PERGUNTA:
Observamos alguns irmãos umbandistas arrastarem móveis, a fim de obter espaço para improvisar congás em suas residências. Logo estão a dar consultas e todo tipo de atendimento em suas moradas.
Qual vossa opinião sobre as atividades de caridade realizadas em ambiente doméstico?
RAMATÍS:
Infelizmente, esta situação é corriqueira.
É generalizado o desconhecimento dos fundamentos mínimos da consagração vibratória de um templo de umbanda. Os trabalhos realizados durante uma sessão de caridade (consulta, desobsessão, desintegração de formas de pensamento, morbos psíquicos e larvas astrais), aliado ao desmanche de magia negra e de outras ferramentas de ataques psíquicos espirituais, necessitam de campos de força adequados para proteção, como forma de dissolver todos os restos fluídicos que ficam pairando no local, no éter circunscrito à crosta terrestre.
É como se uma casa de umbanda fosse uma enorme usina de reciclagem de lixo astral. Atividades sem nenhuma fundamentação defensiva no campo da alta magia, não amparadas pela corrente mediú¬nica e os devidos conden¬sadores energéticos, tendem a se tornar objetos de assédios das regiões trevosas.
Os trabalhos de caridade em vossas residências impregnam ne¬gativamente o ambiente do¬més¬tico. Há uma diferença enorme da benzedeira, que é toda amor e ora ardente no cantinho de sua choupana, com fé desinteressada, e os médiuns vaidosos que trabalham em casa com seus guias “poderosos”, que tudo fazem por meia dúzia DE MOEDAS.
Os que persistem em sua arrogância, a ponto de prescindir de um agrupamento e de um templo ionizado positivamente para a descarga fluídica de uma sessão de caridade, acabam tornando-se instrumentos das sombras, muitas vezes à custa da desunião familiar, de doenças e ferrenhas obsessões.
Aproveito este trecho do livro VOZES DE ARUANDA ditado por Ramatis para o autor Norberto Peixoto publicado pela Editora do Conhecimento, para trazer a conscientização e até a responsabilidade do que é abrir um “ Centro de Umbanda”.
Muitas pessoas acreditam que o “Guia Espiritual” tem o dever de tudo saber e tudo fazer, ficando o médium isento de responsabilidades e cuidado.
PURA IGNORÂNCIA
É claro que os Guias tudo sabem e nós temos muito que aprender com eles. Sabem de nossos erros, de nossas preguiças, de nossa vaidade e de nosso egoísmo, sabem que muitas vezes, médiuns sustentados por esses sentimentos viciados simplesmente “decidem” abrir sua casa desconhecendo a seriedade e as suas próprias responsabilidades diante deste ato.
Abrir um Centro, não é só incorporar e colocar tudo na mão do Guia Espiritual. Existem obrigações, assentamentos e firmezas, fundamentos estes que devem ser cumpridos pelo médium e não pelo Guia.
Afinal um Centro Espírita é o local identificado por todo o plano espiritual como sendo um ponto de troca, de recarga, de cura e de encaminhamento.
E esse local não funciona somente no dia e hora da gira, mas sim contínuamente como um Centro de Reabilitação entre o embaixo e o alto.
É como se encontrássemos em um mesmo local o delegado e seus policiais; o juiz e seus promotores; o médico e sua equipe; o professor e seus estagiários, encaminhando cada espírito, 24 horas por dia todos os dias.
Diante de toda essa grandeza o local deve ter sua proteção com campos de irradiações específicas e pontos de descargas ener¬géticas para que nada fique acumulado no ambiente e nos fami¬lia¬res.
Preparações essas que devem ser realizadas com conhecimento e não com achismos. Também não encontramos esses ensinamentos na internet ou nos livros, mas na nossa ancestrali¬dade, no conhecimento de Pais e Mães Espirituais, verdadeiros zeladores de Orixás (aqueles que cuidam, conhecem e zelam pelo Orixá).
Infelizmente vemos hoje pessoas trabalhando em suas casas, em seus escritórios terapêuticos sem nem mesmo saber diferenciar um assentamento de uma firmeza, não sabendo nem realizar uma obrigação ou simplesmente não sabendo diferenciar ou até preparar um banho de fixação, de proteção, de energização ou de descarrego sobrecarregando a casa, o escritório, o médium e to¬da a família.
Médiuns não preparados vão criando um Centro de ações nocivas e com o passar do tempo o próprio médium culpa, julga e menospreza a Umbanda e os Guias Espirituais, esquecendo que a sua ignorância e a sua vaidade foram as causadoras do ne¬ga¬tivismo em sua vida.
PURA IRRESPONSABILIDADE
Não é o médium que decide a abertura de um Centro, mas o Guia Espiritual e essa determinação vem do Alto.
SÓ NOS É PERMITIDA A EVOLUÇÃO QUANDO NOS TORNAMOS CAPACITADOS E RESPONSÁVEIS PELOS NOSSOS ATOS.
por Mãe Mônica Caraccio
Matéria retirada do Jornal de Umbanda Carismática – JUCA
Edição Nº 004 – Novembro 2006
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Um comentário:
Com certeza e em tempo, veremos grandes mudanças na Umbanda, mas esta prática já está mais do que empregnada, ela faz parte do percentual de pessoas que não´tem respnsabilidade com a religião como também não tem amor a sua vida pessoal.
Porém fica claro para mim em particular que o nível de concientização entre os umbandistas precisa melhorar e muito, não dá para termos atitudes arcaicas como esta, não dá mais e não cabe as pessoas adoecerem espiritualmente por conta da irresponsabilidade de um médium.
Assim acho oportuno o texto e muito bem articulado para esclarecimento.
Aqui em Brasilia onde estou neste momento teremos uma reunião com representantes das comunidades religiosas de matrizes afro-brasileiras, e logo darei noticias neste espaço e em outros blogs sobre as decisões que vão ser tomadas quanto algumas regulamentação federais sobre o culto religioso.
Axé irmãos....
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