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sexta-feira, 13 de junho de 2008

NECESSIDADE DO S MÉDIUNS

"O que, porém, vos digo, digo a todos: Vigiai".
Marcos, 13:37

O medianeiro tem muitas necessidades e, dentre elas, destacamos a de policiar seus pensamentos, palavras e atos, para que eles não sirvam de escândalos.
Todo esforço que se faz para a harmonia da vida, é mais vida que desfrutamos na essência de Deus.
Um médium diligente cria na sua mente como que uma peneira espiritual, por onde filtra o raciocínio e os sentimentos, para que, a essa altura, a boca já fique resguardada, tanto quanto a vista e os ouvidos.
Jesus recomenda a oração, mas não Se esqueceu de nos mostrar as necessidades da vigilância.
Qual médium que pode se sentir seguro da doutrina que ajuda a difundir, se não passou por sérios problemas, se não conheceu as dificuldades da vida, se não luta por sua auto-educação?
Todos nós temos que passar pela peneira, que representa todos os contrários, e pelo balanço das mãos que nos perseguem e caluniam.
No impacto das nossas deficiências com a luz do amor e da caridade, é que somos escolhidos como apóstolos do Mestre.
Vigiar é dever de todos, em quaisquer trabalhos; porém, é arte difícil.
Se vigiamos em demasia, a imperceptível desconfiança chega, sem que a percebamos, e passamos a sofrer as conseqüências dos tormentos das indecisões.
Médium! Não penses, já que o Evangelho apresenta em toda a sua urdidura uma simplicidade incomparável, que ele é fácil de ser entendido.
Pelo contrário, é um monumento literário de engenhosa estrutura.
A sua singeleza proporciona facilidade de decorar; no entanto, memorizar não é conhecer a essência das idéias.
É repetir textos que vêm à mente, sem participação da inteligência.
Mesmo assim, não queremos julgar quem quer que seja; apenas usamos o assunto para trabalhar no ideal da vigilância, que não deve passar a ser imprudência.

... Educação dos médiuns...
Quando usarem a palavra, mesmo que escapulam alguns pensamentos que possam servir de ofensa a quem os ouve, devem levar em conta a necessidade de peneirarem
as emoções, para que as idéias não se transformem em sons audíveis aos que os observam, magoando-os, por invigilância, quando o intuito primeiro seria o de exemplificar o amor.
Se o primeiro chamado de Jesus é para a oração, o sensitivo de bom senso deve ser obstinado na prece, sem que ela fanatize os seus valores.
Deve estender sua súplica dentro de regras que a sabedoria computa; fugir do abuso e de repetições sem proveito; entregar sua mente à oração, com a consciência sublimada no amor.
Compreender como esgotar as energias gastas do seu mundo, como abrir as comportas para o Suprimento Maior, assimilando fluidos imponderáveis e transformando-os em vida, para si e para a humanidade.
Muitos oram, porém poucos sabem como fazê-lo.

Texto retirado do Livro Médiuns de João Nunes Maia pelo Espírito de Miramez
Editora Espírita Cristã Fonte Viva