sexta-feira, 16 de maio de 2008
MOMENTO ESPIRITA
AJA ENQUANTO É TEMPO
Os homens são os artífices de seu destino.
Essa verdade é constatada mediante singela observação do mundo que o cerca.
O aluno estudioso tira boas notas, passa por média e não se angustia com exames e repetências.
Já o estudante preguiçoso está sempre envolto com notas baixas e reprovações.
O profissional competente costuma ter mais clientes do que consegue atender.
Vagas que exigem maiores qualificações permanecem abertas por longos períodos, embora haja muitos desempregados.
Sem dúvida, ninguém está livre de percalços.
Uma pessoa inteligente e preparada pode ser surpreendida com desemprego ou momentos profissionais difíceis.
Mas as crises são mais freqüentes para aquele que não tem formação sólida e fama de profissional competente.
Assim, quem opta por assistir novelas em vez de estudar não pode reclamar se o sucesso não bater em sua porta.
Mesmo no âmbito das relações pessoais, cada um vive as conseqüências de seus atos.
Alguém prudente no falar jamais se envolve nos transtornos que a maledicência provoca.
Contudo, o tagarela sempre corre o risco de amealhar inimizades.
A pessoa generosa suscita simpatias por onde passa.
Quando necessita de ajuda, muitas mãos se movimentam em seu favor.
Mas a criatura mesquinha e implacável está sujeita a ficar desamparada, pela antipatia que seu agir provoca.
Não é difícil verificar a Lei de causa e efeito atuando.
Comportamento digno e sensato traz tranqüilidade e boa reputação.
Desonestidade, preguiça e leviandade causam infinitos transtornos.
Certamente há eventos que superam qualquer expectativa e semeiam dores na vida de pessoas honradas e previdentes.
Mas aí em geral se tem o efeito de causas remotas.
As grandes dores que nada pode evitar e não são causadas pelo agir atual refletem o acertamento de antigos equívocos.
A Justiça Divina reina soberana no Universo.
Ela propicia liberdade para os Espíritos viverem conforme seus gostos e opções.
Mas cada qual é estritamente responsável pelo que faz.
Muitas vezes, a conseqüência do agir equivocado não se produz rapidamente e nem na mesma existência.
A Lei Divina não se engana e nunca perde o endereço de quem a ofendeu.
Mas ela não se mostra apenas como justiça, mas também como misericórdia.
Por isso dá tempo para o calceta adquirir forças para os resgates necessários.
E principalmente aguarda que ele se resolva a quitar os equívocos do passado com a moeda boa do amor.
Como afirmou o apóstolo Pedro, o amor cobre a multidão de pecados.
Não é preciso sofrer para recompor o passado de erros.
Mas é imperioso resgatar todo o mal feito.
Ciente dessa realidade e de seu viver milenar, dedique-se a fazer o bem.
Viva de forma honrada.
Trabalhe, estude, amealhe recursos intelectuais e morais.
Seja um bom exemplo para todos que convivem com você.
Mas vá um pouco além disso.
Dedique-se a uma causa, ampare os necessitados, eduque os ignorantes.
Em seu passado espiritual há certamente muitos erros.
Antes que o resultado deles o atinja, gere causas de felicidade ao agir de modo altruísta.
Aja enquanto é tempo.
A rigor, o bem é sempre possível, agora ou mais tarde.
Mas é uma tolice aguardar a dor cobrar a conta que o amor pode pagar.
Pense nisso.
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NÃO TE ENTREGUES
Os amigos a quem devotaste tuas horas te abandonaram?
Aqueles que elegeste para o convívio mais estreito debandaram, quando a brisa de suspeitas infundadas se levantaram contra ti?
Pessoas a quem confidenciaste questões particulares, jogaram ao vento as informações, permitindo que os que não vibram contigo as usassem para agressões pessoais?
Ouvidos aos quais segredaste tuas mais íntimas dificuldades transportaram a lábios inconseqüentes as minúcias das tuas dores?
Recebeste dos comensais da tua vida as mais duras críticas, esquecidos do quanto juntos já investiram na afeição?
Acreditas que estás só, difamado, em abandono?
Não te permitas a hora da invigilância e não te aconchegues nos braços da tristeza.
Não concedas forças ao mal que te deseja fraco e dominado.
Pensa que a borrasca que te alcança tem por escopo maior testar as tuas resistências morais.
Lembra que é nos combates mais difíceis que se forjam os líderes e se formam os heróis.
Foi na solidão dos meses de prisão que a adolescente Joanna D´Arc teceu os fios da coragem, que lhe permitiram enfrentar o julgamento arbitrário e a condenação injusta.
Tem em mente que todas as más circunstâncias que te envolvem, te permitem avaliar, com absoluta precisão, os verdadeiros amigos.
Aqueles que, mesmo cometas erros, prosseguirão contigo. Não para os aplausos da sandice, mas para colaborar no soerguimento moral de que necessitas.
Permanecerão contigo, mesmo que a fortuna te abandone os cofres e os louros do mundo se transportem a outras cabeças.
Lembra, ao demais, que, embora o mundo não te faça justiça, o Celeste Amigo sabe das tuas intenções, dos teus acertos e das tentativas de ajustes.
E olha por ti, todos os dias. Mesmo naqueles que se apresentem com as nuvens carregadas ou os ares anunciem tormentas e furacões.
O Celeste Amigo confia na tua força e investe na tua vitória.
Recorda-O e evoca-O nas tuas horas mais amargas.
Tudo é passageiro no mundo e os panoramas se modificam, em minutos e até mesmo segundos.
O que agora é, poderá deixar de ser logo mais. Quem agora comanda, poderá ser substituído de imediato.
Quem pensa estar de pé, pode se descobrir tombado ao solo.
Não esqueças que o Celeste Amigo está vigilante e providencia, atento, o de que careces.
Pode ser uma lição a mais, um apoio, uma trégua.
Pensa nisso, e não permitas que os raios das estrelas que brilham em teus olhos sejam empanados pelas chuvas torrenciais da tua amargura incontida.
Não apagues do teu semblante a serenidade que informa aos que passam por ti, que a confiança é o teu escudo e o Divino Amigo segue contigo.
Não concedas vitória aos maus, àqueles que te desejam subjugado e vencido.
Nasceste para crescer, renasceste neste mundo para vencer. Sempre.
Serve-te da prece. Revigora-te na leitura dos ditos do Senhor e segue em frente, hoje, amanhã e depois.
Sempre.
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COMECE POR VOCÊ
Para quem tem olhos de ver, em toda parte ensinamentos se fazem presentes.
No túmulo de um bispo anglicano, que está na cripta da Abadia de Westminster, na praça do Parlamento, em Londres, pode-se ler o seguinte:
Quando eu era jovem, livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo.
À medida que me tornei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não ia mudar. Reduzi, então, meu campo de visão e resolvi mudar apenas meu país.
Mas acabei achando que isso, também, eu era incapaz de mudar.
Envelhecendo, numa última e desesperada tentativa, decidi mudar apenas minha família, os mais próximos, mas, ai de mim, eles não estavam mais ali.
Agora, no meu leito de morte, de repente percebo: se eu tivesse primeiro me empenhado apenas em mudar a mim mesmo, pelo meu exemplo eu teria mudado minha família.
Com a inspiração da família e encorajado por ela, teria sido capaz de melhorar meu país e, quem sabe, poderia até ter mudado o mundo.
* * *
Quase sempre, pensamos e agimos exatamente assim. É comum lermos um trecho do Evangelho e logo pensarmos como aquelas frases seriam muito importantes para alguém da nossa família.
Quando ouvimos uma palestra edificante, que concita ao bem, logo nos vem à mente o pensamento de que seria muito bom se determinada pessoa estivesse ali para ouvir.
Isso faria muito bem para ela! É o que dizemos para nós mesmos.
Como esta informação a poderia modificar, mudar sua forma de agir.
Quando estamos vinculados a uma determinada religião, o pensamento não é diferente.
Ficamos a desejar que nossos parentes, nossos amigos, colegas professem a mesma crença, comunguem dos mesmos ideais.
Por vezes, chegamos a nos tornar um pouco inconvenientes, ou talvez até em demasia, mandando recados, frases escolhidas para os amigos.
Tudo nesse intuito de que eles as leiam, as absorvam e coloquem em prática.
São frases que se referem aos bons costumes, à ética, à moral e quem as recebe, com certeza, pensará também:
Seria muito bom que o remetente colocasse em prática essas fórmulas. Ele precisa disso.
Por isso é que o Mundo ainda não é esse local especial que tanto ansiamos: um oásis de compreensão, com aragem de paz e fontes cantantes de fraternidade.
Porque cada um de nós deseja, pensa, anseia por mudar o outro. Por fazer que o outro se revista de compreensão, de polidez.
Contudo, o Modelo e Guia da Humanidade estabeleceu que cada um deve dar conta da sua própria administração.
Administração da sua vida, dos seus deveres, da sua missão.
O mundo é a somatória de todos nós, das ações de todos os homens.
Cabe-nos pois a inadiável decisão de nos propormos à própria melhoria.
E hoje, hoje é o melhor dia para isso. Nem amanhã, nem depois.
Hoje. Comecemos a pensar em que poderemos nos melhorar.
Quem sabe, um gesto de gentileza? Que tal um Bom dia? Um Obrigado, um sorriso?
Pensemos nisso.
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REVIVENDO O AMOR...
Na adolescência, ele surge, manifestando-se de muitas formas.
Percebe-se que ele chegou ao coração da menina, com anseios de mulher, quando ela passa a se demorar nos cuidados pessoais.
O cabelo nunca está bom. Hoje ela o quer liso, depois, encaracolado, mudando a cor, alterando o corte.
Ela se olha no espelho de frente, de lado, pelas costas. E nunca está bem.
Batom, perfume, maquiagem. Roupa mais justa, roupa mais larga, mais curta. Uma sessão interminável de gostos, segundo a moda.
E, mais de uma vez, já no portão de casa, volta correndo, para tornar a se olhar no espelho.
Passa pelo pai e pergunta:
Estou bonita, pai?
Afinal, a opinião de um homem é importante.
Quando o menino, que sente em si os ardores da masculinidade, o descobre, todos na família percebem.
Porque o banho é demorado e freqüente. A roupa é escolhida com detalhes.
O cabelo – ah, o cabelo – é o item mais trabalhado. Raspar bem o rosto ou deixar crescer a barba? Que indecisão!
A grande pergunta é: Como as meninas gostam mais?
O motivo de tudo isso chama-se amor. Algo diferente que faz bater o coração no cérebro, tremer as pernas, gaguejar, suar nas mãos.
É um sentimento diferente pelo sexo oposto.
Há pouco se digladiavam, considerando-se verdadeiros inimigos.
Os meninos eram chatos. As meninas, umas tolas.
Agora, aquele olhar, um simples olhar de um para o outro é capaz de os fazer alçar às nuvens.
É belo esse período da descoberta desse doce sentimento. Não é o mesmo amor que se tem para com os pais, para com os irmãos, os avós, os amigos.
É um sentimento que fomenta o desejo de estar ao lado do outro; que tem a capacidade de fazer sonhar de olhos abertos; de acreditar que tudo se realizará, no futuro próximo; que a felicidade é plena, rósea, permanente.
Amor, enamorados. Gestos de carinho, olhares perdidos no vazio que, em verdade, se plenificam com a imagem do objeto do amor.
Caixas de chocolate, flores, pequenos mimos.
Você, que já ultrapassou a linha da adolescência;
que está namorando a mesma pessoa há anos;
que está casado, já é pai, avô – você recorda como eram apaixonantes aqueles dias de sonho, esperanças, castelos no ar?
Talvez você diga que passou da idade, que adolescência é adolescência.
Acredite: a época de amar não acaba nunca. Não importa a estação do ano.
Quando se ama, há sempre flores e perfumes no coração.
Por isso, neste dia dos namorados, surpreenda seu amor, mesmo que você já esteja desabituado a gestos creditados aos extremamente apaixonados.
Mostre que você ainda é o galã dos sonhos dela. Convide-a para passear, para dançar, para um jantar.
Saiam sozinhos. Voltem a sonhar, olhando a lua e as estrelas, que deverão estar brilhando só para vocês dois.
Redescubra o amor que um dia os uniu.
Ofereça flores, diga palavras de carinho, lembre como ela ainda está bonita.
A madurez dos anos lhe fez tão bem!
Aprume-se como um garoto saindo pela primeira vez com a namorada.
E descubra que o amor jamais envelhece. Porque o amor é o sentimento mais sublime que Deus nos permite alcançar.
Pense nisso!
Hoje, neste dia especial!
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UMA DOCE FACE DO AMOR
Quanto vale um amor de mãe? Será que tem preço? Poderá haver substituto ao laço que une mãe e filho?
Dizem alguns que amor materno é balela, piegas.
Contudo, ao dispor, na Terra, que o homem fosse concebido a partir do amor de dois seres que se unem e tivesse a gerá-lo o ventre materno, Deus estabeleceu bases seguras para que a criatura desenvolvesse a sua extraordinária capacidade de amar.
E uma das facetas do amor é o amor materno. Conseqüentemente, a necessidade que sente o filho de ser amado.
Certa vez, uma jovem esposa, depois de dez anos de consórcio, abandonou o lar. De algum tempo, a situação se fazia insustentável e ela decidiu começar vida nova.
Abandonou esposo e filho, garoto de seis anos.
Dois anos depois, já com um novo amor a lhe fazer bater o coração descompassado e um trabalho em Agência de Correios, foi surpreendida por um papel dobrado em quatro, que caiu dentre os tantos envelopes que ela separava para envio.
Era uma folha de caderno, sem envelope, destinada simplesmente a Jesus.
A curiosidade fez com que ela abrisse a folha e começasse a ler.
Jesus, dizia a carta escrita em letra infantil, eu estou muito doente. Tenho muita tosse.
Sei que papai cuida de mim, em todas as horas que não está no trabalho. Tia Margarida e tia Magda também.
Mas, Jesus, eu estou tão doente. E por isso eu escrevo esta carta para lhe pedir um presente. O meu aniversário está próximo.
Seria possível me trazer, no dia em que eu vou completar oito anos, a minha mãe de volta?
Não sei onde ela se encontra, mas o Senhor deve saber, com certeza. Se o Senhor puder, por favor, Jesus, traga minha mãe de volta.
Se ela voltar, a nossa casa vai se alegrar outra vez. Haverá flores nas janelas. E eu melhorarei. A minha tosse vai passar.
Jesus, eu queria tanto, no meu aniversário, abraçar minha mãe outra vez.
Sei que eu não sou um bom menino, mas eu peço assim mesmo porque quando minha mãe estava conosco ela sempre dizia que tudo o que se pedisse a Você, Você conseguiria.
Eu vou ficar esperando, Jesus, por favor, traga de volta minha mãe.
A assinatura não deixava dúvidas. Era do seu filho, o garoto que deixara aos seis anos, quando partira para sua nova vida.
Rita deixou o trabalho naquele dia e voltou para casa. Bateu à porta e surpresa, tia Margarida a viu entrar.
Passou pela sala e o marido, igualmente surpreendido, somente a olhou, sem nada dizer.
Foi ao quarto do filho, que tossia, deitado em sua cama.
Ao vê-la, o garoto sorriu, abriu os braços e exclamou:
Mãe, Jesus trouxe você!
* * *
Existem muitos corpos que não geraram outros corpos, no entanto, se fizeram mães da dedicação em nome do amor de nosso Pai.
São criaturas que sustentam vidas, que não murcharam porque elas tomaram para si a missão de ampará-las e socorrê-las.
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ESPETÁCULO DIVINO
A madrugada despede a noite e se instala. Mas, a escuridão ainda predomina.
Os homens usam a luz artificial para espancar as trevas. São faróis de carros, para os que se deslocam a distâncias. Nas casas, são lâmpadas, velas, lampiões.
Lâmpadas nos postes auxiliam a mostrar o caminho que a cara redonda da lua, com sua luz prateada, não se mostra suficiente.
Faróis em pontos estratégicos apontam o rumo aos que navegam nas águas mansas ou agitadas dos mares.
Logo mais, os braços da madrugada se espreguiçam e pequenos raios de luminosidade tocam a manhã, para que desperte.
Finalmente, é manhã plena e, enquanto os homens correm, de um lado para outro, em função de seus estudos, de seus negócios, de suas vidas, Deus instala Seu extraordinário aparelho multimídia para a projeção do novo dia.
Em trabalho sem igual, que a cada dia não se repete da mesma forma, o Arquiteto sem par projeta na tela do Universo, os Seus slides.
Há luz, som, animação.
Os braços do salgueiro balançam, agitados pelo vento que se veste de brisa ligeira.
Jardins, montanhas, campinas. Áreas verdejantes, rios cantantes, fontes generosas se multiplicam.
A projeção é tão magnífica que o espetáculo permite se sentir o perfume da terra, das flores, dos veios da madeira aberta em sulcos.
Os raios do sol aqui lançam sombra, além se estendem, espancando nuvens.
As pequenas elevações parecem ondular na paisagem. As folhas multicoloridas do outono se misturam em um quadro, enquanto noutro as delícias da primavera explodem em botões.
Paisagens desérticas, quase intermináveis em um ponto. Dunas, oásis, palmeiras.
Paredes altas, montanhosas, de outro.
Gelo aqui, calor acolá.
Pássaros cantam, ovos são chocados, a vida se multiplica em toda parte.
E assim, durante as horas do dia, os slides irão se sucedendo um a um.
O homem passa apressado, muito poucos se dando conta dos quadros que se alternam, sucedem, de contínuo.
Quando morre a tarde e a noite retorna, como hábil artista, Deus estende um negro manto, a fim de que os astros que percorrem o Infinito, possam melhor ser percebidos.
Assim é, a cada dia, a cada noite.
Se o homem contemplasse mais a natureza, estudasse melhor as suas leis, compreendesse a harmonia que ela leciona, viveria melhor.
Quando o cansaço o tomasse, nas horas de trabalho, pararia um pouco e olharia o jardim.
Se estiver cercado por paredes de concreto de vários edifícios, poderia olhar o céu, acompanhar o passeio das nuvens e permitir-se despentear pelo vento.
Bastará colocar a cabeça para fora de uma das janelas em que esteja.
Tudo isso o revigoraria. E o faria lembrar de Quem o criou por amor e por amor o sustenta.
Dar-se-ia conta de que acima das leis humanas, uma maior, imutável e justa vigora.
Lembraria que é filho de Deus, que a vida é um tesouro muito precioso para ser desperdiçada.
E, então, aprenderia que o dia foi feito para o homem e não o homem para o dia. O que quer dizer que dosaria trabalho, lazer, meditação.
Horário para alimentar o corpo. Horário para alimentar a alma.
Sobretudo amaria intensamente aos que com ele convivem neste lar abençoado que se chama planeta Terra.
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UMA CHANCE DE SER BOM NOVAMENTE
Consciência de culpa: severa companheira dos corações amargurados.
Acusadora cruel, que devora qualquer paz que deseje nos acariciar o rosto, mesmo que por alguns segundos.
Quantos... Quantos de nós carregamos na alma a vergonha de atos do passado. Quantos escondemos segredos no íntimo assombrado pelas guerras conscienciais...
Quantos desses fantasmas nos atemorizam, muitas vezes, sem que percebamos...
Certas palavras que ouvimos, quando nos lembram do que guardamos na alma, parecem mais punhais incandescentes querendo nos torturar.
Queria voltar o tempo;
Quisera ter agido de outra forma;
Se soubesse o que sei agora...
Todas são expressões típicas da consciência culpada.
Mas, e se ela, do alto de seu reinado de fogo em nossa intimidade, um dia ouvisse a seguinte expressão: Há uma chance de ser bom novamente.
Tamparia os ouvidos, certamente, num primeiro momento. Mas a frase continuaria ecoando. Não há mais como não ouvi-la. Ela brada com força e doçura, irresistível.
O reinado da dominadora culpa está ameaçado. Existe uma chance de liberdade para aqueles que se consideravam prisioneiros de si mesmos.
Agora há uma chance... Uma chance da paz voltar, e voltar maior do que era...
Que chance é essa? É a chance da prática do bem.
Tudo que destruímos, um dia poderá ser reconstruído, através desta ação.
Cobrindo a multidão de pecados, o amor, através da prática do bem, nos concederá a liberdade que tanto sonhamos.
As ações do passado não se apagam, é certo, feito mágica, mas as novas atitudes, quando alicerçadas no bem, produzirão tanta luz, que o pretérito de sombras não mais nos assustará.
As leis de Deus, perfeitas e amorosas, sempre nos dão exemplos desta possibilidade.
Almas que traímos, que maculamos, que transviamos, retornam ao convívio diário, através da reencarnação, para que agora as amemos.
Se no passado destruímos, se fomos exemplo de descaso, indiferença e violência, voltamos para construir, e exemplificar a conduta pacífica e agregadora.
Se apresentamos condutas indignas, se faltamos com a honestidade, sempre há tempo de recuperar a dignidade, e de sermos honestos, de agora em diante.
Não existe condenação eterna na legislação divina.
Então, por que insistimos em nos condenar ao sofrimento infinito no íntimo?
Auto-perdão não é sinônimo de condescendência, mas sim oportunidade de uma nova chance.
O perdão divino se funda nesta realidade: dar uma nova chance de acertar.
Assim, se Deus nos concede tal chance, por que não nos permitimos recomeçar?
A consciência de culpa tem sua utilidade apenas como mola propulsora, no início, para nos fazer verificar o erro, e nos motivar à correção.
Caso faça ninho na alma, passa a ser veneno perigoso e paralisante, atrapalhando o desenvolvimento do ser, rumo ao seu encontro com a felicidade.
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Há uma chance de ser bom novamente.
Uma chance de iluminar a sombra.
Há no bem a força de romper as grades.
Há no amor a libertação da culpa.
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AGENTE DA PROVIDÊNCIA
A oração constitui um hábito da maior parte das pessoas.
Conscientes de sua fragilidade, elas buscam manter contato com o Ser Supremo.
Muitas pedem auxílio em questões materiais, como a conquista de um emprego ou a cura de uma enfermidade.
Outras rogam por forças em momentos difíceis.
Há quem busque junto ao Alto inspiração para bem conduzir sua existência, em um contexto de dignidade.
Também não falta quem se lembre de orar em agradecimento por dádivas recebidas.
Ou apenas como forma de entrar em contato com as esferas superiores da Espiritualidade.
O Evangelho relata diversas passagens nas quais o Cristo orou.
Jesus era puro e sábio e mesmo assim não desdenhou o recurso da oração.
Trata-se de um eloqüente sinal de que orar é imprescindível ao viver humano.
Ao compor a oração dominical, o Mestre salientou que o homem deve perdoar, a fim de ser perdoado.
Em outro momento, afirmou que o homem deve fazer ao próximo o que gostaria que ele lhe fizesse.
Conclui-se que sempre se deve estar disposto a dar o que se deseja receber, em termos de auxílio e compreensão.
O Espiritismo ensina que os Espíritos são agentes da Criação.
Eles encarnam com a finalidade de evoluir e amealhar conhecimentos e virtudes.
Assim, adquirem condições de fazer a parte que lhes cabe na obra da Criação.
Os Espíritos fazem parte da natureza.
A inteligência humana integra o Plano Divino.
Todo homem tem a missão de colaborar no aperfeiçoamento do mundo em que vive.
Os projetos da Divindade se realizam pela ação de Suas criaturas.
Minúsculos animais, ao atuarem de forma inconsciente, auxiliam na elaboração de arquipélagos.
A luta de incontáveis homens levou à supressão de práticas injustas, como a escravidão e a tortura.
Cientistas estão sempre a descobrir a cura de doenças que infelicitam a Humanidade.
As inovações tecnológicas, fruto do labor humano, tornam a vida mais fácil e interessante.
Assim, a Providência Divina manifesta-se por intermédio do homem.
Certamente, a tal não se circunscrevem os recursos divinos.
Mas o atuar humano insere-se na forma natural pela qual as bênçãos do Criador atingem a Terra.
A sua tarefa é tornar melhor o Mundo em que habita.
E sempre deve fazer ao próximo o que deseja que lhe façam.
A resposta a suas orações habitualmente não vem de forma retumbante e mística.
Ela, em regra, assume o contorno de pequenos acontecimentos que o auxiliam e esclarecem, pela atuação de terceiros.
Desse modo, você pode e deve ser a resposta à prece que seus semelhantes dirigem ao alto.
Preste atenção nas dificuldades dos homens que o rodeiam.
Muitos precisam de um conselho prudente e sensato, a fim de não cometerem desatinos.
Outros necessitam de uma palavra de compreensão, após errarem gravemente.
Alguns estão em vias de desistir, após alguma derrota, e carecem de incentivo e esperança.
Você tem tanto para dar!
Conte seus tesouros e alegre-se em reparti-los.
Deixe que o bem se manifeste por suas mãos.
Seja um agente da Providência.
Esta é a sua missão.
Ao realizá-la, você alcançará paz e plenitude.
Pense nisso.
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ATITUDE CRISTÃ
A imensa maioria das pessoas sabe que Jesus sintetizou na prática do amor todos os deveres dos homens.
Ele afirmou que no amor a Deus e ao próximo estão contidas todas as Leis Divinas.
Assim, quem se afirma cristão, para ser coerente com sua fé, necessita amar a Deus e ao próximo.
Relativamente ao amor ao próximo, há um complicador, pois ele simboliza o conjunto das criaturas humanas.
Não se trata apenas da namorada, do irmão ou do amigo querido, mas de todo ser humano, incluindo os inimigos.
Mesmo os corruptos e os criminosos estão incluídos no conceito de próximo, de semelhante.
Surge então a dúvida: não é possível distinguir entre pessoas queridas e completamente desconhecidas?
Para cumprir a Lei de amor é necessário sentir carinho por quem rouba meu carro ou me machuca?
No âmbito da legislação humana, sabe-se que uma lei não pode impor deveres muito artificiais.
Se uma determinação for muito difícil de ser cumprida, nunca será eficaz.
Por exemplo, um limite de velocidade de 5 km por hora jamais será respeitado.
Esse limite é muito artificial e impossível de ser cumprido.
Não importa a sanção que se aplique, as pessoas o burlarão tanto quanto possível.
Certamente Deus não é menos sábio do que o legislador humano.
A amizade é uma questão de afinidade de almas, somente possível entre iguais.
O afeto costuma originar-se de similitude de valores e de gostos.
Não é possível gostar do mesmo modo de um amigo e de um cruel criminoso.
Então, amar, no contexto das Leis Divinas, não implica necessariamente sentir afeto e externar ternura.
Em relação a desconhecidos ou desafetos, o amor é principalmente uma questão de atitude, de respeito.
O cumprimento da lei de amor pressupõe que o homem se coloque mentalmente no lugar do próximo.
E imagine como gostaria de ser tratado, se estivesse no lugar dele.
Identificado esse desejo, ele deve agir desse modo.
Amar o próximo é tratá-lo como eu gostaria de ser tratado se fosse ele.
Como sempre quero o melhor para mim, tenho o dever de dar ao próximo o melhor tratamento possível.
Talvez eu ainda não consiga gostar dele.
Mas sempre devo tratá-lo com correção e generosidade.
Trata-se do amor como uma atitude.
Não é necessário ser santo para amar os inimigos e os malfeitores.
Basta ter o firme propósito de viver como cristão.
O amor é uma proposta de vida, um compromisso com a própria consciência.
No fundo é algo simples e com profundo potencial transformador da sociedade.
Se cada homem adotar o hábito de imaginar-se no lugar do outro antes de agir ou falar, certamente o padrão de relacionamento humano melhorará muito.
Não importa se o próximo é mesquinho, viciado ou corrupto.
Não se trata de gostar ou não, mas de agir corretamente.
Isso não implica um viver irreal, no qual não se tome cuidado com os indivíduos perigosos.
É preciso ser manso como as pombas e prudente como as serpentes, conforme o dizer de Jesus.
É necessário perceber o mal onde ele existe, para viabilizar a defesa.
Mas não valorizar o mal na pessoa do próximo e nem desprezá-lo por suas falhas.
Ajudá-lo a recuperar-se, sempre tendo em mente o próprio desejo de auxílio, caso o corrupto ou o viciado fosse eu.
Pense nisso.
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DIANTE DAS ADVERSIDADES DA VIDA
Recuperar-se de um tombo não é uma tarefa das mais fáceis, devemos concordar.
Não são todos que conseguem colocar em prática o refrão popular: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, criado na música de Paulo Vanzolini.
Muitas vezes, quando caímos, por qualquer motivo, como seja o fim de um relacionamento; a perda de um emprego; um acidente, ou até mesmo a pressão do dia a dia, tendemos a ficar estatelados no chão.
Como continuar? Como seguir adiante? Vale a pena todo esforço novamente?
Felizmente existem pessoas que conseguem contornar tudo isso com maior facilidade.
Mesmo quando tudo parece conspirar negativamente, elas vão em frente, com um sorriso no rosto e dispostas a enfrentar o que for preciso.
Intrigados em descobrir o que levava algumas pessoas a enfrentar tão bem esses contratempos da vida, especialistas em comportamento humano passaram a estudar os traços desses sobreviventes.
Os primeiros chegaram a concluir que se tratava de uma invulnerabilidade inata, algo como um verdadeiro dom com o qual as pessoas já nasciam.
Porém, parece que isso não respondia tudo, e há pouco mais de uma década começou-se a investigar o termo invulnerabilidade.
Este parecia sugerir que as pessoas seriam 100% imunes a qualquer tipo de adversidade – o que não seria a realidade.
Embora sejam pessoas que passem pelos problemas com maior facilidade, isso não quer dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas.
Os estudiosos passaram a buscar um termo mais adequado, e foi então que emprestaram uma terminologia da física: resiliência.
Resiliência é uma propriedade de alguns materiais, que mostra sua capacidade em retornar ao seu estado original, após sofrer grande pressão.
Assim seriam as pessoas com alto grau de resiliência: teriam capacidade de encarar as adversidades como oportunidade de mostrar e aprimorar sua competência, seu entusiasmo.
Tais pessoas encontram também soluções criativas e determinadas para se levantar do chão.
Neste instante você poderá estar imaginando qual o seu grau de resiliência, certo?
Cabe destacar aqui que ser resiliente não é ser indiferente, insensível.
Não se trata de sentir ou não sentir, mas sim de como atravessar as experiências.
Seria uma habilidade, que todos podemos adquirir, de suportar o sofrimento, extraindo dele tudo que tem para nos ensinar. Aí está a chave de tudo.
Léon Denis afirma com propriedade, que se, nas horas de provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.
* * *
A razão da dor humana procede da proteção divina.
Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são chamados ao aprisco do Alto.
A Terra é o caminho. A luta que ensina e edifica é a marcha.
O sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verdadeira.
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FRAGILIDADE
Deixai vir a mim as criancinhas é uma célebre frase de Jesus.
Dela podem ser extraídas inúmeras lições.
Por vezes, se identifica na passagem evangélica a necessidade de abordar o sagrado com simplicidade e sem afetação.
Afinal, as crianças são espontâneas e singelas em suas manifestações.
Outra lição possível é a de que se deve manter a capacidade de encantamento perante a vida.
Assim são as crianças, que lançam olhares deslumbrados ao mundo que principiam a descobrir.
Um enfoque igualmente interessante é sobre a necessidade de proteger as criaturas frágeis.
Jesus era forte em todos os sentidos.
Possuía infinita sabedoria, que impressionava e confundia os sábios e os grandes da época.
Sua autoridade moral era incontestável, a ponto de dominar as massas com Sua simples presença.
Há relatos espirituais de pessoas que, frente ao Mestre, caíram ajoelhadas, sem poder dominar a sensação de estar na presença de alguém superior.
Foi esse homem, entre todos, forte que abriu os braços à própria imagem da fragilidade: as crianças.
A Sabedoria Divina veste a infância com encantadora roupagem para despertar o instinto protetor dos adultos.
A violência contra a criança sempre parece a mais repulsiva de todas.
A graciosidade dos pequenos seres enternece os mais rudes corações.
Ocorre que a fragilidade nem sempre se apresenta encantadora.
A velhice é um bom exemplo.
Os idosos gradualmente perdem as forças físicas e passam a depender da paciência e do auxílio alheio.
Do mesmo modo, os enfermos carecem de socorro.
A imagem do sofrimento e da miséria humana não costuma ser agradável.
É mais fácil ter arroubos de ternura com uma criança rosada e risonha do que com um adulto definhante.
Mas há um gênero de fragilidade ainda mais carente de compreensão e auxílio.
Trata-se dos homens moralmente frágeis.
Ninguém é mais necessitado de compaixão do que os viciosos do corpo e da alma.
Curiosamente, eles costumam suscitar apenas reprovação e desprezo.
Suas dificuldades são vistas como falta de vergonha ou de vontade.
Não raro, tem-se um sentimento de rejúbilo quando algo mau ocorre com alguém de hábitos corrompidos.
Por exemplo, há muito pouca preocupação com as condições de vida dos detentos no Brasil.
Sabe-se que vivem em celas superlotadas e sem higiene, mas isso não incomoda.
Não é possível ser ingênuo e abolir os modos pelos quais a sociedade se protege de seus elementos perigosos.
Mas é necessário lembrar que se trata de seres humanos.
Embora por vezes truculentos, os criminosos são frágeis em sua rebeldia para com as Leis Divinas.
Trilham caminhos tortuosos que lhes preparam grandes dores.
Cedo ou tarde, terão de reparar todos os males que causaram.
Contudo, permanecem irmãos na infinita caminhada da Humanidade rumo à plenitude.
Importa, pois, adotar uma postura cristã, em especial quanto aos seres moralmente débeis.
Reprovar seus erros e prevenir os abusos, mas sem se tomar de ódio e sem embrutecê-los com maus tratos.
Educá-los e auxiliá-los, a fim de que se recuperem.
Afinal, quem se diz cristão tem o dever de tornar-se amparo dos irmãos de jornada.
Pense nisso.
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VIVENDO EM PLENITUDE
No dia que morre, enquanto o sol puxa a sua colcha de nuvens para se cobrir, aconchegando-se no poente, permita-se um tempo para refletir.
O que você fez hoje o deixou feliz?
Você pode ter acrescentado uma soma considerável ao seu saldo bancário, pode ter celebrado contratos importantes, que lhe garantam retorno financeiro por largo tempo.
Você pode ter recebido honrarias, prêmios por sua capacidade intelectual. Pode ter sido laureado pelo projeto bem sucedido.
Você pode ter dado muitos autógrafos no livro que acabou de lançar, ter recebido aplausos vibrantes e demorados pelo show musical em que se esmerou.
Sim, tudo isso são ganhos. E você deve estar feliz com o balanço que lhe dá conta de que a coluna positiva supera a negativa.
Mas, você está verdadeiramente feliz? Dentro de você, sente que utilizou o melhor possível esse dia que adormece, encobrindo-se nas dobras da noite?
Pense um pouco: além dos abraços dos que são pagos para servi-lo, acompanhá-lo;
dos que desejam posar para fotos ao seu lado, a fim de se verem projetados na escala social;
além dos que o buscam porque você goza de sucesso, alguém que o ama verdadeiramente o abraçou?
Isto é, depois de todo o trabalho, do gozo das glórias do Mundo, dos aplausos, quando as luzes do palco se apagam, deixando ar de solidão, o que tem você de verdadeiramente seu?
Você tem um lar para voltar? Alguém que o ame? Um filho que o espera para pular em seu pescoço e gritar: Papai!?
Você tem um esposo que a ama e espera que as horas seguintes possam ser somente de vocês dois?
Você tem pais idosos que lhe aguardam, ansiosos, a chegada em casa?
Você tem um animal doméstico para afagar?
Um cão que, desde a esquina, identifica o ruído do seu carro e o aguarda no portão?
Que pula, late, abana o rabo, demonstrando a sua alegria por ter você como seu dono?
E, mais importante do que isso: você usufrui integralmente cada uma dessas oportunidades?
Ou chega em casa, se joga no sofá, não quer falar com ninguém porque está cansado?
Não faça isso!
Aproveite a sua vida em totalidade. Ame, demonstre carinho, beije, diga como foi difícil ficar tantas horas longe do aconchego familiar.
Pergunte pelas crianças, sorria, jogue-se no chão e brinque com elas.
Esforce-se por entender o linguajar de seus filhos adolescentes, agradeça a mensagem que lhe mandaram para o celular, mesmo que você não tenha entendido tudo.
Dedique algum tempo a eles, pergunte daquelas abreviaturas que você não consegue identificar o que sejam, quando recebe os torpedos.
Saia com sua esposa para dançar. Ou coloque um CD com músicas românticas e dance, na sala de casa, de rosto colado.
Olhe para ela. Os anos passaram, vieram os filhos, mas ela continua bonita. Diga isso a ela, para que ela saiba. E retribua o elogio.
E, se você não tem pais, cônjuge, filhos, irmãos, se vive só, ainda assim curta o que tem.
Ouça música, leia um bom livro, assista um filme. Telefone para um amigo. Escreva a outro solitário.
Viva!
E, quando o sono for se aproximando, convidando-o ao repouso físico, não se entregue a ele, antes de orar a Deus, em gratidão pelas horas vividas.
Agradeça a sua vida. A maravilhosa vida que você tem.
Agradeça por sua capacidade de amar.
E pelo amor que tem.
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A CURA QUE SE DESEJA
Impressionantes casos de curas são relatados por especialistas e estudiosos da área médica.
Um eminente oncologista americano, Dr. Bernie Siegel, narra o caso muito curioso de uma paciente que o procurou.
Ela morava a mais de mil quilômetros de distância da sua clínica.
Quando recebeu o diagnóstico de que teria somente poucas semanas de vida, pediu para consultar com Dr. Siegel.
Tentaram a princípio, demovê-la da idéia. Ela estava muito doente, a clínica ficava muito distante, ela já tinha um diagnóstico.
Ela insistiu, conseguindo seu intento.
Dr. Siegel a examinou e lhe disse que ela chegara tarde demais.
Ele era médico e como médico, constatara que nem cirurgia, nem quimioterapia poderiam curá-la.
Seu destino era mesmo a morte, a etapa final da natureza biológica.
A mulher estava irredutível e passou a crivá-lo de perguntas.
Ela teria uma chance em dez?
Com a resposta negativa, ela foi prosseguindo com as perguntas:
Teria uma chance em cem? Em mil? Em um milhão?
Bom, em um milhão de pacientes, é provável.- falou o especialista.
De olhos brilhando, com firmeza, ela argumentou:
Então, doutor, cuide de mim, porque eu sou essa paciente no meio do milhão.
Dada a firmeza da mulher, ele iniciou o tratamento.
Quando foi estudar seu histórico médico, Dr. Siegel deu-se conta que o câncer de que ela era portadora, começara exatamente quando ela entrou em um processo litigioso de divórcio.
Ela ficara tão triste, que desejara morrer, para se vingar do marido.
Foi quando gerou o câncer.
Trabalhou o médico essa questão com ela:
Morrer por causa de uma pessoa?
E motivou-a. Ela se submeteu à terapia psicológica de otimismo, enquanto fazia quimioterapia.
Resultado final: ela se curou.
E Dr. Siegel, que tem a certeza de Deus e de que o organismo é uma máquina extraordinária, conta que calcula o tempo de vida de seus pacientes pela forma como eles encaram a enfermidade.
Há os que optam pela terapia psicológica, porque crêem na vida e desejam lutar. São os que vivem mais.
Há os que simplesmente se entregam, não desejando lutar. São os que perdem a batalha mais rapidamente. Isto é, a vida.
* * *
Se você está enfermo, se recebeu um diagnóstico de difícil sobrevida, não se entregue.
A morte chegará, com certeza, pois nenhum ser vivo a ela escapa. Mas poderá chegar mais tarde. E sem tantos traumas.
Encare a enfermidade e decida-se por viver o melhor possível, emocionalmente falando.
Ame-se, ame aos que o cercam, ame a vida.
Não importa o tratamento a que você se submeta, ele terá total, parcial ou nenhuma eficácia, conforme o deseje você.
Pense nisso e decida o que almeja para si.
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SABER MORRER
Morrer. Desse destino, nenhum ser humano escapará. E, no entanto, como tememos esse momento! Com que dor a maioria de nós pensa no instante da morte.
É que fomos ensinados a temer a morte. Ela nos é apresentada como sinônimo de lágrimas, instante de trevas, definitiva separação dos seres amados.
Abismo e tristeza. Aprendemos que a morte se faz de luto e mistérios, névoa e saudade.
Mas é preciso se preparar para a chegada da hora final. Afinal, a cada dia se reduz nossa estada na Terra.
Desde que nascemos, cada respiração assinala a diminuição de nosso tempo no planeta.
Porque o ritmo da vida material nos envolve, quase sem perceber, deixamos de lado a lembrança de que caminhamos mais um passo em direção à morte.
O fim é apenas do corpo físico, pois a alma – a essência do que somos – esta existirá para sempre. Os séculos correrão, mas nós... Nós sobreviveremos.
Nessa longa estrada que é a vida, muito iremos aprender. Outros amores, parentes, lugares e situações irão enriquecer a nossa experiência.
E muitos outros corpos servirão de instrumento para o nosso aprendizado.
Por isso, nada de demasiado apego ao corpo. Ele é importantíssimo, mas é uma ferramenta de trabalho. Nele temos apenas um auxiliar para a nossa educação.
Com a ajuda desse corpo, vivemos na Terra, construímos uma família e nos relacionamos com outros seres humanos. Ele é essencial para a vida em sociedade que burila o nosso Espírito.
É que no contato com as outras pessoas temos a oportunidade de exercitar paciência, tolerância, solidariedade e ética.
Enfim, pôr em prática gestos e situações que são puras manifestações de amor.
E não é esse o objetivo maior de nossa vida: descobrir, exercitar e vivenciar o amor?
Nada há a temer na morte quando a vida é plena em amor, quando os dias são perfumados pela bondade, quando a consciência é reta e o dever cumprido.
Quem vive assim – de coração sossegado e plantando alegrias – aguarda que a vida cumpra seu ciclo natural.
Para este, a hora da morte é serena. Abrirá os portais de um mundo novo, cheio de descobertas: a Casa do Pai Celeste.
Um homem de bem morre como alguém que descansa após um dia de trabalho bem feito. Não tem apego a nada, pois sabe que deve devolver a Deus tudo o que recebeu.
A renovação é a regra geral da natureza. Quando a morte chega é a hora de devolver ao Mundo o corpo frágil, que se misturará às águas e à terra.
Será consumido, alimentará microorganismos. Outros seres viverão a partir dali.
E o homem que usou aquele corpo estará longe: abrirá os braços para o infinito. Seus olhos contemplarão estrelas, luzes, cores e formas nunca sonhadas.
