quinta-feira, 30 de abril de 2009

NA VERDADE QUEM FAZ O MAL?

Nas lides de um terreiro de Umbanda, há uma linha de trabalho muito pouco entendida até os dias de hoje.
É a linha dos Exus e Pombagiras que pejorativamente receberam a alcunha de “demônios” ou daqueles que são os responsáveis diretos por toda prática do mal.

O termo “demônio” é vocabulário milenar.
Na Grécia Antiga encontramos seu significado a traduzir-se por “Gênio” ou “Espírito”.
Portanto, Exu e Pombagira são Espíritos em evolução e buscam essa evolução com a consciência desperta através das experiências próprias.

Assim, como todas as demais Entidades que militam na Egrégora da Umbanda essa linha de trabalho tem funções específicas a exercer.
E embora as tenha devem ser recebidos nas sessões em que trabalham a olhos vistos dos filhos do terreiro e da assistência com o mesmo respeito das demais entidades das outras linhas.

Muitos nem se apercebem que os trabalhos de um Exu e de uma Pombagira são constantes, começando bem antes de uma sessão ou gira, continuando durante a mesma e se prolongando após encerramento das atividades do plano material.

Ser responsável pela segurança de um terreiro e dos filhos do mesmo é tarefa que requer muita destreza porque muitos filhos quando dão expansão as suas tendências sempre alegam que é por conta da energia dessas Entidades que possuem ao seu lado e esquecem que o livre-arbítrio é patrimônio de todos.

Nunca um Exu ou Pombagira irá agir indo de encontro a Lei ou desrespeitando o livre-arbítrio de quem quer que seja!

Nunca irão praticar o mal se estão numa linha de frente para combatê-lo como uma grande polícia de choque neutralizando as investidas das trevas na luz.

Sim, meus amigos! Exu é um ponto de luz nas trevas!

E quantas trevas eles ainda tem que combater?

Isso sem falar nas trevas da ignorância que existe em muitas mentes humanas que sem conhecerem, alegam que por nós fazermos parte da esquerda somos maus.

Somos à esquerda, sim!
Isso sem sombra de dúvida.
Porém esse fato não nos torna menores e nem piores.
Quando me refiro à esquerda quero que fique bem claro que essa polaridade é a contrapartida da direita.

Só para dar um exemplo:
que seria do pólo positivo sem o negativo no campo da eletricidade?
Sabe o que aconteceria?
Não existiria corrente elétrica para gerar energia meus filhos!

Portanto, Exu e Pombagira são à esquerda no trabalho da direita.

Há entidades que tentam enganar os filhos de fé se passando por esses trabalhadores?
Há sim!
Esses são os chamados quiumbas que acostumados a determinados despachos que recebem buscam se envolver com todos os assuntos para garantir a manutenção dos seus desejos.
Esses estarão sempre à disposição da sua clientela, porque para eles nada mais existe a não ser um negócio que a primeira vista pode parecer rentoso e prazeroso, porém que a médio e longo prazo trará conseqüências funestas para ambas às partes.

Então meus filhos entendam de uma vez por todas que Exu e Pombagira no trabalho de Umbanda não faz o mal!
Procurem compreender essa linha de trabalho e se tiverem a oportunidade escutem o conselho desses guardiões.
Com certeza muitos de vocês vão se espantar com a resposta que irão receber.

Laroyê Exu! Exu Ê!

Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

CONSULTA NA UMBANDA É COISA SÉRIA

Existem muitas pessoas que vêm perguntar aos guias sobre assuntos os mais variados: saúde, vida sentimental, vida material e até mesmo vida espiritual.

Querem emprego, namorados, dinheiro, posição.

Querem se livrar dos inimigos, dos aborrecimentos; querem ganhar na loteria, saber do marido ou mulher e com quem andam.
Querem que os guias dêem respostas para qualquer pergunta por mais indiscreta e complicada que seja e que, além disso, resolva rapidamente as situações mais escabrosas, os problemas mais difícieis.

Nada disso é sério.

Consulta na Umbanda é esclarecimento, conselho amigo e sábio dado por um guia de Luz e que enxerga longe para ajudar a quem necessita, para caminhar na estrada difícil da escola da vida.
Para guiá-lo para a luz.

O médium que dá consultas, quando incorporado com seus guias, assume uma grande responsabilidade para com a pessoa atendida.
Essa tem, habitualmente, propensão para acreditar cegamente em tudo o que ouve do médium incorporado.
Uma palavra leviana pode ter consequências gravíssimas e irremediáveis, pode levar a erros e injustiças, pode afastar o consulente do caminho da luz, pode provocar dramas.

Alguns assuntos são espinhosos, saúde por exemplo:
médium não é médico, logo não tem direito de diagnosticar nem receitar remédio de farmácia.
Os Guias verificam se a doença é de origem espiritual ou material e, então, aconselham o paciente, porém, sem ter a pretensão de substituir o médico da Terra. Só Ela pode fazer algo.

Alguns guias receitam banhos de ervas ou chás.
Para estes últimos é preciso muito cuidado e o médium responsável deve conhecer bem as ervas receitadas para evitar possíveis aborrecimentos ou acidentes.

Em todos os casos, temos que encarar os seguintes fatos:
os guias, por mais esclarecidos e evoluídos que sejam, não são infalíveis nem dotados do conhecimento integral de tudo que acontece no Universo.
O saber de cada guia é fator de sua evolução.
Os guias podem ignorar ou não ter licença para dizer certas coisas.
Ora, uma Entidade de luz é disciplinada e prefere calar-se a dizer o que não deve.

No que se trata de bens materiais, o assunto é complexo, a maioria dos guias prefere ajudar sem falar, por vários motivos:
-a pessoa está na Terra para aprender uma lição de vida
– a mãe pode ajudar o filho e explicar o dever de casa, mas não pode fazê-lo.

A pessoa tem que lutar para conseguir o que deseja e ela tem um carma a pagar.
Numa prova cármica, em regra geral, ninguém pode interferir.
Muitas vezes o pedido formulado é altamente prejudicial à evolução espiritual do consulente, ou à sua felicidade material futura.

Os guias preferem ouvir os pedidos em silêncio para poder agir em seguida da melhor forma.
Não devemos esquecer que o guia não é oniciente.
Ele corre gira para ficar ciente de todas as circunstâncias.
Ele também não é todo-poderoso.
Só pode dar com licença do Alto e conforme o merecimento de cada um.
Há pedidos sobre o futuro aos quais nem sempre o guia pode responder, o futuro é aleatório e seu conhecimento não é aberto a todos.

Estamos lançados numa trajetória porém temos livre-arbítrio e podemos nos desviar dela.

Algumas perguntas não passam de fofocas e os guias não tem tempo a perder com este gênero.

A parte espiritual é que justifica a existência das consultas.

Um guia que está dando passe não precisa conversar para saber do que é que a pessoa necessita; nem precisa colocar seu médium a par dos problemas que a afligem.
Ele vai ajudar no que for possível.
A utilidade da consulta vem da necessidade que as pessoas têm de contar seus problemas a um amigo discreto, compreensivo e que pode lhe dar bons conselhos, esclarecendo dúvidas, ajudando de fato, explicando, encorajando, consolando.
As pessoas precisam de um ouvido atento, de um amparo afetivo.
Necessitam poder se abrir sem constrangimento.
Tudo isso elas encontram na figura amiga dos guias.”

O médium deve vivenciar a síntese da Sabedoria:

1- FÉ no Poder Eterno da Vida;
2- ESPERANÇA de atingir a perfeição;
3- CARIDADE para retribuir a Misericórdia do Alto;
4- PAZ para sentir a Harmonia da Lei que rege os Espaços;
5- AMOR para com todos os seres e para com todas as forças da Natureza;
6- SABEDORIA como humildade, reconhecendo que somente Deus é possuidor da Sabedoria Divina;
7- CRISTO como presença íntima em nosso coração;
8- COMPREENSÃO - por saber que os seres atuam em planos diferentes de entendimento;
9- SERVIÇO – reconhecendo de que deve colocar-se como servo do Mestre e nunca como senhor;
10- VIGILÂNCIA – observação das falhas que lhe são próprias, antes da constatação dos erros alheios;
11- HUMILDADE – todas as tarefas são importantes e feitas para Aquele que é maior do que todos os companheiros;
12- DAR – sem pensar em receber, agradecendo.

OUSADIA NO USO DA MEDIUNIDADE

Aqueles que dependem da opinião alheia para se submeterem a algum tipo de compromisso possuem uma dificuldade que não conseguem superar a curto prazo, porque a razão que os motiva a seguir adiante está no meio exterior e não dentro dele

O que precisamos desenvolver, independentemente da condição que estejamos, é a possibilidade de se fazer valer a vontade interna de ir e fazer aquilo que se deseja, o que nos impõe para a vida, o que nos possibilita caminhar.

A vida para os médiuns não é fácil, sobretudo se quisermos depender da opinião alheia para produzir alguma coisa.
Não, os médiuns precisam ser movidos pela sua vontade interior de melhoria moral e de servir, não mais.
A vida de inter-relação espiritual necessita de desprendimento das coisas exteriores e de se submeter ao autoconhecimento.
Se não despendermos boa parte do nosso tempo em analisar quem somos e o que precisamos fazer para avançarmos, pouco ou nada faremos em prol do nosso desenvolvimento espiritual.

A mediunidade é, tão-somente, um instrumento de autoconhecimento e de colocar-se à disposição dos bons espíritos para ajudar aqueles que, igualmente a você, necessitam de auto-ajuda.

Meus filhos, quem quer que seja que exerça a sua mediunidade necessita, entretanto, baixar-se para que o Cristo o utilize.
A obra, saibamos bem, não é nossa, é do Cristo, como, aliás, é a própria doutrina espírita.
Aquele médium que queira se sobressair perante os demais ainda não sabe qual o objetivo precípuo da mediunidade e tampouco o seu papel no espiritismo.

Desprover-se da vaidade, da arrogância, da imagem poderosa e distinta, é compromisso primeiro daquele que queira se candidatar para o bom serviço com o Cristo.

Os médiuns, via-de-regra, conseguem se superar.
Não é de todo o trabalho redencionista que cai inevitavelmente na falência, embora muitos sejam os casos neste sentido e o Hospital Esperança recebe de mãos cheias estes irmãos que se desviaram do caminho traçado na espiritualidade antes de reencarnar-se.

Falo daqueles que tentam, dia-a-dia, se aperfeiçoarem.

Não que as vitórias sejam significativas a ponto de se mostrarem como espíritos superiores, nada disso, o que ressaltamos é que há muitos entre vocês que exercitam a melhora interior e trabalham-se seriamente neste sentido.

É claro que caem, vez por outra, em armadilhas do mundo inferior que tenta contra aqueles que querem buscar a luz, mas isto faz parte do processo de aprendizagem de quem deseja firmemente obter a luz que lhe é inerente .

Trabalhemos sem medo de errar, médiuns espíritas.

Quem se preocupa apenas em acertar e não se põe ao experimento responsável pouco conseguirá avançar no seu processo evolutivo.

É aquele que se lança ao perigo de errar que conseguirá alçar para vôos maiores no rumo espiritual.

Não temas com o que há por vir, façam o que te aprouverem orientados pelos teus companheiros espirituais e segue com a firmeza que é o Cristo, em última ordem, que te guia os passos .

Ousem, mas façam isto dentro de critérios de responsabilidade doutrinária.

Invistam na investigação fraterna.

Não tenham receio de se mostrarem como são.

Não tenham receio de errar.

Não tenham medo de se mostrarem como alguém imperfeito, mas a caminho da luz pela luta diária consigo mesmo.

Ousem em serem melhores.Ousem conseguirem ser amanhã melhores que hoje.

Ousem fazer mais, o quanto possas, enquanto estás a caminho.

Façamos já a tão propalada reforma moral que tanto cunhamos nos nossos discursos doutrinários.

Será a vida que nos ensinará.

Preto Velho Pai João de Angola.

Médium: Carlos Pereira

CAMBONOS: OS MÉDIUNS DE SUSTENTAÇÃO

O cambono, na verdade, é um médium em desenvolvimento ou que não incorpora.

Também podem ser utilizados os outros médiuns em regime de escala.

O seu trabalho dentro do Templo é tão importante quanto o dos demais médiuns e, mesmo sem estar incorporado, ele é parte integrante de todo o trabalho espiritual, pois os Guias Espirituais se utilizam dele para retirar as energias que serão utilizadas no atendimento aos consulentes.

Muitas vezes, um Guia Espiritual tem dificuldades de adentrar no íntimo do consulente devido à densidade energética presente na pessoa e lança mão da presença do cambono e, através deste, fazendo como que “uma ponte”, consegue auscultar o íntimo da pessoa.

O cambono, antes de qualquer coisa, é pessoa de extrema confiança do Pai ou Mãe da casa, assim como da entidade que estiver atendendo; portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Guia-chefe ou ao Pai ou Mãe da casa na mesma hora.

É por isso que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas da conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do Templo.

O fato de auxiliar nas consultas exige que o cambono seja discreto e mantenha sigilo sobre tudo o que ouvir, não se esquecendo de que ali estão sendo tratados assuntos particulares e que não dizem respeito a ninguém além da pessoa que estiver sendo atendida e da entidade.
O sigilo é um juramento de confiança que todo o cambono deve ter e fazer.


O QUE É SER UM CAMBONO

Os Cambonos são médiuns de sustentação, e são tão importantes quanto os médiuns ostensivos (de incorporação mediúnica) nos trabalhos de uma Casa Umbandista; eles também devem seguir certos procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade.

O Cambono, médium de sustentação, é aquele trabalhador, com mediunidade ostensiva ou não, que está presente ao trabalho, mas que não participa diretamente do fenômeno nem dos procedimentos de incorporação mediúnica para atendimentos.

Como o próprio nome diz, embora não esteja envolvido diretamente no fenômeno ou na assistência, faz a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório elevado por meio de pensamentos e sentimentos elevados.

Ao contrário do que se pensa, os médiuns cambonos de sustentação são tão importantes quanto os médiuns de incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns de atendimento fazem a sua parte e desenvolvem o trabalho assistencial.


REQUISITOS IMPORTANTES PARA SER UM BOM CAMBONO

Responsabilidade
- O cambono precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade.

Firmeza mental e emocional
- É responsável manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o cambono deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho.

Equilíbrio vibratório
- Como trabalha principalmente com energias que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono, deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.

Ausência de preconceito
- O cambono, não pode ter qualquer tipo de preconceito, Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.

Discrição
- O cambono, nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa.

CONCLUSÃO

Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar durante as giras e por toda a sua vida.

Saravá os nossos cambonos de Umbanda

DESPACHOS OU MENTES DESEQUILIBRADAS ?

Observamos, no decorrer de anos de trabalhos a fio, nuances preciosos que irão margear bem o que iremos decorrer nessa nossa discussão. Dentro da psiquiatria moderna, iremos encontrar estudos preciosos quanto aos transes religiosos, as vi­sões de espíritos, a crença nas feiti­çarias, ma­gias negras, encostos, de­mônios, etc.

O grande psicanalista suíço, Carl Jung, teorizou que os maus espíritos, ou as figuras aterrorizantes, são ima­gens gravadas coletivamente na mente humana e foram batizados de arqué­tipo. Esses arquétipos acompanham a humanidade há milhares de anos.

O diabo é um desses arquétipos, que muitos acreditam incorporar, e representa forças destrutivas dentro da própria pessoa.

Através dessa crença, muitos procuram as religiões para que seja efetuado um “exorcismo”, cuja função seria livrar a pessoa dos maus que a apoquentam, e que esse “exorcismo” puniria o delinqüente que estaria perturbando a pessoa, por mais poderoso que seja.

O apelo ao demônio é forte porque atende a uma grande camada da população que vive imersa na supers­tição. Em geral, acreditam piamente na força destrutiva da magia negra e das forças ocultas.

O povo acha que o demônio e os espíritos do mal estão por aí, agindo atra­vés dos incautos. Jogar a culpa por tudo que há de errado no demônio ou em espíritos do mal é uma solução confortável para quem busca alívio através de cultos religiosos, mas as conseqüências podem ser graves, pois a pessoa sai do culto religioso acreditando que não tem responsa­bilidade moral pelos erros que comete, e fica convencido de que possui uma personalidade frágil e influenciável.

Tudo isso se aplica também à Umbanda, onde muitos cometem os erros crassos de somente culpar uma pretensa “macumba”, “despacho” ou “mal feito”, encomendado por um desa­feto, como fatores conclusivos de suas vidas encontrarem-se em desgraça.

Muitos se entregam ao pensa­mento obsessivo e conclusivo de per­se­guições espirituais ou mesmo “de­mandas” diárias em sua vida. Se con­vencem e geralmente convencem a outros que são perseguidos por hostes infernais, ou mesmo pessoas que lhe querem mal.

Lembre-se que cada um projeta seu próprio inferno. Com o passar do tempo, cada um constrói um infer­no competente em suas vidas e passam a vivenciá-lo de forma efe­­tiva, e com isso, através da lei de afinidades, atraem para si le­giões de seres que vibram na mes­ma faixa de pensamento. Com isso, a vida desse infeliz passa a ser um mar de perturbações, demandas, magias negras e por ai afora, e com certeza vão rapidinho culpar alguém por efetuar as tais “macumbinhas” contra ele.

Criam na mente das pessoas, que geralmente são presas fáceis e manipu­láveis, que tudo o que ele tem de ruim em sua vida, foi pelo fato de alguém, por olho gordo, inveja, ou ódio, levantou forças ocultas negras pode­rosas contra eles, através de matan­ças de animais, velas pretas, bone­quinhos, etc., e que a vida dessas pes­so­as está no fundo do poço, devido a uma “feitiçaria” encomendada contra elas. Outros ainda se convencem, e convencem as pessoas, que estas são perseguidas por quiumbas, Exús ou Pombas Giras, porque não desen­volveram a sua mediunidade, e que irão entrar para o mundo da perdição enquanto não se livrarem desses encostos. E haja trabalho. E haja dinheiro.

Outra coisa muito corriqueira no meio Umbandista é a crença que tudo de errado que está acontecendo com o “pai de santo” ou com o “terreiro”, é provindo de uma “demanda” encomen­da­da por aqueles que querem destruí-lo. Muitos médiuns e sacerdotes acreditam estarem sendo perseguidos por falanges negras, demônios, quiumbas, Exús e Pombas Gira, que querem transformar suas vidas em miséria.

Vejam bem que a coisa é com­plicada, e existe uma crença coletiva de que existe essa perseguição das trevas em suas vidas. Mudaram-se os tempos, mas não mudaram as formas e a perseguição continua.

Até quando iremos nos apegar à superstição desse tipo?
Até quando iremos dar atenção às coisas que nos fazem mal?

Existem as forças negras em ação, e isso é patente. Mas o mal foi criado pela mente humana e existe por uma necessidade humana. Deus não criou o bem e o mal. Só o bem é eterno. Não existe essa coisa de luta eterna entre o bem e o mal. Se o mal vence uma situação momentaneamente é porque a pendenga ainda não terminou.

Se alguém, por maldade ou igno­rância, nos envia alguma carga negativa e ativa forças negativas poderosas contra nós, só vai dar resultado se nós estivermos na mesma faixa vibratória dessa maldade, ou seja, se estivermos em discordância com as forças positivas reinantes no universo.

Deus não é injusto com ninguém. Ele a tudo vê e a tudo permite. Portanto, tudo o que sofremos, com certeza é por merecimento. Veja que Jesus quan­do praticava curas, ao final sem­pre dizia às pessoas:
“Vá e não pe­ques mais”.

Com isso, Jesus já alertava que tudo o que a pessoa tinha, era por merecimento, ou seja, tinha dado abertura para que tal mal a acometesse.

Sabemos que existem “demônios” e que são poderosos, mas estão assen­tados em poderes vibratórios ne­gativos e comandam forças negativas criadas por condição da mente hu­mana, e quem cair nesses reinos, está em consonância vibratória com os mesmos. É simples: a cada um, se­gundo seu merecimento.

“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, e quem colhe é Deus Pai Todo Poderoso” – disse Jesus.

Agora, acreditar que esses “de­mônios” estão em luta constante contra Deus, e que estão atuando em nossas vidas por vingança particular, ou querem minha alma imortal, é outra ignorância das leis imutáveis que regem todo o universo. Sabemos da existência de magias negras e feitiçarias, mas essas so­mente atuarão de forma negativa na vida de alguém, se esse estiver vi­vendo totalmente em desacordo com as Leis de Deus.

Uma coisa grave observada por nós durante todos esses anos, é a proliferação de “videntes” que por toma lá qualquer coisa, rapidinho vêem aura até em poste na rua. Que absurdo. A vidência é um dom paranormal natural e não tem como desenvolvê-la. Agora, existe muita gente tresloucada e com uma imaginação fértil, se dizendo vidente, e por qualquer coisa, rapidinho dizem estar vendo demandas, espíritos do mal, luzes prá tudo quanto é lado, espíritos com vestimentas exube­rantes, fadas, gnomos, demônios horrorendos e por ai afora. Quanta ingenuidade (ou maldade né?). E por essas e outras, acabam por influência de outros, enxergando o que não existe, ou seja: enxergando somente o que suas mentes ou as mentes de outros concebem como verdade. É por isso que prolifera tanta crença na demanda e feitiçarias, todas, invaria­velmente “vistas” por um desses falsos videntes.

Então vejam que neste momento, através de mentes desequilibradas, maldosas, muitos que se dizem viden­tes, se utilizam de um falso dom, para denegrir, atormentar e criar falsas verdades em cima de inocentes, fa­zendo com que as pessoas que tam­bém são desequilibradas se voltem con­tra os inocentes, criando rancores, ódios e pensamentos destrutivos.

Nessa hora eu pergunto: Onde estão os verdadeiros Guias Espirituais que estas pessoas dizem ter, que não as alertam do erro? Mistério.

