A Umbanda é simples!... mas não basta apenas boa intenção.
O Terreiro está à nossa volta, em todas as coisas que vemos e não vemos.
Entretanto, devido a nossa realidade humana e encarnada, vivendo no mundo da forma, existem Templos como referência para as coisas divinas. Estes, fisicamente, poderão ser grandes, pequenos, belos, "feios", como várias denominações. Não importa! O que importa é o conteúdo e, mais ainda, o conteúdo das pessoas que ali trabalham.
Grande parte do contingente dos militantes do Movimento Umbandista, especialmente os mais novos, trazem consigo muitas indagações, tais como: Por que estou aqui? O que estou fazendo aqui? Por que uso isto ou aquilo? Como estou fazendo? Qual é o meu papel aqui? Quem realmente está acontecendo?
Enfim, somam-se a estas outras questões sobre o seu posicionamento ou mesmo comprometimento com a corrente e a própria Umbanda. E, arriscaria em dizer que não é privilégio dos mais novos, pois no fundo mesmo, muitos veteranos carregam alguns pontinhos de dúvidas.
Entre a vontade e a determinação, entre a intenção e a ação e entre a possibilidade e a realidade, existem grandes distâncias e, por conseguinte, dizer o que todos deveriam realizar seria complicado, assim, recomendaria que num primeiro instante se pensasse sobre o assunto, no sentido de despertar as suas consciências para o assunto, realizando para si mesmo, as seguintes perguntas:
Compreendo a Umbanda?
Estou me esforçando em assimilar os conceitos essenciais da Umbanda?
O que vivencio é por vontade própria ou porque alguém me recomendou?
Estou cônscio de minha responsabilidade?
Sinto-me bem ou incomodado neste contexto?
Estou mais preocupado com a forma?
Estas e outras questões pululam em muitas cabeças, mas o certo é que nada acontece por ordem do acaso.
Tem solução? - Claro que sim!
Estas questões são simples. Elas podem ser respondidas pelos pensamentos, sentimentos e ações. Quando não conhecemos algo, temos dúvidas ou incertezas, o que normalmente fazemos? Procuramos entender sobre aquilo através da observação, da análise e da aquisição do conhecimento.
Logo, será prudente e realmente interessante pesquisar sobre o assunto, através da literatura existente, na observação de grupos que realizam trabalhos semelhantes, no esclarecimento junto aos que já saíram na frente, mas não caindo nas contradições daquele velho ditado do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço", para não ficar no deslumbre, distanciando-se da realidade que está à porta de todos.
Afinal, para os milhares de graus de entendimentos, com certeza haverá uma situação em que você estará mais afinado. Para se ter um exemplo, quando conhecidos me perguntam que caminho espiritual devem seguir, digo-lhes para respeitarem as suas próprias consciências, examinando o que puderem.
Normalmente acham o que procuram! E, observo para que não fiquem limitados à apenas a uma linha de pensamento pois se percebermos a Umbanda como sendo a Síntese, com uma visão universalista, temos de levar em consideração todo o conhecimento humano relativo à religião, filosofia, ciências e artes, as duas últimas arquetipais, respeitando princípios e valores, pois todos carregam nas suas verdades relativas, um pedacinho da Grande Verdade Absoluta.
Existe uma vasta literatura sobre a Umbanda, da mais simples a mais complexa. Estude-as!
Assim, você terá certeza sobre o ser ou estar inserido no contexto. Mas não se esqueça de que a determinação em realizá-lo é fundamental.
Não adianta comprar um livro e deixá-lo sob o travesseiro para entrar por osmose, tem de estudá-lo afim de compreender o que o autor está tentando transmitir.
Observo que muitos quando buscam uma literatura ou revista, estão mais preocupados em conhecer aquelas "fórmulas mágicas" do que os valores e princípios básicos.
Agora, duro mesmo é você estar em um lugar fazendo coisas que todo mundo faz, mas não tendo a mínima idéia da finalidade do que está sendo feito. Pergunte!
A responsabilidade sobre as decisões e ações não cabe à terceiros.
Somos responsáveis por nossos atos.
Dizer que mandaram fazer e você faz sem entender ou questionar, não é racional.
Eu não vi ninguém saltar de um prédio por que alguém disse que era para fazer.
Em decorrência disto, muitos ficam incomodados e insatisfeitos não se permitindo evoluírem.
Portanto, pratique uma fé racionalizada ou mesmo uma razão sentimentalizada, refletindo sobre os dogmas e paradigma, afinal, todos os seres encarnados os tem, pois sempre defenderão que
"a sua verdade é inquestionável".
Postado por Renato de Oxóssi
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