Seguirá com o coração em festa. Pronto para novas experiências, disposto a aprender e a amar.
O poeta Rabindranath Tagore, Prêmio Nobel de Literatura, escreveu sobre a própria morte:
É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs.
Eu já devolvi as chaves de minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro, apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não perguntem o que levo comigo:
Sigo de mãos vazias e coração confiante.
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A ÚLTIMA CORDA
Era uma vez um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho, outros, que ele era sobrenatural.
As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de assistir seu espetáculo.
Certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo.
A orquestra entrou e foi aplaudida. O maestro, ovacionado. Mas quando surgiu a figura de Paganini, triunfante, o público delirou.
Nicolo Paganini colocou seu violino no ombro, e o que se assistiu em seguida foi indescritível.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias, pareciam ter asas e voar com o delicado toque daqueles dedos virtuosos.
De repente, porém, um som estranho interrompe o devaneio da platéia: uma das cordas do violino de Paganini arrebentara.
O maestro parou. A orquestra parou. Mas Paganini não parou.
Olhando para sua partitura ele continuava a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.
O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando, de repente, um outro som perturbador: uma outra corda do violino do virtuose se rompe.
O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo. Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou, tirando sons do impossível.
O maestro e a orquestra, impressionados, voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que aconteceria a seguir: todas as pessoas, pasmas, gritaram: Oohhh!
Uma terceira corda do instrumento de Paganini se quebra.
O maestro pára. A orquestra pára. A respiração do público pára. Mas Paganini... Paganini não pára.
Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo.
Ele não é apenas um violinista genial, mas o símbolo do ser humano que continua diante do impossível.
* * *
Este é o espírito da perseverança, da criatividade e habilidade perante os obstáculos naturais da vida no Mundo.
Lembremos desta história, todas as vezes que as cordas de nossos instrumentos se romperem.
Afirmemos no íntimo: Eu sei que posso continuar!
Afirmemos para a alma: Não é qualquer adversidade que irá me derrubar, que irá me fazer desistir!
Perceberemos então, com encanto, que muitas vezes nossas mãos calejadas, obrigadas a retirar sons de uma única corda, estão sendo amparadas por mãos invisíveis de Misericórdia.
Nunca estamos sozinhos no concerto da vida na Terra.
À maneira de um público empolgado que incentiva o artista, o Invisível nos dá forças, nos alimenta o ânimo, e nos aplaude cada vez que nos superamos.
Continuemos... Sem medo, sem hesitação.
Toquemos nossa música da alma para o céu azul ou para as estrelas. Contando com as quatro cordas de nossa rabeca, ou apenas com uma delas.
Não deixemos de tocar.
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Salvação
A idéia de salvação há muito ocupa o pensamento da Humanidade.
Contudo, o conceito permanece indefinido.
Afinal, em que consiste exatamente a salvação?
Será um processo mágico que transmuda de repente um ser egoísta e falho em um anjo de amor e misericórdia?
Os homens sempre têm buscado gurus e salvadores.
Não no sentido de um mestre cujos exemplos devam ser imitados e os ensinamentos, seguidos.
Mas sim como alguém que faça o trabalho duro.
Há um certo gosto pelo maravilhoso, por soluções fáceis e rápidas.
Conforme algumas concepções, basta crer em um Ser Superior para ser salvo ou redimido.
Pela obra e graça de um terceiro, os problemas da criatura somem e ela se transporta a um mundo ideal.
Aí, então, tudo é descanso e ócio.
As fissuras morais desaparecem e não há mais dúvidas ou desafios.
A rigor, nem se tem mais o mesmo ser, mas outro totalmente diferente, sem qualquer vínculo com o primeiro.
Há quem confira a alguns ritos o poder de provocar essa surpreendente transformação.
Entretanto, no âmbito cristão, não é possível olvidar o princípio evangélico que diz:
A cada um segundo suas obras.
No livro O Consolador, o Espírito Emmanuel, mediante a psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, trata do tema.
Segundo ele, a salvação da alma deve ser entendida como auto-iluminação, a caminho das mais elevadas realizações.
Ou seja, o próprio ser se ilumina.
Não se trata de mero aproveitamento do esforço de terceiro.
Emmanuel afirma que o Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos.
Da vivência do Evangelho decorre a luz espiritual.
Conclui-se que a salvação é o resultado de um trabalhoso processo de auto-iluminação.
O candidato deve esforçar-se em seguir os exemplos e os ensinamentos do Cristo.
Necessita abandonar tendências inferiores e vícios.
Romper com velhos hábitos e assumir o compromisso de ser melhor a cada dia.
Cessar com maledicência, pornografia, preguiça, desonestidade e tudo o mais que seja incompatível com o título de cristão.
A salvação é um compromisso que o homem assume com sua consciência.
É uma questão de maturidade, de assumir a responsabilidade pela própria existência imortal.
Não há milagres e nem solução fácil.
Um não faz o trabalho árduo pelo outro.
A redenção é o resultado de muito esforço e disciplina.
O ser surge redimido quando está pronto para a vivência da mais pura fraternidade.
Quando realmente internalizou a idéia de que deve tratar o próximo como gostaria de ser tratado.
Quando não mais se permite baixezas e deslealdades.
Quando a dor do próximo toca fundo em seu coração.
Ao redimir-se, o Espírito se liberta do mal.
Por entender as dificuldades alheias, perdoa com facilidade e não permite que o mal do mundo o contamine.
Por saber o quão difícil e trabalhoso é purificar-se, torna-se indulgente com as imperfeições alheias.
E faz todo o bem possível, pois sente intensa compaixão pelos semelhantes.
Tal estado d\'alma liberta o Espírito dos círculos do sofrimento e o habilita a vivências sublimes em mundos depurados.
Esse é o significado da salvação.
Pense nisso.
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POSSO ESTAR ERRADO
Ele carregou aquele peso inútil durante todo o dia.
Saíra de casa afobado, nervoso, e ainda por cima, havia discutido com a esposa.
Defendera uma idéia, um pensamento, com unhas e dentes, como se não conseguisse admitir, de forma alguma, que sua opinião poderia não ser a verdadeira.
Foi grosseiro, teimoso e impaciente.
Voltava agora para casa, e ao sintonizar a rádio no carro, ouviu a frase: Posso estar errado.
Era um professor dizendo o quanto sua vida se tornou diferente, quando passou a considerar esta opção, perante os alunos.
Dizia que passaram a respeitá-lo mais do que antes, quando pretendia ser sempre o dono da verdade.
Afirmava que até mesmo os conteúdos, sendo passados de uma forma mais humilde, menos impositiva, eram melhor absorvidos pela classe.
Ele resumia sua teoria dizendo: Admitir falhas é o melhor caminho.
* * *
Será que costumamos fazer este exercício? Considerar, nesta ou naquela situação ou discussão, que podemos estar errados?
Ou ainda insistimos em achar que o nosso ponto de vista é sempre o mais correto?
Parece que, ao acharmos que estamos com a razão, acreditamos que a nossa opinião é mais importante do que a dos demais, e que tem de prevalecer.
Não percebemos, mas isso é manifestação do vício do orgulho, em uma de suas muitas formas de atuação.
Um exercício interessante é tentar, a cada momento, considerar a simples hipótese de que podemos estar errados, e fazer um esforço para enxergar as coisas por outro ângulo.
Podemos experimentar ser mais flexíveis e abertos e lembrarmos que algumas vezes podemos não estar com a razão.
Tal forma de agir nos ajuda a tomar decisões mais acertadas e, conseqüentemente, duradouras, pois elas não terão sido fruto de uma reação automática de nossa personalidade.
Ao nos desapegarmos da necessidade de estarmos sempre com a razão, transformamos nossas vidas numa experiência bem mais prazerosa.
Afinal, por que temos que estar sempre certos? Não parece um peso desnecessário que carregamos nos ombros?
Buscar acertar sempre é saudável, nos faz crescer. Porém, querer ser sempre o dono da verdade, é desperdício de energia. Além de ser uma pretensão muito grande.
O caminho para a verdade está em conhecer todos os ângulos possíveis de visão sobre algo, e isso só é possível ouvindo os outros, considerando as experiências alheias na construção de nosso conhecimento.
Quanto mais humildes, mais ouvimos. Quanto mais orgulhosos, mais queremos ser ouvidos.
* * *
Dale Carnegie, autor do best seller Como fazer amigos e influenciar pessoas, afirma que você nunca terá aborrecimentos admitindo que pode estar errado.
Isto evitará discussões e fará com que o outro companheiro se torne tão inteligente, e tão claro e tão sensato como foi você.
Fará com que ele também queira admitir que pode estar errado.
A inflexibilidade de uma opinião gera quase sempre aversão. Um gesto de humildade sempre inspira outro.
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ADIANTE
Dia 29 de agosto de 2005. Uma tempestade tropical de escala 5 atinge a costa sudeste dos Estados Unidos da América.
Os ventos do furacão, que recebeu o nome de Katrina, atingiram 280 quilômetros por hora, e devastaram a histórica cidade de Nova Orleans.
Mais de um milhão de pessoas foram evacuadas. Seiscentas mil casas, na grande maioria de pessoas pobres, foram destruídas.
Um dos furacões mais destrutivos a ter atingido os Estados Unidos, deixou cerca de mil e trezentos mortos.
Muitos relatos se misturam ao do senhor J.R., habitante de 65 anos de idade, sem automóvel, cartão de crédito ou dinheiro poupado.
Ouvira pelo rádio, três dias antes, que a tempestade se aproximava, e que a desocupação era fortemente recomendada.
Mas, sem ter para onde ir, e com a esposa numa cadeira de rodas, a saída era quase impossível.
O Sr. J.R. decide permanecer e enfrentar a tempestade, a exemplo do que sempre fizera antes. Com estoque de comida e água, a família se sentia preparada.
Porém, na segunda-feira, a ruptura dos diques inundou em poucas horas aquela área, uma das regiões mais baixas de Nova Orleans.
A subida rápida da água forçou J.R. a tirar a mulher da cadeira de rodas, mas mesmo seus consideráveis 1 metro e 90 centímetros não foram suficientes para evitar a tragédia.
Escapando de seus braços, sua amada morre submersa.
* * *
Como seguir adiante depois de acontecimentos como este?
Como lidar com essas tragédias do cotidiano, sem nos deixar esmorecer e desistir?
Certamente, cada um deverá encontrar a sua maneira, o seu alicerce, mas possivelmente todos eles passem, mesmo que sem perceber, por um maior: a confiança em Deus.
Não falamos desse deus, com d minúsculo, que criamos ao longo do tempo, à nossa imagem e semelhança.
Não, esse deus está desgastado, cansado, e talvez em seus últimos dias...
Referimo-nos à Inteligência Suprema, o Criador, onipresente, bom e justo.
Referimo-nos ao Deus das Leis perfeitas, que não se vinga, que não é tomado pela ira em circunstância alguma, e que ama todas as Suas criaturas, não preterindo ninguém.
E neste amor supremo, que ainda escapa de nossa compreensão, estão desígnios, experiências, ensinamentos que, por vezes, ainda temos dificuldades em entender.
Esta inteligência está no controle de tudo. Nada acontece sem que Ele e Suas leis permitam.
Deus não Se esquece, nada deixa de lado, não privilegia.
Ele nos dá o que precisamos neste ou naquele momento, para que continuemos nosso crescimento moral e intelectual rumo à felicidade.
Seus desígnios, por vezes ainda nos deixam perplexos, mas se dermos a Ele uma chance, uma chance apenas, vislumbraremos suas razões logo adiante.
Veremos que Ele apenas atendia nossa necessidade íntima, como um Pai amoroso que faz sempre o melhor ao filho, mesmo este ainda não compreendendo Suas ações.
* * *
Adiante... É forçoso seguir adiante.
Estagnados no agora, sem horizonte, perde-se a razão de ir, de continuar.
Não esmoreças... Dá mais uma chance à vida e verás que ela e o Criador te reservam dias melhores...
Confia... E segue sempre... Adiante....
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SERVIR
Em certa passagem evangélica, Jesus ofertou Sua paz à Humanidade.
Mas salientou que essa paz era diferente da paz mundana.
Em outro momento, disse que o Reino dos Céus somente era acessível a quem fazia a vontade de Deus.
Também sentenciou que o Reino dos Céus não vem com aparências exteriores.
Conclui-se que o Reino dos Céus é um estado de consciência.
A paz do Cristo corresponde a uma consciência em paz.
O Espírito que pacifica a própria consciência goza de uma intensa e imperturbável satisfação íntima.
Esse profundo silêncio interior, extremamente prazeroso, não depende de circunstâncias materiais.
Mesmo perante a luta, a serenidade persiste inalterável.
No mundo atual, em que as criaturas portam inúmeras neuroses e complexos, evidencia-se a geral carência da paz do Cristo.
A capacidade de manter serenidade e harmonia, em meio a dificuldades, parece muito desejável.
Evidentemente, a conquista da paz ofertada pelo Mestre pressupõe seguir-Lhe os ensinamentos e imitar-Lhe a conduta.
A vida de Jesus foi muito rica e plena de significados.
Dela é possível tirar infinitas lições.
Um dos ensinamentos mais preciosos vem da assertiva de Jesus de que Ele não viera à Terra para ser servido, mas para servir.
Como Jesus é o Modelo e o Guia da Humanidade, tem-se que o cristão deve ser um servidor.
Contudo, servir não implica fazer todas as vontades do próximo.
Quem realiza vontades e caprichos é um escravo, não um servidor.
Servir significa atender necessidades legítimas, imprescindíveis ao bem-estar físico e emocional das criaturas.
Jesus foi um servidor, jamais um escravo.
Todos tinham necessidade de Suas sublimes lições e Ele as deu.
Havia carência de exemplos de dignidade e compaixão e Jesus viveu tais virtudes com perfeição.
Mas Ele jamais foi conivente com a hipocrisia e os vícios de toda ordem.
Quando Lhe pediam sinais, Ele não os dava.
O Mestre não atendeu meras vontades ou caprichos.
Ele satisfez necessidades legítimas.
Em suma, cumpriu o Seu papel no Mundo.
Quem deseja a paz do Cristo, deve seguir esse exemplo.
É necessário adotar o papel de servidor.
Servir implica tornar-se um agente do progresso.
O genuíno servidor aprimora seus talentos pelo estudo e pela reforma íntima.
E utiliza esses recursos na construção de um Mundo melhor.
Auxilia o próximo ao atender suas legítimas necessidades.
Em sua imperfeição, os homens erram.
Conseqüentemente, precisam de tolerância, compreensão e auxílio.
Mas eles também devem evoluir para Deus.
A vida terrena tem a finalidade de propiciar a evolução espiritual.
Não se trata de um passeio descompromissado.
Assim, servir o próximo é ajudá-lo a ser o melhor que puder.
Evoluir é uma imperiosa necessidade de todo ser vivo.
Bem se vê que servir não é infantilizar ninguém, ao furtá-lo às experiências necessárias ao seu viver.
Serve melhor quem, por seus atos e palavras, incentiva o semelhante a ser trabalhador, puro, leal e bondoso.
Quem serve converte-se em um poderoso elemento do progresso e cumpre a função que lhe cabe no concerto da Criação.
Assim, vive em paz, pela consciência do dever atendido.
Pense nisso.
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PARA ONDE VAMOS DURANTE O SONO
Era manhã de sol nas proximidades do mar.
A esposa despertara ansiosa por narrar ao marido a experiência que tivera na noite anterior.
Estavam fisicamente separados por cerca de 5 dias, em cidades diferentes, e a saudade já batia forte.
Há mais de trinta anos dividiam a mesma cama, a mesma vida, e qualquer rápida separação já era sentida por ambos.
Tomando do telefone, então, ela lhe conta, que na noite anterior tivera uma sensação muito especial.
Deitada na cama, nos primeiros instantes do sono, sentira o perfume dele, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e se colocado ao seu lado, como sempre o fazia em casa.
Além do aroma agradável, percebeu uma presença muito forte, como se ele realmente estivesse ali.
Virou-se rapidamente, mas não havia ninguém.
O marido, do outro lado da linha, ouvia tudo também emocionado.
Quando ela terminou a narração, foi a vez dele dizer:
Pois também vivi uma experiência singular nesta noite.
Na madrugada, acordei com a certeza de que você estava dormindo ao meu lado. Tinha certeza que você estava ali. Mas quando olhei para o seu lugar na cama, nada vi.
Terminam os dois a conversa, surpresos, dizendo:
É... acho que nos encontramos esta noite!
Muitos de nós temos histórias muito peculiares sobre o período do sono.
Aqueles que conseguem lembrar mais claramente dos sonhos trazem experiências muito ricas, por vezes, e que merecem nossa análise.
Para onde vamos durante o sono? Todas essas lembranças serão apenas produto do cérebro?
O Espiritismo vem nos elucidar, afirmando que durante o período do sono, a alma se emancipa, isto é, se afasta do corpo temporariamente.
Desta forma, o que conhecemos como sonhos são as lembranças do que o Espírito viu e vivenciou durante esse tempo.
Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.
Através da atração produzida pela afinidade, procuramos muitas vezes aqueles que nos são caros, amigos, parceiros e amores.
Por isso é que aqueles que muito se amam na Terra, podem se encontrar no espaço, e continuarem juntos.
