às vezes fujo das minhas responsabilidades e da realidade que me cerca, escondo-me no ócio, na preguiça ou no vício. Mas persisto, volto à luta por dignificar a vida e a esperança de mim mesmo (9).

Sim, nem sempre estou em paz comigo mesmo, nem sempre tenho discernimento, nem sempre faço a escolha mais ponderada, mas não vivo preso ao ódio e entregue a projetos de vingança (10).

Sim, tenho momentos de blasfêmia e xingamento. Mas também tenho, em meu íntimo, melhorado na prática da gratidão, do perdão e do amor ao próximo (11).

Sim, ainda tenho atitudes de arrogância, orgulho, egoísmo e vaidade, mas já consigo vivenciar momentos de sincera modéstia e humildade sadia (12).

Sim, não sou boníssimo, mas não tenho má índole. Melhor caminhar em câmera lenta para frente do que estagnar ou caminhar para trás (13).

Sim, não estou no “céu”, nem o mereço, mas já sintonizo com ambientes mais elevados do que aqueles com os quais tinha afinidade em meu passado mulimilenar ou mesmo recente (14).

Sim, sou fraco, mas enfrento, assim mesmo, as vicissitudes da vida e ajudo meus companheiros de jornada evolutiva, pondo em prática alguns bons exemplos de conduta, frutos da minha perseverança no melhoramento íntimo (15).

Sim, estou sempre tentando, de novo. Às vezes, fracasso. Tenho minhas recaídas. Mas persisto. Há tempos reneguei o fracasso maior de teimar na prática do mal lúcido e consciente (16).

Apesar de meus erros, não perco meu tempo monitorando a desgraça alheia. Foco minhas energias em melhorar, o que, inexoravelmente, conseguirei (17).

III - Este texto-resposta foi criado pensando nos obreiros anônimos dos centros, templos, casas, lojas e institutos, de cunho religioso, esotérico ou espiritualista.

É preferível errar — com o perdão da expressão chula — sendo “meia-boca” ao trilhar o caminho do bem do que primar pela excelência na prática do mal (esta, sim, é o maior empecilho à evolução inexorável do espírito, o maior gesto de fraqueza e estupidez que alguém pode ter).

Magos negros e seus asseclas baixam em casas de assistência, listam o cabedal de erros e incoerências dos obreiros, sem ouvirem uma refutação substancial e realista.

Não adianta apenas repetir à exaustão frases de efeito tiradas do Evangelho. Sejamos contundentes quando necessário e, ao mesmo tempo, lembremos que melhorar a si próprio é uma escolha de foro íntimo, que depende da nossa perseverança.

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NOTAS:

(1) Erro lúcido não se confunde com a consciente e lúcida opção pelo mal (opção das trevas): erro lúcido significa comportamento consciencial patológico, compulsivo, devido a uma brecha cármica, diferente do mal lúcido, opção das trevas.

(2) Magos negros são exímios fujões da reencarnação. Sabem que não podem enganar as leis cármicas e que, por isso, vão sofrer terrivelmente quando reencarnarem — estamos em situação menos grave porque estamos reencarnando periodicamente e, a cada reencarnação, nos melhorando, ainda que à custa de muita dor e sofrimento.

(3) Assediadores extrafísicos perseguem seus desafetos. Os obsessores tentam convencer (mesmo que por meio de sugestões subliminares) os obsediados de que estes não mudaram, mas apenas se esconderam em novos corpos. Não interessa. Estamos enfrentando as difíceis condições de uma reencarnação em um mundo de provas e expiações e, a cada reencarnação, evoluímos, embora nem sempre com a rapidez que gostaríamos.

(4) O problema não é possuir defeitos, mas querer convencer um obsessor a perdoar, quando você também não perdoa. Jamais peça um espírito para fazer o que você ainda não conseguiu. Tenha consciência das suas próprias fissuras. Mais psicologia aplicada, menos demagogia.

(5) Temos compulsão a repetir os erros do passado. É importante tentar melhorar todos os dias e tomar consciência desse processo.

(6) Todo obsessor aproveita as fissuras cármicas, os aspectos negativos da personalidade do obsediado. Faz isso de forma consciente, intencionado à prática do mal. Se você tem essa fissura, a culpa é sua e não do obsessor — ele apenas entra pela porta aberta que temos de suar para fechar em definitivo.

(7) Não importa o que você é, algum bem você pode fazer. Eu uso meu talento de escrever e lecionar, minha mediunidade e projeção (viagem astral). Se você sabe cantar, cante músicas com letras positivas. Se sabe se comunicar verbalmente, fale coisas boas (benéficas à humanidade). Se sabe distribuir sopa, distribua. É importante que faça alguma coisa em prol de todos. Usar este texto somente como oração decorada de nada adianta — tem de ter ressonância em seu coração.

(8) Todos somos falsos em algum nível. Temos, por exemplo, as máscaras do ego, bem como as máscaras sociais, profissionais e sexuais. A pior hipocrisia é a do mal lúcido e consciente, própria de espíritos trevosos que têm a desfaçatez de apontar os erros dos tarefeiros do bem, de gente que, mesmo com suas imperfeções, efetivamente ampara a humanidade, na medida de suas possibilidades.

(9) Há muitos tarefeiros em duras provas cármicas, lutando em sua intimidade solitária para melhorar. Precisamos perseverar. As trevas se alimentam da falta de esperança. O viciado tem tendência a procurar o vício — nestes casos, só o amor auxilia, com eficácia muito além das críticas dos colegas de jornada evolutiva, que não possuem esses vícios, mas possuem outras brechas cármicas também profundas. Se há disputa em casa de assistência, o obsessor já entra se achando o dono da razão.

(10) Sabemos que perdoar é difícil — nem por isso, devemos fazer poupança de ódio ou ressentimento em nossos corações. Tem gente que todo dia deposita mais um pouco de ressentimento na poupança do coração. Se, no momento, não há condições de praticar o perdão, que, ao menos, não sejam alimentados sentimentos tão francamente negativos como o ódio, sintonia certa para obsessores.

(11) Não adianta proselitismo moralista — mais do que não ajudar, atrapalha, por passar a impressão de que só vale a pena a conduta moral ideal, absolutamente irrepreensível, o que nos desanima, considerando o precário estágio evolutivo da humanidade terrestre. Temos nossos rompantes de estupidez. Porém, temos também momentos de bênção e poesia — se não têm, crie-os. A evolução espiritual não se faz da noite para o dia, em saltos quânticos.

(12) Apesar dos nossos rompantes, mantém-se indispensável buscar — intensamente e com sinceridade profunda — a modéstia, a paciência e o perdão sinceros. Conheça a si próprio e se esforce para não repetir os erros passados. Não se culpe, não se condene e procure não deixar a auto-estima cair. É preciso buscar autoconhecimento por meio de meditação e reflexão — técnicas diferentes e igualmente eficientes.

(13) Não somos nem anjos nem monstros — temos atributos de um pouco dos dois. Piores são as trevas que, por escolherem a maldade lúcida, agravam a própria “folha corrida” cármica dia-a-dia, em círculo vicioso. Já nós, pelo menos, avançamos na senda evolutiva, ainda que lentamente.

(14) Orai e vigiai, orai e bioenergizai. Façamos a nossa parte, tendo prudência e vigilância em relação a nossos pensamentos e sentimentos e mantendo as orações e as práticas bioenergéticas em alto nível.

(15) As trevas são covardes: atacam em silêncio, dispondo de invisibilidade e se aproveitando da ignorância e da arrogância humanas. Nós, tarefeiros do bem, apesar de nossos defeitos, temos a virtude de trabalhar com a cara limpa.

(16) A gente tenta, fracassa e, às vezes, desanima. A vida é para isto: perseverar. Se você se entrega, perdeu a razão. Fracassadas são as trevas, que optaram — de forma lúcida e consciente — pela sistemática prática do mal. Terão de pagar ceitil por ceitil, em dezenas de reencarnações.

(17) Quer pobreza de espírito e atraso de vida maiores que vigiar (e fofocar sobre) os erros alheios? Quem faz isso tem a vã pretensão de preencher o vazio interior com o prazer de manchar a reputação dos outros.


Por Dalton Campos Roque

A INFLUÊNCIA DOS ORIXÁS SOBRE NOSSO CORPO FÍSICO E PSÍQUICO

Assim como os signos do zodíaco, atribui-se personalidades para os filhos de determinados orixás, aliás, todo orixá influencia na personalidade de seu filho, é o que muito se fala nos terreiros umbandistas.
O Orixá influencia no campo psíquico do médium atribuindo-lhe uma personalidade com qualidades e outros adjetivos que devem ser superados (Nota: Não utilizei a palavra defeito na personalidade) e também no campo físico do médium, atribuindo-lhe seu biótipo.
Essa influência se deve à vibração das quais todos nós estamos suscetíveis, nos estudos kardecistas, afirma-se que dependendo de nossa freqüência vibratória, podemos estar sendo influenciados por espíritos malévolos que podem por breves momentos, assumir nosso campo psíquico forçando-nos a tomar atitudes que não fazem parte de sua personalidade.
Tudo é magnetismo, tudo está disperso no Cosmos, são como freqüências de rádios, estamos no meio onde todas elas circulam, a forma de captação depende única e exclusivamente do seu estado de espírito, de como você mesmo cria duas formas-pensamento.
Têm-se a certeza que estamos sempre influenciados no campo vibratório de onde vivemos, a vibração do Orixá não é diferente.
Nascemos sob a vibração de um Orixá nativo, vamos pegar, por exemplo, o meu Xangô. A minha freqüência vibratório é oriunda da energia de Xangô, a escola do astral da qual eu estudei, consequentemente é regida pelos ensinamentos da energia de Xangô, portanto, por algum motivo, vindo com essa energia, significa que a minha missão terrena está sob os auspícios da Energia de Xangô.
De acordo com meus estudos esotéricos, Xangô além de ser o orixá da Justiça, é aquele que nos impulsiona aos estudos, aquele que estimula o intelecto do seu filho, diferente de Oxossi, Oxossi traz o conhecimento, traz a doutrina, Xangô impulsiona seus filhos a estudar justamente o que Oxossi traz, um estimula e concede a inteligência e outro já traz toda a sabedoria e o conhecimento pronto. Xangô é uma vibração que atua sobre advogados, escritores, o conhecimento holístico, entre outros campos de atuação, portanto, baseado em minhas pesquisas e conhecimento adquirido, minha missão aqui na Terra, é fazer jus à vibração qual eu vim, se foi por escolha ou obrigação, não sei dizer.
Claro que a vibração de Xangô traz muitas qualidades, além dessas que eu citei, geralmente são pessoas amigas, justas, entre outros adjetivos que não convém dizê-los para que eu não seja apologético à vaidade.
Agora com as qualidades, também se vê os problemas, geralmente são ciumentos, violentos, possessivos, orgulhosos e arrogantes. Pois bem, aí é onde começam os problemas, muitos médiuns, como eu mesmo já conheci vários deles, dizem: Eu sou ciumento por causa do meu orixá; Ah, é culpa do meu orixá eu ser assim, entre outras desculpas fúteis e infundadas.
Aquele que está acomodado com seus problemas e não pensam em mudá-los, não merecem galgar os degraus da evolução, é muito fácil culpar o orixá e acomodar-se aos problemas que em vários sites de Umbanda costumamos ler; Isso é muito simples, ah, eu sou assim por causa da minha Oxum.
Com o perdão da palavra, isso é coisa para ignorantes, não devemos nunca ficar parados e inertes com a situação que vivemos, sim, devemos sempre aprender, crescer e mudar, superar os nossos problemas, talvez, justamente eu vim sob os auspícios de Xangô porque eu fiz jus pelas qualidades que tenho e também por ser capaz de superar os meus problemas que já vem de outras vidas, se é normal um filho de Xangô ser possessivo, então é imperativa a sua superação, para que possamos “positivar” ainda mais essa energia e superando os defeitos, irrefutavelmente aumenta-se o número de qualidades.
O fato de se acomodar com seus problemas e culpar o orixá é digno de um covarde, e infelizmente esse tipo de atribuição ainda existe em muitos médiuns umbandistas.
E aquele que conhece o seu defeito e é incapaz de corrigi-lo por acomodação, é muito mais ignorante que aquele que ainda não tem ciência do seu próprio problema.
Portanto, é mais claro que o Sol que sempre estar sob influência vibratória, mas é imperativo que para galgarmos os degraus, primeiramente precisamos estudar, esse estudo vira uma espécie de conhecimento, e aliada à experiência, torna-se sabedoria.
Então, caros leitores, o orixá não tem defeitos, talvez a sua vibração traga assim algumas TENDENCIAS, mas acomodar com essas tendências aceitando ser um presente do destino, foge às regras do Livre-Arbítrio, uma vez o Sr. Chico Preto disse: O Livre Arbítrio é tão sagrado que nem Deus interfere, então não vamos acomodar com esses problemas psicológicos e culpar os orixás, devemos sim, aceitá-los e com nossas qualidades, aprender a superá-los e vencê-los, pois somente assim, entraremos na Senda Divina.
E vale lembrar que Nenhuma influência é mais poderosa que nossa própria força de vontade.
Talvez a vibração do Orixá possa sim formar o nosso caráter, mas não os nossos desvios, as qualidades que trouxemos, podem perceber que geralmente são as primordiais para superação dos defeitos, lembrem-se disso.
Não culpem os orixás pela sua personalidade e nem tampouco pelos seus problemas, culpem a vocês mesmo que os seus próprios pensamentos os levaram a isso, os fizeram entrar nessa vibração, então nada melhor que nós mesmos, para poder suprí-los.
Em relação ao biótipo, é outra constante, geralmente os filhos de Xangô são troncudos, possuem uma ótima saúde e uma forte estrutura óssea, e geralmente têm tendências a engordar, e repito TENDÊNCIAS.
Uma filha de Oxum na casa, que também é um orixá que seus filhos têm tendência a engordar me disse: É um saco ser gorda, minha Oxum bem que podia me dar um copo legal, faço de tudo por ela e continuo essa anta.
Questionei a dieta dela, e para quem almoça praticamente 3x ao dia e janta 2x ao dia, realmente a Oxum é culpada por fazê-la ter tanto apetite. É mais um caso da acomodação, a tendência não influencia em nada sua força de vontade, assim como dizem dos signos do zodíaco, as estrelas ditam tendências, mas não todo o seu destino.
Tanto o biótipo quanto a personalidade, sofremos sim certa influencia desde o nascimento, mas antes dessa influencia, Deus nos forneceu a Força de Vontade e o Livre Arbítrio, que pode “quebrar” essas tendências negativas da qual viemos.
Lembrem-se, o Orixá não é culpado pelos seus problemas, nem seus desvios, não é culpado pelo seu excesso ou falta de peso, temos sim características provenientes da vibração da qual estamos sujeitos, isso é fato, mas a persistência e fé, além do amor, está acima de qualquer coisa, não aceitem as condições desfavoráveis e nem se acomode com os problemas, você, e somente você, é capaz de mudar o seu Mundo, o orixá é apenas um presente Divino para que com a ajuda dele, você possa crescer como ser humano.


Xangô é justiça, devo ser justo, é minha obrigação atuar com justiça para fazer jus à Luz da qual eu vim, do conhecimento ao qual acumulei em minhas existências, devo estimular a intelectualidade, até a inteligência se expande, não é limitada e nem destinada, devo aprender para talvez passar para as pessoas, Xangô tem certa influência sobre os dons da cura, portanto, devo ser um médium que procura visar o bem estar físico e mental do próximo, Xangô influencia também o meio acadêmico, devo ter didática para o pouco que eu sei, poder instruir aqueles que iniciam sua jornada evolutiva, e assim por diante.
Sinta quais são as qualidades que você foi presenteado pra essa sua existência, sinta o porque você recebeu como energia, como vibração, tal Orixá, faça jus às qualidades das quais você veio para a Terra, cresça, torne-se a imagem dessa vibração nativa e tudo o for ruim, supere para que “positive” essa sua vibração e que você galgue mais um degrau nas escadas da Evolução.


Neófito da Luz

COERÊNCIA E ATITUDE

Minha percepção aponta à incoerência como sendo uma das maiores chagas da humanidade. O meio ambiente é assolado por um caos, os líderes mundiais discursam laudas prolongadas e carregadas de efeito, porém, nada é feito, de concreto, para a manutenção do nosso lar. Reclama-se na poluição, mas o lixo continua sendo jogado nas calçadas e nos rios. Constroem-se textos e mais textos relacionados à autoajuda, todos no topo de vendagens, ou seja, são lidos, porém, nem sempre se observam atitudes de mudança e reflexões efetivas sobre si e a relação com os outros.

A incoerência provoca uma separação, uma divisão, com algo ou alguém. Na prática, é o fenômeno de afastamento entre ideias, conceitos e pensamentos com a forma de agir e atuar consigo e os outros que permanecem ao seu redor. Os conflitos e as conveniências estão presentes desde a origem, nos sistemas involuntários, ou seja, aqueles que supostamente não escolhemos, e até mesmo os que pertencem ao nosso desejo e vontade. Inconformidades são notadas nas famílias originais. Desgosto e indisposições nas famílias adquiridas. O trabalho é percebido como obrigatório e meramente uma fonte de crédito para as necessidades materiais. Filhos são queridos, entretanto, em muitos momentos, sentidos como um tipo de incômodo, de aborrecimento.

Deseja-se e se afasta. Princípio absoluto da incoerência. O antagonismo se faz presente e remonta, com frequência, o desconhecido, a insatisfação e o vazio de tantas pessoas. Esse mecanismo dispersa e fragiliza a edificação de fatos consistentes e indispensáveis para o indivíduo e à sociedade como um todo. Além disso, é notória a identificação da frustração e da infelicidade, ou, de uma felicidade situacional e rápida de quem opta. Definições são construídas continuamente em nossas vidas, porém, nem sempre temos consciência daquilo que percebemos. Achamos, porém, às vezes somos tão azarados que não encontramos nada! Em resumo, muitas vezes, àquilo que temos como certo ou verdade absoluta, não o é. Outras vezes, tornamos nossos pontos de vista parciais, aplicados a um segmento e não a outro, bom para mim, mas não para os outros e vice e versa.

As interações devem apresentar um princípio e um fim. O princípio é do bem, conotação ética originada na Grécia antiga. Vejam que a coisa faz tempo que está sendo falada e discursada. O fim é a participação dos envolvidos, colocando em comum algo afim e estabelecendo a obra de alguma coisa. A família, original ou adquirida, o casamento, o trabalho e as vivências sociais, todas, carregam essa demanda, concluindo-se ou não. Nesse terceiro milênio, é pontual a interrupção dessas relações e a condução incompleta dos sistemas que pertencemos. Os lares estão fragmentados, as uniões afetivas desmanteladas, os serviços competitivos e ambiciosos e a convivência coletiva transformando-se numa válvula de escape para tudo isso que não se dá mais conta.

