Infelizmente muitos acham que um Terreiro só funciona devido a participação e ação dos médiuns de incorporação.
Lamentavelmente muitos médiuns de incorporação colocam-se em condições superiores perto dos outros médiuns achando que são os únicos que trabalham e que a gira só acontece em decorrência de suas manifestações mediúnicas.
Lastimavelmente muitos médiuns que não incorporam não valorizam suas funções dentro daquele trabalho espiritual, acham que suas participações e ações são insignificantes, desnecessárias, como se fossem apenas apêndices.
O fato é que aquele que abre a porta tem valor e importância, assim como aquele que fica na cantina, que anota nomes, que distribuiu fichas, que dá sustentação energética, que faz doação de ectoplasma, portanto, são muitos trabalhando por todos e todos trabalhando por um.
Essa é, no meu entender, uma das essências de nossa querida Umbanda, o que me faz lembrar da ética africana Ubuntu, que de origem Banto, permeia o território da República da África do Sul, o país de Mandela, e se resume na frase:
“EU SÓ EXISTO PORQUE NÓS EXISTIMOS”.
Mônica Caraccio
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