Podemos afirmar que nem todos se igualam no que concerne à manifestação do fenômeno mediúnico.
A consciência deste lado de cá não é possibilidade de todos.
Como Allan Kardec escreveu em O Livro dos Médiuns, a mediunidade é orgânica.
Podemos entender isso da seguinte forma:
quando o espírito reencarna com determinada tarefa a desempenhar com relação à mediunidade, o seu perispírito passa a ser submetido a uma natural elevação da freqüência vibratória, e, por conseguinte, o próprio corpo físico, que reflete as vibrações perispirituais, também é elaborado com vista às tarefas que desempenhará no futuro, no que se refere à mediunidade com Jesus.
Dessa forma, podemos entender que aquele que é preparado para trabalhar tendo inconsciência do fenômeno, dificilmente poderá modifícar essas disposições, pois seu organismo foi preparado para tal.
Igualmente, aquele que foi preparado vibratoriamente para ter a consciência deste lado da vida, quando desdobrado, haverá de manifestar essa consciência no momento propício, quando seus mentores julgarem necessário, pois traz impressas em seu perispírito as vibrações necessárias que o habilitarão à consciência nas regiões espirituais.
Mas isso tudo ainda é relativo, pois o homem atual ainda se conserva despreparado para certas tarefas, e, muitas vezes, estar consciente poderá dar ensejo a dificuldades maiores, devido à falta de preparo de muitos que se candidatam ao serviço.
No caso de Francisco, é um velho conhecido nosso de tarefas semelhantes; procura estudar sempre e conserva-se ocupado em tarefas nobres e elevadas.
Isso facilita-nos o trabalho, mas não quer dizer que, quando ele retomar ao corpo denso, irá lembrar-se de tudo, não!
Não há necessidade disso.
É bastante que desempenhe as suas tarefas com amor e dedicação.
A maioria das pessoas hoje em dia aguarda obter experiências com viagens astrais para se convencerem de que a vida continua além da matéria.
Esperam com isso poder fazer viagens mirabolantes a mundos diferentes, criando uma expectativa que possivelmente nunca irá se concretizar.
Querem fazer viagens fora do corpo, mas isso acontece todas as noites quando dormem, e mesmo que pudessem realizar tal feito conscientemente, de que adiantaria?
Ainda não aprenderam a realizar a viagem para dentro de si mesmos, para se conhecerem; a viagem do autodescobrimento, como é da proposta do Espiritismo.
Precisam aprender a fazer a viagem da vida, de suas vidas, com dignidade e equilíbrio; do contrário, continuarão perdidos sem se conhecerem e sem conhecerem as leis da vida.
Há muita conversa em tomo disso, e o bom mesmo seria que quem quisesse conhecer mais sobre o assunto se reportasse aos escritos de Allan Kardec.
O que hoje se imagina mais atualizado a respeito dessas e outras coisas referentes às questões do espírito não passa de adaptação do que dizem os escritos de Kardec.
Apenas trocaram os nomes para dar sabor de novidade.
O problema humano segue sendo sempre o mesmo.
texto extraído do livro:TAMBORES DE ANGOLA
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