Não somos mais com as pessoas e com os processos. Estamos situacionalmente, para os outros e permanentemente para os interesses e conveniências que nos oferecem conquistas e aparências. A humanidade, cada vez mais, apresenta uma grande dificuldade para sentir, abdicar, renunciar e colocar-se à disposição, desprendido de intenções pessoais e egoístas. Hoje, equivocadamente, conceitua-se à vida que tudo pode e deve ser buscado par alcançar um tipo de êxito solitário e peculiar. Juntar e unir, formando com, deixou de ser valorizado e a aplicação de sua importância está cada vez mais distante do ideal relacional e do que se precisa para o bem estar de todos, enfim, a essência ética pregada pelos nossos amados irmãos e filósofos gregos.

A consequência para esses processos é a perda do sentido e do significado real que a vida nos oferece. Marginalizamo-nos o tempo todo para construirmos ilhas isoladas de satisfação e de aparentes riquezas. Afastamo-nos da essência dos acontecimentos e blindamo-nos da integração oriunda das diferenças que emanam de todas as pessoas pertencentes ao planeta. Assim, escolhemos, continuamente, comportamentos inadequados e nem um pouco saudáveis a serem aplicados no elemento socialização. Competimos, brigamos, conflitamos e chegamos ao absurdo de aniquilarmos os semelhantes e suas iniciativas.

Egoisticamente, adotamos a postura de delegarmos e projetarmos tudo isso para todo mundo, eximindo-nos da responsabilidade dos nossos atos e das nossas próprias opções. Culpamos o governos, os parentes, os patrões e o sistema num todo sobre as dificuldades, anulando nossa participação como parte desse grande todo. Deslocamos, compensamos e substituímos sentimentos e almas, como se fosse produtos nas prateleiras das lojas de 1,99. Racionalizamos, trocamos e antipatizamos. Tudo isso implica, simplesmente, na morte filosófica dos valores e da moral dos homens, hoje, socialmente aceitas pelo fato de terem sido internalizadas pela cultura do mais forte. Por incrível que pareça, isso é identificado, também, nas ordens que pregam a maturidade espiritual e os ritos de religação a Deus. Isso mostra que somos homens, imperfeitos, clamando por algo maior. Entretanto, apenas com a nossa reforma interna e disparando o gatilho da mudança individual é que conseguiremos uma amplitude qualitativa para as sociedades, o mundo e a realidade espiritual.

por: Clécio Carlos Gomes

O DESAFIO DA VERDADE

A aplicação da verdade em nosso cotidiano é no mínimo instigante. Há, sem sombra de dúvida, uma provocação que conduz a uma disputa interna, à realidade vigente e as necessidades de cada pessoa. É simples associarmos essa característica no momento em que pensarmos no embate que ocorre na hora exata da decisão tomada de levar ao outro a realidade dos fatos. De um lado, deparamo-nos com o evento concreto, implicando e impactando sobre o elemento vivencial de todos os envolvidos. Em contra partida, existe a relação de consequências geradas pela utilização dessa honestidade. Independentemente de qualquer motivo, a autenticidade é a essência do real, daquilo que foi realizado. Deparar-se com isso não é uma tarefa fácil, pois nem sempre temos uma estrutura de personalidade compatível com a intensidade do vivido.

Em outro sentido, afastar-se desse enredo genuíno, torna-nos réus do falso, não dando legitimidade ao ocorrido e aos envolvidos. Sem alternativa, outra história se escreve e os mesmos personagens atuam com diferentes modelos de atuação. Alguns classificariam essa definição como sendo a apresentação de uma fantasia para se levar algo inadequado e desconfortável. Um segmento diferente, já apontaria a mentira como sendo o cerne da questão. Enfim, ambas se afastam da realidade e desviam seus autores da saudável ação de bem relacionarem-se, consigo e com todos que o cercam.

O desenvolvimento humano alimenta esses dois gladiadores. A análise das consequências estabelece um embate com o eu. Ameaça, fragiliza e impõe verdades equivocadas. A onipotência conduz à arrogância e à falta de humildade, depositando nossos pés no pedestal mais alto dos relicários desejados. Abandonar essa condição é sofrido, pois leva ao reconhecimento das limitações e a exposição às atitudes fortes e intensas originadas das reações alheias. Para nos protegermos e mantermos a integridade do que idealizamos, negamos tudo o que vem contra ao controle e a condição criada. Não sendo suficiente, passamos a anular o inimigo, acreditando não fazer parte do contexto emplacado. Mecanismos de defesa, como esses, delimitam o espaço entre o indivíduo e seus pares, impedindo com que ocorra uma invasão em qualquer sentido.

Claro que essas estratégias nem sempre são suficientes. Nossa precisão em manter o conquistado e expandir os espaços a serem tomados, faz-nos desejar dominar o território que não nos pertence, conduzindo, agora não mais nossos semelhantes, mas, rivais, a participarem dessa louca magia fantasiosa. Para isso, projetamos, lançamos, para as pessoas, aquilo que nos é e cremos como uma verdade mítica e rica de conteúdo para o universo. Em relação aos afins, parceiros ou cúmplices do plágio ao fiel, movimentamos um antagônico, introjetando o que conceituamos como transparente e assim alimentamos nossos delírios de realização, em alguns casos, alucinamos desvairadamente em prol da luta incessante para a comprovação do que não é fato.

Quietinho, obediente e paciencioso, o outro gladiador aguarda, respeitosamente, a boa vontade dos temerosos. A máxima, o axioma que transparece a razão e que está alojada na mente, mesmo com qualquer tipo de defesa contrária. É a maturidade da consciência que a torna forte e eficaz. A prática orquestrada com a teoria que a alimenta. Mesmo assim, somos seres em evolução e ausentes de uma plenitude de capacidade e de habilidades. Seu aperfeiçoamento se faz importante em todo e qualquer momento da experiência chamada vida. A humildade para reconhecer essa inabilidade e a flexibilidade para a abertura, em situações múltiplas e em tempos diferentes é fundamental. Só assim a aquisição da capacidade de compreender e estar com a verdade é possível.


Essa luta sempre existirá e acontecerá, pois os desafios são enormes e quanto mais nos aperfeiçoamos, mais difíceis tornam-se as provas aplicadas pela existência. É se importância ímpar entendermos que o preparo para esse confronto está nas pequenas coisas que se instalam na rotina. A maior delegação deve ser dada as escolhas feitas, simplesmente pela razão de que livremente as fizemos. Assim, se amo, demonstro. Assumindo, executo. Desgostando, relato. Errando, reparando e dessa forma vamos nos treinando e oportunizando uma melhoria contínua para nós e para todos os que conosco convivem.

É certo que a tarefa não é fácil, talvez, muito difícil na verdade. Somente por essa razão é que falo em o desafio da verdade. A minimização disso se dá estabelecendo-se uma competição consigo mesmo, jamais com o outro. Colocando metas, adestrando-se, controlando os impulsos e revisando a cada instante o desempenho diante di si. A batalha é dentro de nós e não com os demais. O maior inimigo, ou, o colaborador mais eficaz nessa prova somos nós mesmos. Precisamos reconhecer o guerreiro que nos abita e transformá-lo num agente de paz, harmonia e prosperidade moral, espiritual e social. Acredito que dessa forma, nosso planeta tende a regenerar-se e ascender para mais próximo da luz.

por: Clécio Carlos Gomes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

SOBRE CORRER GIRA

Algumas vezes na vida nós sentimos que está na hora de seguir em frente. Na maioria das vezes é uma decisão difícil, nos faz remexer em estruturas muitas vezes sólidas, mudar rotinas, sair da nossa zona de conforto. É muito difícil, às vezes traumático e nem sempre bom em curto prazo. Mas a vida chama e temos que ir adiante.
E como agir quando isso acontece no terreiro?

Sim, isso acontece. Algumas vezes ficamos anos em um determinado centro, trabalhamos, adoramos o lugar. Mas aí, de repente e sem aviso, sentimos um incômodo. E esse incômodo vai ganhando forma, aumentando de intensidade até que pensamos: é hora de levantar âncora.

Bom… Acredito que o primeiro pensamento tem que ser: Por que estou assim?

Pode ser besteira de nossa parte. Pode ser uma simples situação que se resolve em um conversa sincera. Um mal entendido, uma falta de atenção… Algo bobo. Mas no geral, o pensamento é: hora de visitar outras casas.

Cada centro tem uma política com relação a isso. E é muito certo que seja assim. Visitar outras casas pode ter seu risco com relação ao médium e seu campo mediúnico. A diferença energética de uma casa para outra pode influenciar de alguma forma o médium e isso pode dar trabalho depois. Não é por mal, é só uma diferença mesmo. Mas pode ser por mal também afinal, existe todo tipo de gente por aí. Por isso sempre recomendo: converse com seu dirigente antes. Avise. Só isso. Ele poderá te dar instruções de como agir melhor e pode ser que nessa conversa sua situação seja resolvida.

Mas digamos que não, você está decidido a visitar outras casas.

É comum que um médium, quando reconhecido como tal, seja convidado a entrar e “dar passagem” para seu Guia. Particularmente eu recomendo que o filho dê uma desculpa educada e recuse a oferta. E por um simples motivo: Seu Guia não tem o que fazer ali. Guia em terra é Guia trabalhando e seria um desperdício de tempo seu e de seu Guia essa incorporação. Muitas vezes, por educação, acabamos deixando que isso aconteça, porém isso realmente não tem muita função a não ser que o médium esteja em real desequilíbrio precisando ser reequilibrado e isso é uma coisa que você, médium, tem que saber reconhecer.

Aliás, outro protocolo muito educado para o médium que visita um terreiro é: identifique-se para o dirigente. Ou para um dos responsáveis pela casa. Procure alguém da casa e diga sua condição, diga que você é médium de outra casa em visita. Isso também ajudará o dirigente a tomar suas providências, seja te dando um tratamento diferenciado, seja somente cantando um ponto de boas vindas. É educado de sua parte, que conhece o rito, que já é frequentador, que já trabalha, se apresentar. Com certeza os médiuns mais atentos da casa saberão que você já é filho de outra casa, nós carregamos este estigma, mas não custa nada, não é?

