quarta-feira, 31 de março de 2010

OS CARACTERES DA PERFEIÇÃO MORAL

Antes de qualquer análise mais profunda sobre esse tema, é imperioso conhecer os maiores de todos os vícios, de todos os males da humanidade:
- o egoísmo e o orgulho.

Todos os males partem destes. Devemos verificar que toda inferioridade moral que o ser humano possui, é porque carregamos dentro de nossas bagagens de experiências, sentimentos que estão ainda contemplados no mal. Nosso trabalho é lutar contra esse câncer que faz com que não nos tratemos como irmãos, que lancemos anátema contra todo e qualquer ser humano, não sendo condescendentes com quem quer que seja.

O desprendimento e o desinteresse no seu mais amplo sentido são outros fatores a serem levados em conta quando falamos de Perfeição Moral. Não há como evoluir se não nos desfizermos das amarras que nos prendem à inferioridade. O desprendimento de tudo o que é material, todas as coisas que não nos acrescentam algo como ser humano, não nos tornam pessoas melhores, mais íntegras, devem ser extirpadas.

O desinteresse, por sua vez, é ainda mais difícil. Muitos pensam às vezes estarem fazendo caridade, mas quando vasculhamos o mais intimo de suas intenções, iremos ver algum tipo de interesse, seja material ou espiritual. Material porque às vezes, a exemplo dos políticos, fazem caridade esperando algo em troca, no caso o voto. Espiritual porque muitos fazem a caridade esperando serem recompensados no além túmulo, daí já temos o egoísmo, pensando mais em si mesmo que no próximo. Não que não devamos nos preocupar com nosso futuro espiritual, mas devemos procurar fazer o bem colocando-nos na situação de quem recebe o bem. Devemos sentir como se fossemos nós mesmos recebendo a atenção do nosso irmão.

A fim de conseguirmos contemplarmos essa perfeição em nós mesmos, não devemos abrir mão do maior de todos os ensinamentos de Jesus, o amor ao próximo, a caridade para com todos. Jesus, sabendo de todos os segredos que rodeiam a alma humana, todas as suas imperfeições, brindou-nos, dentre várias, duas lições que devem nortear a nossa vida: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Marcos 12:30-31). Pouco mais a frente, neste mesmo diálogo de Jesus com os escribas, um destes repete seus ensinamentos demonstrando entendimento, então Jesus apressa-se em dizer que aquele está próximo do Reino dos Céus – ou da perfeição relativa a que estamos tratando.

Ouso analisar este mandamento e acrescentar algo. Para que possamos amar o próximo, temos que amar a nós mesmos. Para amarmos a nós mesmos, precisamos fazer um mergulho profundo dentro de nós, no imo do nosso serr em busca de nossos vícios e virtudes. Devemos combater os vícios e elevar a virtude. Através do conhecimento de si mesmo, poderemos entender o problema que aflige o próximo, entendermos que nós somos partes de um todo, o Todo Maior, que é Deus. Onde Ele nos dá condições de analisarmos todas as situações da vida a fim de compreendermos e nos dá subsídios para entender o sofrimento do próximo e não apontá-los como juízes severos. É mister que todas as nossas reflexões levem em conta não só o sofrimento alheio, mas suas virtudes, suas qualidades e que possamos aprender com elas. Não há nada melhor que olhar para o próximo como um reflexo de nós mesmos. Não teremos condições de verter julgamentos pesados para conosco, portanto, sereremos indulgentes pa com os nonossos irmãos.

Refletir, como Santo Agosostinho nos ensinou em O Livro dos Espíritos, é imprescindível. Todas as vezes que deitarmos a cabeça no nosso travesseiro, interrogarmo-no sabermos se tudo o que fizemos no dia foi bom, se algo fizemos de errado ou se possui algo que podemos melhorar. Assim, neste exercício diário de conhecimento de si mesmo, teremos condições de exercitar o amor desinteressado para com nossos irmãos, independente de cor, raça e/ou condição social.

Como dizia um velho filósofo da Grécia Antiga: "Homem, conhece-te a ti mesmo!"

Referências
Livro dos Espíritos, capítulo 12 - Perfeição Moral
O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII - Sede Perfeitos

fonte:blog Pensamentos Humanistas

TRANSFORMAÇÃO DA TERRA NA VISÃO ESPÍRITA

A proposta aqui não é falar sobre fim dos tempos, no sentido que é dado por muitos, mas de mostrar qual é a visão Espírita deste tema controverso a fim de esclarecer os corações aflitos.

Temos em nossas mãos material suficiente para entendermos tudo o que ocorre hoje.

Jesus já falava que "os mansos herdarão a Terra" (Mateus 5:5).
Este tema é pouco compreendido, visto que muitos não entendem que a Terra que Jesus fala é esta em que vivemos hoje, mas que é um céu prometido.

