Embora concorde com a dualidade das condições mediúnicas não creio que caiba ao homem influenciar, impedir, ou mesmo, ensinar à Entidade como trabalhar.
Além de entender que a consciência e inconsciência não são valores absolutos, mas relativos, ou seja, mesmo que haja consciência ou inconsciência total, os médiuns, divididos pela qualidade da mediunidade que possuam, não estarão localizados apenas em um único ponto dessa situação, mas ao longo dos diversos pontos intermediários que determinariam uma maior ou menor consciência de cada um.
Entretanto, para os neófitos é quase sempre um transtorno a questão da consciência, porque não lhes dá a devida segurança de que as ações ocorridas no momento da manifestação do Guia, sejam do Guia ou dele próprio.
Querem explicações sobre o fato da consciência e, não raro, ficam insatisfeitos com o que lhes é explicado. Essa insatisfação ocorre em função da falta de convívio com essa nova situação.
Gosto de exemplificar esta questão da consciência com atos corriqueiros e materiais.
Imagine que estás no seu escritório absorto em seus pensamentos na intenção de resolver difícil questão! Neste momento passa algum colega e lhe pergunta as horas. Ato contínuo, sem levantar sequer o rosto, olha de soslaio para o relógio e lhe responde a hora que viu.
Mais tarde, já livre de suas ocupações em bate papo informal aquele colega lhe diz que lhe perguntou as horas e você não se lembra, nega inclusive que tenha lhe respondido. Mas o colega tem inclusive testemunhas do fato. Ele realmente ocorreu.
O que houve com esse jovem?
Amnésia?
Falta de atenção?
Não!
Apenas que ele, completamente absorto noutra questão não deu atenção específica ao fato, embora tenha tido até a reação de ver as horas e responder.
Em alguns casos, no inicio do desenvolvimento espiritual, essa pode ser uma boa explicação.
A falta de segurança na Entidade, na casa, em si próprio, acabam por levar o médium a prestar indevida atenção a tudo que o rodeia quando deveria estar concentrado e completamente envolvido com a coisa espiritual.
Com o tempo, adquirindo mais confiança na Entidade, no trabalho e mais envolvido com o desenvolvimento e trabalho espiritual, deixa de dar atenção ao entorno e dedicando-se mais a simbiose com a Entidade, não percebe tanto o que ocorre à sua volta, resultando nisso menor lembrança o que pode ser caracterizado como menor consciência.
Na verdade, como disse antes, isso que disse é mesmo apenas um exemplo. Sabemos que efetivamente existe as qualidades conscientes e inconscientes de cada mediunidade, mas, mesmo para as que mais tarde irão progredir ou sinalizar para a inconsciência ainda que não total, a tese da atenção ajuda ao médium mais novo relaxar e, conseqüentemente, aproximar-se mais da devida atenção que deve ter com o seu próprio desenvolvimento.
FONTE:geocities
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