Não vá visitar outra casa com um milhão de guias no pescoço. A função da Umbanda é ensinar, entre outras coisas, a humildade e usar todas as suas guias só será sinal de presunção. Sei que você pode pensar que muitas guias é igual a muita proteção, mas no final das contas, que tanta proteção você precisa naquele momento, já que você é que está indo atrás de outro centro? Seja humilde, coloque a guia de Oxalá no pescoço e vá sossegado.

Não pré-julgue o centro que você vai visitar em função do tempo de trabalho do dirigente em função do seu próprio tempo, por exemplo. Se você tem 80 “anos de santo” mas está atrás de ajuda, o que importa se quem está disposto a te ajudar tenha só 5 anos? Ele está disposto a te ajudar! Preste atenção nessa frase: Você está atrás de ajuda e encontrou alguém disposto a te ajudar. Aproveite! Não se prenda a essa situação mítica de que esse alguém tem que ser mais velho que você, porque você é que está procurando ajuda! Parece óbvio quando escrevo, mas é meio difícil algumas pessoas entenderem isso. Claro que entendo a tradição, mas mesmo assim isso me parece meio absurdo: É como você, com 80 anos de idade, 60 de carreira, não aceitar ajuda de um médico porque ele tem somente 20 anos de medicina. Muitas vezes esse médico está mais apto a te ajudar do que você mesmo, está mais “antenado nas novas tecnologias” ou nas novas teorias… ou simplesmente está mais disposto a te ajudar mesmo. Isso me soa tão arrogante que fico até meio bravo… rs… É tradição? Sim. Mas na hora do sufoco, o que importa?

Por que estou escrevendo tudo isso afinal de contas?

Porque com certeza você verá coisas diferentes quando iniciar essa busca. Algumas coisas te agradarão, outras não, mas o respeito deve SEMPRE existir. Você encontrará alguns terreiros sábios; que trabalham com muitas mirongas, ervas, receitas, flores, incorporações características e palavreado típico dos Guias; e também encontrará muitos terreiros eruditos, onde encontrará Guias mais independentes, que acendem seus próprios cigarros, ou se servem sozinhos, que te dirão sobre computadores, internet, celulares como coisas de seu dia a dia, onde não haverá tantas mirongas, tantos trabalhos, tantos palavreados característicos. Mas em nenhum momento poderá passar pela sua cabeça que isso é mais correto que aquilo, assim como não exemplifico os dois modelos de terreiro aqui com distinção de importância entre um e outro: se estão na Terra, se existem aqui, é porque têm que existir, cumprem um propósito maior que não conhecemos. Se eles possuem assistência, é porque fazem de alguma forma, o bem para quem visita, mesmo que não consigamos identificar, a priori, que bem é esse. E de nenhum modo esses terreiros serão melhores que o que você já frequenta, só serão diferentes no formato, não na essência.

Não trabalhe em dois lugares. Seja honesto consigo mesmo e, acima de tudo, seja leal. Se você deseja essa situação, comunique aos dois dirigentes e veja o que eles dizem. Fazer isso escondido é perigoso e vergonhoso para você.

Se você vai fazer algum curso de alguma coisa… bom, tenha em mente que cada casa trabalha de um jeito e se você não for maduro e centrado pra entender isso, esse curso só vai servir pra te deixar mais confuso ainda.

Ah! E não saia procurando outro terreiro igual ao que você já frequenta. Você não encontrará e, se o terreiro que você frequenta é bom pra você, porque você está saindo?

Mas sempre tenha em mente que cada casa é uma casa e os problemas estão muito mais em você do que nelas. Seja sincero consigo mesmo, sempre. E quando esse dia chegar, procure se acalmar e pensar, sem egoísmos, sem prepotência, o real motivo para seu incômodo. Só assim você conseguirá tomar uma boa decisão.

Nino Denani

www.artefolk.com.br

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A FÉ QUE SALVA X AS RELIGIÕES QUE MATAM

É de suma importância diferenciar a fé e a ligação feita a Deus, das religiões. Fé é a expressão objetiva para uma realidade subjetiva e que transcende tudo aquilo que é palpável e material, ou seja, é sentir-se parte integrante de uma estrutura extra corpo e concreta que nos envolve. Não me refiro a crer, nem a acreditar em algo supostamente impalpável, falo de uma fé sentida, espontânea e natural. Um sentimento inerente, que integra e participa da vida de quem se lança a essa relação. Nada que se deseje, mecanicamente, ser verdadeiro, mas, sim, um fluxo essencial e voluntário que move para uma visão mais ampla a respeito da extensão e da finalidade do viver.

Na fé, não há a necessidade de nenhum tipo de luta para a imposição de conceitos ou ideias. Deus é a bússola e o referenciareferencial básico das reflexões e das constatações para as escolhas e a condução pelas estradas em que marcamos nossos passos. A fé não duvida, não é conveniente e nem se afasta. É presente e permanente, pois ela não deixa transparecer a negatividade e o peso das iniquidades. Ela dá a certeza da oportunidade e mostra os veículos para a transformação. A fé não é egoísta, descentralizando o endeusamento individual e a prepotência a um deslocamento coletivo onde a fraternidade e o amor imperam, sem nenhum tipo de expectativa sobre o retorno daqueles a quem se dedica.

A fé é caridosa, pois suplementa as falhas e as imperfeições pessoais, apontando diretrizes e preparando cada um para disseminarem entre seus semelhantes, possibilidades semelhantes experimentadas ao longo da vida. A fé não tem preço, nem mesmo bandeira de cartão de crédito. É infindável, inesgotável, uma fonte luminosa de alternativas e de escolhas para que a vive e repassa aos que estão à volta.

A fé congrega sem distinção, sequer questiona. Está sempre de braços abertos a todas as idades, credos, sexos, padrões econômicos. Seu único motivo é a união e a igualdade entre os homens. Por isso é aberta e flexibiliza diante do estágio evolutivo de cada semelhante. Não há radicalismos, absolutismos e autoritarismos. A fé é simplesmente amável, acolhedora e evolucionista. A fé é doutrinária do respeito, a si e ao outro, maior e principal emblema de religação a Deus, por essa razão cura, promove e salva.

As religiões são humanas, sem distinção. Lutam por uma verdade mentirosa e de forma impositora, opostamente, desrespeitando a capacidade de ver dos seguidores. São institucionalizadas, formalizadas e controladas por dogmas, ritos e mitos que prendem e selam. Pautam seus discursos em versos, capítulos, perguntas e mensagens, como se tudo isso junto, forma-se uma única verdade universal e condicionante para a salvação do planeta. Formam instituições financeiras de alta lucratividade, explorando fiéis com promessas, ilusões e materiais gráficos de auto ajuda. Lutam por territórios, tanto os geográficos como os filosóficos.

Ao invés de unificarem, segregam para formarem rebanhos. Dividem-se dentro de um mesmo princípio, onde uma doutrina quer ser melhor e mais destacada que a outra. Esquecem que o princípio é a paz e a harmonia. Constroem impérios e quando seus necessitados buscam algum tipo de ajuda, cerram suas portas para que não sejam perturbados ou incomodados. Não permitem a ampliação de informações e de conhecimentos, definindo-os como heresias para suas intenções.

Nossa história é pautada por guerras e perseguições de cunho religioso. Antes mesmo do Cristo isso já era um fato. Após as ações de Jesus, isso se reforçou em demasia. Atravessamos séculos sangrentos de combate e aniquilação da vida em nome da religião. Hoje, em pleno século XXI, terceiro milênio, o sangue ainda escorre em muitas nações e continentes em nome da guerra santa. Não é necessário atrelarmos as observações a fatos intensos, como ocorrem na Síria, no Irã ou outras regiões islâmicas. Basta ater-nos ao que as religiões provocam nos bairros, nas cidades e regiões próximas entre si e com a população em geral.

A massificação e a imponderabilidade forma sanções e prejuízos tão marcantes e negativos, quanto ações físicas diretas. O engessamento do pensamento das pessoas provoca uma morte filosófica muitas vezes irreparável. Deus não encarcera, não limita e não revela suas verdades em uma dose única. Caso contrário, não existiria o princípio da evolução muito menos a necessidade da reencarnação. Estaríamos todos prontos e sem razão, sem sentido.

Essas mesmas observações precisam ser canalizadas para as doutrinas e as filosofias espiritualistas. O Brasil, em específico, abre-se intensamente para o acolhimento da consciência das vidas múltiplas e da realidade etérica e esse fato é de grande significado para as mutações planetárias. Entretanto, percebe-se, nitidamente, confrontos similares nas posturas e nos entraves para a imposição de verdades de uma sobre as outras. Algumas se colocam como únicas e verdadeiras. Outras, como melhores. E há aquelas que não aceitam nada mais do que é descrito nas perguntas e nos capítulos repassados por alguns irmãos iluminados.

Meus irmãos, todos estamos na mesma luta e na busca equitativa de melhoria e equilíbrio. Isso é um fato, assim como a imensidão cósmica e a evolução coletiva e pessoal das almas. Logo, nada é estanque, paralisado e acabado nessa história. Vamos resgatar o amor, o respeito e a ponderação sobre as novas informações e as várias ações dos grupos espirituais. Com certeza isso colaborará e muito com a paz na Terra e nas esferas espirituais, sem matar as possibilidades e oportunidades que necessitam ser geradas.

fonte:Espiritismo e Umbanda na Apometria (facebook)
autor: Clécio Carlos Gomes