Uma das características da Umbanda que contribui fortemente para gerar polêmicas entre nossos irmãos de outros credos é a utilização que a Umbanda faz da Magia.
Todo ritual de Umbanda é um ritual de magia, desde as giras nas tendas, barracões e terreiros de Umbanda, até os rituais juntos a natureza (cachoeiras, mares e matas), sem contar os inúmeros despachos, cruzamentos ou benzimentos, ervas, velas, pontos cantados e riscados.
Não há como separar o aspecto magístico do religioso na Umbanda.
Mas o que é magia? Dependendo de que se acredita, magia pode ser conceituada de diversas formas e aqui procuraremos defini-la como sendo a instituição, através de práticas, ritos e palavras, que estuda e manipula energias sutis, imperceptíveis no meio físico, visando obter resultados perceptíveis, dando ao homem domínio sobre a natureza.
A Ignorância é a mãe de todos os males.
A ignorância a respeito da magia induz o homem a 3 possíveis erros:
- A incredulidade mediante a superficialidade de seus conhecimentos;
- O temor ante o desconhecido, que paraliza e dificulta sua ação;
- A superstição que é a ignorância manipulando o desconhecido, que por não entender a estrutura da magia pode distorcer a realidade e levar ao erro.
A mentalidade vaidosa e arrogante não se reconhece ignorante, ela emite seus julgamentos precipitados a acerca da magia tendo por base para sua avaliação os truques circenses que sabidamente são técnicas ilusionistas de entretenimento.
A mente vaidosa ignora os mecanismos ocultos da magia verdadeira e conclui que tudo não passa de truque ou sugestões feitos na tentativa de enganá-lo. Este modo é típico de mentalidades materialistas, que nega o mundo astral por não conceber nada que possa ser superior a sua arrogância.
Já a ignorância de pessoa portadoras de uma fé muito grande pode acarretar o oposto.
Por desconhecerem os fundamentos e os mecanismos da magia, entretanto conhecendo e aceitando seus efeitos passam a temê-las como algo maligno e ameaçador.
Estas pessoas podem atribuir um valor exagerado ao poder da magia e sua credulidade poderá torná-las vítimas de magos negros sem escrúpulos.
Rejeitar ou temer exageradamente a ação da magia são atitudes passivas da ignorância do arcabouço da magia, entretanto a superstição nasce das tentativas de fazer uso da magia sem ter as credenciais necessárias para tal intento.
É como a criança a brincar de médico, a brincadeira pode revelar uma vocação, mas de forma alguma estará ela, sem concluir seus estudos, apta a exercer a medicina.
Magia na Lei de Umbanda.
Muitos sistemas de magia pregam a total liberdade do homem em busca do domínio da Magia, alguns enunciam em sua lei: Faça o que quiseres, pois esta é a Lei.
Isto significa que não existem limites e que o homem estaria acima do bem e do mal e aquele que possuir o conhecimento necessário estaria liberado a usá-lo sem o menor pudor e ética.
Na Lei de Umbanda, não é assim que ocorre. Existem as Leis Maiores, estabelecidas por Deus.
O Criador é infinitamente maior que a criatura. Temos sim a Lei de Livre-Arbítrio, somos livres para fazer o que quisermos, mas por outro lado é necessário responsabilidade por nossos atos.
Nosso livre arbítrio é ajuizado pela Lei do Carma, ou ação e reação e tudo que fizermos ao próximo receberemos a reação. "Fazei aos outros o que desejais que vos façam".
Esta é a nossa Lei, sendo assim sistema mágico de Umbanda é basicamente um culto religioso de "Magia Branca", entendendo Magia Branca como uma modalidade de magia atrelada à ética, ou melhor, de magia subordinada à caridade.
LUZ DA UMBANDA
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