O trabalhador de um grupo mediúnico tem, em geral, oportunidades mais freqüentes de dialogar com guias espirituais do que a maioria das pessoas.
Esse fato, em si, traz a esses trabalhadores uma responsabilidade muito grande, pois o uso adequado daquilo que recebemos de graça nos será cobrado pela nossa consciência quando alcançarmos uma maior evolução intelectual e moral.
É impressindível, assim, que sempre nos questionemos a respeito de como melhor utilizar essa oportunidade tão bela.
Allan Kardec discute em detalhes, no capítulo XXVI de “O Livro dos Médiuns”, a respeito dos tipos de perguntas que devemos levar aos espíritos superiores, os quais têm sempre prazer em respondê-las quando elas nos levam ao bem e ao progresso.
Será que devemos usar o contato freqüente que temos com as entidades para satisfazer curiosidades ou atender necessidades imediatistas referentes à nossa vida pessoal?
Será que devemos “procurar problemas” para trazer à análise de nossos irmãos mais iluminados? Vale meditar a respeito.
Esse tópico se resume em um questionamento:
A que ponto de vibração estamos levando os espíritos que vêm nos ajudar?
Precisamos ter muito cuidado para não canalizar a energia dos nossos iluminados guias para assuntos de ordem material, de natureza inferior.
Essa é parte importantíssima da responsabilidade do grupo de trabalho.
Estejamos sempre, por favor, plenamente conscientes da orientação que queremos dar aos trabalhos.
Nossos mentores vêm auxiliar-nos em nossa evolução moral e intelectual, porém eles precisam de nossa cooperação—através de um trabalho consciente, bem intencionado e responsável—para que consigam nos ajudar com mais eficiência.
Não podemos, nem devemos, censurar todas as perguntas de caráter pessoal e rotulá-las como sendo de finalidade egoísta.
Como pode sempre haver um fim produtivo nessas perguntas, todos os nossos mentores estarão sempre dispostos a nos dar auxílio e orientação quando nos deparamos com dificuldades em nossas vidas.
Devemos manter em mente, no entanto, que, ao nos dispôr ao trabalho na caridade pela mediunidade, devemos antes buscar servir do que ser servido, antes consolar do que ser consolado.
Muitos irmãos em grande sofrimento e ignorância podem encontrar alívio através de nossa mediunidade e, se escolhemos remoer improdutivamente nossos “problemas” quando estamos em condições de trabalhar, não estamos exercendo todo o bem que poderíamos exercer.
Paralelamente, é muito importante que sempre nos lembremos que os “problemas” em nossas vidas são, na verdade, “soluções”, ou seja, oportunidades de crescimento.
Vivenciar esse conhecimento através de uma atitude sempre positiva, que reflita resignação e paciência, é um dos grandes frutos da verdadeira fé.
Nossos mentores nunca vão resolver os nossos “problemas”, pois isso seria um desfavor para nós.
Eles vão, isso sim, nos auxiliar a resolvê-los através de ensinamentos que nos motivem a buscar a fé e o cumprimento da Lei do Amor em nossas vidas.
O Consolador.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário