sábado, 28 de junho de 2008

MACUMBA

“Após o evento da libertação dos escravos,uma boa parte dos chamados cultos de Nação passaram a tomar um caráter mais externo,propiciando rápidas fusões e almagamações com outros ritos,como o Cabula,o Catimbó a Pajelança,começando a proliferação de terreiros,roças,mesas,etc...por esse Brasil a fora.

Esta fusão trouxe para os Catimbós e demais cultos alguns instrumentos ritualísticos dentre os quais uma espécie de tambor denominado MACUMBA que eram tocados nos festejos do santo(Orixá).
O Macumbeiro era seu tocador.

Estes cultos se expandiram rapidamente principalmente no Rio de Janeiro,e como por via de regra esses tambores eram tocados,começaram a ser chamados de MACUMBAS.

Neles baixavam e baixam uma gama de espíritos vingativos e irritadiços e que na verdade são os Mestres de Linha,os Tatás,etc.

Outras vezes apresentam-se como Baianos,Marinheiros,Boiadeiros,Zes-Pilintras,Marias Padilhas e outros.

Os dirigentes e auxiliares desses rituais,onde campeia a Magia Negra,trabalham com tais espiritos que estão na mesma faixa vibratória,na maior parte das vezes.

Geralmente fazem trabalhos de bruxedo e feitiçaria de forma empírica,desconhecendo seus fundamentos,mas conhecendo os seus efeitos maléficos.

Com sua magia perversa exerceram e exercem sua influencia maléfica nos quatros cantos do País.

Centenas,milhares de pessoas de todas as classes sociais recorrem aos seus sortilégios.

A política e o meio artístico foram e continuam a ser dos seus melhores e mais assíduos clientes,onde procuram resolver seus problemas de amor,ódio e interesses escusos.

Nos trabalhos da Macumba ainda é possivel notar algums resquícios do Cabula como o uso do vinho e da palmatória.

Em alguns locais,após a desincorporação,o Espírito que comanda o trabalho manda queimar pólvora nas mãos dos médiuns,que,segundo eles,torna-se incombustível se o Espírito toma posse total do médium.

Segundo W.W. da Mata e Silva o termo MACUMBA generalizou-se,passando a designar ritos fetichistas,”baixo espiritismo”,isto é,tomou um sentido pejorativo,pois a concepção popular o tem para indicar mesmo sessões de Terreiro onde as práticas afro-indigenas são as mais inferiores.

O termo MACUMBEIRO também ganhou um novo sentido:
aponta-se como macumbeiro toda pessoa que é assídua freqüentadora de “macumbas”,isto é,que gosta de praticas de Terreiros de baixa categoria.

Muitos desses Terreiros se abrigam na atualidade sob o nome de Umbanda.

É o primeiro passo para o início do saneamento desses cultos degenerados que com certeza no futuro engrossarão as fileiras do Movimento Umbandista.

Não nos cabe criticar nenhum deles,todos seus adeptos são nossos irmãos.

Como diz o Caboclo das 7 Espadas:
“Caso não possa ajuda-los,não os critique,faça silêncio e peça ao Alto para que Oxalá os abençoe sempre e que eles possam evoluir o mais rápido possível para o beneficio de nossa Grande Família.”

Texto extraido do livro:
“Umbanda um Ensaio de Ecletismo”

Nenhum comentário: