É possível falar-nos sobre a magia das cantigas e sonoridades dos caboclos da umbanda, descendente do magismo tribal mais antigo do planeta?
RAMATÍS: Os homens afoitos e zelosos das purezas doutrinárias criticam os caboclos da umbanda quando assoviam,cantam, assopram e chilream como pássaros, baforando o charuto.
A estreiteza de opinião oriunda do desconhecimento, aliado ao preconceito, favorece as “superioridades” doutrinárias e as interpretações sectárias.
Os fundamentos dos mantras e seus efeitos curativos (vocalização de palavras mágicas) fazem parte dos ritmos cósmicos desde os primórdios de vossa civilização. Os vocábulos pronunciados, acompanhados do sopro e das baforadas, movimentam partículas e moléculas do éter circundante do consulente, impactam os corpos astral e etérico, expandindo a aura e realizando a desagregação de fluidos densos, miasmas, placas, vibriões e outras negatividades.
Assim como as muralhas de Jericó tombaram ao som das trombetas de Josué, os cânticos, tambores e chocalhos dos caboclos desintegram poderosos campos de força magnetizados no Astral, bem como o som do diapasão faz evaporar a água.
Os infra e oultra-sons do Logos, o Verbo sagrado, deram origem ao Universos e compõem a tríade divina: som, luz e movimento.
Como o macrocosmo está no microcosmo, e vice-versa, se proncunciardes determinadas palavras contra um objeto ou ponto focal no Espaço, mentalizando a ação que esse som simboliza, será potencializada a intenção pelo mediunismo do caboclo manifestado no médium, e energias correspondentes serão movimentadas. Ao mesmo tempo, cada chacra é uma antena viva dessas vibrações que repercutirão nas glândulas e nos órgãos fisiológicos,alterando os núcleos mórbidos que causam as doenças, advindo as”notáveis” curas praticadas na umbanda.
É comum religiosos e exímios expositores de outras doutrinas acorrerem a ela,
sorrateiramente, às escondidas, com os filhos ou eles mesmos adoentados, ditos incuráveis pela medicina materialista, tendo sua saúde reinstalada, para depois nunca mais adentrarem um terreiro. A todos o manto da caridade dá alento, sem distinguir a fé fragmentada de cada um.
Ramatís por Noberto Peixoto
Retirado do Livro: A Missão da Umbanda
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