É assim que encontramos Espíritos amados, que já não se encontram conosco fisicamente, e partilhamos com eles momentos inesquecíveis.
Por vezes lembramos, por outras tantas não, mas sempre conservamos no íntimo bons sentimentos, ou a sensação de ter vivido experiência agradável.
O Espírito sopra onde quer, e mesmo durante nosso aparente repouso, perceberemos que ele está em atividade, sempre.
* * *
Podemos nos preparar melhor para conseguirmos ter bons sonhos.
Obviamente que os acontecimentos do dia, e nosso estado emocional irão influenciar nossas experiências oníricas, mas podemos tomar alguns cuidados a mais para aproveitar melhor este período:
uma leitura salutar,
a oração sincera,
uma música suave que nos acalme,
alguns momentos de meditação.
Todos estes ingredientes colaboram para que as últimas impressões do dia sejam positivas, e sejam levadas conosco, favorecendo a emancipação da alma.
Assim, tenha bons sonhos...
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Acorde todas as manhã com um sorriso.
Esta é mais uma oportunidade que você tem tempo para ser feliz.
Seja seu próprio motor de ignição.
O dia de hoje jamais voltará.
Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!
Enumere as boas coisas que você tem na vida.
Ao tomar consciência do seu valor,
você será capaz de ir em frente com muita força,
coragem e confiança!
Trace objetivos para cada dia.
Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez.
Seja paciente.
Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o
mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o
ajuda a manter a dignidade.
Acredite, seu valor está em você mesmo.
Não se deixe vencer, não seja igual,seja diferente.
Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias …
Conscientize - se que a verdadeira felicidade está dentro de você.
A felicidade não é ter ou alcançar,mas sim dar.
Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace.
A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro
fique um pouco em suas mãos.
O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de
mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais.
Não só cria um espaço feliz para o que estão ao seu redor, como também
encoraja outras pessoas a serem mais positivas.
O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!
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SEJA FELIZ
A coisa mais importante que você possui hoje, é o dia de hoje. O dia de hoje, mesmo que esteja espremido entre o ontem e o amanhã, deve merecer total prioridade.
Só hoje você pode ser feliz...
O amanhã ainda não chegou... e já é muito tarde para ter sido feliz ontem.
A maior parte das nossas dores é fruto dos restos de ontem ou dos medos do amanhã.
Viva o dia de hoje com sabedoria...
Decida como irá alimentar os seus minutos, o seu trabalho, o seu descanso...
Faça tudo o que seja possível para que o dia de hoje seja seu, já que ele lhe foi dado tão generosamente.
Respeite-o de tal maneira que, quando for dormir, você possa dizer: hoje eu fui capaz de viver e amar...
Hoje fui feliz!
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Em cada indelicadeza que pratico
assassino um pouco aqueles que me amam
Em cada desatenção nao seou nem educado, nem cristão
Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado
Em cada gesto de impacieência, dou uma bofetada invisível
naqueles que convivem ao meu lado
Em cada ressentimento, revelo meu amor próprio ferido
Em cada palavra áspera que falo, peroo uns pontinhos no céu
Em cada omissão que pratico, rasgo uma página do evangelho,
Em cada oração que eu nao faço, eu peco
Em cada fofoca que me envolvo, peco contra o silêncio
Porem para tudo há o reverso, pois
Em cada pranto que enxugo, eu torno alguém mais feliz
Em cada ´ato de fé que pratico, eu canto um hino a vida
Em cada sorriso que espalho, eu planto uma esperança
Em cada espinho que arranco, eu curo uma ferida
Em cada semente que espalho colho um pouco de Amor...
Cabe a nós mesmos saber que destino queremos dar
a nossa vida e ao nosso coração
Pois em cada passo certo que tomo, um Anjo diz Amém.....
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Para chegar a ti mesmo
São apenas dois caminhos
que tens pela frente.
São apenas duas escolhas que podes fazer:
ou estás em paz ou estás em guerra contigo mesmo.
Não há mistério.
Aprende que toda vez que a paz não é presente,
a causa reside na escolha que fizeste,
e toda escolha acarreta alterações.
Toda escolha cria realidade e esta realidade
é o que será experimentado por ti.
Pergunta a ti mesmo se a tua escolha
proporcionará bons frutos ao teu percurso.
E lembra: toda escolha pode ser mudada no momento em que desejares.
Esta é uma realidade que não podes modificar,
para que assim tenhas outras oportunidades
de encontrar o que teu coração tanto aspira.
Ensina somente o que desejas aprender,
doa somente o que desejas receber, pelo contrário,
sentir-te-ás confuso em tuas metas
e não saberás quais os passos necessários para chegar a ti mesmo.
A confusão é sinônimo de escolhas equivocadas, apenas isso.
Todo sofrimento reside na falta de atenção para contigo mesmo.
Sê atento, o tempo é precioso e é através dele que realizas o teu propósito.
Quando estás atento, o cuidado para contigo é presente, daí a alegria,
a paz de espírito, a ausência de erros.
Dá o melhor de ti para o teu caminho e se não souberes fazê-lo,
pede visão, pede luz e chegar-te-á ajuda no mesmo instante.
A bênção é dada a todos que desejam estar inseridos
na realidade de Deus.
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TEUS EXEMPLOS - TUA VIDA!
tuas palavras são convites, mas tuas ações são o retrato vivo dos teus propósitos.
Teus compromissos não implicam na presença de um grupo contigo, mas impõem-te a presença com o Cristo ao lado de todos.
Não agasalhes qualquer forma de desalento, de amargor, de ressentimento.
cada alma ruma na direção da própria meta.
Insiste em ajudar, mas não condiciones que te ajudem.
Insta pela realização e vivência da verdade. Dá, porém, tempo ao tempo, e não te agastes com os retardatários.
Se não concluíres a obra, no corpo físico, faze de forma que, haja o que houver, as flores do bem e da esperança que hoje semeies no mundo desabrochem não entre os homens, mas no solo do teu próprio coração, mais tarde, após a áspera e necessária travessia pelos imensos e abençoados caminhos da redenção humana.
Esta é a lição que vibra e comove os tempos desde o momento em que Jesus, abandonando as excelências do Reino, mergulhou na psicosfera terrena para ensinar e viver o amor, sem exigência, sem pressa, aguardando o momento próprio para a glorificação dos Seus tutelados.
(Divaldo P. Franco - Joanna de Angelis)
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Se a tristeza vier por qualquer motivo, faça o seguinte:
Evite as sombras que ficaram para trás, olhe o caminho a sua frente e siga sempre.
Assopre o pensamento triste, deixe escorrer a última lágrima, vá até o final do poço, mas volte renovado.
Então respire fundo tirando da natureza a energia para elevar sua alma.
Abra então a janela, aquela que dá para o vôo dos pardais, procure a luz que pisca adiante.
Ao encontrá-la, coloque-a dentro do peito, de tal jeito que possa ser notada do lado de fora;
Espalhe esta luz em torno de si...
Dê amor à todas as criaturas vivas...
A felicidade é o seu objetivo...
E a paz que você procura será encontrada dentro de você onde DEUS deixou um pedacinho de si.
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UMA CHANCE A TI MESMO
Apenas uma chance para que possas respirar devagar, suavemente, para assim descobrir quão imensa é a vida que reside dentro de ti.
Dá uma oportunidade para que a tua visão interior encontre as cores que te compõem, para então ensinar-te a colorir a tela que ainda permanece em branco por pensares que não és capaz de dar-te o arco-íris.
Apenas um instante para aquietar-te e sentir o silêncio que em ti habita, onde todas as perguntas se calam, pois as respostas, todas, estão ali: na tua entrega a ti mesmo.
Teus passos, um a um, vão compondo o teu percurso e depende de ti fazer deste caminho algo digno do ser humano que tu és.
Vem com tua força e não com tua fraqueza.
Vem com tua alegria e não com tua tristeza.
Vem com tua luz e não com a tua escuridão.
Alimenta o que te fortalece frente o tempo que te é dado.
Vê, depende de ti estar em conexão com a vida, o teu amor maior.
Portanto, dá uma chance para que possas, ao menos, ter um vislumbre do que é estar bem, estar em equilíbrio, estar preenchido, estar pleno, cheio de clareza, de luz.
O tempo está passando e se acreditas que o teu destino já foi moldado por outras mãos
que não as tuas, realmente estás perdendo tempo, muito tempo...
Alcança para ti o que teu ser sente saudade.
Alcança para ti o que teu ser reconhece como sendo o seu lar, sua morada.
Pois, está, definitivamente, dentro de ti tudo que necessitas para sentir paz...
Paz e gratidão...
Porque, o que te é dado dia a dia, não é pouco e nunca será.
Sê feliz.
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