sexta-feira, 17 de abril de 2009

COMO AS ENTIDADES SE MANIFESTAM

Identificaremos de modo geral os sinais exteriores, os fluidos atuantes e as tendências principais dos Orixás, Guias e Protetores, através de seus aparelhos mediúnicos.

Orixalá:
Essas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21:00 horas. Suas vibrações fluídicas começam fixando-se pela cabeça, por cima, e vai até os ombros com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax e certo nervosismo que se comunica de leve ao plexo solar (chakra). A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho, ora baixa ora semilevantada.

Ogum:
Têm a forma de Caboclos. Essas entidades vibram também com força sobre o corpo astral fixando seus fluídos pelas costas e cabeça, precipitam a respiração e tomam o controle físico, quando o alteram para um porte desempenado. Geralmente dão uma espécie de brado, na maioria das vezes entendido como Og-um, como invocação à Vibração que o ordena. Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em todas as suas atitudes demonstram vivacidade.

Oxossi:
Têm a forma de Caboclos. São suaves em suas apresentações ou incorporações. Jogam seus fluídos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das mesmas, dão um brado, as vezes com um dos joelhos apoiados no chão. As vibrações fluem pela cabeça até a posse total ou parcial do médium. Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos.

Xangô:
Têm também a forma de Caboclos e se entrosam no corpo astral de maneira semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico, suas vibrações atingem logo o consciente do aparelho, forçando-o do tórax à cabeça, em movimentos de maia rotação e pela insuflação das veias do pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco na respiração ofegante até normalizarem seu domínio físico. Dão uma espécie de som silvado da garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou um surdo trovejar. Não gostam de falar muito.

Yori:
Essas Entidades, altamente evoluídas, externam pela máquina física, maneiras e vozes infantis, mas de modo sereno, às vezes um pouco vivas.

Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam rapidamente o aparelho pelo mental.

Gostam, quando no Plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos.

Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas das provações que ainda temos de passar, se insistirmos nisso.

Suas preces cantadas falam muito em papai e mamãe do céu e em mantos sagrados. São melodias alegres umas vezes, tristes outras.

Yorimá:
Essas Entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia. São os Orixás Velhos da Lei de Umbanda – são donos do mistério da “Pemba” nos sinais riscados, da natureza e da alma humana.

Têm a forma de Pretos Velhos e se apresentam humildemente, falando um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do aparelho ou do consulente.

Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça..

Falam compassado e pensando bem no que dizem. Rarissimamente assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, o seu “braço direito”.

Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de “pegar bem” o aparelho. Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça e o ombro esquerdo, em paralelo com o arcar do tórax e das pernas.

Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de presença vêm como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação.

Os pontos cantados são mais tristonhos entre todos e revelam um ritmo compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.

Yemanjá:
Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços, joelhos. Balançam o corpo do aparelho suavemente, levando os braços em sentido horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação respiratória e, balançando a cabeça, tomam o controle do médium. Não dão gemidos lancinantes nem fazem corrupios com um copo d’água seguro pelas mãos no alto da cabeça como se estivessem em exibição circense.

Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando vibrações, porém serenos, sem encenações.

Suas preces cantadas ou “pontos têm ritmo triste, falam sempre no mar e em Orixás da dita Linha.

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