Se Guias Espirituais verdadeiros vissem algo patente, imediatamente iriam procurar um meio de desfazer o mal feito, mas com certeza, sem alardear o tal fato e muito menos “fofocar” para não trazerem ódios, desforras e nem pensamentos ruins.

Cuidado. “Guias espirituais” que somente ficam verbalizando deman­das, magias negras, fofocas, com cer­teza são quiumbas, ou também pode ser puro animismo, onde a mente doentia do “médium” entra em ação.

Os quiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de magias negras, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um ino­cente, para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem preju­dicar.

É chegada a hora de pararmos com essas atitudes negativas contra nós mesmos e contra as pessoas que nos procuram e procurarmos cultivar nas pessoas que elas estão em um Templo religioso a fim de se reencon­trarem com Deus e consigo mesma, e a fim de se reequilibrarem para seguirem felizes e em paz suas vidas. Devemos incitar o amor, o perdão, a bondade, a união, a fraternidade e a benevolência.

É só analisarmos com atenção e chegaremos à conclusão que se todos os espíritos, ou seres humanos, fos­sem portadores de dons sobrenaturais poderosos e tivessem liberdade irrestrita para realizarem o que bem en­tendessem, o mundo viraria uma ba­gunça. Afinal, você, e só você tem o direito do livre arbítrio em sua vida. Jamais outra pessoa tem o direito de mexer em nosso livre arbítrio, a não ser que permitamos.

Onde estaria Deus em tudo isso?
Onde estão os Guias Espirituais em tudo isso?
Onde estão os Sagrados Orixás em tudo isso?

É triste observarmos médiuns acreditando tão somente em forças destrutivas presentes em suas vidas.

Vamos falar mais em Deus. Vamos incitar mais o amor e o perdão. Vamos estudar e vivenciar mais o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, do que querer aprender contra-magias. Vamos pregar a imortalidade da alma, e que existe paz e união entre todos.

O mal existe, mas não vamos dar o devido crédito a ele.
O olho gordo existe, mas não vamos dar o devido crédito a ele.

Nós não somos a imagem e se­melhança de Deus, mas sim, a presença viva do Deus vivo em nos­sas vidas. Jesus disse: “Sois Deuses. Podeis fazer tudo o que fiz, e até mais”. - “Pedi e obtereis”. - “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”. - “Tudo é possível, àquele que crê”.

Quando um irmão nos procura e diagnosticamos uma presença espiri­tual negativa junto dele, devemos pro­ceder à retirada dessa energia/espírito negativa e bem orientar a esse irmão, que essa aproximação deveu-se a uma simbiose de pensamento e atitu­des, e não a uma perseguição gratuita.

Não podemos criar em nossas mentes que nossos Templos são alvos constantes de “demandas”, pois estaremos dando vazão à credibilidade excessiva de nossas mentes doentias, e a nossa mente acaba absorvendo esse conceito criado pelo nosso inconsciente.

Deus não é injusto.
Deus a tudo observa, e a tudo permite.
Portanto, nós merecemos o que estamos recebendo.

Deus se manifesta na Terra, atra­vés de toda a Natureza, mas se mate­ria­liza e se comunica através do nosso espírito imortal, da nossa mente e do nosso coração.

Assim também o mal se materializa através da nossa mente e do nosso coração.

Por isso, vamos nos educar, va­mos nos evangelizar, vamos seguir fielmente os conselhos de nossos Gui­as Espirituais e transformar nossas vidas em bênçãos.

Vamos criar em nossas mentes positivismo e cuidar bem de nossa saúde mental e física.

Não vamos dar crédito somente à negatividade, mas sim, criar em nossas vidas e em nossos Templos um clima de paz, amor e alegria, pois estaremos realizando a verdadeira missão da Umbanda, que é a libertação do homem.

livro: O ABC do Ser­vi­dor Umbandista

ARUANDA

Aruanda representa uma enorme cidade de luz etérica que orbita a estratosfera da TERRA, similar a cidades nórdica de ASGARD. ASHAN é uma outra cidade similar a ARUANDA, que órbita da mesma forma a Terra a milhares de anos e representa da mesma forma, um ponto como se fosse um Portal de acesso para o nosso plano.

Onde diversos Guias de Luz e Irmãos da Espiritualidade desenvolvem suas atividades de ajuda a humanidade e a biosfera de uma forma geral. Estas cidades tem a função de dar sustentação aos irmãos que já estão dentro da luz, que ainda tem um grande serviço a prestar a humanidade.

ARUANDA representa o foco direto dos trabalhadores que interagem em todos os planos da Terra, desde o foco humano ate o reino mineral, através de seres que já encarnaram na Terra e tem uma missão de resgate para com a mesma. A atuação de Aruanda possui um ponto de comunicação, que é o foco de interface com os Orixás que estão ligados ao Pai Maior. Aruanda possui uma população media de 7 milhões de Irmãos Espirituais , que estão a serviço da libertação e ajuda a humanidade e aos seres que ainda estão presos no Umbral e nos planos intraterrenos.

Esses 7 milhões de irmãos atuam em diferentes áreas da Terra e se manifestam dentro de muitas linhas para poderem se comunicar com a nossa civilização, a mais conhecida é através do processo mediúnico, onde entidades supostamente desencarnadas estão ajudando as pessoas dentro do espiritismo e espiritualismo, mas existem muitas outras que atuam sobre a humanidade. Aruanda é um local de paz e de trabalho em pró da espiritualidade, além de Aruanda há outras cidades que muito contribuem para com a espiritualidade. Alem disso são as universidades de despertar dos filhos que desencarnam e passam a atuar na Terra através da espiritualidade, para darem continuidade às tarefas de ajuda a humanidade, que estão comprometidos com as hierarquias de amor e de luz do Pai Maior.

Aruanda existe a mais de 4 milhões de anos, mas está sobre a Terra a 475 mil anos, buscando organizar o caos que foi instaurado pelas Falanges de Espíritos Trevosos, que tentaram e ainda tentam combalir os Espíritos de Luz, uma verdadeira Guerra Astral, quando esta guerra iniciou, muita destas cidades como Aruanda, foram totalmente destruídas, todo este poderio das forças negativas se deu por formas de pensamentos trevosos que estavam sendo geradas pelos processos reinantes na Terra naquela época e nos dias atuais.

Cada cidade de certa forma tem uma relação com setores específicos da Terra e com suas culturas, na verdade Aruanda, por exemplo, tem uma ligação muito importante com as antigas culturas do continente e com as cidades da Atlântida, que tinham a ligação com a espiritualidade da época. Assim os povos que passaram a cultuar o espiritualismo, como no Brasil e na África, passaram a ter contato com os irmãos dessa Cidade, que representa um portal de comunicação com o além, o mesmo ocorreu com outras culturas de acordo com suas bases religiosas.

Cada Irmão Espiritual que se manifesta com a humanidade, proveniente dessas Cidades, um total de aproximadamente 33 cidades, é na verdade um enviado da Luz, que dentro de seu plano emocional e intelectual, esta despertando para uma nova realidade e através da ajuda de resgate, que oferece a nós aqui na Terra, acaba também por despertar. Por esse motivo os seres que incorporam, normalmente não falam muito dessas cidades, pois estão proibidos por ser um tema, que a maior parte da humanidade Espírita e ou Espiritualista ainda não aceitaria, assim torna-se apenas uma colônia de desencarnados, mas na verdade na medida em que a entidade é mais iluminada, ela pode esclarecer mais detalhes sobre as mesmas, na medida em que seus discípulos na Terra estejam capacitados a lidarem com essas informações, que na maior parte são surpreendentes.

Todos aqueles que queiram ter acesso a essas Cidades, basta pedir a seus Guias ou Entidades com quem vocês têm contato, para que possam receber uma ajuda para acessar a Cidades. Uma das entidades que tem esse poder de selecionar as pessoas capacitadas a entrar nas cidades etéricas desse gênero é CABOCLO PENA BRANCA e as correlatas linhas de PENA, que estão no alto comando da cidade de Aruanda. As outras cidades podem ser acessadas da mesma forma através dos respectivos Espírtitos de Luz. Para autorizar ou não a um ser humano encarnado a ter acesso a essas cidades, o que vai limitar isso, é na verdade o grau de consciência dessa pessoa. Portanto a chave, mais uma vez, esta no coração de cada um de nós, o que nós somos realmente, pois o cartão de visitas é a nossa emanação de luz e de amor.

Enquanto a humanidade não aprender a amar de verdade e a sustentar esse amor em suas atitudes, ela não poderá se comunicar com o além, pois esse além existe dentro de um plano dimensional de harmonia, que esta muito longe do atual tumulto que a maior parte ainda sustenta. Enquanto a violência existir dentro de cada um de nós, como umas formas de manifestação, não estarão prontas para a comunicação com os verdadeiros Irmãos de Luz.
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COLÔNIAS ESPIRITUAIS

"ALVORADA NOVA"

Esta cidade possui atualmente mais de 250 mil habitantes e está localizada na quarta camada ao redor da Terra , acima da cidade de Santos - Estado de São Paulo.

É uma cidade espiritual criada há mais tempo que a maioria das colônia que permeiam as zonas umbralinas desse Planeta.

Sua existência perde-se de vista em nossos calendários comuns.

Foi planejada há muitos séculos por aqueles que, sendo os Engenheiros Construtores de Jesus, conhecem a Terra do seu passado longínquo ao seu futuro distante.

O Brasil nem mesmo existia na face do globo e "ALVORADA NOVA" já estava fixando seus alicerces através dos trabalhadores de Cristo que sabiam da destinação do nosso país, em face da importãncia da sua localização nas camadas vibratórias ao redor do Planeta.

Participaram no seu crescimento as pessoas conhecidas na Terra pelos nomes de D.Pedro II e Gandhi.


NOSSO LAR

A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas, como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.

Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério, configurando-se como um centro administrativo.

À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas. A médium (Heigorina Cunha) descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e delicadas.


Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para residir junto ao seu local de trabalho. Os quadros que se vêem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.

Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e, direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços aos habitantes. Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro Nosso Lar.

Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à muralha.
Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança. Na planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.

Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.
Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à alimentação pública.

A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.
Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.
É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.
O "aeróbus", correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas.


1 - O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito.
Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.

2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos?
Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.

3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.
Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.

4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico.
Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.
5 - Em toda parte, depois do berço, o homem, no centro da Natureza, é defrontado pelos princípios de seqüência.
Depois da morte também.

6 - Atendendo aos ditames da reencarnação e da desencarnação, nascem na experiência física e liberam-se dela milhares de criaturas humanas, no estado mental em que se comprazem.

7 - Quantos abordam o mundo material através do renascimento, evidenciam-se na condição em que se achavam, no Plano Espiritual, procedentes do mundo, lá se revelam tal qual se encontram, seja em matéria de evolução ou seja ante a contabilidade da lei de causa e efeito.

8 - Ninguém é constrangido a pensar dessa ou daquela forma, por força dos princípios universais que nos governam.
Cada consciência, encarnada ou desencarnada, é livre, em pensamento, para escolher o caminho que lhe aprouver, ainda que esteja, transitoriamente, nos resultados infelizes de opções que haja feito, no passado, resultados nos quais a criatura pode amenizar ou agravar a própria situação, na pauta da conduta que adote.

9 - Compreensível que os seres humanos transfiram para a Vida Espiritual, quando lhes ocorra desencarnação, os ideais nobilitantes e as paixões deprimentes, os desgostos e as alegrias, a convicção e a descrença, os valores do entendimento e os desmandos da inteligência, o conhecimento deficitário e a ânsia de elevação de que se vejam possuídos.

10 - Renascendo na Terra, a personalidade espiritual permanece internada na veículo físico, cercada de testes que lhe aferem o valor alcançado, com alicerces na assimilação do que já tenha realizado de melhor, em si mesma; e, desencarnado, essa mesma personalidade patenteia, claramente, o que é, como está e em que degrau evolutivo se acomoda, irradiando de si própria o clima espiritual em que se lhe apraz viver e conviver.

11 - No berço terrestre, a pessoa se reassume na família ou no grupo social em que deva reaprender lições e conclusões do pretérito, com o resgate de débitos que haja contraído, ou em que possa prosseguir nas tarefas de amor e cooperação às quais livremente se empenha.

12 - Na desencarnação, essa mesma pessoa retoma a companhia do grupo espiritual com que se afina, de modo a continuar mentalmente estanque, como deseja, ou de maneira a colher os resultados felizes no esforço de auto-sublimação que haja desenvolvido no Plano Físico, seja pelo aperfeiçoamento realizado em si mesma ou seja pelas tarefas enobrecedoras que tenha iniciado, entre os homens, entrando naturalmente no grupo de elevação a que se promoveu.

13 - Todo espírito é livre, no pensamento, para melhorar-se, melhorando o campo de vivência em que esteja, ou para complicar-se, complicando o campo de experiências a que se vincule.

14 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.

15 - A morte não opera milagres. O ser humano, além ela, prossegue no trabalho do auto-burilamento ou estacionário, enquanto não aceite a obrigação de renovar-se e evoluir.

16 - As religiões, a filosofia e a ciência continuam, por necessidade das criaturas desencarnadas, crendo, estudando e experimentando na sustentação do progresso e do aprimoramento humano, oferecendo vastos domínios de serviço nobilitado aos seus intérpretes, cultivadores e expoentes.

17 - Considerando a densidade das multidões de espíritos desencarnados, desvalidos de orientações, vítimas de paixões acalentadas por eles próprios, analfabetos da alma, desvairados pelos sentimentos possessivos, portadores de enfermidades e conflitos que eles mesmos atraem e alimentam, espíritos imaturos e desinformados, de todas as procedências, é necessário que o lar de afinidades, o templo da fé, a escola e a predicação, a prece e o reconforto, o diálogo e a instrução, o hospital e a assistência, o socorro e os tratamentos de segregação, funcionem, nas comunidades do Mais Além, com extremada compreensão de quantos lhes esposam tarefas salvadoras.

18 - Para o esclarecimento gradativo dos espíritos desencarnados, que se revelam necessitados de apoio e e instrução ( e contam-se por milhões), a palavra articulada, falada ou escrita, irradiada ou televisada, ainda é o processo mais rápido de comunicação, embora a telepatia e a sublimação contêm, além da morte, com círculos de iniciados, cada vez mais amplos, em elevados níveis de entendimento.

19 - Justo que a didática, no Mais Além, utilize a lição, o exame, a exposição prática, os cursos vários de introdução ao conhecimento superior, a disciplina, o apólogo, a fábula, os exemplos da história e todos os recursos de auxílio aos companheiros necessitados de conhecimento e motivação para o bem deles próprios.

20 - Nas comunidades de criaturas desencarnadas, a afinidade é o clima ideal para a união dos seres, o interesse pela ascensão do espírito aos planos superiores é a marca de todos aqueles que já despertaram para o respeito a Deus e para o amor ao próximo, o trabalho do bem é incessante, a religião não tem dogmatismo, a filosofia acata os melhores pensamentos onde se manifestem, a ciência é humanitária e o esforço pelo próprio aperfeiçoamento íntimo é impulso infatigável em todas as criaturas de boa vontade.

21 - Além da morte, a vida continua e, com mais clareza, aí se vê a realidade da teologia simples que rege a evolução, em tudo o que a evolução possua em comum com a Natureza: "A cada um segundo as suas próprias obras".

ANDRÉ LUIZ
Uberaba, 17 de junho de 1983.
( Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier,
em Uberaba, Minas Gerais)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O TEMPLO QUE VOS ACOLHE

Amados filhos,

Vosso Templo não existe "ao acaso".

Ele foi planejado e construído no plano astral bem antes de existir no plano físico. Portanto, a construção material não é apenas um amontoado de tijolos, telhas, cimento... Isso tudo aqui, está impregnado de matéria astral, de cor, de som e principalmente de energia resplandescente, da qual vossos olhos físicos não conseguem comensurar a dimensão e beleza.

Cada objeto aqui dentro é sagrado, pois seu uso é exclusivo para os rituais que também são sagrados. Mesmo os restos que destinais ao lixo, serviram para o "sagrado" e deles, antes que se descarregue na natureza, são retirados pelos responsáveis no mundo espiritual, toda matéria sutil que pode ser reaproveitada.

Portanto meus filhos, mesmo ele merece, antes de rejeitado e despachado, ser reverenciado e agradecido por ter vos servido.

Que se dirá então do chão que vos suporta a matéria?

Do teto que vos cobre, das paredes que vos defendem das intempéries?

E muito mais, acaso tendes idéia meus filhos amados, da importância do "Congá"?

Tendes acaso, noção do "sagrado" que ele representa dentro do Templo?

Cada partícula que compõe a matéria de cada objeto dele, está impregnada de energia consagrada pelas hostes que vos amparam, para que possam transmitir e ou transferir a todos que direcionam a ele apenas um olhar, algo muito além de um alento.

Por isso tudo meus filhos, vos solicito "respeito" por cada objeto do local.

Lavai vossas mãos, serenai e limpai vossas mentes antes de tocar nos objetos sagrados, pois algo de maior além do que vossos olhos podem ver, ali está.
Não deturpai essa energia em nome de vossa pressa maquinal ou porque vossa turva visão ainda não consegue conceber o duplo etéreo de tudo isso.
Muito menos porque não possui a beleza ou sofisticação a que estais acostumados a exibir nos objetos que tendes em vossos lares.

Sendo o Templo que vos acolhe um local sagrado, sagrada deve ser vossa postura dentro dele.

Adentrai a ele com a mente serena, com corpo limpo e com o coração em traje nupcial.

Lembrando que além do plano material, acima e além dele, em estado mais sutil, mais diáfano está a construção astral onde tudo acontece e a energia se transforma.
Ali seres, cujo corpo é de energia, transitam e trabalham absorvendo o que vem do "alto" mas em grande grau de dependência da energia gerado em vosso ambiente físico.
Cada palavra, cada pensamento, cada atitude tem uma repercussão em maior ou menor grau no plano astral, que vos responsabiliza da mesma forma, pelo que possa resultar.

A alegria de servir à caridade não condiz com a irresponsabilidade de transformar o que é sagrado em ambiente desorganizado.
Que se mantenha o que é preparado muitas horas antes de vossa presença, pelo tempo que se fizer necessário mesmo depois que vos retirais do ambiente.

Que vossas mentes irrequietas e vossos corpos ansiosos possam se fazer dignos, não só de adentrar neste ambiente sagrado, mas sobretudo, de mantê-lo adequado e digno do trabalho tão grandioso que aqui se faz.

Paz em vossos corações.
Serenidade em vossas mentes.


Tucuruí,

um caboclo de Oxoce, para vos servir.

Médium Mãe Leni W. Saviscki
Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda

A INTEGRIDADE VIBRATÓRIA DE UM TERREIRO

Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior.

O que parece, às vezes, exagero do dirigente no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas e conversas fúteis, intrigas e maledicências, constitui-se, na verdade, no grande pára-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista.

Todo cuidado é pouco.

Não importa quem agrade ou desagrade.

Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério, e a verdadeira espiritualidade que conduz à evolução compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade, os ciúmes e a ignorância de si mesmo são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para desmoralização de um Grupo Espiritualista.


A corrente é a grande força do Templo Umbandista.

Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo.

Tudo gira em torno dela.

Se um elo dessa corrente estiver fraco, obsediado, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas mais amplas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a casa espiritual.

Devemos sempre lembrar:
"Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia.

O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-á problemas futuros mais graves, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.


Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que :

"Caridade sem disciplina é perda de tempo".

O KARMA DA TERRA

Para os humanos a Terra é a sua casa, o lugar onde moram, o solo onde pisam. E se esquecem que a Terra é um ser vivo, uma entidade cósmica com uma personalidade, uma saúde a ser zelada, um tempo de vida, como tudo no universo. Embora esse tempo para nós seja semelhante à eternidade, ainda é um tempo, ainda é um limite.

A Terra, como outros astros, vibra dentro da Lei Cósmica, dentro de um equilíbrio, de um grande sistema que apenas começa ser compreendido pelos estudiosos da ciência astrofísica, porém a compreensão deste ecossistema engloba também a concepção espiritual e não apenas o estudo material de leis como a gravidade, retração e expansão de forças cósmicas.

A Terra é um organismo vivo, com personalidade, com dores, com uma saúde a ser preservada não apenas no seu corpo físico, mas também no seu corpo espiritual e vibracional. Não é a Terra que fere os humanos com suas oscilações, com as chuvas que destroem cidades, com os vulcões que, de repente, acordam do seu sono ancestral ou tufões que assustam com sua força elétrica e destrutiva. Existe um corpo de energia e a energia é deslocada pela inteligência e sentimentos humanos que refletem na Terra e afetam a sua estrutura desalinhando o seu propósito de equilíbrio e paz.

O karma planetário coloca a Terra em situações de desarmonia. Assim, as guerras em tempos antigos desencadearam pestes e doenças que dizimaram populações inteiras. Isso sem contar com as mortes em combate, com a triste luta corpo a corpo entre seres humanos com opiniões divergentes.

As cidades também têm o seu ecossistema que apesar de caótico funciona. Num centro nervoso, como uma grande capital, muitas coisas são vivenciadas intensamente todos os dias. Desafios, nascimentos, associações e mortes.

As pessoas o tempo todo estão aprendendo, transformando-se e sendo obrigadas a enfrentar e aprender com as lições da vida. O caos se instaura quando esse aprendizado se interrompe, no momento em que o egocentrismo fala mais alto, quando a sociedade do local deixa de quebrar a casca do eterno querer e se fecha no individualismo. Por isso, é de extrema importância a existência dos centros de cura, as casas de oração e apoio espiritual, os grupos de oração de todas as crenças. Pois quando as pessoas se juntam e vibram por amor, o amor se manifesta. Ao se sentirem mais felizes, mais amparadas, essa sensação de conforto irradia-se a para tudo o que está à sua volta e naturalmente a vibração muda.

Por isso, nunca deixe de valorizar as preces, as orações. Todos os grupos dentro de suas crenças são importantes, porque formam os aspectos diversos de uma entidade única que é o planeta Terra. Vamos ver a unidade na diversidade.

A Terra acolhe a raça humana para o desenvolvimento de sua consciência espiritual, para o fortalecimento do amor que é a maior energia curadora do universo.

Lembrem-se de que as cidades, os países são formados por egrégoras que são geradas por crenças, vibrações e conseqüentes atitudes das pessoas. Assim, vocês podem ver cidades inteiras mais materialistas, com valores mais pesados e nesses locais o aprendizado é intenso, pois, se de um lado, alguns ganham muito dinheiro e se acreditam felizes com condições materiais... do outro lado, muitos padecem com a falta daquilo que supervalorizaram...

Assim, as posses materiais podem ser um grande buril na lapidação do caráter humano. Como se trata de uma energia efêmera, muitas vezes aqueles que ganharam acabam passando pela queda e perda dos bens e aqueles que tanto desejaram podem ganhar e até perceber que a riqueza material não é tudo nessa vida. Assim, os aprendizados acontecem em toda parte, em todos os lugares, com todas as pessoas. Não existem favorecidos ou menos favorecidos nesta Terra. Todos são amados filhos do Pai. Alguns mais conscientes e outros ainda se arrastando pelo sofrimento da condição material inferior.

O Karma da Terra é nos acolher. O Karma da Terra é nos oferecer abrigo e apoio para nosso desenvolvimento espiritual. O Karma da Terra é receber a humanidade que muitas vezes mutila as suas entranhas em busca de riquezas, que terá de deixar um dia quando seu corpo também fenecer. O Karma da Terra é esperar pela iluminação dos humanos para que um dia cada homem e cada mulher deste planeta compreendam que só existe uma humanidade e ela é feita de filhos e filhas de Deus que devem se ajudar.


Mensagem de Sananda: canalizada por Maria Silvia Orlovas

A UMBANDA E O VIL METAL

É impressionante como surgiram entre os umbandistas tantas pessoas que conseguiram torcer as palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas! !!

Fico triste quando vejo espalhados pelo Brasil os mesmos vendilhões da época de Jesus.

Fico triste ainda quando vejo tentativas humanas para anularem o papel missionário que Jesus exerceu na Terra.

"Jesus foi apenas um revolucionário", dizem esses.

"Jesus não falava do mundo espiritual, era material mesmo", afirmam outros.

Independente do que fazem em torno do nome de Jesus, fico triste e decepcionado com o desrespeito ao Caboclo das Sete Encruzilhadas e suas palavras de ordem para a Umbanda.

Oras, foi esse Caboclo, valente e humilde, quem determinou as bases da Umbanda!

Foi Ele quem disse:
"NÃO HAVERÁ COBRANÇAS PELA CARIDADE"! Na Umbanda os Espíritos irão baixar nos terreiros para a prática da caridade pura e desprovida de interesses (monetários ou não).

Porém, exatamente como ele previu quando disse que o "vil metal" (dinheiro, para quem não sabe) iria macular a Umbanda, manchar sua bandeira de caridade, rasgar o testamento dos Caboclos e Pretos Velhos e queimar o Amor entre os irmãos, está acontecendo de forma escancarada e NINGUÉM faz nada para impedir isso!

Estão comercializando os dons divinos, NÃO HUMANOS, como se fossem propriedade particular!

Vende-se as palavras de um Preto Velho, como se fossem tirinhas de um jornal!

Cobra-se hoje para socorrer os desesperançados e os que nada têm para dar!

Em nome de uma suposta entrega abnegada ao "serviço espiritual", estipulam preços e valores por um trabalho que nem os próprios "trabalhadores" dão garantia.

Quando o dão, não deixam nada assinado para posterior cobrança judicial!

Já que é espiritual, não se pode assinar papéis de garantia de devolução do dinheiro cobrado, não é mesmo?

Ora, se realizam cobranças e recebem DINHEIRO por serviços prestados em nome de Deus, então por quê não dão recibos e notas fiscais?

Por quê não recolhem os impostos como todo bom comerciante?

Por quê não fazem declaração de renda para o Leão, como todo correto contribuinte faz?

Se querem cobrar, que assim o façam!

Mas NÃO em nome da Umbanda!!!

Criem outra religião!

Inventem outro nome pro seus credos!

Não copiem o nome sagrado da religião que veio à Terra para revelar de GRAÇA os Espíritos de Luz!

Dêem outra denominação para suas Casas:
URUBANDA! DINHEIBANDA! MOEBANDA! DOISBANDA!

Ou outro nome que possa desvincular qualquer mácula das Casas genuinamente umbandistas.

Não somos contra as ofertas voluntárias!

Não somos quem deseja contribuir para o bem comum das Casas!

Mas daí, aproveitar para estipular um valor para atendimento. ..
Vai uma distância muito grande.
Quilométrica!

Deus Salve a Umbanda!
Deus Salve a Caridade!
Deus Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!

Julio Cezar Gomes Pinto

ELEDÁ

Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento.

Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".

Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ".

A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás.

Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.

Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio.

Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico.

Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.

A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original.

Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.

Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.

Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio.

A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.

A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza, um Orixá protetor.

É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá.

Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM.

Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda.


AFINIDADES

Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás.

Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó.Freqüentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material).

O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.

Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe?

Assim também é com os orixás.

Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã.

Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras.

O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único Orixá.

LINHA,FALANGE E VIBRAÇÃO

Os trabalhadores espirituais de Umbanda que assumem a vestimenta fluídica de Caboclos Preto Velhos e Exus são espiritos que ao adentrarem no movimento umbandista como trabalhadores da seara da caridade, entram ou são direcionados a uma classificação que os identifica no grande agrupamento de trabalhadores umbandistas.

Essa classificação é o seguinte:

1) LINHA:
Linha é a grande e magnífica força energética que direciona esses espiritos para o trabalhona caridade. Essa emergia é comandadapor determinado Orixá, daí, em se tratando de trabalhadores espirituais na Umbanda, essa linha receber o nome desse Orixá.

Assim vejamos:

a) Os Caboclos Índios, boiadeiros e baianos atuam na energia vegetal, daí,serem da linha de Oxossi.

b) Pretos Velhos atuam na energia telúrica, dentro da essência da Sabedoria, na Confraria das Santas Almas, pertencendo, portanto,'a Linha de Obaluaiê( Linha das Almas,Yorimá, Africana e Iofá).

c) Os Caboclos Marujos ou Marinheiros, tendo em vista sua essência aquática,pertencem a linha de Iemanjá.

d) As Crianças na Umbanda não tem linha específica, dizemos pertencer a Linha de Ibêji.

e)Exús são espiritos como nós na biusca da evolução que, ao adentrarem na Umbanda para trabalhar, na Linha de Exú do orixá do médium.

2) FALANGE:
É o agrupamento dentro da Linha a que pertence aquela Entidade. Espiritos de muita luz e escol iniciam as diversas falanges ,dando o seu nome a todos os espiritos que nela integrem.Assim a Cabocla Jupira pertence à falange da Jupira,Pae Benedito pertemce à falange de Pae Benedito , Exu Tranca Ruas, pertence a Falange dos Trancas Ruas ,e assim por diante.Daí num mesmo terreiro poderemos estar presentes, incorporados tantas Jupiras, tantosPaeBeneditos,Tranca Ruas, quantos médiuns que trabalhem com Entidades que estão integradas nessas mesmas falanges.

3) VIBRAÇÃO:
Cada Entidade trabalha com as energias da Natureza.
É a natureza magística dos trabalhos de Umbanda e que é tão bem manipulada pelos seus trabalhadores espirituais.

Embora manipulem e trabalhem com todas as sete forças energéticas da natureza, sempre haverá a predominância de uma, que é regida por determinado Orixá, sendo como se fosse o Ancestral daquela Entidade.

Assim, temos a Cabocla Jupira que trabalha sob a Vibração Sagrada da Água tendo como,orixá Regente a Mãe Oxum.

Querer identificar a Vibração de uma Entidade pelo seu nome ou Falange é confundir-se pois não será a realidade dita e apresentada por eles, além, do que estaríamos congelando o movimento energético vibracional e irradiador dos Guias.

PONTOS RISCADOS, O QUE SÃO?

Durante as sessões de terreiro, observamos as Entidades Espirituais utilizar-se de uma espécie de Giz (Pemba – Material Calcário) para traçarem sobre determinas superfícies (madeira, mármore, cobre, etc.) figuras como sóis, luas, estrelas, triângulos, lanças, flechas, folhas, raios, ondas, cruzes, além de alguns sinais ininteligíveis, que despertam em alguns médiuns e assistentes a curiosidade em saberem o que são e quais as funções dentro da ritualística umbandista.

A estas configurações expressas pelos espíritos trabalhadores da Corrente Astral de Umbanda chamamos de PONTO RISCADO, A GRAFIA SAGRADA DOS ORIXÁS.

Comecemos por trazer à tona, o porquê do nome Ponto Riscado, antes de qualquer coisa, imaginem e guardem em sua mente a cruz, símbolo da Fé, do Cristianismo e do Martírio de Jesus, para melhor entenderem as explicações.

No plano cósmico temos basicamente duas linhas primárias de constituição energo-magnética (energia = magnetismo) que são responsáveis pela evolução e ascensão dos mais diferentes tipos de vida nos reinos que fazem parte de nosso Planeta (Mineral, Vegetal, Animal, Hominal e Espiritual).

A estas duas linhas que se tangenciam (focam) nominados de Linha Energo-Magnética Ascensional (vertical) e Linha Energo-Magnética Evolucional (horizontal), que juntas, compõe a Cosmopotência ou a Irradiação de Oxalá (contração do termo Orixalá = A Luz do Senhor Deus), pois tal encontra-se sob a Supervisão do Maior dos Orixás a nível planetário, o Cristo Jesus.

Pela dinâmica do Princípio de Desdobramento Astral, que implantou aquilo que conhecemos como polaridade positiva e negativa, criadas para oferecer o suporte necessário a todos os níveis e subníveis do processo ascensio-evolucional, a Irradiação de Oxalá, sem perder o seu caráter coordenador e atuante, fragmentou-se harmonicamente em outras seis Irradiações, todas de constituição energo-magnética secundária, e que pelo princípio retrocitada atuariam nas polaridades passiva (negativa) e ativa (positiva), absorver, estagnar e depurar as nocividades.

Já no pólo ativo, tais Linhas ou Irradiações têm como função potencializar, dinamizar e expandir propriedades benéficas.

Devemos dizer ainda, que estas Seis Linhas ou Irradiações são comandadas pelos Orixás, os Senhores da Luz.

Assim, dentro das respectivas polaridades, estas Linhas ou Irradiações se entrecruzam e interagem ininterruptamente, formando incontáveis interseções energo-magnéticas entre as mesmas, de composições e atribuições diversas.

A cada um destes elos, imersos pelo tangenciamento de tal Força, na Umbanda denominamos Ponto (Astral).

Estas várias interseções e suas variantes formam incontáveis fusões ou justaposições de Forças energo-magnéticas, que fluem perenemente no Planeta Terra, dando a devida sustentação ao mesmo.

Para que as forças que constituem estes elos sejam movimentadas especificamente para os trabalhos de Umbanda, é imperioso que haja o acionamento de determinados “códigos de acesso”, consoante resultado que se queira alcançar.

Em nossa religião, uma das formas com que os laboradores espirituais, quando incorporados, entram em contato com tais forças, manipulando-as conforme as necessidades, é através do traçado de determinados símbolos(códigos-senhas), que, colocados em posição co-relata, acabam por atrair as corrente energo-magnéticas indispensáveis a determinado trabalho, que são recepcionadas pelo campo formado pelo “desenho”-material riscado, aglutinando-se e gravitando em torno do mesmo, isto a nível etérico, sendo redirecionados pelos espíritos para os mais diferentes fins, repetimos, sempre positivos.

Neste sentido, podemos conceituar Ponto Riscado como sendo um ato litúrgico-magístico, de iniciativa dos espíritos da Corrente Astral de Umbanda, que, mediante o uso de pemba, riscam símbolos que revelam a identidade e a linha de trabalho dos mesmos, ou ainda abrem canais de interação com forças energo-magnéticas propícias que percutem no plano material, para atuarem em determinada situação.

Já de posse do conceito de Ponto Riscado, podemos nominá-los, segundo a finalidade a que se propõem.

Temos então:

• Esotérico: Oculto, velado;
• Exotérico: Ostensivo, aberto;
• Atrator;
• Equilibrador;
• Neutralizador;
• Fixador;
• Puro;
• Misto;
• Sugestivo (Efeito Psíquico);
• Real (Efeito Objetivo);
• De Firmeza (Defensivo-Repressivo);
• De Segurança (Defensivo-Preventivo);
• Identificador do Espírito: De Falange; De Campo de Atuação; Da Irradiação (Principal, Secundária, Etc.) ou de Forças-Bases.

O que acabamos de citar são os tipos ou espécies de Pontos Riscados mais utilizados pelos espíritos trabalhadores da Umbanda.
Outros existem.

Esperamos que com tais apontamentos, termos dado nossa contribuição para o esclarecimento de todos os Umbandistas de fé e seriedade.

USO DO FUMO NOS TERREIROS DE UMBANDA

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa religião.

Originário do mundo novo, os nativos fumavam tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do Sol, polarização eletrizante da Lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluídos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra.

Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto , o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao Trabalho de Oxalá, são tão somente defumadores individuais.

Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.

Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros.

Na fabricação de charutos (palavra derivada do Tâmil , Churutu), as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração.

Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana.

Nos trabalhos umbandistas há uma variação de fumos utilizados por Guias e Protetores.

Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exús, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos.

A cigarrilha de odor especial, muito utilizadas por Pomba-Giras, melhor se ajusta ao descarrego do magiado, por proporcionar-lhe mais tranqüilidade.

Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros.

Já os Pretos-Velhos, dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com sua própria força espiritual, transformando o tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas.

Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades.

A queima do tabaco funciona como um defumador individual, próprio, dirigido ao objetivo do Guia, que não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chackras dos consulentes.

Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho:

"NA FUMAÇA ESTÁ O SEGREDO DOS TRABALHOS DE UMBANDA".

MENTORES DA UMBANDA

Entenda por que os mentores da Umbanda se apresentam.

Vó Benedita
– A linha de pretos-velhos, meus filhos, é uma linha como qualquer outra dentro da Umbanda.
Um grande equívoco é pensar que todo preto–velho foi negro, ou morreu velho em sua última encarnação, o que muitos sabem, não é bem verdade.
Existem muitos irmãos que utilizam a aparência de preto–velho, mas nunca foram escravos no Brasil nem em qualquer lugar do mundo.
Na verdade essa linha nasce como forma de organização de todo um contingente de espíritos que iriam atuar dentro do movimento umbandista que surgia.
As primeiras linhas fundamentadas foram a de caboclo e pretos–velhos.
Utilizou–se uma figura mítica já presente dentro da cultura brasileira e criou–se toda uma linha de trabalho, onde todos os seus representantes teriam trejeitos e características similares.
Surgia a linha de preto–velho, uma linha transmissora da calma, da sapiência, da humildade, detentora do conhecimento sobre os Orixás e que, acima de tudo, falaria ao simples de coração até ao mais erudito doutor, sempre com palavras de amor e espalhando luzes dentro da espiritualidade terrena.
Era uma forma de identificar e aproximar a população ao culto nascente.
Era uma forma de homenagem.
Era também uma forma de hierarquizar e organizar.
Além disso, temos a questão arquetípica e mítica por detrás de cada uma das linhas.

Os pretos-velhos estão fundamentados no arquétipo do sábio, ou, "ancião", aquele que com as experiências vividas alcançou a sabedoria.
Em cima desse arquétipo, criou-se muitos mitos dentro da cultura universal, onde a figura do ancião sempre foi utilizada como símbolo para a sapiência.
Um dos mitos brasileiros para esse arquétipo é a figura do preto-velho, que sofreu, tinha poucas condições, mas tudo isso superou, com fé, amor, determinação etc.
Na verdade, dentro da figura simbólica do preto-velho vemos um ideal de luta e superação das pessoas...

Revista Cristã de Espiritismo!

QUEM SÃO NOSSOS CABOCLOS ?

São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.

Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.

A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.

Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins.

Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.

Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos.

Jone

IMAGENS NA UMBANDA

Porque a Umbanda adota imagens?

Isto caracteriza idolatria?

Essa é uma das principais dúvidas dos umbandistas, e um dos pontos em que mais somos criticados por evangélicos e kardecistas.

Por isso esclareçamos:
a Umbanda não adora imagens, pois sabe perfeitamente que são apenas objetos confeccionados pelas mãos de artesãos ou fabricantes de artigos religiosos.

Idolatrar significa reconhecer em uma imagem a própria divindade, atribuindo a ela poderes sobrenaturais.

Nenhum umbandista esclarecido acredita que uma imagem tenha vida própria, e se as mantém em seus congás (altares), é por mera veneração, respeito e para ter alguma fonte de inspiração, quando precisam se concentrar para entrar em sintonia com a vibração dos Orixás ou Guias Espirituais.

No atual estágio evolutivo em que o homem se encontra, é extremamente difícil para ele abstrair totalmente os seus pensamentos, precisando de modelos materiais que lhes ajudem a "plasmar", no campo mental, as suas manifestações de fé.

As imagens, mesmo que bastante imprecisas, conforme atestam inúmeros videntes, atingem de certa forma este objetivo, ajudando os médiuns a contactar os seus mentores durante os trabalhos espirituais, ou mesmo no ato de fazer uma simples oração.

Isso aliás não ocorre apenas na Umbanda: no catolicismo, no budismo, no hinduísmo e até mesmo no Kardecismo, haja vista que muitos centros mantém nas paredes retratos de Jesus, Bezerra de Menezes, André Luiz etc.

Não seriam estas gravuras também imagens religiosas?

E nos Templos Evangélicos, não existem representações de cruzes, passagens da Bíblia ou da própria Bíblia?

"Retirai a trave que obscurece teus próprios olhos, antes de enxergar o cisco nos olhos alheios"
- Jesus de Nazaré.

FONTE :www.ceurubatan.hpg.ig.com.br

AS OFERENDAS NA UMBANDA

Desde a mais longínqua antigüidade o ser humano sempre tentou alcançar as benesses de seres superiores, seus deuses, através de presentes que julgavam ser do agrado destes.

Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos ver alusões a oferendas, inclusive com matança de animais até mesmo no chamado Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que desencadeou no ciúme, inveja e posterior assassinato de um pelo outro.

É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas, baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o Deus que procuravam não poderia mais ser ligado a presentes materiais como os que então eram oferecidos.

Aprendemos que se entidades que não chegam a serem deuses, por não terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas materiais, que dirá um Deus ou mesmo um "Orixá", seja ele quem for. Por que então as oferendas na Umbanda? Por acaso não seria para alcançar as benesses dos Orixás e do próprio DEUS? Sabendo que os Orixás são irradiações puras do criador e não necessitam dessas oferendas, então quem realmente as recebe? Quem as recebe são entidades conhecidas como Elementais da Natureza, também conhecidos por Espíritos da Natureza.

Os Elementais podem ser compreendidos, sob uma definição laica, como seres, criaturas físicas ou espirituais, que habitam os quatro reinos da natureza (água, fogo, terra e ar) e podem exercer influência sobre os seres vivos. Elementais também é o nome dado em algumas religiões a todo e qualquer espírito existente na natureza segundo a crença no “Animismo”1. Também são conhecidos como personagens fictícios, que representam a natureza e que seriam capazes de controlar seus elementos e os representar.

São eles:

· Silfos - os elementais do ar;

· Salamandra - os elementais do fogo;

· Ondinas - os elementais da água;

· Gnomos - os elementais da terra.

O trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho. Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles, o problema está, principalmente, na tendência dos humanos quererem fazer desses seres os seus "geninhos particulares", pensando que são mais inteligentes e podem comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se preocuparem com mais nada. Em casos assim eles podem transformar-se em obsessores difíceis de serem afastados.

Que fique bem claro que os Elementais são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto positiva quanto negativamente por entidades astrais. Quando uma entidade pede uma oferenda para a realização deste ou daquele trabalho, pode estar certo de que a menos que ela seja um "quiumba", um espírito elementar em evolução, estará solicitando a mesma para que possa atrair e comandar certos elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado. Que fique bem claro que Entidade espiritual que já passou por um processo evolutivo não precisa comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados, já os Elementais e certos Espíritos Elementares (quiumbas e certos obsessores) sim, pois pertencem a um nível astral quase que igual ao nosso e na verdade o que fazem é absorver a energia que emana desses elementos a eles oferecidos e não da matéria propriamente dita.

Quanto às oferendas utilizadas na Umbanda são oferecidas exatamente na intenção de liberarem ou como forma de canalizarem certas energias, que por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho proposto.

Quanto aos sacrifícios de animais, sabemos que é muito utilizado nos rituais de "troca de cabeça", como são conhecidos nos dias de hoje, esse tipo de ritual era utilizado por civilizações tão antigas que já foram até extintas; e em muitos casos até com o sacrifício de vida humana para que as "divindades", em troca, lhes proporcionassem bens nas mais variadas situações de vida. Hoje em resumo, esse ritual é utilizado para tirar de alguém certo mal, através da transferência da atuação que essa pessoa esteja sofrendo, para um animal de duas ou quatro patas que, segundo a regra, deve ser sacrificado a seguir para que sua energia vital possa ser absorvida pelos elementais ou obsessores, nesse caso verdadeiros vampiros, que atuavam no ser humano. Esse é um tipo de ritual perigosíssimo por colocar o médium e consulente em contato direto com as formas elementais do mais baixo grau.

Sabemos que essas oferendas podem ser representativas ou “votivas”2. Nós umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim com o tipo e o excesso delas. Pois existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto freqüência e fé que acabam “viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas. Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para canalizar sua fé.

É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas. Antes de mais nada, um verdadeiro umbandista deve sempre se preocupar em não poluir os reinos da natureza, considerar sempre a lógica e não esquecer de que a Umbanda considera a natureza como manifestação de Deus na terra, por tanto tem o dever preservá-la.

Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.

Vamos a ela:

“Material necessário:

· 01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você;

· 01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;

· Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;

· 01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa.

Modo de Preparo:

Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.

Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."

Pronto!
Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar:

Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”

A UMBANDA E O ESPIRITISMO

Algumas pessoas, por falta de esclarecimento e ignorância dos fatos, infelizmente classificam, erroneamente e de maneira pejorativa, a Umbanda como “baixo espiritismo” ou mesmo como parte do próprio espiritismo.
Podemos afirmar que o que as duas doutrinas têm em comum é o desejo de ser útil ao mesmo Senhor, embora com formas de trabalhos que na experiência são diferentes, mas no fundo, se integram na ação fraterna.

A Umbanda, em seus fundamentos, não tem nada a ver com o espiritismo, o que não é bem esclarecido nos meios umbandistas e espíritas.
Começa aí a confusão, toma-se o nome “Espírita” como se ele designasse todas as expressões de mediunismo, e assim foi se descaracterizando muito a Umbanda.
Por outro lado, Espíritos têm baixado ao mundo com a missão de esclarecer, e de certa forma, dar um corpo doutrinário a Umbanda, mas são ignorados por muitos adeptos.

A Caridade é a Lei Universal, e nós que trabalhamos nas searas umbandistas, devemos ter nela um guia infalível para o desenvolvimento de nossas atividades, assim como todos os Centros Espíritas que dizem adotar a codificação de Kardec não são, na realidade, espíritas, também muitas Tendas e Terreiros não representam os verdadeiros conceitos da Umbanda.

Podemos notar que muitos umbandistas permanecem ainda ignorantes das verdades e dos fundamentos de sua religião, baseados nisso temos que trabalhar unidos pelo bem e esperar, que o tempo haverá de corrigir todos os equívocos através da experiência que vivenciamos no dia-a-dia.

Há de se lembrar que o mundo espiritual é habitado pelos espíritos, seres inteligentes da criação, imateriais, que mantêm sua individualidade e assim têm formas de pensar diferentes, formando então, grupos de afins. Mesmo assim, podemos observar espíritos, de diversos grupos, trabalharem em conjunto, unidos nos trabalhos de cura e desobseção, mas o fato de trabalharem juntos não os faz robôs, como já dissemos, eles não pensam de maneiras iguais, guardam sempre a sua opção íntima. Nisso está a verdadeira fraternidade, que nos amemos uns aos outros e respeitemos as convicções pessoais, pois se os métodos de trabalhos se multiplicam ao infinito, o senhor da vinha permanece um só, Jesus, ou como nós o chamamos “Oxalá”.

O espiritismo é a doutrina codificada por Allan Kardec e inaugurada na Terra em 18 de abril de 1857, na França, e que tem o objetivo de estudar as Leis Espirituais que regem os dois mundos, e os princípios superiores da vida. Esse estudo forneceu a chave que explicou cientificamente, tanto a religião nativa quanto os cultos africanos, pois explicou a possessão como incorporação dos Espíritos em pessoas dotadas de tal faculdade mediúnica.

A Umbanda embora seja uma religião de caráter mediúnico, não é espiritismo, nem alto e muito menos baixo, assim como não podemos dizer que a Umbanda e o Candomblé sejam a mesma coisa, mesmo assim alguns umbandistas se denominam “Médiuns Espíritas tal” ou falam “Tenda Espírita tal”. Sabemos que a palavra “Espírita” ou “Espiritismo” foi criada por Kardec para designar a Doutrina Codificada pelos Espíritos, no entanto aqui no Brasil, talvez por falta de orientação, as pessoas tomaram emprestado o termo “Espírita” e passaram associá-lo e designá-lo a toda manifestação mediúnica, essa confusão se estabeleceu por causa da desinformação por parte do povo, que devida à divulgação da Doutrina Espírita, aproveitaram e tentaram unir as duas expressões “Umbanda” e “Espírita”, embora sejam distintas uma da outra.

A Umbanda é uma religião sincrética, pois fundiu quatro culturas religiosas, criando uma quinta bem distinta, pois não podemos dizer que a Umbanda é “Culto de Nação”, ela também não é “Pajelança”, não é “Espiritismo” e tão pouco “Cristianismo”, é simplesmente Umbanda, é uma religião criada e arquitetada para combater o mau uso das forças negativas, a magia negra, e com bases sólidas na Caridade, esclarecer e instruir os homens, e para isso cultua e trabalha utilizando todos os recursos oferecidos pelas energias magnéticas das forças da natureza, personificadas e representadas através dos Orixás, seus médiuns utilizam roupas brancas, como uniformes, colares em alguns casos, banhos energéticos, e todo um instrumental para canalizar essas energias psíquicas em seus trabalhos.

Embora trabalhem com expressões do mundo espiritual, seus métodos de trabalho se diferem, pois se baseiam em ensinamentos diferentes, mesmo que, algumas vezes, os umbandistas recomendem os livros espíritas, que servem somente para um esclarecimento sobre as questões do Mundo Espiritual e suas relações com o Mundo Material, suas doutrinas e bases são distintas, contudo, reina as Leis do Amor, do Respeito e da Caridade, as quais devem ser sempre a base para reger as relações entre a grande família espiritual.

A ORIGEM DA UMBANDA

A história nos mostra que os negros foram tirados a força de sua terra natal, na África, e trazidos para o Brasil com rancor e ódio em seus corações.
Feridos em sua dignidade e distantes da pátria que amavam, muitas das vezes, enganados, feitos prisioneiros e escravos, o que resultou em muitos anos de lutas e dores. Eles tentavam manter seus costumes na cultura e na religião, que se baseava na evocação das forças da natureza, deificadas e personificadas em divindades, que eram uma espécie de deuses, a que cultuavam com todo fervor de suas vidas.

Com o tempo aprenderam a se vingar de seus senhores e déspotas1 através de pactos com entidades trevosas através da magia negra, que não era outra coisa se não as energias magnéticas da natureza empregadas de forma equivocada. Dessa maneira o culto inicial as divindades da natureza foi se transformando em métodos de vingança e em pactos com essas entidades que assumiam a forma dessas mesmas divindades.

Um mistério envolvia de tal forma essas manifestações religiosas, que se tornava difícil para um leigo saber sua origem e seu significado. Seus rituais eram tão misteriosos, que o povo com seu misticismo natural era constantemente explorado por aqueles que nenhum escrúpulos tinham em relação à fé alheia. Esses cultos acabaram se tornando, na verdade, num disfarce para uma série de atividades menos dignas no campo da magia, o que com o tempo acabou gerando uma atmosfera psíquica indesejável no campo áureo do Brasil.

A psicosfera no ambiente espiritual da nação estava sendo afetada de tal forma pelas energias negativas, que entidades ligadas aos lugares de sofrimento encarnavam e desencarnavam conservando assim o ódio em seus corações. Dessa forma a magia negra foi se espalhando em forma de culto pelas terras brasileiras, de norte a sul do país onde as oferendas eram entregues pelos adeptos desses cultos, que se multiplicavam a cada dia, aumentando ainda mais a crosta mental negativa que vinha se formando sobre os céus da nação.

No Mundo Espiritual reuniram-se então, entidades de alta hierarquia com o objetivo de encontrar uma solução para desfazer essa agrégora negativa que vinha se formando na psicosfera do país. A magia negra teria de ser combatida e seus efeitos destrutivos haveriam de serem desmanchados, de maneira a transformar os próprios cultos degradantes em lugares que irradiassem o Amor e a Caridade, essa era a única forma de modificar o panorama sombrio que vinha sendo criado.

Havia então a necessidade de que os próprios espíritos, mais evoluídos e esclarecidos, se manifestassem para realizar tal cometimento, e assim foram se apresentando, uma a uma, aquelas entidades iluminadas modificando suas formas perispirituais, assumindo assim, a conformação das próprias divindades e de entidades como Preto-velhos e Caboclos, levando a mensagem da Caridade, com o objetivo inicial de desfazer a carga negativa que se abatia sobre os corações dos homens.

Essas entidades seriam o elo de ligação com o Alto, penetraria aos poucos nos redutos da magia negra, os quais ainda se mantinham enganados quanto as Leis do Amor e da Caridade, e iria então transformando, com as palavras e os ensinamentos das entidades, os sentimentos das pessoas. Para isso foi necessário que elevados companheiros da vida maior renunciassem certos métodos de trabalho, considerados por eles mais elevados, para se dedicarem às atividades que aqueles cultos se propunham. A essas entidades, se juntaram a antigos espíritos de escravos e índios, que em sua simplicidade e boa vontade, se propuseram a trabalhar para mostrar aos homens suas lições sagradas, auxiliando assim na cura de doenças e na transmissão das mensagens de Amor e Caridade.

Nas sessões espíritas, da época, essas entidades não foram aceitas, pois identificadas sob essas conformidades, preto-velhos e caboclos, eram considerados espíritos atrasados e suas mensagens não mereciam nem mesmo uma análise. Mas com o campo áureo do país mais preparado, mesmo não conseguindo muitas alterações nos cultos, vemos em uma seção espírita surgir então a UMBANDA, anunciada em 15 de novembro de 1908, em Neves, subúrbio de Niterói, no Rio de Janeiro, pelo espírito que se identificou como “Caboclo das Sete Encruzilhadas”, através do médium Zélio Fernandino de Moraes, então com dezessete anos de idade, usando pela primeira vez o vocábulo “Umbanda” como designação de culto e religião, definindo assim o novo movimento religioso como: “uma manifestação do espírito para Caridade”.

Tudo começou quando Zélio Fernandino de Moraes, nascido em 10 de abril de 1891, no bairro de Neves, município de Niterói, no Rio de Janeiro, aos seus dezessete anos estava se preparando para servir as Forças Armadas, através da Marinha, se acometeu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. De princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou a seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram então um padre, também da família, que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade.

O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita e no dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo, levou Zélio a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, se sentaram à mesa, onde logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio se levantou e disse que ali faltava uma flor, foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho. Iniciando uma estranha confusão no local, pelo fato ocorrido, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos, sendo advertidas pelo dirigente do trabalho. Então a entidade incorporada no rapaz perguntou:

"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

"- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados?
Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz?
E qual o seu nome meu irmão?"

Ele responde:

"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo lhes dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

O vidente ainda pergunta:

"- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"

Novamente ele responde:

"- Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."

No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30, em Neves, Niterói, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou e iniciou o culto usando as seguintes palavras:

"- Aqui se inicia um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos, que desencarnaram e não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que terá base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, sendo que:

· Sua prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados.

· O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco e de tecido simples.

· Não se permitiria retribuição financeira pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados.

· Os Cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas.

A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA e declarou fundado o primeiro templo para a sua prática, com a denominação de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, justificando o nome pelas seguintes palavras: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho; a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição". Através de Zélio manifestou-se nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo.

A partir dessa data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos. Os enfermos eram curados; os descrentes assistiam a provas irrefutáveis; os curiosos constatavam a presença de uma força superior; e os crentes aumentavam, dia a dia. Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malet2 exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra.

Vejamos então cronologicamente os principais acontecimentos da UMBANDA a partir de sua anunciação:

1. 15 de novembro de 1908 - Advento da UMBANDA e fundação do primeiro Terreiro de Umbanda, por Zélio de Moraes, em Neves, subúrbio de Niterói;

2. Novembro de 1918 - O Caboclo das Sete Encruzilhadas dá início à fundação de sete Tendas de Umbanda no rio de janeiro;

3. 1920 - A Umbanda espalha-se pelos Estados de São Paulo, Pará e Minas Gerais. Em 1926 chega ao Rio Grande do Sul e em 1932 em Porto Alegre;

4. 1924 - O advento do Caboclo Mirim - Manifestou-se no Rio de Janeiro, em um jovem médium, Benjamim Figueiredo, uma entidade, denominada Caboclo Mirim, que vinha com a finalidade de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda;

5. 1939 - Os Templos fundados pelo Caboclo das Sete encruzilhadas reuniram-se, criando a Federação Espírita de Umbanda do Brasil, posteriormente denominada União Espiritualista de Umbanda do Brasil, incorporando dezenas de outros terreiros fundados por inspiração de "entidades" de Umbanda que trabalhavam ativamente no astral sob a orientação do fundador da Umbanda.

6. Outubro de 1941 - Reúne-se o Primeiro Congresso de Espiritismo de Umbanda. Outros Congressos havidos posteriormente retiraram acertadamente o nome espiritismo que, de fato, pertence aos espíritas brasileiros, os quais seguem a respeitável doutrina codificada por Alan Kardec. Em suma, o espírita pratica o espiritismo e o umbandista pratica a umbanda ou umbandismo. Neste Congresso foi também apresentada tese pela Tenda São. Jerônimo, propondo a descriminalização da prática dos rituais de Umbanda. O autor, Dr. Jayme Madruga, a par de um minucioso estudo de todas as constituições já colocadas em vigência no Brasil, busca também em projetos como o da Constituição Farroupilha e nos códigos penais até então vigentes e no que haveria de vigorar após 01 de janeiro de 1942. Os argumentos mostravam que o caminho da Umbanda começava a ser aberto e que caberia aos Umbandistas buscarem acelerar o processo com declarações e resoluções, partindo daquele congresso, em prol da descriminalização da prática da Umbanda.

7. 1944 - Vários umbandistas ilustres, entre eles vários militares, políticos, intelectuais e jornalistas, apresentam ao então Presidente Getúlio Vargas um documento intitulado "O Culto da Umbanda em Face da Lei" e consegue daquela autoridade a descriminalização da Umbanda. Este fato, apesar de ter sido extremamente positivo, trouxe como subproduto uma perda de identidade muito grande por parte de nossa religião, uma vez que todos terreiros, das mais variadas seitas, incluíram em seus nomes a palavra Umbanda como forma de fugir à repressão policial. Como nossa religião não tinha um rito claramente definido e nem a formação de sacerdotes, o que gera uma hierarquia, ela acabou ficando à mercê dessa deturpação; outro fato que fortaleceu essa descaracterização foi que, sendo um período de crescimento, não se buscava a qualidade dos Terreiros que se filiavam à Federação, ou à União que lhe sucedeu;

8. 12 de setembro de 1971 - Foi criado na cidade do Rio de Janeiro, o Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda - CONDU, que congrega as Federações de Umbanda existentes ao longo do país, atualmente, contando com mais de 46 Federações, de norte a sul do país, reunindo representantes de mais de 40.000 Terreiros de Umbanda;

9. Em 1972, em mensagem psicografada por Omolubá, enviada pelo poeta Ângelo de Lys, confirma-se a origem da Umbanda no Brasil, através do médium Zélio de Moraes;

10. Em 1977, o CONDU reconhece, publicamente, como verdadeira a origem da Umbanda no Brasil;

11. Novembro de 1978 - Surge o livro "Fundamentos de Umbanda, Revelação Religiosa", de Israel Cisneiros e Omolubá, que aborda a questão da origem da Umbanda, através de mensagens do astral, trazendo, por fim, após 70 anos de existência da Umbanda, as primeiras bases teológicas e norteadoras da doutrina umbandista, com fundamentos integrais da nova religião e sua verdadeira origem. Após este momento podemos definir como sendo o início desse novo período; assume-se a Umbanda como religião brasileira e começa o primeiro movimento consistente para dar a ela uma base teológica e a criação de uma hierarquia, baseada na formação sacerdotal, fundamental para a manutenção das bases ritualísticas e conceituais.



Decorridos setenta anos de existência da Umbanda no Brasil, compreendidos entre 1908/1978, passou este curto espaço de tempo, porém significativo, a ser conhecido entre os estudiosos da causa como Período de Propagação da genuína força de credo, nascida no século XX, em terras brasileiras. Embora a Umbanda ainda se apresente, muitas das vezes, uma tanto desfigurada, com nuanças religiosas, reconhecemos que isso decorra desse período de propagação, onde no afã de conquistar almas se respeitaram os ambientes regionais, criando assim as adversidades que vemos hoje em dia. Mesmo assim ela nunca deixou, através de seus verdadeiros guias, de oferecer amparo prático, ajuda e orientação, apontando sempre a eterna chama da esperança em dias melhores, calcados, naturalmente, na ação correta á cada instante, na cordura3, no companheirismo e na fraternidade.

Os mentores da Umbanda, sediados em Aruanda, cidade localizada no plano astral, já haviam determinado sabiamente o procedimento normativo, religioso para os setenta anos posteriores, 1979/2049, como sendo o período de Afirmação Doutrinária. Obviamente, a doutrina de Umbanda ficará como ponto essencial para a estabilidade desse movimento, no estudo constante e no esforço sincero de cada devoto, no sentido de conduzir-la no plano físico á um merecido status de religião organizada, a serviço da comunidade religiosa nacional. Em 1980 o CONDU publica o livro “Noções elementares de Umbanda” contendo as deliberações do conselho quanto aos fundamentos da Umbanda e outros temas. Hoje o movimento religioso da Umbanda estende-se por todo o Brasil, professado com humildade as leis da Caridade e do amor ao próximo, sem proselitismo4, sem explorações do povo, e sem mistérios mistificantes. A Umbanda nada mais é que o retorno à simplicidade de cultuar Deus, onde o templo de Umbanda é o local destinado a esse culto, que tem como base a Caridade, usando para isso todos os recursos das forças da natureza, personificadas nas divindades Nagôs, os Orixás, que são representados pelos nossos mentores espirituais, ou como nós os chamamos, nossos guias, espíritos evoluídos que representam essas divindades e suas várias formas de atuação no mundo espiritual e material em favor ao próximo.

Existem várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes das bases iniciais e outras que absorveram características de outras religiões já existentes, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé. As mais conhecidas são:

· Umbanda Popular
- Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo associando Santos Católicos aos Orixás Africanos;

· Umbanda tradicional
- Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;

· Umbanda Branca e/ou de Mesa
- Com um cunho espírita muito expressivo. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, preto-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;

· Umbanda Omolokô
- Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;

· Umbanda Traçada ou Umbandomblé
- Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;

· Umbanda Esotérica
- É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a “Aumbhandan: conjunto de leis divinas";

· Umbanda Iniciática
- É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária, sete ritos, e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito;

· Umbanda de Caboclo
- influência da cultura indígena brasileira com seu foco principal nas entidades conhecidas como "Caboclos";

· Umbanda de Preto-velhos
- influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos preto-velhos;

Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada, diferenciam-se das outras por diversos aspectos peculiares.

A Umbanda por ser uma religião sincrética se utiliza de um vasto simbolismo em seus trabalhos, e ela tem nesse simbolismo um de seus maiores fundamentos, que se aplica na identificação das entidades e na sustentação das linhas de trabalhos espirituais, cada qual com seu nível vibratório. Esse simbolismo também identifica o campo vibratório a qual a entidade desenvolve seu trabalho, e sob qual Orixá, ou força da natureza, é regido.

Podemos observar esse simbolismo desde sua anunciação onde grande mentor espiritual, que teve a missão de rasgar o véu da ignorância e estabelecer os fundamentos da Umbanda como religião e culto, manifestou-se na forma perispiritual e se identificou como “Caboclo das Sete Encruzilhadas”, nome este totalmente simbólico, pois “Caboclo” era a palavra destinada às pessoas mestiças, e “Sete Encruzilhadas”, que são as sete linhas de trabalhos da Umbanda, os sete caminhos, que são regidos pelo Orixá maior “Oxalá”. Assim concluímos que a Umbanda é uma religião sem distinção de raças e credos e que através da fé e da humildade tem o objetivo de levar a mensagem da Caridade e do Amor ao próximo.

Com isso a espiritualidade vem conseguindo seu intento e aos poucos vemos sumir dos corações oprimidos o desejo de vingança, o ódio e o rancor, os cultos antes deturpados vem se transformando em sua essência, auxiliando assim no progresso daqueles que sintonizam com tais expressões religiosas, modificando seu aspecto e os transformando gradativamente em uma religião mais espiritualizada. Onde na palavra das entidades, a Lei da causa e efeito é ensinada por meio de “Xangô”, que simboliza a justiça, a reencarnação quando falam, de sua outra vida e da oportunidade de voltar a Terra, em um novo corpo, para corrigir erros do passado e ajudar seus filhos, as forças das matas e das ervas, são ensinadas na fala dos Caboclos de “Oxóssi”, o Amor é personificado em “Oxum”, e a força de transformação e a energia da vitalidade se apresentam personificados em “Ogum”.

Mas ainda há muito que fazer, muito trabalho a realizar, nossa explicação não esgota o assunto, mostra apenas um aspecto da Umbanda, que guarda suas raízes em épocas muito distantes do tempo, e que apesar de ser uma religião nova, com um século de existência, vem crescendo e ganhando forças a cada dia.

Uma pena, muitos dirigentes de terreiros não serem conscientes de tudo isso, e é essa ignorância a maior responsável pela visão errada que a maioria das pessoas tem em relação aos rituais sagrados da Umbanda. Por isso é que devemos nos instruir cada vez mais sobre os fundamentos e raízes de nossa religião, e que através desse estudo e da experiência que vivenciarmos no dia-a-dia de nossos trabalhos possamos corrigir todos esses equívocos.
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1- Déspota:
do Grego Despótes; Dono da Casa; Senhor; Pessoa que governa com autoridade absoluta e arbitrária; Tirano; Opressor.

2- Orixá Malé, ou Malet, ou Malê - um espírito trabalhador na Linha de Ogum, pois na Umbanda anunciada, não era uma Umbanda de Orixás, como divindades, mas sim como Linhas de Trabalho

3- Cordura:
de cordão; sensatez; gravidade; bom senso; prudência.

4- Proselitismo:
Atividade ou zelo em criar prosélitos (conjunto de pessoas que abraçam outra religião diferente das suas.)