PLATÃO EXPLICA E UM PSIQUIATRA AJUDA!
A questão das sucessões nos terreiros tem despertado a minha curiosidade já faz algum tempo.
A impressão é de que esse assunto consiste em um dos muitos tabus ou erós sacerdotais. É difícil encontrarmos terreiros em que sucessão seja discutida abertamente, tratado de forma transparente e definido com antecedência.
Assim como a morte, inevitável, todo Pai/Mãe-de-Santo sabe que um dia a sucessão acontecerá, mas de preferência que ocorra sem a sua presença, ou seja, depois de seu desencarne.
Mediante, esse tipo de comportamento é que vemos terreiros fechando as suas portas ou enfrentando sérios problemas de solução de continuidade, por conta de brigas internas ou confusões para se definir quem tocará o barco, do agora Pai/Mãe-de-Santo ausente.
Geralmente, a linha sucessória de um terreiro é do tipo hereditário (transmissão de direitos aos herdeiros legítimos), estamos aqui falando da sucessão diretamente para filho carnal . A regra básica nesse caso é transmitir a direção da casa para o filho carnal que tenha se dedicado a religião. No caso da existência de mais filhos carnais na religião, o processo sucessório passa pelo crivo da primogenitura (condição de primogênito), do tempo na religião e/ou condição sacerdotal adquirida.
A condição sacerdotal e o tempo de consagração são prioridades decisivas para sucessão, independente do fato, do escolhido entre outros filhos carnais, ser o primogênito.
Quando os filhos carnais de um Pai/Mãe-de-Santo não preenchem os requisitos aqui expostos é que se começa a percorrer a árvore genealógica.
Nos casos em que inexistem herdeiros legítimos comumente se delega o direito de sucessão ao filho-de-santo mais antigo da casa.
Nos cultos afro-brasileiros, como por exemplo o Candomblé, consulta-se o oráculo (ifá ou búzios) para confirmar o nome do escolhido a sucessão.
Ressaltamos, que independente dos critérios estabelecidos para definir a sucessão em um terreiro, sucessão é uma responsabilidade do dirigente, um direito dos filhos-de-santo, devendo estar, portanto, bem claro para todos desde o início da fundação da casa, se possível.
Importante é a perenidade (continuação) de um terreiro, que deve perpetuar a sua existência, pois antes de ser de interesse do próprio dirigente maior, é de suma importância para toda a coletividade que dele faz parte (filhos, freqüentantes, e com certeza também as entidades que fornecem o aporte espiritual ao terreiro). Os filhos-de-santo não podem ficar a própria sorte, por conta da ausência súbita do Pai/Mãe-de-Santo. O mundo espiritual deve possuir a garantia da continuidade de seus trabalhos nessa coletividade. Um terreiro não pode ser fechado, abandonado de uma hora para outra, apenas por não ter quem o dirija.
Entendemos que o desencarne de um fundador de terreiro, de um Pai/Mãe-de-Santo, que as vezes por décadas dirigiu uma casa espiritual, abale emocionalmente a todos a ela ligados.
Isso é compreensível pelo amor, pela fé, o respeito e a dedicação. Existem casos que o impacto dessa perca remete a necessidade de um recesso nos trabalhos espirituais, um período de transição e de luto plenamente justificáveis. Todos nós temos direito a prantear os nossos entes queridos, quanto mais uma coletividade que se desenvolveu, cresceu e girou em torno de uma liderança por um longo período.
Mas, existirá um momento que os trabalhos deverão continuar, o terreiro deverá reabrir suas portas. É a velha história, o tempo não para e a gira continua a girar. Nessa hora o sucessor deve tomar o timão do barco e direcionar os novos rumos do terreiro. É preciso que o sucessor esteja preparado, devidamente respaldado pelo antecessor e totalmente reconhecido como legitima o seu direito sucessório.
No meu entendimento a sucessão possui as seguintes regras básicas, que devem ser cumpridas na seqüência, sendo que o não preenchimento de uma delas invalidará o sucessor:
1) Os possíveis sucessores, em primeiro lugar, devem ser da religião;
2) Pertencer ao terreiro do Pai/Mãe-de-Santo;
3) Ter consagração sacerdotal, dentro da tradição praticada no terreiro;
4) Ser herdeiro legítimo do Pai/Mãe-de-Santo. Sobre esse ponto cabem as seguintes observações:
a) são considerados herdeiros legítimos Filhos, Netos e Bisnetos;
b) a sucessão pertence diretamente aos filhos e existindo esses, se exclui automaticamente netos e bisnetos;
c) os sucessores legítimos devem preencher as regras de 1 a 3;
d) havendo mais de um filho que preencha as regras de 1 a 3 a precedência é do mais velho em idade e depois na religião;
e) na inexistência de filhos, serão candidatos a sucessão netos e na falta destes bisnetos;
f) a existência de netos exclui os bisnetos;
g) em ambos os caso de sucessão de netos ou por bisnetos deve ser obedecido o exposto para o caso de filhos nas alíneas "c" e "d";
h) na inexistência de filhos, netos e bisnetos o direito de sucessão passa a ser do conjugue ou companheiro sobrevivente, seguido pelos ascendentes (Pais, Avós e Bisavós) e não existindo esses segue-se os parentes colaterais (tios, sobrinhos e primos) obedecendo o grau de aproximação familiar. Em todos esses casos deve o sucessor preencher os quesitos referentes as alíneas "c" e "d";
i) na falta de todos os descendentes, ascendentes, conjugue ou companheiro sobrevivente e parentes colaterais a sucessão cabe então ao filho-de-santo mais antigo do terreiro que preencha o requisito da regra 3. Havendo igualdade de condições em mais de um filho-de-santo, vale o definido na alínea "d";
j) na inexistência do filho-de-santo mais antigo do terreiro, que tenha consagração sacerdotal, o sucessor será o filho-de-santo mais antigo do terreiro simplesmente. Havendo igualdade de tempo de terreiro em mais de um filho-de-santo, vale o definido na alínea "d".
Falamos aqui da hereditariedade (sucessão para os herdeiros legítimos), pois percebemos ser essa a forma mais difundida de sucessão, a mais aceita entre os umbandistas. Acredito até, que a difusão desse tipo de sucessão se deu pelas vias das tradições, com seus legados de hierarquia patriarcal/matriarcal e por envolvimento de questões como divisão de patrimônio e herança.
Geralmente, os terrenos e edificações dos terreiros pertencem ao Pai/Mãe-de-Santo e entregar a sucessão da casa para herdeiros legítimos, garantem a perpetuação da instituição e o respeito dos demais herdeiros ao sucessor, evitando disputas de bens com relação ao terreiro.
Pelo menos é o que se espera.
Assim, estabelecidas com antecedência, difundidas entre toda coletividade, as regras de sucessão em um terreiro evitariam muitas situações difíceis e confusas no desenrolar deste tipo de processo. Ganhar-se-ia um tempo valioso na preparação do sucessor legítimo, diminuiria o impacto da perca do Pai/Mãe-de-Santo, a angústia dos filhos-de-santo de não saber de quem será a responsabilidade da condução de sua vida espiritual dentro da religião, entre outras coisas.
Mas por que os terreiros que tem a sucessão baseado nos princípios da hereditariedade, não tratam desse assunto com antecedência, com clareza e objetividade?
Os motivos são os mais variados possíveis, destacarei os que considero piores:
i) divisão do poder: ao se reconhecer previamente o herdeiro legítimo, chega um determinado instante, que é naturalmente necessário, que ele passe a dividir responsabilidades e a autoridade. Faz parte do aprendizado do sucessor lidar com casos, em que sua orientação e visão sobre determinados assuntos é requerida para a solução de alguns tipos de problemas. Dividir esse atributo, para alguns Pais/Mães-de-Santo, é uma questão inadmissível.
ii) orgulho e prepotência: Pais/Mães-de-Santo até sabem que não vão ficar para a semente, como se diz, mas o orgulho e a prepotência não permitem definir um sucessor, se consideram perpétuos e acham que:
a) é um assunto que eles definem quando bem entenderem e se dão o direito de escolher a quem eles quiserem, não sendo do interesse de mais ninguém;
b) é um caso para ser resolvido apenas após o seu desencarne, em outras palavras a coletividade do seu terreiro que se vire;
c) o sucessor legítimo não é do seu agrado, tendo ele preferência por outro, sendo este imposto ao terreiro, ou não deseja reconhecer o maravilhoso sucessor que tem ao seu lado;
d) e por último, Pais/Mães-de-Santo decidem que após a sua morte o terreiro deixa de existir, pois não enxerga ninguém à altura de substituí-los, ou simplesmente não querem deixar o legado para ninguém;
iii) exploração: Pais/Mães-de-Santo que vivem da religião e não para a religião, construíram ou constroem seus patrimônios a custa dos outros, sobrevivem da ajuda de seus filhos-de-santo, dos preços das consultas que cobram de seus clientes, das doações voluntárias das pessoas de boa-vontade ou da cobrança direta e indireta que fazem a terceiros, das salvas (da mão, da utilização do chão do terreiro etc.) das obrigações e iniciações muito bem pagas pelos seus filhos-de-santo, do encastelamento que criaram para si próprios. Como abrir mão dessa mina de ouro ($$$) e do poder advindo dela?
iv) miopia religiosa e espiritual: Sem compreender a responsabilidade que advêm de seus cargos, não conseguem enxergar que a Umbanda é perene e que o terreiro é uma instituição espiritual que deve sobreviver as suas efêmeras existências, para o bem da sua coletividade.
Para efeito didático, vamos construir dois exemplos clássicos hipotéticos: em ambas as situações os sucessores legítimos são filhos carnais do Pai/Mãe-de-Santo, adeptos da religião com tempo considerável e consagrados sacerdotalmente.
1. EXEMPLO (Terreiro "X")
O Pai/Mãe-de-Santo tanto depende do suor derramado do fulano de tal, seu filho legítimo, como se vê muitas vezes eclipsado pela postura religiosa, a capacidade mediúnica, a força de agregação, o carisma e a energia de mobilização e organização de seu sucessor legítimo. É inquestionável, por parte deste sucessor a fé e dedicação a religião, ao terreiro e ao Pai/Mãe-de-Santo do mesmo.
Postura do Pai/Mãe-de-Santo:
1) Procura destacar os médiuns e pessoas de fora, que freqüentam o seu terreiro;
2) Se auto-promovem, inclusive se valendo de histórias geradas pela capacidade do seu sucessor legítimo, como sendo de si próprios;
3) Minimiza as ações e reações positivas do seu sucessor legítimo e maximiza os defeitos do mesmo;
4) Subestima a capacidade e inteligência do seu sucessor legítimo;
5) Jamais faz um elogio público ao seu sucessor legítimo, a não ser quando o fato de elogiar-lhe proporciona frutos para a si mesmo;
6) Nas oportunidades que é necessário valorizar o sucessor legítimo, somente o faz forçado, mas sempre igualando-o a outros, com único objetivo de não caracterizar um destaque pessoal;
7) Geralmente o sucessor legítimo, não lhe agrada para tal função, e a pessoa de sua escolha pessoal, não consegue se tornar consenso e também não representa o ideal;
8) Desautoriza o sucessor legítimo e desmancha suas realizações implementando outras, às vezes sem o conhecimento do sucessor.
Conclusão: Orgulho excessivo. O Pai/Mãe-de-Santo não admite ter que depender da única pessoa, que eles jamais desejariam precisar de alguma coisa. No fundo até reconhecem para si mesmos, a capacidade e dom do seu sucessor legítimo, mas possuem uma inveja incontrolável e o despeito por ser esse o seu sucessor e não o outro de sua preferência.
2. EXEMPLO (Terreiro "Y")
O Pai/Mãe-de-Santo enquadra-se no item "iii - exploração". Conquistou poder, patrimônio, vivendo da religião e não para religião, são orgulhosos e prepotentes e consideram filhos-de-santo apenas instrumentos e escravos a satisfazerem os seus desejos, vontades e quando estes não correspondem mais as suas necessidades, são colocados na geladeira, no guarda-roupa, levados involuntariamente ao ostracismo até se auto-banirem. Pois, os "santinhos" nunca fazem nada, nunca tem culpa de nada, quem os ajuda e os mantém, o fazem porque querem, de vontade própria, eles nunca pediram nada. No entanto, esse tipo de Pai/Mãe-de-Santo sabe cobrar muito bem o valor do que acham que são explorados, sim porque eles é que são explorados, nunca os exploradores.
Geralmente, quando chegam a uma determinada idade começam o discurso de que estão cansados, que se pudessem acabavam com o terreiro, que estão decepcionados com filhos-de-santo, que não possuem mais saúde para continuar, que se filhos-de-santo entendessem o que eles passam, jamais abririam suas casas espirituais e coisas do tipo. Falam da boca para fora, com o intuito de pressionar mais ainda os filhos-de-santo e forçá-los a aumentar as contribuições e ajudas, pobres iludidos que eles fazem exatamente isso, minimizam o sofrimento de seu Pai/Mãe-de-Santo esperando enterrar definitivamente esse discurso de fechar o terreiro.
Como os Pais/Mães-de-Santo fechariam a mina de ouro, que tanto contribui com os seus bolsos e é o único lugar em que construíram seu castelo ilusório de poder?
O sucessor legítimo desse exemplo, não sustenta financeiramente o Pai/Mãe-de-Santo, mal tem para si e os seus, mas também não precisaria. Esse tipo de Pai/Mãe-de-Santo, com relação aos seus herdeiros, quer sempre tê-los na sua dependência, principalmente financeira. E não poderia ser diferente, pois a ação se repete com seus filhos-de-santo, que nesse caso, devem depender pessoal, emocional, espiritual e religiosamente deles.
O sucessor legítimo é um dos médiuns mais antigos da casa, entrou um adolescente e acompanhou o desenvolvimento do terreiro como um dos destaques e braço direito litúrgico e ritualístico do Pai/Mãe-de-Santo.
Alçado a condição de Pai/Mãe-Pequeno(a), foi muitas vezes referenciado como sucessor legítimo. Como o sucessor do exemplo anterior, filho-de-fé e carnal do Pai/Mãe-de-Santo, sempre deseja que o dia da sucessão nunca chegue, pois isso significaria a morte de seu Pai/Mãe.
Com o avançar da idade do dirigente do terreiro, derrepente, o sucessor legítimo, se depara com a decisão tomada pelo Pai/Mãe-de-Santo, que para sucedê-lo o escolhido é seu neto, sobrinho do agora ex-sucessor legítimo. Nesse momento em diante o sucessor legítimo passa a assistir passivamente todo o investimento e pressa do Pai/Mãe-de-Santo em preparar o neto para a sucessão, em detrimento dele. Vale salientar que nesse exemplo o sucessor por direito do Pai/Mãe-de-Santo do terreiro "Y", seu filho carnal, além de cumprir plenamente as regras de 1 a 3, ainda é o primogênito.
Postura do Pai/Mãe-de-Santo:
1) Embora muitas vezes tenha indicado ou feito referência para todos que o primogênito seria, como deve ser, o seu sucessor, nunca o preparou de forma alguma para a sucessão;
2) Sempre nega ao sucessor legítimo autoridade, participação em decisões e direito a palavra.
3) Para os filhos-de-santo, muitas vezes faz piada ou chacota do sucessor legítimo;
4) Maximiza todos os defeitos;
5) Repreende o sucessor legítimo na frente de quem estiver presente;
6) Não dá direitos ao sucessor legítimo, apenas impõem deveres.
Motivo para esse Pai/Mãe-de-Santo preferir outro descendente (no caso do exemplo o neto)?
i) Por reconhecer no neto o seu reflexo, a sua imagem e semelhança, a certeza de se perpetuar, mesmo não estando mais fisicamente aqui. Egocentrismo, orgulho e prepotência de achar representado à altura, já que não poderá ele mesmo manter o poder, conservar e aumentar o patrimônio. Já que é inevitável um dia o desencarne, que tudo fique na mão de alguém que possa dar continuidade ao seu estilo de autoridade, comando, exploração e poder.
ii) Consciência pesada, por algum erro do passado em que o neto, signifique, talvez, a oportunidade de redenção ou de minimização dessa sua culpa. Todo Pai/Mãe-de-Santo desse tipo, têm medo de morrer, pois sabe as sérias cobranças que ocorrerão do outro lado. Há de convir que eles não são e nunca foram ingênuos. Embora aparentem ser cordeiros se revestem apenas da pele destes, para esconder a suas verdadeiras condições de lobos.
Conclusão:
Seja por conta da alínea "i" ou "ii", ou outra possível, quem pagará a conta do orgulho, prepotência e vaidade exarcebada do Pai/Mãe-de-Santo do Terreiro "Y", serão, como sempre, os filhos-de-santo. As coisas continuarão a ocorrer as suas revelias e eles apenas serão, mais uma vez, instrumentos de desejos e vontades que não lhe pertencem, marionetes de títeres exploradores e reféns do despotismo alheio. Ao sucessor legítimo do terreiro resta apenas ver a caravana passar com outro no comando, tendo a certeza que seus anos de dedicação e suor derramado no chão dessa embarcação somente lhe valeram o dever de continuar lavando o barco com seu suor e lágrimas e se abstendo forçosamente ao direito de comandar o leme, fato esse que seria o certo. Aos filhos-de-santo e sucessor legítimo desse exemplo, a saída é rezarem para que o escolhido, tenha personalidade própria, entenda as responsabilidades e deveres que o cargo que ocupará impõem e não repita os erros do seu antecessor.
Infelizmente, exemplos como esses ocorrem, respeitando as diferenças de cada caso, mais do que nós umbandistas gostaríamos que acontecessem.
Parece, que alguns Pais/Mães-de-Santo não conseguem compreender, mais uma vez repetindo, o conjunto de responsabilidades com aqueles que buscam suas orientações e trabalhos espirituais, nem tão pouco os seus deveres como sacerdotes, de uma religião rica em Amor e Sabedoria Cósmico. Mais absurdo ainda são os filhos-de-santo, não despertarem para a universalidade dos conceitos espirituais de nossa religião, os significados evolutivos que ela possui e perceberem as armadilhas que eles mesmos se colocam.
Ah! Você Pai/Mãe-de-Santo, se identificou com esse artigo?
Acha que estou me referindo particularmente a você?
Sim, filho-de-santo, você entendeu que nos exemplos apresentados um deles (terreiro X ou Y) é o seu terreiro, e que o Pai/Mãe-de-Santo exemplificados é o seu?
Que triste essa constatação, muito triste eu fico, pois se isso ocorrer é porque Pais/Mães-de-Santo se reconheceram nos exemplos, sucessores viram o retrato de seus problemas e filhos-de-santo descobriram a prisão em que se enclausuraram.
Coitados, o mito da caverna de Platão explica a atitude dos filhos-de-santo que insistem em ficar aprisionados a esses tipos de grilhões e um bom psiquiatra talvez forneça o diagnóstico correto dos dirigentes e ajudem a solucionar esses conflitos emocionais, afetivos e psíquicos entre Sacerdotes/Sacerdotisas, seus sucessores legítimos e seus filhos-de-santo.
Quanto a Umbanda?
Para sacerdotes e dirigentes sérios e umbandistas conscientes o trabalho é apenas um:
a busca incessante pela evolução planetária!
Texto de Caio de Omulú, 10/12/2007
- Fortaleza, Ceará
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Um comentário:
Olá amiga!
Muito bom esse artigo! É pena que as coisas sejam assim, não é mesmo?
Dirigentes deveriam ser melhor preparados nas questões das relações humanas, assim ficaria mais ampla a sua atuação.
Sem dizer que vaidade, orgulho, cobiça, etc, não combinam com quem se dispõe a viver como lider religioso.
Grande abraço e mais uma vez obrigada por seguir o Coisas da Alma,
Annapon
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