Muitas pessoas necessitam, ainda, de algo que funcione como muletas psicológicas, a fim de desenvolverem seu potencial. Mas na Umbanda o que acontece é bem diferente, o altar ou “Congá”, os objetos de culto e todo o simbolismo são utilizados visando compor o que as entidades chamam de “bateria magnética”, uma espécie de bateria psíquica que concentra as energias para as tarefas a serem realizadas.
A Umbanda, como já vimos, lida com fluidos, às vezes, muito pesados, com magnetismo elementar e uma grande quantidade de pessoas que vem em busca de recursos e devido à falta de informação não conseguem compreender seu verdadeiro objetivo.
O “Congá” é uma verdadeira concentração de energia, pois todos concentram nele seus pensamentos, suas orações, suas criações mentais mais sutis. Então quando os mentores espirituais precisam de uma cota de energia maior para a realização de determinadas atividades, recorrem a esse “depósito de energia”, mas o gongá é também um imenso reservatório de ectoplasma, força nervosa grandemente utilizada devido à natureza dos trabalhos.
Os cânticos ou “pontos cantados” também têm um profundo significado dentro dos rituais da Umbanda, usados não só para a invocação dos “guias”, ou mentores espirituais, e para a identificação dos mesmos quando estes se manifestam, servem também como condensadores de energia, é uma espécie de mantra, palavras consagradas por seu alto potencial de captação energética, e de acordo com o ponto cantado, uma imensa quantidade de energia vai se formando e se aglutinando na psicosfera ambiente, energia esta, que depois é absorvida pela aura dos que ali se encontram, além de se agregarem em torno do gongá.
Seguindo o mesmo processo, também temos os chamados “banhos de descarrego”, tão receitados pelas entidades, sabemos bem do poder das ervas e de seu magnetismo, que quando utilizados adequadamente podem operar verdadeiros prodígios, gerando equilíbrio e harmonia. As plantas guardam, em seu estado de evolução, muita energia e vitalidade, os raios que são absorvidos do sol no processo da fotossíntese, formam uma aura particular em cada família do reino vegetal, que se associa ao próprio quimismo da planta, que quando são colocadas em infusão transmitem à água todo o seu potencial energético, curador e reconstituinte. Quando o adepto toma o banho com a mistura de determinadas ervas, todo o magnetismo que ali está associado provoca em alguns casos, um choque energético ou uma reconstituição das camadas mais externas de sua aura. Na verdade, isso não tem nada a ver com o misticismo, é puramente científico. Sob a influencia abençoada das ervas, muitos benefícios tem sido alcançados por inúmeras pessoas. Na atualidade, muitos cientistas deram sua contribuição com a descoberta dos florais, que obedecem ao mesmo princípio terapêutico dos chás e banhos de ervas.
Nas defumações, empregadas na Umbanda, o princípio é o mesmo, mas em lugar de empregar as ervas em infusão, elas são queimadas, e na queima, suas propriedades terapêuticas são transmitidas e utilizadas de forma energicamente pura, ou seja, o fogo, a combustão, transforma a matéria em energia, isto é a lei da física, e quando determinada erva é queimada, sua parte fluídica ou etérea se concentra aliando-se ao seu potencial próprio, o potencial da parte física que se transforma em energia no momento da combustão, o produto obtido aí, aliado ao fluido energético dos espíritos que sabem manipular tais recursos, são de eficácia comprovada em casos de parasitismos, simbioses e larvas astrais, que são literalmente arrancados de seus hospedeiros encarnados. Neste caso, também não se trata de misticismo, mas de puro conhecimento de certas propriedades dos elementos vegetais, animais e minerais a serviço do bem.
Podemos observar que todas essas energias são utilizadas para desestruturar as criações mentais inferiores que se encontram nas auras dos adeptos. Mas para muitos, tudo isso significa apenas uma forma de adorar ou de se prestar culto às forças da natureza, ou um elo de ligação e união com os guias e mentores espirituais, e é por isso que os umbandistas têm a necessidade de cada vez mais se esclarecer sobre as questões de sua religião para compreenderem as leis que regem as atividades da espiritualidade e para não continuarem na ignorância do que ocorre transformando tudo em misticismo.
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DE JOELHOS SIM!
Dentro das varias ritualisticas que se desenvolvem nos Terreiros de Umbanda,é comum vermos principalmente no inicio e termino dos trabalhos espirituais o corpo mediunico com os joelhos no chão.
Alguns veem esta postura como arcaica e sem sentido,porem nunca se deram ao trabalho de analisarem tal comportamento.
É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre ja inseriram a genuflexão em seus rituais,exteriorização de respeito junto ao Criador e tambem manifestação de humildade que todos devem ter,seja para com o Divino,seja para com o próximo. Da mesma forma,o ato de postar-se de joelhos fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade,a seriedade,o respeito e a simplicidade do sacerdote e dos médiuns,frente ao plano superior.
A implantação do ajoelhar-se tem como finalidade mostrar a Deus todo nosso carinho,obediencia,respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele,e para passar a assistencia de trabalho dos bons espiritos.
Infelizmente,é do conhecimento de todos que,ao lado de criaturas humildes,simples,meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda,existem outras tantas orgulhosas,vaidosas,!auto-suficientes!,que procuram a todo custo imporem-se aos demais,maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes alheias.
Ostentam, falsas conquistas,querendo submeter todos os seus caprichos.Contudo,nada mais doloroso e incomodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviencia,de aparente inferioridade.
Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração.
Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito e para seu próprio bem,para sua propria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual,pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba.
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Um comentário:
Hmmm....
Confesso que não gostei nem um pouco do termo "muletas psicológicas"... Eu prefiro usar a expressão "ponto focal". E explico a diferença:
As energias magísticas não pertencem a este "plano de existência" e só atuam nele de forma indireta. Se queremos ser "científicos", digamos que elas atuam em planos de existência "ortogonais" (também chamados na matemática de "imaginários"). Inclusive o emprego da expressão "magnetismo" eu considero particularmente enganosa: o magnetismo (o campo magnético da interação eletromagnética) é uma atração de opostos. Já no caso em que se emprega livremente o termo "magnetismo" em sua acepção esotérica, o fenômeno é mais parecido com a interação gravitacional, onde há atração de semelhantes.
Isto posto, nossa mente realmente precisa de um "alvo" material para direcionar seu "propósito", seu "intento". O termo "apofenia" ainda não está incluído no vocabulário brasileiro, mas já é empregado pelos neurocientistas. Significa a tendência que nossa mente tem de "identificar" formas conhecidas onde elas não existem de verdade. Daí toda a "aparência humana" que as forças da Natureza assumem nos processos magísticos.
Não deixa de ser uma "muleta psicológica", só que é muito mais do que isso...
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