quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CONDUTA ESPÍRITA DO MÉDIUM

Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada
transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e
importantes como as de qualquer outra pessoa.

O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.

No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a
subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões,
tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando
lealdade ao próprio dever.

Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.

Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica,
evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as
explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim
de que não se prive do ensinamento.

A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.

Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível,
respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer
gestos violentos.

O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz
portador.

Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele
fenômeno.

A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do
Espírito.

Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.

Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.

Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com
o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da
inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades
doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.

Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.

Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja.

No rastro do orgulho, segue a ruína.

Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência
de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável.

O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

.

CONDUTA ESPÍRITA
André Luiz - Chico Xavier

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta é uma lição que deveria estar sendo postada em todas as comunidades de religião afro-brasileira, e por todos que discutem a religião.

Parabéns acertou em cheio novamente Aurea.

Axé minha irmã.