Todavia, a Doutrina Espírita chegou em um bom momento para poder nos esclarecer. Ela nos informa, antes de tudo, que Jesus quis dizer que todos os planetas do universo são habitados, quando afirmou "Na casa do meu Pai há várias moradas" (João 14:2). De posse dessa informação, no desenrolar da leitura agradabilíssima e esclarecedora que é a da Codificação Espírita, leitura que devassa todas as trevas da razão e das emoções, os Espíritos Superiores nos informam que a Terra passa por um processo de transformação, onde mudaríamos de uma condição para outra.

No Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo III, Alan Kardec, com seu espírito de exímio pedagogo, esclarece para nós outros de forma didática a classificação dos mundos, que transcreverei de forma sucinta a seguir:

-Mundos Primitivos:
são os mundos onde ocorrem as primeiras encarnações do espírito. São ainda inferiores à Terra tanto moral quanto intelectualmente.
Mundos de Provas e Expiações: onde se enquadra o nosso planeta. Ainda há predominância do mal, porém há uma certa evolução intelectual que os diferencia dos mundos primitivos, devido às suas aptidções que denotam já terem certa experiência, apesar da predominância dos vícios que nos leva a identificar uma imperfeição moral.

-Mundos de Regeneração:
intermediário entre os mundos de provas e expiação e os felizes. As almas que anseiam evolução consciente, encontram paz, uma espécie de "céu", relacionado ao anterior. Além de encontrarem elementos para contribuirem para a evolução. Nesses mundos, há ainda a sujeição à matéria, ainda experimentam as mesmas sensações, porém estão insenta das paixões desordenadas que nos escravizam. Neles não há mais orgulho que emudece o coração, inveja que o tortura e ódio que o asfixia. Contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. Os Espíritos vinculados a eles necessitam muito evoluir, em bondade e em inteligência.

-Mundos Felizes:
são aquele onde o bem supera o mal. A matéria é menos densa, logo suas necessidadaes físicas são meno grosseiras, não há necessidade de se arrasarem penosamente pelo solo. O Espírto é mais livre, tem percepções que hoje desconhecemos. A morte não os assusta, já terem tranquilidade e consciencia sobre tudo que deve sobrevir para sua evolução. A duração da vida encarnada é maior. A infância é mais curta e menos ingênua. A autoridade é sempre respeitada, pois é são sociedades meritocratas e tudo é praticado com justiça. A lembrança das experiências corpóreas é mais precisa e as plantas e animais são mais perfeitos, qualificando em maior avanço que os da Terra.

Sabendo disso, podemos já entender que há um movimento já ocorrendo na Terra, que parece ser até "coincidência" quando olhamos outras profecias de diferentes povos, que é justamente a transição do mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração. O Mundo não vai acabar, definitivamente!

Podemos verificar isso não só pelas palavras dos Espíritos, mas pelos diversos movimentos que vemos na Terra, em diferentes culturas e religiões, para a espiritualização do homem, pela busca do homem integral. Vemos as crianças índigo encarnando aos montes no planeta para contribuirem para o avanço da Terra, assim como em priscas eras, quando ainda muito atrasados, os exilados de capela encarnaram aqui para cotribuir para a evolução deste orbe.

Agora que já estamos esclarecidos, não precisamos temer o final de tudo. Pois tudo é uma lei natural. Certo é que haverá muita destruição - que prefiro chamar transformação - para que possamos adiantar este processo, por isso as diversas calamidades que vemos de tempos em tempos (para mais informações leia O Livro dos Espíritos, Livro Terceiro no capítulo Lei de Destruição).

Espero ter contribuído para a calma do coração de alguns, e que todos possam ter a vontade de estudar para crescermos intelecto e moralmente.

fonte:Pensamentos Humanistas

PERSONALISMO

"O egoísmo se funda na importância da personalidade; ora, o Espiritismo bem compreendido, repito-o, faz ver as coisas de tão alto, que o sentimento da personalidade desaparece de alguma forma perante a imensidão. Ao destruir essa importância, ou pelo menos ao fazer ver a personalidade naquilo que de fato ela é, ele combate necessariamente o egoísmo." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo XII. Perfeição Moral. Parte da resposta à pergunta 917.)

Entre as expressões do egoísmo, vamos encontrar precisamente na grande maioria personalista as diversas formas, de comportamento, e mesmo a maneira de ser, caracterizadas pelo estado íntimo de rigidez e de autoconfiança nas idéias ou opiniões próprias. Esses tipos de indivíduos, pelas suas atitudes, acarretam, quase sempre, conturbações no convívio em grupos.
Vejamos alguns dos aspectos reconhecidos nas pessoas predominantemente personalistas:

a) Suas opiniões ou pontos de vista são sempre os certos e são os que devem prevalecer aos dos demais;

b) As experiências próprias são aquelas que servem de referência a resultados que se discutem com outros, desconsiderando em igual importância as experiências do próximo;

c) Em sociedades, as suas decisões e iniciativas, quando em cargo de mando, são quase sempre tomadas sem a participação dos demais;

d) Na condição de subalterno, nega-se à colaboração de um plano ou projeto quando sua idéia ou parecer não é aceito numa escolha em grupo;

e) Melindra-se na sua auto-importância quando não convidado a participar com destaque nas decisões relativas a empreendimentos do círculo que frequenta, muitas vezes até afastando-se ou ameaçando afastar-se de suas funções;

f) Sente-se valorizado quando nas funções de comando e dificilmente aceita ser conduzido pela direção de outrem;

g) Aborrece-se facilmente quando contrariado nos seus desejos ou idéias;

h) Num trabalho para obtenção de um resultado comum, acha ou age como se pudesse dispensar a cooperação dos demais integrantes;

i) A autoconvicção e a determinação nos seus propósitos é obstinada até mesmo quando incompatíveis com a situação do momento e a harmonização pretendida;

j) Teimosia e birra, revivendo questões ultrapassadas e contendas já superadas, onde sua opinião não foi seguida.

O personalismo tem sido, na humanidade, um fator impeditivo ao entendimento entre as criaturas. As lutas e separatismos são oriundos da inflexibilidade dos homens nas suas idéias e desejos. Dificilmente alguém cede em benefício da concórdia e renuncia aos seus anseios em proveito do bem comum. O egoísmo se manifesta acentuadamente nos tipos personalistas mais endurecidos. Para eles é difícil abrir mão das posições conquistadas e colaborar com espírito de caridade desinteressada.

O personalismo leva à não-aceitação, obscurece qualquer compreensão e impede a cooperação. O individualismo pode resultar do isolamento de alguns do meio comunitário, quer pela posição social, quer pela crença ou idéias políticas, filosóficas ou religiosas que adote. Esse individualismo pode agrupar homens dentro das mesmas tendências e idéias que lhes são comuns, constituindo, assim, sociedades, castas, seitas, correntes políticas, sociais e religiosas. Ainda desse modo é fator de divisões, separações e contendas.

O personalismo desagrega os grupos, destrói a força de união, enfraquece o espírito de colaboração, incrementa a competição, amplia a luta pela supremacia, leva à discórdia e às querelas, conduz à agressão, aos embates e até a guerras. Ainda não aprendemos a viver num clima de cooperação, de auxílio mútuo, trabalhando juntos e unidos dentro de um objetivo, visando ao bem comum. O espírito de companheirismo, de confraternização, só será alcançado quando aprendermos a renunciar e a nos desprender do exclusivismo individual.

Ainda não entendemos com profundidade que "o saber não é tudo; o importante é fazer e, para fazer, homem nenhum dispensa a colaboração e a boa vontade dos outros" A importância e a superioridade que queremos dar à nossa participação, algumas vezes no próprio âmbito da tarefa doutrinária, é precisamente reflexo do nosso personalismo, da necessidade de reafirmação e da nossa vaidade. Não seremos nós que avaliaremos os resultados dos nossos trabalhos e aquilataremos a sua importância. O Plano Maior é que terá os meios de pesar os frutos do empreendimento social ou religioso ao nosso alcance, cuja relevância muitas vezes enfatizamos na nossa maneira apaixonada de ver as coisas.

Aquele que varre diariamente o chão, como sua parcela de auxílio, e nessa incumbência coloca todo o seu amor e desprendimento, poderá estar dando muito mais do que aquele que ensina por palavras, escreve páginas brilhantes ou exerce cargos de direção. Como o personalismo tem prejudicado o avanço da Doutrina de Jesus! O que ainda vemos são as divergências típicas de colocações e de pontos de vista, de posições filosóficas e, em decorrência disso, as divisões, como se animosidades oferecessem algum resultado prático e objetivo.

No tocante à Doutrina dos Espíritos, entendemos que a mesma dispensa defensores, zeladores ou guardas-de-honra; ela é verdadeira e evidente por si mesma. No entanto, precisa, sim, dos exemplos dos seus seguidores, para que seja cada vez mais respeitada pelos que não a conhecem. Diz-nos o próprio Codificador: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar suas más inclinações".

Esse ainda é um desafio, e se preferirem, um paradigma que pode muito bem qualificar aqueles que se dizem seus adeptos e que se colocam como seus ardorosos defensores ou líderes, mas que resvalam exatamente nas exacerbações do personalismo, esquecidos de aplicar o esforço próprio no domínio das más inclinações. Só pelos frutos do trabalho conjunto, mais irmanados e menos pretensiosos, portanto menos personalistas, é que valorizamos em conteúdo a nossa parcela de colaboração, porque primeiro precisamos nos amar para juntos nos instruir, como ensina o Espírito de Verdade. (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo VI. O Cristo Consolador. O advento do Espírito de Verdade.)

Ney P. Peres

ROTEIRO DA DESOBSESSÃO

1 - Ao acordar, diga a si mesmo: Deus me concede mais um dia de experiências
e aprendizado. É fazendo que se aprende. Vou aproveitá-lo. Deus me ajuda. (Repita isso
várias vezes, procurando manter essas palavras na memória. Repita-as durante o dia).

2 - Compreenda que a obsessão é um estado de sintonia da sua mente com
mentes desequilibradas. Corte essa sintonia ligando-se a pensamentos bons e alegres.Repila as idéias más. Compreenda que você nasceu para ser bom e normal. As más idéias e os maus pendores existem para você vencê-los, nunca para se entregar.

3 - Mude sua maneira de encarar os semelhantes. Na essência, somos todos
iguais. Se ele está irritado, não entre na irritação dele. Ajude-o a se reequilibrar, tratando-o com bondade. A irritação é sintonia de obsessão. Não se deixe envolver pela obsessão do outro. Não o considere agressivo. Certamente ele está sendo agredido e reage erradamente contra os outros. Ajude-o que será também ajudado.

4 - Vigie os seus sentimentos, pensamentos e palavras nas relações com os
outros. O que damos, recebemos de volta.

5 - Não se considere vítima. Você pode estar sendo algoz sem perceber. Pense
nisso constantemente, para melhorar as relações com os outros. Viver é permutar. Examine o que você troca com os outros.

6 - Ao sentir-se abatido, não entre na fossa. É difícil sair dela. Lembre-se de que
você está vivo, forte, com saúde e dê graças a Deus por isso. Seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles durarão. É você que sustenta os seus males. Cuidado com isso.

7 - Freqüente a instituição espírita com que se sintonize. Não fique pulando de
uma para outra. Quem não tem constância nada consegue.

8 - Se você ouve vozes, não lhes dê atenção. Responda simplesmente: Não
tenho tempo a perder. Tratem de se melhorar enquanto é tempo. Vocês estão a caminho do
abismo. Cuidem-se. E peça aos Espíritos Bons, em pensamento, por esses obsessores.

9- Se você sente toques de dedos ou descargas elétricas, repila esses espíritos
brincalhões da mesma maneira e ore mentalmente por eles. Não lhes dê atenção nem se
assuste com esses efeitos físicos. Leia diariamente, de manhã ou à noite, ao deitar-se, um
trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo e medite sobre o que leu. Abra o livro ao
acaso e não pense que a lição é só para você. Geralmente é só para os obsessores, mas você
também deve aproveitá-la. No caso de visões a técnica é a mesma. Nunca se amedronte. É
isso que eles querem, pois com isso se divertem. Esses pobres espíritos nada podem fazer,
além disso, a menos que você queira brincar com eles, o que lhe custará seu aumento da
obsessão. Corte as ligações que eles querem estabelecer com você, usando o poder da sua
vontade. Se fingirem ser um seu parente ou amigo falecido, não se deixe levar por isso. Os
amigos e parentes se comunicam em sessões regulares, não querem perturbar.

10 - Leia o livro de Allan Kardec INICIAÇÃO ESPÍRITA, mas de Kardec não
outros de autores diversos, que fazem confusões. Trate de estudar a Doutrina nas demais
obras de Kardec.

11 - Não se deixe atrair por macumbas e as diversas formas de mistura de
religiões africanas com as nossas crendices nacionais. Não pense que alguém lhe pode tirar
a obsessão com as mãos. Os passes têm por finalidade a transmissão de fluidos, de energias
vitais e espirituais para fortificar a sua resistência. Não confie em passes de gesticulação
excessiva e outras fantasias. O passe é simplesmente a imposição das mãos, ensinada por
Jesus e praticada por Ele. É uma doação humilde e não uma encenação, dança ou ginástica.
Não carregue amuletos nem patuás ou colares milagrosos. Tudo isso não passa de
superstições provindas de religiões das selvas. Você não é selvagem, é uma criatura
civilizada capaz de raciocinar e só admitir a fé racional. Estude o Espiritismo e não se deixe
levar por tolices.
Dedique-se ao estudo, mas não queira saltar de aprendiz a mestre, pois o
mestrado em espiritismo só se realiza no plano espiritual. Na Terra somos todos aprendizes,
com maior ou menor grau de conhecimento e experiência.

