Dentro da mediunidade encontramos diversas categorias.
A mediunidade mecânica de Incorporação é uma delas, e é composta de duas fases:
a Inconsciente e a Semi-Consciente.
A incorporação consciente,
se dá através de uma irradiação que o mentor exerce sobre o médium, não sendo, por isso considerada Incorporação, no contexto total da palavra, pois o psiquismo e a motricidade do médium permanecem intactos.
A mecânica de incorporação requer que a Entidade ou o Espírito comunicante envolva o Corpo Astral do médium, atuando em três partes, que são: na função psíquica, na função sensorial e na função motora. Essas são as três condições necessárias para se processar a Mecânica de Incorporação.
Na Incorporação Consciente, que a Umbanda procura denominar de Irradiação Intuitiva, não ocorre atuação, intensa ou mesmo leve, sobre a sensibilidade e a motricidade do médium.
Na Mecânica de Incorporação Inconsciente,
há a possessão mediúnica total, deixando o médium como que anestesiado, totalmente passivo e dirigido pela Entidade atuante. São médiuns pegos quase "à força", sendo raros hoje em dia. Estes, muitas vezes, podem ser ludibriados por espíritos emissários das sombras, devido a essa excessiva passividade.
O que é estranho é que a maioria dos médiuns geralmente se dizem inconscientes, apesar de não o serem, e, com isso, vão colocando na cabeça de outros médiuns a expectativa de que, quando incorporarem também ficarão inconscientes.
Isto é extremamente negativo, pois muitos médiuns que poderiam render bons frutos pelo fato de serem semi-conscientes, muitas vezes desanimam devido a expectativa irreal de que sua entidade um dia irá deixá-lo totalmente inconsciente.
É preciso entender que os médiuns afins a fase inconsciente são ainda médiuns com um Karma duríssimo, os quais as entidades tem de pegar "à força".
Já os semi-conscientes são àqueles que, de alguma forma, já tem um certo mérito e maiores condições, além de serem menos logrados por entidades que queiram se passar por um Preto-Velho, Caboclo ou Exú.
A incorporação semi-consciente obedece a uma graduação variável entre 10% e 90%, sendo que, nos médiuns iniciantes, esta porcentagem fica entre 10% a 20% (ou até menos), sendo que no decorrer de sua vida mediúnica, na dependência de sua conduta dentro e fora do terreiro, de sua humildade, tolerância, paciência e principalmente perseverança, alcançará, se o seu mentor assim o permitir, novos graus na sua jornada.
Na incorporação semi-consciente, pode haver sim a influência do médium (o que deve ser evitado pelo mesmo). O desenvolvimento do médium semi-consciente deve dar atenção especial a esse "adestramento" da consciência de forma a não interferir na incorporação.
Às vezes nas primeiras incorporações os guias podem parecer mais "exaltados", isto pode ser a influência do médium, ou o próprio guia pode se manifestar desta forma mais exaltada inicialmente para que o médium tenha mais "confianca" na manifestação, com o tempo, sendo um ou outro o caso, as coisas vão se acalmando.
Pois ou o médium adquiriu confiança necessária no guia, e a manifestação "exaltada" não é mais necessaria.
Ou o médium se desenvolveu o suficiente para não deixar mais sua consciência interferir na apresentação da entidade.
Não convém reprimir de forma agressiva o médium "exaltado" logo no início de suas manifestações para que o mesmo não crie bloqueios nas próximas incorporações.
O Mecanismo da incorporação semi-consciente da Umbanda ocorre atuando no Corpo Astral através dos chacras, centros de força usados pela espiritualidade para a comunicação mediúnica.
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