OBSESSÃO, PASSE E DOUTRINAÇÃO
Herculano Pires

domingo, 14 de março de 2010

A DIVERSIDADE NA UMBANDA

A Umbanda é uma religião que tem um conceito – atribuído ao Caboclo da Sete
Encruzilhadas, seu fundador/nominador-aceito universalmente pelos seus membros.

Conceito: Umbanda é a “Manifestação do espírito para a caridade” .

Cem anos atrás, bem antes talvez, a prática da Umbanda já existia, embora
inominada e exercitada em Roças de Candomblé (embora não fossem bem aceitas as
suas manifestações), Terreiros de “Macumba”, em quartinhos nos fundos das casas e
em locais isolados no interior do país, e outros locais com outras denominações onde
se manifestavam esses espíritos.

O feito mais importante do Caboclo das Sete encruzilhadas foi a anunciação e o
”batismo” da nova religião com o nome de Umbanda, a expressão pública da sua
missão, a implantação efetiva e definitiva da nova religião para o mundo físico, não
como uma ocorrência isolada e deslocada em centros kardecistas, Candomblés,
Macumbas, etc... mas como uma “nova” forma de trabalho com a espiritualidade,
cujas primeiras diretrizes fez saber a quantos ali estavam.

Nesse artigo desenvolver-se-á uma teoria sobre o assunto, que não tem a pretensão de
ditar normas ou ser a verdade das verdades, mas de analisar o conceito e suas
implicações.

Partindo do próprio conceito que diz :
“Manifestação do espírito para a caridade” e o
analisando pela ótica da interpretação, pode-se chegar a algumas deduções, que serão
relatadas a seguir.

Quando o conceito fala em “manifestação do espírito”, está especificando que
deve/pode haver esse tipo de manifestação, dentro dos trabalhos da Umbanda.
Quando diz que é “para a caridade” está informando/afirmando a grande condicional
necessária e imprescindível para que esse trabalho dos/com os espíritos seja
considerado como de Umbanda: a prática da caridade.
Atribui-se também ao Caboclo das Sete Encruzilhadas a informação de que essa seria
uma religião para todos: encarnados e desencarnados, de todas as raças, credos e
condições sociais. Sem discriminação.

O Caboclo pergunta aos seus interlocutores kardecistas :
(...)"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a
ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"
"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este:

Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."(...)
: "- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela
recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós
aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles
que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois
esta é a vontade do Pai." (...)

"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Foram sublinhados determinados trechos no texto acima apenas para dar ênfase ao
que se pretende demonstrar, ou seja, que a Umbanda, por sua natureza e por sua
conceituação e definição, é uma religião onde a prática da caridade e do amor fraterno é a prioridade e a meta, que nela não pode existir preconceitos de quaisquer espécie,
sejam relativos aos encarnados ou aos desencarnados, que sua função é permitir que
os espíritos e os homens possam auxiliar-se uns aos outros na senda da evolução.
Que se ensine o que se sabe e se aprenda com o outro o que não se sabe ainda. Que
se perceba que somente o amor e a fraternidade podem levar o ser à Luz . Que se
compreenda que nada, nada mesmo, acontece sem que o Astral Superior saiba e
permita.

Que o Pai sempre nos abençoa com recursos que facilitem nossa evolução e nos
espera de braços abertos quando estivermos prontos à retornar ao seu seio. Que a
Divina Luz zela pelos seus filhos todo o tempo, que tudo compreende. Que o Senhor,
tudo vê, sabe e pode; e que não há no universo o que não seja por Ele gerado,
coordenado ou por suas Leis regulado.

Deve-se observar que, se no texto, o Caboclo inicialmente se refere aos pretos velhos
africanos e aos índios nativos, é porque, àquela época, esses eram os espíritos que já
se encontravam prontos para manifestação e a caridade, e não porque outros não
pudessem ser agregados a medida que suas falanges surgissem e estivessem prontas para o trabalho. Sendo evolutiva e agregadora, a Umbanda vem abarcando em seu seio amoroso uma série enorme de espíritos, formadores de novas falanges,
possuidores dos mais diversos conhecimentos, experiências e usos de processos
magísticos ; provenientes das mais diversas origens ( raciais, sociais e religiosas) que
estão dispostos a trabalhar fazendo caridade em busca de sua evolução e no auxílio da evolução do outro.

Do exposto acima surgem alguns itens a observar como, por exemplo, a questão das
novas falanges que vem surgindo na Umbanda, das variantes ritualísticas e das
diversificações de elementos magísticos usados por cada entidade.

Outro ponto que deve ser observado e com cuidado é a relação entre os cultos afros
originais, o Candomblé e a Umbanda. Se de início, talvez até, movidos pelo momento
histórico-político-social e pela necessidade de afirmação da Umbanda enquanto
religião diferenciada tanto do kardecismo quanto do Candomblé, os intelectuais da
Umbanda, de certa forma tenderam a torná-la um tanto rígida, se usaram de um certo
“purismo elitista” e de muito etnocentrismo, isso deve ser entendido dentro do
contexto do momento em que estavam e não como uma forma de dogma, ou de
intolerância. Deve ser levado em conta toda a criação/educação que receberam e o
meio social em que viviam, que era escandalosamente preconceituoso, se levarmos em conta a título de paralelo, os dias atuais.

Deve-se lembrar que a primeira reação de uma “cisão” religiosa entre outras tantas é a de negação do que se tinha anteriormente, ou seja, se de início negaram qualquer
ligação entre a Umbanda e os cultos de Nação, e, se a negação foi menor no que tange ao kardecismo, isso se deveu muito mais à questões das visões pessoais, crenças internas arraigadas, e principalmente do pensamento sócio-político reinante na época, do que à alguma regra da Umbanda ou da espiritualidade.

É preciso também entender que a Umbanda é uma religião de enorme abrangência
espiritual, capaz de unir sem conflitos os espíritos provenientes das mais diversas
fontes e aprendizados religiosos, dos mais diversificados rituais sem com isso se
tornar menos Umbanda, sem perder sua característica principal, a manifestação do
espírito para a caridade.

Os “erros” cometidos em nome da Umbanda são dos seres encarnados, que presos aos conceitos apreendidos na carne, aos sistemas sociais/religiosos onde foram criados, e sendo por suas próprias naturezas seres em evolução, muitas vezes, mesmo imbuídos das melhores intenções e do maior amor, acabam deturpando, ou antes, reduzindo a grandeza da Umbanda ao querer limitar e dogmatizar seus princípios, reduzir seus horizontes e sua competência.

No entanto, é preciso ter cuidado para não fazer como o fizeram os apóstolos após a
morte do Cristo, que ao invés de apenas seguirem seu exemplo de simplicidade e
humildade, e pregarem a boa Nova como lhes foi ordenado, deixaram falar mais alto
seus dogmas, seus preconceitos entranhados pela educação judaica na qual foram
educados e que lhes estavam arraigados ao ser.

Nessa jornada, “distorceram” muitos dos ensinamentos, deturparam princípios,
alteraram conceitos e principalmente esqueceram qual era a mensagem principal:
Todos somos filhos do mesmo Pai que nos espera e perdoa amorosamente.

Transformaram o messianismo e a simplicidade do Cristo em regras rígidas, seu
perdão tão gratuito em condicionamentos e penitências, suas parábolas ditas ao ar
livre em reuniões ritualísticas e repetitivas em templos fechados onde de início nem
todos são convidados a entrar para ouvir.

Sua humildade viu-se alterada e coberta do que é “de César”: riqueza material, poder
mundano acrescidos do controle sobre a consciência dos outros.

Que se possa aprender com os erros alheios do passado e do presente, nossos e dos
outros, principalmente sabendo que tais erros foram cometidos, não por maldade ou
premeditação, e sim por amor, com a crença de ser o ‘senhor” da Verdade, e um amor
capaz de fazer aceitar a morte nas cruzes romanas e nos circos, com a serenidade dos
que crêem-se e sabem-se amparados.

Que se possa compreender e admirar a diversidade daqueles a quem o Cristo pregava, lembrar que Ele não escolhia local nem hora, nem público especial, ele apenas saía e ensinava, curava e plantava a semente do amor nos corações dos homens, a cada um dando conforme sua capacidade de entendimento, sem criticar, sem condenar, apenas amando, perdoando, exemplificando, doando-se.

Que a Umbanda com seus mais diversos rituais, suas mais diferenciadas formas de
trabalho, suas múltiplas falanges, seu leque de opções magísticas usadas para
cumprir sua missão espiritual, permitindo a manifestação do espírito, qualquer
espírito, desde que para a prática da caridade.

Que seus adeptos confiem no Astral Superior, em Deus, não importa por qual nome O
chamem.

Que cada um confie em seus guias e permita que os outros confiem nos que lhe são
afeitos, e possam seguir seus caminhos conforme seus espíritos e suas mentes
estejam preparados para compreender a Umbanda e nela trabalhar.

Que os umbandistas sejam convictos de que seus mentores sabem mais e melhor do
que seus médiuns o que fazer pelo adiantamento de cada um, quais são os caminhos
que cada um tem que percorrer para evoluir.

Cada ser tem sua forma própria de ser e de aprender, seu tempo e método individual
de apreensão de conhecimentos e conceitos. Cada um de nós tem pelo menos uma
habilidade que sempre é utilizada (pelo astral) da melhor maneira possível em
benefício de si e do próximo.

Deixe-se de lado, o mais possível as pretensões tão humanas quanto a saber a verdade Suprema sobre a Umbanda e a vida e reconheça-se que o Pai, conhecendo a natureza dos que nessa terra encarnam, não deixaria que Verdade Suprema fosse conhecida integralmente por nenhum de nós, já que o poder é um grande corruptor de almas, e que tende-se a usar desses conhecimentos em proveito próprio (mesmo quando se tem, a melhor das boas intenções!), pois sempre se acha bem no íntimo que a “nossa“ forma de ver o mundo é a mais correta.

Tudo isso é para fazer meditar os seres sobre essa diversidade tão amada e tão
condenada ao mesmo tempo. É para fazer meditar cada coração e cada espírito sobre
o direito que se tem de julgar o que é feito na casa do outro.

Que direito se tem de passar por cima dos conceitos alheios e impor os seus?

Quem, eu pergunto:
quem tem a procuração de Deus com firma reconhecida (como já
o exigia o poeta), dizendo que é o “senhor da verdade” sobre o que é ou o que não é a umbanda e parte da Umbanda?

Quem pode se arvorar em predileto de Deus, eleito para ditar aos homens a verdade?
Nem os Guias o fazem!

Cada guia, à sua época, conforme a necessidade e a capacidade de compreensão dos
que ali se apresentavam ou para suas casas eram encaminhados, de acordo com a
sua proposta de trabalho -decidida no e pelo Astral- fez as suas colocações e lançou o
que em suas casas/tendas/terreiros seria a base de sua magia, qual a filosofia seria
seguida por sua linha teológica.

O que todos tem em comum é o Amor ao Pai e “ao próximo como a si mesmo”, o
respeito pelas Leis Divinas, o trabalho com espíritos para a prática da caridade e a
busca da evolução. Isso é Umbanda!

Simples, humilde, diversificada, unida sim, não pela foram de ritual externo nem pelo
tipo específico de uso magístico, mas pela sal missão: Fazer a caridade sem
preconceitos, sem elitismo, sem condicionantes outras que não sejam o Amor, a Fé, a
vontade de Evoluir, e praticar a caridade permitindo que os espíritos se manifestem e
trabalhem pelo bem, seu e do outro. Fazendo de seus adeptos, mormente os médiuns, seres participativos, integrantes e integrados na umbanda, e responsáveis pelo que fazem Nela, com Ela e por Ela.

Cristina Zecchinelli
em: 05 e 06/07/2007
GREOO - Grupo Espírita Obreiros de Oxalá
Av. Dom Hélder Câmara, 7.508 Fds

Retirado do: Correio da Umbanda
Edição 19 – Julho de 2007

quinta-feira, 4 de março de 2010

UM FILHO DE FÉ

Numa praia deserta caminhava um filho de fé...

Atormentado por suas mágoas e provações, buscava por um alento um consolo.
Buscava forças e um sinal de esperança, para poder continuar lutando....
Olhava fixamente para as águas do mar, as ondas se quebrando, vindo do horizonte aos seus pés se esparramar...
Uma lágrima entristecida, cobriu-lhe a face, seu coração apunhalado pelas intrigas e maldades dos seu irmãos, já se tornava insuportável....

"Então"...
Quando percebeu, já estava distante, foi quando notou que já estava entardecendo...
O vento soprou em seu rosto e veio a sua intuição..
A Senhora dos Ventos, Mãe Iansã, e a saudou com alegria e sentiu suas magoas serem levadas pelo vento, a paz começou a renascer...
Olhou para o poente e viu no céu as nuvens avermelhadas, então com grande força saudou o Senhor das Demandas, seu Pai Ogum, e aos poucos o peso que lhe afligia se quebrava, e continuou caminhando...
Observou na beira das águas, peixinhos dourados a cintilar, foi então que seu coração se encheu de doçura e saudou Mamãe Oxum, que o abençoava com seu sagrado e divino manto...

Aos poucos, leves gotas de chuva tocaram a sua pele e a paz de espírito e o amparo que sentiu o fez lembrar-se de Nanã Buruque, que com sua lama sagrada, aliviou por completo suas dores causadas pelos tormentos materiais e espirituais, e a saudou com grande festividade...

Perdido em seus pensamentos o filho de fé, caminhava fascinado, quando de repente a brisa tocou seus cabelos e junto com elas trouxe folhas distantes, sem hesitar saudou Pai Oxossi, e pediu em sua mente que aquelas folhas lhe purificassem e o livrassem de todos os sentimentos impuros.

Sua concentração foi interrompida ao ver um raio iluminar o céu, e ouviu um alto estrondo que lhe encheu o peito de coragem.
"Kaô Kabecilê", e sentiu a mão forte do seu pai Xangô, então confiante, não mais sofria pelas injustiças,pois seu pai lhe protegia...

Então admirado, sentou-se a beira mar, olhou para o céu e viu uma constelação, e lembrou-se das almas benditas e dos adoráveis pretos velhos, e sem se esquecer do bondoso Pai Obaluaê, que aos poucos com seu fluido curava as chagas do seu corpo e espírito...

Fixou o olhar no céu, e nas nuvens brancas a rodear as estrelas e uma delas brilhava e cintilava,
como se fosse o centro do Universo, então humildemente, nosso irmão de fé agradeceu a Pai Oxalá por ter lhe dado o Dom da Mediunidade e poder levar alento e paz aos irmãos necessitados...

Então um perfume exalava de dentro do mar, eram rosas perfumadas que chegavam até ao seus pés, e foi ai que avistou Mãe Iemanjá, seu coração não se continha de tanta alegria, sua mãe o amparava e o confortava, e veio a sua mente.......

"A elevação do filho de fé....
Não está na força ou sabedoria, mas sim em seu coração...
Porque ele pode saber pouco ou não ter força alguma.
Mas sente a essência e o fundamento da verdadeira Umbanda...

Paz, Amor e Caridade!!!"

(autor desconhecido)

segunda-feira, 1 de março de 2010

O AUXÍLIO DOS ESPÍRITOS NA VIDA MATERIAL

É frequente, nos centros espíritas, o aparecimento de pessoas que vão solicitar o auxílio das entidades espirituais para vencer dificuldades ou alcançar vantagens de ordem material, conseguindo empregos, ou realizando negócios.

Certos presidentes de sessões e muitos espíritos, com rigorismo impiedoso, respondem que o espiritismo não tem por fim arranjar ou concertar a vida e, seguidamente, nos trabalhos os guias assinalam, aborrecendo-se, que os pensamentos dos ambiciosos, ou dos premidos por necessidades materiais, perturbam, e até viciam o ambiente.

Mas, em geral, os guias, mesmo quando não o confessam, ajudam, materialmente, a quem lhes pede socorro dessa natureza, em horas de amargura.

Eu, na minha insignificância, pessoalmente considero legítimos tais apelos. Somo criaturas materiais, devemos fazer a nossa evolução espiritual através de óbices materiais, num mundo material, e os espíritos incumbidos de nossa proteção, realmente pouco a exerceriam se não nos ajudassem a remover e dominar esses empecilhos de ordem material.

Perguntou o Sr Allan Kardec ao seu guia se não o auxiliava na vida material. Contestou-lhe o iluminado que, não ajudá-lo, seria não amá-lo, acrescentando que o fazia sem que ele o percebesse, para não lhe tirar o merecimento da vitória na luta contra a adversidade.

Se assim era com o Sr. Allan Kardec, assim deve ser com as outras criaturas, e como estas não possuem, geralmente, o adiantamento do codificador do espiritismo, são mais diretos e veementes os seus apelos e menos discretos os favores com que as auxiliam os espíritos.

O fato positivo é que os espíritos ajudam, quando podem, os homens a vencer as cruezas da vida e quando estas representam a fatalidade inevitável de um destino, isto é, são uma prova, buscam suavizá-la, carinhosamente, amparando, com o escudo da fé, a quem a sofre.

do livro:O ESPIRITISMO,A MAGIA E AS SETE LINHAS

AOS MÉDIUNS UMBANDISTAS

Estudem para melhor praticar a caridade.

Entre um instrumento mediúnico que não se instrui e outro que está sempre ampliando os seus conhecimentos, ambos com a mesma cota de amor no coração, para servir ao próximo, qual terá mais valia para os espíritos desencarnados que os assistem, neste momento de expansão da consciência da comunidade umbandista?

Consciência é para ser assumida, e não escondida.

Desse modo, aprenderão muito mais conscientes, com o guia "atuando" no psiquismo, do que com a insensata busca da inconsciência por métodos de iniciação artificiais que paralisam a evolução do médium.

Mediunidade mais "forte" não é a que "apaga" a mente do medianeiro, e sim a que acende a chama do pensamento, amparado pelo aprendizado constante entre nós, do Além, e vocês, cujos pés estão fincados na Terra.

Portanto, chegou a hora de evoluirmos juntos.

Os ponteiros cósmicos do relógio da Justiça Divina indicam que o tempo em que o guia espiritual fazia tudo acabou.

Deixo aqui um afago amoroso deste "velho" pastor, para todos os filhos do planeta azul.


Caboclo Xangô das Sete Montanhas


do livro: