domingo, 20 de setembro de 2009

LIVRE ARBÍTIRO,ESFORÇO E INJUÇÕES DIFÍCEIS

Prezados irmãos:

É bem verdade que todos nós somos, em diversas circunstâncias da existência – e assim, até certo ponto, podemos nos considerar – joguetes de forças que não podemos controlar. Entretanto, apesar de submetidos a estas ingentes forças, a estes vetores de indução do comportamento, a estes fatores patogênicos, não podemos jamais nos eximir da responsabilidade ante toda conduta por que enveredemos.

Gostaríamos de, a respeito disto, minudenciar algumas questões. Primeiro: importante considerar que fatores genéticos, embora importantes, jamais são determinantes. Indicam tendências hormonais, bioquímicas, neurofisiológicas; jamais obrigações de conduta. Segundo: elementos sociais – poderíamos chamar sociopáticos – igualmente, seja no nível mais amplo da sociedade, seja na esfera diminuta do lar, impingem, sobre o indivíduo, uma série de distorções na formação da personalidade e do caráter. Sobrepairando, todavia, também este elemento indutor da conduta, impera o atributo fundamental, característico indissociável da condição humana, do livre arbítrio. A par disto, é sabido que, amiúde, a margem de manobra do livre arbítrio é extremamente estreita, dado tanto o calor dos elementos bioquímicos do corpo, bem como do magnetismo cultural do contexto social em que o indivíduo está inserido. Entrementes, a Divina Providência jamais exige de ninguém aquilo que não possa fazer.

Portanto, quando nos virmos, aqui ou ali, nesta ou naquela conjuntura da vida, sujeitos a forças que nos inclinam a agir mal, ponderemos. Será que de fato estamos nos dobrando à tentação do desculpismo, assim racionalizando as nossas viciações emocionais, conceituais e, por conseqüência, comportamentais? Ou chegou o momento de agirmos mais efetivamente, de nos esforçarmos no sentido de desenvolver as nossas aptidões latentes ou embrionárias, e, desse modo, acelerarmos nosso processo evolutivo em boa hora? Alguém dirá que a distinção entre uma e outra situação é extremamente sutil, inacessível ao juízo de valor vulgar. Discordamos desta conclusão, entretanto, já que, como falamos há pouco, o Criador não esperaria de ninguém aquilo que não fosse possível ser realizado.

Destarte, auscultando a voz da própria intuição, ouvindo o fundo do próprio coração, dando atenção aos alvitres da consciência, qualquer pessoa, em qualquer quadro situacional, sabe se está se desviando da reta senda apontada por Deus para si, ou se está se mantendo na trilha do bem, da verdade, da sabedoria e do amor.

Que cada um, assim sendo, faça uma avaliação judiciosa de si mesmo, a fim de que possa, por conseguinte, chegar a ilações apropriadas, a respeito do que deve ser foco de esforço ou, tão-somente, de auto-indulgência.

(*) (Mensagem recebida pela psicofonia – método de comunicação mediúnica conhecido vulgarmente por “incorporação” -, pelo médium Benjamin Teixeira, em 15 de março de 2005, em reunião mediúnica fechada, na sede do Projeto Salto Quântico. A esmagadora maioria das demais mensagens neste site foi recebida por meio da psicografia ou “escrita mediúnica”)

Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

sábado, 19 de setembro de 2009

ENCOSTO ESPIRITUAL

Um ente espiritual ou energético(forma - pensamento) que se aproxima da “vítima” por algum interesse que pode ser momentâneo ou até duradouro, o que vai depender do fato do “encostado” continuar a fornecer-lhe, ou não, o ou os elementos que atraíram esse ente.
Pode ter se agregado à vida do encarnado por puro acaso, por atração do próprio em função de ter a Aura irradiando a energia necessária ao ente, podendo, o primeiro contato, ter se dado até mesmo em algum lugar freqüentado (casa de parentes, amigos, bares, boates, etc.) ou na passagem pela porta de um desses lugares que “expulsam diabos” mas não os encaminham,deixando-os soltos para se apegarem ao mais próximo descuidado.

Chamamos assim, de ENCOSTO, porque esses entes não costumam CRIAR RAÍZES ENERGÉTICAS profundas, a não ser,como já disse, se encontrarem facilidades crescentes no fornecimentodo que esperam absorver.

Há também o “Encosto Familiar”. Neste caso, um ser familiare desencarnado encosta-se em alguém, ou por maldade ou mesmo achando poder ajudar, ainda que não saiba como, acabando por atrapalhar ainda mais.
Esse tipo de Encosto costuma acontecer muito quando os entes encarnados, por sofrerem demais com a “perda”,acabam atraindo a atenção e a presença do desencarnado ainda não encaminhado.

E há também aqueles entes familiares que, ou por não entenderem já terem desencarnado, ou acharem que devem, por si próprios permanecem agarrados ao seio familiar.
A positividade ou negatividade deste tipo de Encosto ficará por conta do grau evolutivo do desencarnado e a compreensão de seu estado pós desencarne, já que “os sofredores materiais” estarão sempre de “guarda aberta” para que a atuação se dê.

Se o ente familiar encostado for daquele tipo dominador,tenderá a exercer seu domínio sobre o encarnado mais frágil,mediunicamente, ou o que mais elos energéticos de simpatia ou medo teve com ele quando em vida - esta situação poderá evoluir para um tipo de obsessão.

Neste caso específico, já que estamos aprofundando os estudos,há também a possibilidade do encarnado atrair, não o ESPÍRITO familiar e sim seu Cascão Astral caso o desencarnado já se tenha desvencilhado dele, pelo fato de já ter migrado dos Planos Astrais para Planos Superiores cujas especificações não nos cabe ainda aqui.

Este acaba virando “um caso sério”, já que esses Cascões, por não possuírem raciocínio (serem como zumbis), apenas absorvem energias exaladas pelos encarnados, energias estas que são estimuladas através de RECORDAÇÕES que causem tristezas e “dores íntimas” (e consequentes depressões em diversos níveis) por fatos ou pela
pessoa que se foi, transformando-se, instintivamente, em verdadeirosvampiros astrais
. Neste nível já acontece a obsessão - ato irracional,compulsão.

Ainda sob a classificação de ENCOSTOS, podemos enquadrar a atuação de entidades espirituais e/ou elementais que, de certa forma,são enviadas para uma determinada tarefa, quase sempre nefanda -destruição de uma forma geral, seja lá em que aspecto da vida.

Mas estes não seriam obsessores? Perguntariam alguns!

Podem até se transformar em, mas inicialmente atuam como Encostos e já neste nível conseguem, pela fúria e estimulados por “presentes”, provocar desequilíbrios na vida do “sujeito alvo”.

Não são obsessores em sua essência porque:
1- Não possuem vínculos energéticos anteriores, atuais, ou de vidas anteriores com o “sujeito alvo”;

2- Tendem a executar suas tarefas o mais rápido que podem e se afastarem, retornando ao mandante em busca de mais “presentes” e talvez mais “tarefas”, tal qual fazem os cães que atacam as vítimas ao comando de seus donos ;

3- São mais facilmente detectáveis e até “mais facilmente afastáveis” pelo fato de agirem mais violentamente, logo acusando sua(s) presença(s) e normalmente em função doque vão ganhar.

Sabendo disto, muitos grupamentos espirituais os tratam através de trocas - oferecem o que ganharam e talvez mais alguma coisa, para que deixem a vida do encarnado e até mesmo se voltem contra quem os enviou, não sendo este o procedimento natural(é preciso que fique bem claro)de um real terreiro de Umbanda por "N" motivos que podem ser especificados em outra oportunidade.

fonte:livro Umbanda Sem Medo

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

NATUREZA ANCESTRAL X UMBANDA X OPÇÃO SEXUAL

Vamos tratar de assuntos de grande importância para o nosso estudo a cerca da espiritualidade e formação religiosa de Umbanda, que é a natureza ancestral do ser, masculina ou feminina e a opção sexual de cada um.

Sim, falar sobre natureza e opção sexual já não é mais um tabu, algo que não possa ser discutido entre nós, precisamos sim esclarecer algumas questões, que são debatidas e convividas todos os dias.

Não cabe mais nos dias de hoje um preconceito quanto a opção sexual de cada um. Os mentores de Umbanda conhecem a fundo as questões da natureza sexual e instintos naturais do ser humano, desconhecidos no meio dos cultos "dogmáticos - intolerantes", ignorantes da genealogia espiritual e da psicologia humana, que estuda mais a fundo o comportamento do homem e suas causas no mundo material.

Ouviremos ainda os inquisidores de ontem, hoje reencarnados, dizerem que isso, a liberdade de opção sexual, é coisa do "tinhoso", "do demo", "do capeta", esquecendo que luz e trevas estão em nossa mente e na maneira como lidamos com nosso semelhante, com Amor ou Desamor.

Ao que sabemos Jesus não condenava as pessoas, indo inclusive contra a lei segundo o velho testamento, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra", mas, antes os compreendia e auxiliava.

O que não pode haver é uma marginalizarão religiosa que pode até vir a alimentar um futuro desequilíbrio.

Opção sexual não é crime, o que tem de ser evitado é o vicio no sétimo sentido da vida, um dos mais sublimes pelo qual o criador nos deu o dôm de gerar, vida e energias. E Ter este sentido viciado nada têm a ver com a opção, portanto independente dela, deve haver respeito da comunidade para com o indivíduo e do indivíduo para com a comunidade, sempre levando em conta o bom senso e a moral de cada um.

Falamos assim porque nosso intuito é esclarecer a comunidade sem abrir brechas para comportamentos desrespeitosos. Existem hoje muitas denuncias de comportamento que chega ao absurdo do atentado ao pudor e este sim deve ser tratado com o rigor da lei e sempre denunciado, pois, nada tem a ver com religião. O que já não implica em opção sexual ou natureza espiritual, acontece todos os dias e os oportunistas de plantão se servem de nossa religião e de nossas falhas em apresentá-la à sociedade para cometerem crimes em nossos nomes, aqui voltamos aquele nosso chavão : ISTO NÃO É UMBANDA!


Quanto à natureza do ser, não há nada pior que usar o Orixá ou o guia como bode expiatório para justificar seu comportamento. Por exemplo Logunedé, filho de Oxossi com Oxum é visto por nós na Umbanda como um intermediário entre estes dois orixás, portanto fruto deste "entrecruzamento", o que podemos chamar de um Oxossi do Amor, natureza vegetal masculina voltada ao campo do Amor. Oxumaré fazendo par com Oxum, na Segunda linha de Umbanda, é o renovador no campo amoroso, amparando aqueles que têm frustrações neste sentido, trazendo mais cores e alegria a suas vidas. Ambos são Orixás masculinos todos os meses do ano. E mesmo que não fosse nada tem a ver com o comportamento do médium, assim como uma mulher não se torna masculinizada por incorporar um guia ou Orixá masculino o homem também não se torna afeminado por incorporar guia ou Orixá feminino. O que existe é um preconceito social e desconforto individual do médium incorporante, que também não deve ser exposto em uma situação que o exponha, guias vêm para trabalhar e não para chamar a tenção, pois, assistência não é platéia. Homens podem Ter como Orixá de frente uma Mãe Orixá e mulheres podem Ter um Pai Orixá de frente que em nada desequilibra seu comportamento, nem influencia em suas opções.

O estudo correto está no campo da natureza masculina e feminina que carregamos e claro de alguns desvios em outros casos.

Quando somos gerados por Deus e enviados para o plano fatoral, recebemos uma natureza ancestral masculina ou feminina, doada por nosso Orixá Ancestral Dominante que junto ao ancestral Recessivo formam o casal ancestral.

Confira esta mesma afirmação, sobre nossa natureza masculina ou feminina, nas obras de Chico Xavier por André Luiz:

No livro "Evolução em dois Mundos" - Pg.141 - Origem do Instinto Sexual:

- Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca (intocável), a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios.

A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veiculo físico (corpo físico), mas sim na entidade espiritual (espírito), em sua estrutura complexa.

No livro "No mundo maior", Pg.156 e 157:

A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização.

Na esfera da crosta terrestre, distinguem-se homens e mulheres segundo sinais orgânicos, específicos.Entre nós prepondera ainda o jogo das recordações da existência terrena, em trânsito, como nos achamos, para as regiões mais altas; nestas sabemos, porém, que feminilidade e masculinidade constituem característicos das almas acentuadamente passivas ou francamente ativas.

Recorro a estas afirmações pela incontestável veracidade das comunicações do saudoso irmão Chico Xavier que dispensam qualquer comentário, as palavras são muito claras em afirmar da natureza do espirito, podendo reencarnar em corpo "trocado" ou não afim com esta natureza ancestral.

Desta forma entendemos que um ser é naturalmente masculino ou feminino.

Vale ressaltar que um ser masculino na maioria da vezes terá encarnações masculinas o mesmo vale para o ser feminino.

Confira no livro "Ação e Reação" " Chico Xavier " André Luiz, Pg.209:

Contudo, em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto intimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação a mulher criminosa que, depois de arrastar o homem a devassidão e a delinqüência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o senhor. Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale a renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual.

Mais uma elucidação sobre as encarnações. Muito bem, fica claro então e em ocasiões de extrema importância é que o espírito encarna em corpo diferente de sua natureza e neste caso o espírito se prepara por muito tempo para esta missão, onde ele viverá em corpo diferente de sua natureza. Por expiação, portanto dolorosa, ou por missão, em alto grau evolutivo e abnegada. O que explica alguns casos que a psicologia e a sociologia vem estudando como comportamento humano e que para a maioria de nós se resume em "opções", que nem sempre são escolhas mas apenas o cumprimento de uma natureza "lotada" na matéria.

Não cabe a nós ditar normas, apenas respeitar e esperar o mesmo respeito em âmbito social e mais especificamente no religioso.

No campo das energias, a mulher tem um tipo de energia e o homem outro tipo, é naturalmente necessário à troca energética, para equilíbrio. Por isso as relações vão além do procriar, cumprem um papel no equilibrar e isto está ligado á natureza e ao corpo que carregamos. O importante é o sentimento de carinho e amor, para que a energia flua. Por isso não se deve se relacionar só por necessidades fisiológicas.

Espero que eu tenha contribuído um pouco para o entendimento espiritual desta questão que tanto nos importa a todos.

Aqui está um resumo do resumo da palestra sobre o assunto que tenho ministrado.

Peço aos pais e mães que observem desde a infância, a natureza e os valores espirituais, sempre os aplicando com ética, bom senso e principalmente Amor.

Estudemos irmãos, para não cairmos nas trevas da ignorância.

fonte:Jornal de Umbanda Sagrada
autor:Todrigo Queiroz

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O GUIA

Nos momentos cruciais da vida, quando precisamos fazer escolhas realmente importantes, curiosamente percebemos que todo o conhecimento intelectual que acumulamos não nos serve para nada.

Na maior parte das vezes, insistimos em sair destes impasses utilizando velhas fórmulas que foram úteis para outras pessoas, mas que nem sempre se adaptam à nossa individualidade.

Enquanto prosseguirmos confiando mais nas soluções alheias que em nosso próprio interior, dificilmente conseguiremos despertar a sabedoria necessária para sairmos inteiros de uma tempestade existencial.

O primeiro passo é equilibrar as emoções. Para isto, sim, podemos recorrer às inúmeras terapias que temos hoje à disposição. Mas apenas isto não será suficiente. O próximo passo é fortalecer a confiança em nosso próprio guia, pois somente ele será capaz de nos apontar, a cada momento, qual o caminho mais acertado. Confiança é a palavra chave, pois sem ela continuaremos duvidando do que nos aponta a intuição, o único e verdadeiro mestre que devemos seguir.

Sua cabeça, sua mente, tem sido dirigida de muitas maneiras, por muitas pessoas. Não houve nenhuma má intenção. Seus pais amaram você, seus professores amaram você, sua sociedade quis que você fosse alguém. Suas intenções foram boas, mas seu entendimento era pequeno. Eles esqueceram que você não pode conseguir fazer a margarida se tornar uma rosa, ou vice-versa.

Tudo o que você pode fazer é ajudar as rosas a crescerem maiores, mais coloridas, mais perfumadas. Você pode dar todas as químicas necessárias para transformar a cor e o perfume - o adubo que é necessário, o solo certo, a irrigação certa na hora certa - mas você não pode fazer a roseira produzir lótus.

E, se você começar dando a idéia para a roseira, Vocês têm que se tornar flores de lótus - e é claro que as flores de lótus são belas e grandes - você está dando um condicionamento errado que ajudará somente para que esta roseira nunca esteja pronta para produzir flores de lótus; e ela não produzirá nem mesmo rosas, porque, de onde ela obterá a energia para produzir rosas? E quando não houver nem lótus, nem rosas, é claro que esta pobre roseira se sentirá completamente vazia, frustrada, estéril, sem valor.

E isto é o que está acontecendo para os seres humanos. Com todas as boas intenções, as pessoas estão controlando sua mente. Em uma sociedade melhor, com mais entendimento das pessoas, ninguém mudará você. Todo mundo ajudará você a ser você mesmo - e ser você mesmo é a coisa mais valiosa do mundo. Ser você mesmo lhe dará tudo o que você necessita para sentir-se pleno, tudo o que pode fazer sua vida significante. Apenas sendo você mesmo e crescendo de acordo com sua natureza, trará a realização do seu destino.

Então, o desejo não é mau, mas tem se movido na direção dos objetos errados. E você tem de estar ciente para não ser manipulado por ninguém. De qualquer maneira, as intenções deles são boas. Você tem que salvar a si mesmo de muitas pessoas bem intencionadas, os bem-feitores, que estão constantemente aconselhando você para ser isto, ser aquilo. Ouça-os, agradeça-lhes, eles não têm intenção de lhe causar algum dano, mas dano é o que acontece. Apenas ouça seu próprio coração - é o seu único professor.

Na jornada real da vida, sua própria intuição é a sua única professora... Intuição é dada por sua própria natureza… Você tem seu guia dentro de você.

Com apenas uma pequena coragem, você nunca sentirá que você é inadequado. Você pode não se tornar o presidente do país, você pode não se tornar um primeiro ministro, você pode não se tornar Henry Ford, mas não há necessidade. Você pode tornar-se um belo cantor, você pode tornar-se um belo pintor. E não importa o que você faça...

O que importa é aquilo que você está desfrutando do que está fazendo, que você está colocando todas as suas energias dentro daquilo, que você não quer ser ninguém mais; que isto é o que você quer ser. Que você concorde com a natureza que a parte dada a você para atuar neste drama é a parte certa, e você não está pronto para mudá-lo mesmo como um presidente ou um imperador.

Esta é a riqueza real. Este é o poder real.

Se todo mundo crescer para ser ele mesmo, você encontrará toda a terra preenchida com pessoas poderosas, de tremenda força, inteligência, compreensão e realização,
uma alegria que eles tem ao vir para casa.

OSHO - The Transmission of the Lamp

domingo, 13 de setembro de 2009

É ASSIM QUE QUEREMOS NOSSA UMBANDA?

Pai Ambrósio

Resolvo os problemas amorosos e profissionais, até viadagem.
Encontro cão perdido, tiro unha encravada e até fimose.
Jogo cartas, bingo e bilhar.

Quantos panfletos colados nos postes, nos muros de nossa cidade temos quase igual a este?
Chegam a ser absurdos, não é mesmo?
Como é que eles têm tanto poder assim?
A tela búdica deles consegue ser bem apurada! E observem que trabalham em favor de muita grana, não é mesmo?

Caros amigos, não venham à Umbanda com essa finalidade de que aqui vocês, com certeza, vão encontrar a solução para os seus problemas. Sabemos que temos que passar por algumas situações para que tenhamos crescimento espiritual, e se formos merecedores, se caminharmos corretamente, Oxalá nos amenizará dos sofrimentos e quiçá, nos perdoará e sairemos muito rápido dos nossos sofrimentos.

Estamos sempre lembrando que alguns consulentes e médiuns que vêm à Umbanda para pedir que sua situação melhore, para comprar um apartamento, um carro etc. não conseguirão nada,se vierem em busca de milagres e não tiverem a capacidade de esperar a sua vez acontecer ou talvez não acontecer, como dizemos sempre, depende de cada um, “se não tiver merecimento, nenhuma graça alcançará”.

A nossa Umbanda é linda para ser exposta dessa maneira.

Ela é milenar, é de outras esferas astrais inteligentíssimas. Não pode perder tempo com “picuinhas” – como diz o nosso Cigano do Oriente. E, por favor, a vejam como qualquer outra religião onde nos reunimos para pedir coisas boas e aceitar a Lei do Livre Arbítrio. Caminhemos na verdadeira senda do crescimento espiritual em pró de uma elevação moral de nosso espírito. O que devemos é trabalhar para o nosso próximo, dando-lhe conforto, abrigo espiritual. A nossa religião é a manifestação do espírito em pró da caridade com humildade.

Ao se sentarem em nossas poltronas e assistir ao nosso culto, comecem a conversar com os Orixás e fazerem os seus pedidos.

E a vocês, médiuns, não venham servir em troca de algum propósito, não é esse o caminho! Venha com o seu coração aberto somente pra servir e acertar a sua caminhada. Peça em oração o seu aperfeiçoamento, a sua caminhada. Vamos mudar essa religião! Ao ouvires os cânticos de Umbanda não deixem de lembrar que são eles os verdadeiros mantras que irão fortalecer os seus pedidos, pois os pedidos não se fazem somente às Entidades incorporadas em nossos médiuns.

Portanto, não devemos confiar nesses comerciais milagrosos que vemos por aí.

Fonte: Tenda Espiritualista Vó Maria Conga

LINHAS,FALANGES E LEGIÕES

Vamos tentar discorrer sobre Linhas de Umbanda, Falanges e Legiões.

Pretendo continuar na linha que venho utilizando, ou seja, sem declarar-me Zelador de Santo ou Expert de alguma forma. Não tentarei modificar ou ensinar qualquer coisa que seja, apenas apresentar percepções diferentes, na intenção de que cada um possa, formar o seu próprio ponto de vista.
Devemos no entanto, mantermo-nos distante da vaidade e da presunção da verdade única e pessoal. Mesmo que não concordemos com determinadas afirmações, é seguro que entendamos ser difícil qualquer idéia sobre Umbanda estar completamente certa ou completamente errada. Os diversos entendimentos sobre suas origens, a mescla com fundamentos de outras religiões e a metamorfose que sofre de determinadas culturas, até mesmo regionais, para outras, fazem com que conhecimentos, sentimentos e posições possam ser aceitos no seu todo ou apenas em partes.

Assim sendo, para que tenhamos um ponto de vista razoável sobre esta matéria é necessário que nos posicionemos de alguma sorte sobre as origens da Umbanda. Esse procedimento será muito importante para que possamos entender ou manifestar algum tipo de consideração pessoal.

Antes de mais nada, vamos colocar algumas definições:
LINHA - Grupo de entidades que pertencem a determinada vibração de um Orixá. Tal Orixá representa a Linha.
LEGIÃO - Cada linha é composta de Legiões e cada Legião tem um chefe que será uma entidade espiritual de grande força e luz.
FALANGE - São todos as entidades que participam daquela Legião e produzem o trabalho espiritual necessário.

Desde que conheci a Umbanda e dela faço parte, sempre ouvi falar em Linhas.
" Tal Caboclo é da linha de Ogum, outro era da Linha de Xangô", " Determinada entidade era feita em sete linhas", há até a Vela das sete linhas, que é uma vela comum de sete dias sendo no entanto confeccionada em sete cores distintas.

Essas considerações são bem comuns, entretanto é visível as diferenças de Linhas para uma mesma entidade. Pude perceber tais diferenças com mais intensidade, nas oportunidades que tive de perceber culturas diferentes em regiões diferentes ou até mesmo por considerações diferentes.

Até mesmo as Linhas não são unânimes.
Uns apontam as seguintes linhas:
Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yori e Yorimá, sendo Yori relacionado aos Ibejis e Yorimá relacionado com os Pretos-Velhos.
Outros apresentam a Linha do Oriente e Linha Africana, Linha das Senhoras, Linha do Congo, Linha de Cambinda, etc...

Existem afirmações sobre a Linha de Exu, que apesar de não constar nas sete linhas principais é muito importante, como também uma Linha de Boiadeiros, Cangaceiros, etc....

Uma das aceitações é sobre as entidades estarem a serviço de todos os Orixás, neste caso, cada um dos Orixás representaria uma Linha e determinadas entidades seriam os chefes das legiões que a caracterizam. Eu particularmente enquadro-me nesta idéia.
Não considero somente sete linhas e não acho por exemplo que a Linha de Yemanjá, possa representar concomitantemente as vibrações de Yemanjá e Oxum, por exemplo. São vibrações completamente diferentes, áreas da natureza completamente díspares, apesar de serem constituídas de água.

Quando digo que nos posicionemos de alguma sorte para as origens da Umbanda, entendo que já temos nossas posições.
Por exemplo, os que tem um ponto de vista africanista, como eu, entende que os Orixás tendo uma categoria divinal, tem realmente o comando das linhas, mas então nesse caso cada um teria uma linha diferente e são bem mais que sete Orixás conhecidos. No que concerne às entidades espirituais trabalharem dentro dessas linhas, já entra um ponto de vista abrasileirado, pois na África não se cultuava Caboclos ou Pretos-Velhos, e muito menos se juntavam Orixás com Eguns.

Cada um tem um ponto de vista diferenciado, nem mais certo nem mais errado que outro. Talvez um pouco de boa vontade, um pouco de humildade, nos colocariam bem mais perto da verdade, se é que existe uma única.

Uma coisa é certa!
Cada entidade se remete a um Orixá, isso podemos ver em seus pontos cantados, riscados e até mesmo em suas comunicações quando manifestados.

Se determinado terreiro propaga sete linhas e em outros se percebe mais linhas ou apenas as sete mas com definições diferentes, nos cabe o dever de respeitá-los e se ali quisermos repousar nossa mediunidade e oferecer nosso trabalho de caridade então, além de respeitar, aprender e aceitar.

fonte:umbanda de amor

TEORIA OU PRÁTICA

Qual deverá ser o caminho de uma filosofia ou de um conhecimento?
Ele deverá percorrer da teoria para a prática ou ao inverso?

Antes de continuar, gostaria de contar uma pequena fábula.

Era uma vez uma centopéia. Ia andando Dona centopéia quando foi interrompida por uma linda borboleta que lhe perguntou:
- Dona Centopéia! Como a senhora consegue coordenar o passo de sua 1º perna com o da 45º, assim como, o da 23º com o da 79º ou os das 20º com a 88º?
A centopéia parou, pensou, pensou, pensou e pasmem, nunca mais andou.

Esta fabúla, evidentemente não é minha, escutei-a numa rádio local e peço ao autor que me permita mantê-la no texto, pois ela reflete exatamente a idéia que gostaria de passar sobre o que ocorre hoje em dia com a nossa Umbanda.

Todos sabemos que a prática perfeita de uma ação decorre, sem dúvidas, de uma formulação teórica adequada, mas ninguém duvida ou desconhece que para se alcançar uma formulação teórica adequada ou plausível, muito precisou-se antes, o que se experimentar, principalmente de maneira empírica. Sendo assim, a prática perfeita, ainda que resulte de uma teoria, não depende exclusivamente dela, mas no entanto, a teoria não existirá sem que tenha havido um mínimo de experimentação (prática) anterior.

Nossa religião, ainda que extremamente polêmica, em face de suas origens e compreensões, não possui um compêndio, a exemplo dos grandes conhecimentos, que norteiam a sua prática.
Nossa religião é uma amalgamento de conhecimentos e será nestes conhecimentos originais que deveriamos buscar nossos próprios fundamentos e não em invenções ou histórias baseadas em interesses, na maior das vezes particulares.

Somos oriundos de cultos africanos, disso não há qualquer dúvida, todavia, os fundamentos dos cultos que formaram a Umbanda, não o foram utilizados em sua originalidade, em virtude do sincretismo que sofreram. No entanto, podemos aceitar que além das idéias já sincretizadas, muito do conhecimento original, talvez não tão puro, também nos fora repassado.

Associado a estas informações, nos consubstanciaram, da mesma forma, outros fundamentos resultantes de associações com a cultura indígena, com a cultura espiritual européia e até mesmo com muitos fundamentos da igreja católica.

Tenho dito várias vezes que, apesar de tão associados que somos à outras filosofias, não somos subproduto ou dissidência de qualquer uma delas. Somos uma união de pensamentos, de práticas e de aceitações e somos, por isso, especialmente particulares.

Nossa religião, da mesma forma que a dos nossos irmãos africanos, sempre sofreu uma imensa perseguição e até hoje ainda somos vítimas de preconceitos e intolerâncias, por isso talvez a grande necessidade destes ditos autores, de criarem novidades mais ocidentalizadas, na tentativa de escapar desse preconceito, o que, na verdade, apenas demonstra os seus próprios preconceitos e constrangimentos contra a popularidade e simplicidade de nossa religião.

Desde que os negros africanos, escravizados cruelmente pelo homem branco, eram obrigados a praticarem a sua religião nas sombras da noite e sob o auspício do sincretísmo que todos os fundamentos, conhecimentos e práticas eram passadas de boca a boca.
Quando nos tornamos uma religião com nome e sobrenome, em 1908, pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, ainda que para muitos, como eu mesmo, não existiu nesta data uma criação, mas sim uma socialização, não houve qualquer menção a uma literatura abrangente e capaz de unir conhecimentos ou práticas.

De uns tempos para cá temos visto vasta literatura sobre Umbanda. Tais livros vão do mais completo desconhecimento de nossos fundamentos às mais incríveis visões espirituais, visões estas, quase que próprias de um filme de terror.

São elementos dos quais não se conhece qualquer evidência em verdadeiros terreiros de Umbanda e mais, não se conhece da maioria desses ditos autores, suas reais capacidades no que concerne a definirem como é este ou aquele fundamento, como se processa essa ou aquela ação ou como é na verdade, a essência desta ou daquela Entidade.

Não quero com isso afirmar que não existam autores que não sejam capazes de promover um bom conhecimento através da leitura, muito pelo contrário, muitos são capazes e repassam ensinamentos muito importantes. Mas nenhum ensinamento frio, escrito e morto numa página sem vida, será mais importante que o trabalho diário, a labuta eficaz, a doação particular do médium, principalmente a do Zelador de uma casa. Não pode, o homem, definir como uma Entidade irá proceder na busca de uma solução para qualquer mal, enfermidade ou influência negativa. Não se poderá afirmar, em hipótese alguma, que uma Entidade portar-se-á, manifestado num determinado médium, da mesma forma que se manifesta, a mesma Entidade, em outro médium, submetido à doutrinas, regiões e culturas diferentes.

Não se pode tentar impor à uma Entidade espiritual conceitos de evolução que cada um de nós, meros seres humanos, eivados de deficiências, achamos interessantes e capazes.

A uma Entidade não se pode creditar a necessidade de mostrar-se com uma personalidade, num terreiro e com outra, em outro ambiente, como pretendem propor alguns, que em suas histórias mostram Entidades negras aqui e loiras em outros locais. Não se pode acreditar que a ciência, a qual submete-se cada vez mais a conceitos espirituais, pretenda modificar tais ações. Ciência e Religião devem andar juntas, mas quando qualquer uma das duas tenta se impor à outra, apenas dúvidas e dores serão encontradas.

A mídia, bem trabalhada, faz com que palavras sem nexo tornem-se teses e idéias desconexas fundamentos.

A cada um dos Umbandistas que buscam a evolução, o esclarecimento, enfim, a própria elevação pessoal, tanto espiritual quanto pessoal, recomendo, se me permitem, que procurem estudar, que leiam é verdade, não há problemas quanto a isso, mas que não desprezem nunca os ensinamentos de seus Babalorixás. Não se permitam questionar suas ações apenas porque autor fulano ou escritor sicrano se posicionou de maneira diferente sobre o mesmo tema. Lembrem-se que a maioria dos praticantes de nossa religião, buscou-a quando algum problema os assolava e, ao chegarem às casas, tudo eram flores, não encontraram um erro sequer nas palavras de quem os atendia, toda e qualquer sugestão era acatada com presteza e, no entanto, com o passar o tempo, apenas suficiente para que se esquecessem das dores passadas, muita coisa do que diz hoje, aquele mesmo Babalorixá que os auxiliou nos passado, é questionado e renegado.

Umbanda é caridade, é amor e humildade, mas é também amizade, respeito, e dedicação.

fonte:umbanda de amor

CANDOMBLÉ OU UMBANDA

Há muita discussão em torno das origens e da posse dos Orixás.
De quem é o poder sobre os Orixás.
Eles são divindades do Candomblé ou da Umbanda?

Muito se houve por ai sobre o que são e de onde provém os Orixás.
Quem nunca ouviu, dentro dos terreiros de Umbanda, algum filho que mesmo tendo optado pela iniciação na Umbanda, a seguinte frase:

- Meus Orixás são de nação!

O que seriam Orixás de nação?

Para respondermos a essa pergunta precisamos saber o que quer dizer ou o que representa a palavra Orixá.
Pesquisando um pouco sobre o assunto, apesar das diversas discussões sobre a origem e do que são feitos, poderemos notar aspectos básicos sobre estas divindades que não podem deixar de ser respeitadas em hipótese alguma.

1º - São de Origem Africana.

2º - Apesar de sincretizados não são santos católicos.

3º - Não possuem imagens, não pelo menos as dos santos católicos que os sincretizam.

4º - Não são anjos enviados por Deus para nos proteger.

5º - Não são vingativos.

6º - Em pesquisas foram encontrados mais de 400, apesar de no Brasil cultuar-se, normalmente, cerca de 20 apenas.

7º - Todos são de alguma nação, pois é assim que se passaram a designar-se as etnias ou povos africanos quando vieram para o Brasil, os quais louvavam e cultuavam suas divindades dentro de suas características particulares. Aqui se denominaram Keto, Angola, Jeje, etc...

8º - São considerados forças míticas criadas por Olorum, ancestrais divinos dos homens, ou pelo menos divinizados, isso quer dizer que opõem-se diametralmente ao conceito de Egum, os quais são seres espirituais, ou seja, tiveram vida humana.
Os Orixás, apesar de apresentarem lendas de suas vidas humanas, não são considerados como tais, se fossem seriam Eguns e isso decididamente não passa pela cabeça de nenhum iniciado no culto a eles. Consideram que mesmo sobre os que se contam lendas humanas, não passaram pelo processo de desencarne natural, ou seja não morreram. Por algum motivo extremamente forte, sentimentos, sofrimentos, lutas, transformaram-se em Orixás, como num encantamento.

Orixás são considerados forças da natureza e não homens!

Vejamos então:
Será que na Umbanda não há Orixá?
É óbvio que há!
Orixá de uma maneira genérica é considerado como nosso pai espiritual, um verdadeiro ancestral divino. De acordo com o sentimento do culto, todos os homens tem um Ori (cabeça) e sobre ele rege um Orixá principal, sendo assim, mesmo que a pessoa seja Católica, Evangélica, Budista ou de qualquer outra religião, terá um Orixá pessoal.

A maneira pela qual eles são cultuados é que dá o tom da Umbanda ou Candomblé!

O sincretismo ajuda muito nesta confusão. Muitos acabam afirmando serem filhos de São Jorge ou de Santa Bárbara pelo sincretismo com Ogum e Iansã.

Mesmo que continuemos a cultuar o sincretismo, principalmente na Umbanda que já nasceu sincrética, temos que saber que Oxalá é um Orixá Africano e que apesar de sincretizado com Jesus, não é o Cristo Nazareno.

Não há desmerecimento algum da Umbanda em cultuar os Orixás, em manifestá-los em seus toques, ainda que isso cause discussões e não aceitação por parte de alguns irmãos Candomblecistas e até mesmo alguns Umbandistas.
Não há desmerecimento também em quem, com origem no seio Kardecista, queira dar ao culto da Umbanda uma socialização um pouco maior, mesmo que eu particularmente, não entenda porque a Umbanda religião extremamente popular, não possa ser aceita com todas as suas características e belezas particulares.
A única coisa que vejo como desmerecedor é o fato de alguns intentarem criar a cada dia uma Umbanda diferente apenas para, de alguma forma, colocarem seus próprios nomes na história.

Por isso, irmãos Umbandistas, tenham a certeza absoluta que seus Orixás são mesmo de nação, não há como não sê-los pois foi lá que nasceram seus cultos, mas tenham também a certeza que se não fizeram a iniciação própria das nações de Candomblé, o fato destes mesmos Orixás serem de nação, não lhes dá nenhuma qualificação diferente que a dos nossos irmãos que parecem ou não saber ou não se importar sobre de onde são seus Orixás.
A única diferença que existe é da iniciação.
Cada uma das religiões tem sua iniciação particular.

-O Candomblé fundamentado em seus cultos, faz como um nascimento daquele Orixá e ele passa a residir naquele Ori.

-Na Umbanda não há esta fixação material/espiritual feita naqueles rituais específicos, no entanto possuímos fundamentos, orientações e iniciação próprias,
tão lindos e tão capazes quanto o deles, mas essencialmente diferentes.

Contudo uma certeza é plena.
O Orixá é o mesmo!

fonte:umbanda de amor

EGUNS E KIUMBAS

Eguns nada mais são do que os espíritos que já desencarnaram e Kiumbas quer dizer exatamente a mesma coisa. Apenas se dá entre eles uma diferença de evolução.

Senão vejamos:

Eguns, são todos os que desencarnaram, tiveram vida humana, em contraposição aos Orixás que são forças da natureza.

Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, e Exus (entidade de Umbanda), são Eguns.

Obs:
Quando digo que Exus (entidades de Umbanda) são Eguns, é por que no Candomblé, Exu é Orixá, divindade. É o Orixá intermediário entre os demais Orixás e os homens.

Kiumbas são Eguns ainda muito atrasados na escala de evolução espiritual, são considerados negativos e que por vezes, se fazem passar por outras entidades, normalmente por Exus, criando no leigo, um ponto de vista muito negativo em relação a estas entidades, os Exus, por eles mistificados.

É sabido que o termo evolução é extremamente relativo, e dentro de uma mesma qualidade de entidades, poderá variar muito o grau de evolução entre cada um deles.

O que quero dizer é que entre os Caboclos, assim como entre os Pretos-Velhos e outras entidades, sempre haverá um que esteja um pouco acima, e um outro um pouco abaixo na escala de evolução espiritual.

O certo, no entanto, é que estas entidades, Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Exus e algumas outras, já chegaram a um nível de evolução tal, que os permitem diferenciar o certo do errado e procurarem humildemente ajuda e colaboração das entidades de níveis mais altos, no sentido de auxiliar aos filhos que os procuram, nos momentos em que seus conhecimentos, permissão ou capacidade de trabalho são impotentes para a ajuda.

Normalmente se ouve:
- Você está com o encosto de um Egum muito perigoso!
- Você precisa fazer uma obrigação para despachar este Egum que está complicando sua vida!

Isso realmente pode acontecer, pois como já dissemos, Egum é todo espírito desencarnado. E pode acontecer que por ainda estar num momento de evolução espiritual ainda atrasada, esteja sendo usado para feitiços ou malefícios e até mesmo por ignorância sobre sua atual condição de desencarnado (egum).

Por vezes, em virtude de desencarnes violentos ou inesperados, o espírito não se apercebe ou não aceita sua nova condição fluídica e sente-se como um de nós, ainda encarnados, sendo assim ele mantém-se muito próximo, principalmente de seus entes queridos quando em vida, tumultuando suas vidas, em virtude da diferença de vibração de suas energias. Este Egum, precisa certamente ser esclarecido e afastado.

Várias doutrinas se ocupam deste mister de maneiras diferentes, comprovando que é necessário que os níveis de vida, encarnada e desencarnada, mantenham suas independências.

Nota-se a diferença então entre os Eguns, Entidades e Kiumbas.
Na realidade Egum é a qualificação de todo e qualquer espírito desencarnado.
O seu nível de evolução é que o especificará!

Quando nos referimos aos espíritos vampirizadores, aos incitadores ao vício ou àqueles que se aproximam de nós sempre para o mal, os quais são comprados por quem tem a alma maculada pela maldade, para nos impor males ou feitiços, esses serão certamente os Kiumbas, mas numa generalização muito comum, sempre nos referimos a eles como Eguns.

Pela vaidade e as vezes pela ignorância, muitos não admitem que possam estar sendo mediunizados por um Egum, qual seja, um Caboclo, um Preto-Velho ou mesmo um Exu, para um trabalho de caridade.

Desmistifiquemos então o conceito de Egum. E tentemos de todas as maneiras, pela caridade, pela fé, pela oração e pelo trabalho espiritual, elevarmos cada vez mais nossos Eguns de fé para que, pelo trabalho deles, possam ser cada vez mais, atraídos para os caminhos de luz, aqueles Eguns, os Kiumbas, que ainda se encontram nos lamaçais da espiritualidade.


fonte:umbanda de amor

SONORIDADE DOS CABOCLOS NA UMBANDA

É possível falar-nos sobre a magia das cantigas e sonoridades dos caboclos da umbanda, descendente do magismo tribal mais antigo do planeta?

RAMATÍS: Os homens afoitos e zelosos das purezas doutrinárias criticam os caboclos da umbanda quando assoviam,cantam, assopram e chilream como pássaros, baforando o charuto.

A estreiteza de opinião oriunda do desconhecimento, aliado ao preconceito, favorece as “superioridades” doutrinárias e as interpretações sectárias.

Os fundamentos dos mantras e seus efeitos curativos (vocalização de palavras mágicas) fazem parte dos ritmos cósmicos desde os primórdios de vossa civilização. Os vocábulos pronunciados, acompanhados do sopro e das baforadas, movimentam partículas e moléculas do éter circundante do consulente, impactam os corpos astral e etérico, expandindo a aura e realizando a desagregação de fluidos densos, miasmas, placas, vibriões e outras negatividades.

Assim como as muralhas de Jericó tombaram ao som das trombetas de Josué, os cânticos, tambores e chocalhos dos caboclos desintegram poderosos campos de força magnetizados no Astral, bem como o som do diapasão faz evaporar a água.

Os infra e oultra-sons do Logos, o Verbo sagrado, deram origem ao Universos e compõem a tríade divina: som, luz e movimento.

Como o macrocosmo está no microcosmo, e vice-versa, se proncunciardes determinadas palavras contra um objeto ou ponto focal no Espaço, mentalizando a ação que esse som simboliza, será potencializada a intenção pelo mediunismo do caboclo manifestado no médium, e energias correspondentes serão movimentadas. Ao mesmo tempo, cada chacra é uma antena viva dessas vibrações que repercutirão nas glândulas e nos órgãos fisiológicos,alterando os núcleos mórbidos que causam as doenças, advindo as”notáveis” curas praticadas na umbanda.

É comum religiosos e exímios expositores de outras doutrinas acorrerem a ela,
sorrateiramente, às escondidas, com os filhos ou eles mesmos adoentados, ditos incuráveis pela medicina materialista, tendo sua saúde reinstalada, para depois nunca mais adentrarem um terreiro. A todos o manto da caridade dá alento, sem distinguir a fé fragmentada de cada um.

Ramatís por Noberto Peixoto
Retirado do Livro: A Missão da Umbanda

O UMBANDISTA VERDADEIRO E O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA

Dentro dos milhões de terreiros espalhados por esse país e pelo mundo, podemos encontrar casas cheias de “médiuns”, todos, ou quase todos, presentes no dia de sessão, afim de cumprir, por mais uma vez sua missão.

Entretanto, podemos identificar facilmente dois grandes grupos de Umbandistas: O Umbandista Verdadeiro e O Umbandista de fim de semana. Apesar de ser impossível verificar apenas na aparência em qual grupo determinado médium se encontra, as atitudes, os pensamentos, a preparação do adepto deixa claro sua classificação. Essa classificação deve ser feita intimamente por cada um que se diz “Umbandista”, colocando em uma balança seus atos.

Mas, genericamente, podemos defini-los dessa forma:

-O UMBANDISTA VERDADEIRO, não deixa de ser umbandista quando os atabaques do terreiro silenciam. Ele continua vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora que se deve por em prática todos os ensinamentos dados pelos guias na sessão.

-O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA, além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina habitual. Quando indagado sobre sua religião, tem vergonha, esconde, mente ser de outra, e não faz questão nenhuma de por em prática aquilo que aprendeu.

-O UMBANDISTA VERDADEIRO é aquele que se orgulha de sua religião, não teme assumi-la publicamente, ou ajudar aquele que precisa. É aquele médium interessado, que sempre busca aprender mais, questionar mais, buscando compreender melhor como funciona sua religião e a espiritualidade.

-O UMBANDISTA VERDADEIRO tem amor à sua casa religiosa, pois entende que é nesse solo sagrado que seus Orixás e seus guias se manifestam, além de ser uma escola onde desenvolve sua mediunidade e aperfeiçoa sua moral. Busca auxiliá-la em tudo que precisa, tem zelo, tem capricho.

-O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA lembra-se de seu terreiro apenas nos dias de sessões, e não se preocupa se tudo está em ordem, ou se a casa encontra-se em bom estado, pois, apenas quer “ficar” aquelas horas ali e ir embora.

-O UMBANDISTA VERDADEIRO conta os dias para que chegue a próxima sessão. Programa sua vida incluindo os dias de trabalho, para que nenhum evento ocorra nesse dia, pois, trata-se de um dia sagrado. E quando chega o dia, o Umbandista verdadeiro desde o momento em que acorda, já está em sintonia com o astral superior, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e fumo e fazendo seu banho de descarga, pois sabe que os irmãos espirituais já estão agindo em seu templo e em sua matéria. Precisa estar bem, para socorrer aqueles que lá estarão precisando de auxílio.

-O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA quando nota que naquele fim de semana terá sessão, já faz cara feia e pensa “não acredito, isso de novo! Nem deu para descansar”. Qualquer motivo é motivo para não ir ao terreiro. Se o tempo está frio, chuvoso ou muito quente, não vai. Se “não está afim” arruma qualquer desculpa e não vai. Se espirrar, se pegar uma gripe ou resfriado leve, também não vai. E esquece-se, que muitos irmãos doentes procuram nossas casas em busca de alívio para seus males.
Qual seria a lógica de um filho de fé não ir, se seria essa a oportunidade de encontrar sua cura?
O Umbandista de fim de semana no dia de sessão age como se fosse mais um dia comum. Cultiva vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu desenvolvimento.

O UMBANDISTA VERDADEIRO realmente acredita naquilo que professa. Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e tudo que faz, faz com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma forma, auxiliá-lo, mesmo não sendo da maneira que ele esperava. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente somos lapidados.

O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA duvida do que professa. Não tem certeza das manifestações. É aquele que acredita que sendo Umbandista, nunca mais terá problema de saúde, que nunca mais terá problemas financeiros. Quando tais problemas aparecem, revolta-se e mais uma vez põe em dúvida sua religião. É aquele que acredita serem as entidades verdadeiros “gênios da lâmpada”, que tudo que ele pedir e quiser, elas terão que dar. Acredita que não haverá mais contratempo e que não passará por provações, pois as “entidades não vão deixar ele sofrer”.

E você meu irmão de fé? Em qual grupo de Umbandista está?

Se está na dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continua buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cumprindo sua missão.

Mas, se você está no grupo dos Umbandistas de fim de semana, é sinal que algo em sua vida está errado.
Ainda é tempo de mudar!
Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá.

Todos podem lá chegar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas, buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso espiritual.

Ainda há tempo! Avante filhos de fé!

Gregório Brandão

sábado, 12 de setembro de 2009

LABIRINTITE ESPIRITUAL

Há os que padecem de uma espécie de labirintite espiritual, assim como há aqueles que, no plano material, sofrem da labirintite orgânica, sofredores de severa disfunção do aparelho auditivo, que, “enigmaticamente” (*1) atrapalha os processos de equilíbrio do corpo, perdendo facilmente, a criatura, assim, o seu eixo de gravidade. Da mesma forma, por analogia, aqueles que têm dificuldade de ouvir, criteriosamente, os reclamos de sua consciência e de seus mentores espirituais, por ela sintonizados, terão dificuldade de manter-se no eixo do equilíbrio psicológico e espiritual, vida afora.

Se você se sente, volta e meia, incurso em processos de desequilíbrio que não julga mais adequados ao seu nível de maturidade e de esclarecimento, pondere se talvez o orgulho não lhe esteja impedindo de ouvir aquilo que seja importante para seu processo de crescimento interior. Mais do que imagina, a criatura humana é obnubilada em seus processos mentais, pela praga medonha da vaidade, da pretensão e da presunção. Atente-se, destarte, para verificar se um exagerado senso de auto-estima não lhe dificulta a percepção fidedigna das paisagens em torno de si, dos objetos, pessoas e situações que lhe são dados observar. Notará a presença da hybris(*2) toda vez que pervagar seu coração e descobrir acusações a outras pessoas (com negligência para com a própria parcela de responsabilidade nos acontecimentos em que anda envolvido), cobranças e reclamações insistentes para com iniciativas dos outros, com paralelo relaxamento complacente em relação a si mesmo.

Tanto quanto o indivíduo deve saber se perdoar (e o ser humano médio da Terra costuma ser, inclusive, exageradamente auto-indulgente), importantíssimo que saiba relevar os deslizes ou as omissões dos seus irmãos em humanidade, sobremaneira quando se sabe que cada um recebe aquilo que precisa e até, amiúde, merece – portanto ninguém podendo se sentir vítima deste ou daquele fator agressivo, e sim um agente passivo, quando não indiretamente ativo, a provocar o ataque ou o prejuízo sofrido.

Deste modo, a partir de hoje, esforce-se por ouvir, ler e sentir as repreensões mais severas da Vida, como avisos para si mesmo, antes de apontar para os outros ou associar às falhas de outras pessoas, porque as falhas dos outros são de responsabilidade deles, ao passo que suas limitações ou seus equívocos correm por conta de sua própria responsabilidade.

A Divina Providência permite que o mundo exterior constitua um palco, onde seus problemas são projetados; suas neuroses, espelhadas; bem como seus traumas, dramas e pendências mais impostergáveis são ali atuados, pelos personagens das circunstâncias e pessoas atraídas pelo seu próprio carma, para que você possa mais fácil, direta e imediatamente enxergá-los e corrigi-los, a bem de você mesmo.

(*) (Mensagem recebida pela psicofonia – método de comunicação mediúnica conhecido vulgarmente por “incorporação” -, pelo médium Benjamin Teixeira, em 21 de dezembro de 2004, em reunião mediúnica fechada, na sede do Projeto Salto Quântico.

(Notas do Médium):

(*1) A autora espiritual não desconhece os mecanismos da patologia. Apenas já chama atenção, desde esse ponto de seu discurso, para a metáfora do fenômeno orgânico em relação a seu correspondente no plano psicológico e espiritual.

(*2) Orgulho.

Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DEUS, SALVE A NOSSA UMBANDA!


É relevante a preocupação de muitos umbandistas, no que diz respeito às agressões que vem sofrendo os seguidores dos cultos afro-brasileiros, por adeptos das religiões neopentecostais.

No entanto, é preciso analisar tal situação com racionalidade, deixando de
lado a paixão.

Digo isso, porque se quisermos que nos respeitem, é preciso que tenhamos, antes de qualquer coisa, equilíbrio e serenidade para enfrentar esses fanáticos e oportunistas da fé cristã.
Na sua maioria, são pessoas totalmente levadas pela paixão cega e irracional. Logo, incapazes de tolerar qualquer outra manifestação de fé, que não seja as que eles praticam.

Sabemos, serem esses "novos evangélicos", oriundos de pseudo-terreiros de Umbanda: médiuns anímicos, sem nenhum compromisso de fato, com a moral e doutrina dos Orixás.

Temos ainda, os dissidentes de respeitados Terreiros, no entanto, alegam terem vivido anos de suas vidas praticando a caridade e que nada ganharam com isso... pasmem: "ora, quando alguém se propõe a fazer algum bem a outrem, é de se esperar que o faça sem segundas intenções."

Outros, se revoltaram com a Umbanda por conta de não terem conseguido a pessoa amada; por não terem conseguido acabar com o casamento do (a) amante; por não terem acabado com a vida do inimigo; por não terem conseguido a promoção no emprego;
por não terem conseguido comprar um carro igual ao do vizinho, etc, etc, etc...

Repito: médiuns sem nenhum compromisso com a Lei da
Umbanda: Fé, amor e caridade.

Cansados por conta da "Lei do retorno"; afinal, o que aqui se faz, aqui se paga... buscam nessas novas religiões a possibilidade de culparem alguém por seus erros e fracassos: e o fazem aos espíritos. Daí, a certeza de serem pessoas totalmente ignorantes a respeito da espiritualidade.

O verdadeiro médium de Umbanda, sabe assumir suas responsabilidades nos mundos material e espiritual.
Sabe que compete aos espíritos de luz e aos Orixás o papel de espiritualizá-los:
são eles que ensinam o caminho da tolerância, do amor ao próximo, da serenidade e do cumprimento às Leis de Deus e dos homens. Ensinam a alimentar nossos corações com o amor e o perdão e dessa forma, tentam evitar que nos corrompamos nos caminhos do orgulho e da vaidade inescrupulosa.

O crescimento dessas "novas religiões", deve ser vista como misericórdia de Deus em nossas vidas, ou seja:
graças a elas, nossos Terreiros estão limpos de médiuns fúteis e pretensiosos.

Esses médiuns são filhos de Deus e com certeza Deus quer se
salvarem. A mediunidade lhes foi outorgada para que pudessem ser úteis ao trabalho no bem; todavia, deixaram se levar pela vaidade e pelo orgulho, desconsiderando os maravilhosos fundamentos da Umbanda.


-Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!
-Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!
-Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!
-Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!
-Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade
-Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!
-Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!
-Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da
desordem!
-Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!

DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA!
... e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia.

LUIZ DE OGUM
- Casa de Umbanda Caboclo 7 Penas.

RECONHECENDO UMA FALSA POMBO GIRA

Estimados irmãos,
Vamos tentar deixar mais claro as diferenças entre uma pombagira e uma zombeteira mistificadora.
Sobre as guardiãs de fé, encontramos diversos artigos nesse blog. Passemos então a atuação das quiumbas ou kiumbas:

* são exibicionistas em seus trajes
* demasiado vulgares em seus gestos e atitudes
* incentivam as demandas de vinganças
* fazem amarrações sem nenhum critério, à qualquer custo
* tratam o consulente por tolo, quando o mesmo mostra algum pudor
* possuem vocabulário de baixo nível
* estimulam e muito, os relacionamentos extra conjugais
* incentivam os consulentes a vantagens financeiras, desleais
* fazem revelações pouco confiáveis, ou ainda que verdadeiras, não deveriam vir à tona de modo inconsequente.
* divertem-se com as conspirações e intrigas
* fomentam rivalidades que podem ter graves consequências
* exigem despachos com entregas de oferendas caríssimas, em Encruzilhadas e cemitérios
* costumam fazer que o médium consuma doses elevadíssimas de álcool
* pedem uma oferenda após a outra, e se o consulente consegue o que quer, ai dele se parar de oferecer...
* são arrogantes, vingativas, obsessivas, mercenárias, vulgares, escandalosas adoram impor medo, contar vantagem e demonstrar um poder acima inclusive do próprio deus.
* exigem que seus médiuns sejam verdadeiros escravos de suas vontades
* querem ser tratadas por todos à sua volta como rainhas acima do bem e do mal.
Nossas protetoras atuam justamente contra esses tipos de espíritos elas são arquetipicamente sensuais e sedutoras, jamais sexuais o vulgares.

-Podem nos ajudar materialmente, mas jamais incentivarão golpes financeiros
-Podem nos abrir os caminhos do amor, mas jamais nos darão um ser humano com fantoche
-Podem nos ajudar à vencer demandas, mas jamais estimularão a vingança
-Podem nos pedir uma oferenda, podem ser vaidosas, podem até ficar coléricas ou irritadas, pois são ainda espíritos à caminho de uma evolução maior e atuam muito próximos à nos.

Porém tudo isso dentro do razoável e sempre respeitando ás leis Maiores.

As oferendas, as velas, as cigarrilhas, as bebidas e as rosas,na realidade são instrumentos do trabalho magístico que as guardiãs pombagiras realizam. É a parte astral desses materiais que fornece elementos necessário á manipulação e transmutação energética da magia, tão bem feita por elas.

Então, quando pedem uma oferenda, não é porque precisam saciar algum desejo de sensações da matéria.

Pedem o que necessitam para realizar um determinado trabalho, sem excentricidades e ingredientes bizarros.

autor desconhecido

ESCLARECIMENTO ESPIRITUAL

Um Esclarecimento Espiritual Dos Exus Amparadores

1. “Muitas pessoas que correm para os lugares espiritualistas em busca de ajuda não merecem ser ajudadas. Não fazem nada para melhorar, só querem que alguém tire o peso de seus cangotes.”

2. “O ser humano é muito falso mesmo. Vai pedir ajuda espiritual como se fosse um perseguido e injustiçado, mas nem conta dos desejos cruéis que carrega e que são a causa de sua desdita.”

3. “Os obsessores são tinhosos mesmo e perturbam muito, principalmente se a pessoa lhes dá fartura de pensamentos ruins na cachola e lhes dá a guarida de suas energias.”

4. “Algumas porradas espirituais que as pessoas levam são bem merecidas. Quem manda mexer com o que não deve? Quem enfia a mão no vespeiro quer ser ferroado. Depois não adianta reclamar!”

5. “As pessoas olham muito para os defeitos dos outros. Por isso não tem tempo de enxergarem suas próprias mazelas. Mas os obsessores adoram vê-las, ao vivo e a cores, direto dentro delas mesmas, de preferência acoplados juntos e fazendo a festa.”

6. “Quem trabalha direito e segue seu caminho com honra não precisa de proteção espiritual. A luz de seus propósitos já lhe protege e inspira. Porém, em alguma necessidade a mais, pode contar com a gente mesmo. Nem precisa pedir. Quem é raçudo no rala-rala da vida e ainda pensa no bem dos outros merece ser tratado com o devido respeito.”

7. “Tem muita gente fazendo coisa braba para os outros. Problema delas! Vão se ferrar, mais cedo ou mais tarde. Tudo o que elas mandarem na intenção de alguém irá voltar para elas mesmas lá na frente.”

8. “Quanto maior for à má intenção de alguém, maior será a chusma de espíritos perversos agarrados em suas energias.”

9. “Tem muita gente rezando para acabar com alguém ou para conquistar a força o que não merece. Ah, eles vão se ferrar!!!”

10. “A maioria das pessoas não tem vergonha na cara. Rezam pouco, pensam mal dos outros, estão cheias de medo e ainda deixam a guarda aberta por causa de seus rolos emocionais. Depois ainda ficam se perguntando o por que de tantas coisas ruins estourando em suas vidas pequenas e apagadas.”

11. “A grana que o pessoal paga em algum lugar para fazer coisa braba para os outros poderia ser usada para ajudar os pobres. Quem faz isso merece as porradas espirituais que leva e os obsessores que arrasta em sua companhia.”

12. “O dinheiro não é capaz de comprar uma noite de sono com a consciência tranqüila. E é durante o sono que muita gente se ferra no Astral. Tem espírito brabo doido para fungar em seus cangotes e sugar suas energias. E tem gente que ainda acha que é pesadelo.”

13. “Quem é justo tem a proteção que merece. Pode sair do corpo sem susto. Está em casa e não tem o que temer. Pode voar por aí e aproveitar as horas de recreio espiritual.
Os guias espirituais os orientarão e os protegerão de qualquer coisa, desde que sejam justos.”

14. “Muitos já nos chamaram de polícia do baixo astral ou de lixeiros do Astral inferior. Pela parte que nos toca, muito obrigado. Mas nós somos mesmo é ajudantes de serviços gerais no Astral. Fazemos o que é preciso e justo, sem passar dos limites que os Maiorais da Espiritualidade nos determinaram. Nenhum de nós é traíra! Somos o que somos. Somos honrados e ninguém nos compra. E ai de quem tentar nos enrolar com promessas falsas ou intenções ruins.”

PS: Um deles ainda me disse o seguinte: “Se você vai escrever mesmo o nosso recado, então vai fundo. Escreve tudo mesmo. Pode esperar que você será criticado por isso. Dane-se! Faz com honra e verdade e dane-se o que os hipócritas de plantão pensam. Os obsessores deles que se entendam com eles. Se você faz o seu serviço com convicção e é guiado pela Espiritualidade Superior, manda ver! O seu coração sabe o quanto de verdade que há nesse nosso papo. E tem muita gente que entenderá o recado sim. E não é aquela gente que se acha espiritualizada não (se acham muito espertos, mas dançam feio em muitas situações que só a galera do Invisível é que vê). Quem entenderá esse recado são as pessoas simples de coração e de mente. A elas o nosso respeito.”

Nota: Enquanto finalizo esses escritos, também está presente um dos amparadores do grupo de Ramatís supervisionando tudo.


Um último esclarecimento: Como elemento interdimensional consciente e que percebe outros planos e seres espirituais, é minha tarefa passar para o plano físico muito do que vejo como forma de esclarecimento espiritual universalista. Alguns entendem isso, outros não. Não importa. Não escrevo para agradar a doutrina ou o condicionamento de ninguém mesmo. Só sei que apesar dos defeitos que tenho, os propósitos que movem o meu trabalho são justos e que tento caminhar com honra na tarefa que me foi designada pela Espiritualidade.

Agradeço muito ao Grande Arquiteto Do Universo pela oportunidade de viver na Terra e de andar com a mente e o coração abertos a tudo aquilo que seja positivo e criativo na manifestação da vida. Na casa secreta do meu coração há espaço para todas as correntes de trabalho espiritual que fazem o bem para a humanidade.
Agradeço aqui de forma explícita a todos os amparadores das egrégoras afro-brasileiras que sempre deram uma grande força e proteção na tarefa espiritual e humana em que estou envolvido.
E também deixo aqui registrada toda a minha alegria de trabalhar com a Espiritualidade, minha grande riqueza de consciência e que nem a morte pode roubar-me, pois é estado de consciência íntimo e intransferível.
Paz e Luz.

Wagner Borges

São Paulo, 16 de julho de 2002, às 18h.
Texto extraído do Jornal de Umbanda Sagrada - Edição 28

UM EXEMPLO DE TRABALHO

Um Exemplo de Trabalho de Exu na Umbanda

Carlos se dirige a um Centro de Umbanda aconselhado por um amigo, pois a sua vida está bastante complicada.
Sua mãe vive doente, já tendo ido a diversos médicos sem sucesso na cura. O seu pai foi demitido da empresa que trabalhava há mais de 25 anos e vive deprimido e chorando pelos cantos. Ele mesmo desempregado há três anos, vê o seu filho adoecer sem condições de comprar o medicamento. A sua esposa, única ainda empregada, apresenta sérios indícios de fadiga mental e física.

Ao chegar no centro descobre que é dia de consulta com Preto Velho. O seu amigo Cláudio, vai explicando a rotina da casa e como ele deve agir e pedir na hora da consulta.

Chega finalmente a sua vez de se consultar, o seu pensamento está coberto de dúvidas, achando que estava chegando ao fundo do poço ao se dirigir a um terreiro de macumba, falar com uma pessoa que nunca viu antes na vida e abrir o seu coração, suas dúvidas e temores. Num primeiro momento acha graça da posição do médium todo curvado e do jeito de falar, não consegue se aquietar, mas o Preto Velho vai aos pouquinhos ministrando alguns passes e por fim Carlos começa a se abrir.

O Preto Velho a tudo ouve, manifestando de tempos em tempos palavras encorajadoras para o aflito Carlos.

Carlos não entende o por que, mas enquanto ele fala, o Preto Velho vai estalando os dedos em volta dele, olha discretamente para o copo d’água ao lado da vela, joga para cima a fumaça de seu cachimbo, e assim vai firmando e passando as informações para os guardiões que pertencem a egrégora da Casa, que através dos Exus de trabalho partem com a velocidade do pensamento para a casa de Carlos.

Em dado momento, o Preto Velho que está “preso” ao corpo carnal do médium e conseqüentemente com sua visão limitada, utiliza alguns elementos magísticos e ritualísticos para proporcionar alívio ao Carlos.

Diz no final da consulta que irá trabalhar para ele e toda a sua família, dá algumas recomendações sobre como rezar e elevar o pensamento a Deus e se despedem.

Carlos tem alguma sensação de alívio, sente-se mais leve e confiante, mas ao mesmo tempo não acredita que meia dúzia de estalar de dedos vão “resolver” o seu problema... Incrédulo, mas não tão fraco retorna a sua casa sem nem imaginar que a batalha está apenas começando.

O Preto Velho ao ver Carlos se levantar e ir embora sabe que a essa altura toda a egrégora da Casa já está se preparando para a batalha, e, apesar de ainda estar preso ao corpo do médium pelo processo de incorporação, pôde perceber que será grande.

Mas ainda há o que ser feito em terra... Precisa descarregar o seu aparelho e o terreiro. Terminado o saravá ele parte indo se unir com os outros membros da egrégora.

Com o término dos trabalhos, os médiuns começam a ir embora e no Terreiro de Umbanda se faz silêncio. Mas um silêncio apenas aos ouvidos humanos, pois os sons ali emitidos estão numa freqüência diferente dos sons conhecidos nessa Terra.

E os médiuns pensam: “A gira terminou.” Não meus caros, a “gira” está apenas começando.

A egrégora da Casa está reunida dentro do terreiro aguardando o retorno dos Exus de Trabalhos com as informações reais de cada consulta que foi realizada.

Os Exus vão retornando, um a um.

O Mentor da Casa assiste e faz intervenções quanto às deliberações do Alto, e os Chefes de Linha estabelecem o famoso “quem vai fazer o que”. Tudo isso ocorre em ambiente absolutamente harmônico e organizado.

Exus, Caboclos e Pretos Velhos trocam impressões a respeito dos problemas apresentados e deliberam.

Mas, voltando ao nosso amigo Carlos. (Nesse momento vou dar nomes fictícios também as entidades envolvidas nesse trabalho. Digamos que o Preto Velho que atendeu Carlos chama-se Pai Benedito e o Exu de Trabalho chamado por ele foi Exu Marabô).

Quando Exu Marabô retorna com as informações a respeito do que encontrou na casa de Carlos, o diálogo que se dá é o seguinte:

Marabô: É, Pai Benedito, a situação lá está bem complicada.

Pai Benedito: Eu já suspeitava. O que você viu?

Marabô: A casa do moço Carlos foi totalmente absorvida por uma rede de energia que tem seres bem grotescos mantendo-a firme. Segui buscando a origem dessa rede e me deparei com uma construção logo acima da casa.

Adentrando ao recinto vi uma inteligência poderosa por trás disso, mas sem nenhuma relação direta com nenhum dos envolvidos. Buscando entender a “trama” continuei procurando o porque daquilo e encontrei uma mulher bastante dementada, com um aparelho acoplado em sua nuca e pude “ler” seus pensamentos e “sentir” seus desejos que eram de vingança para com o pai carnal do moço Carlos. Vi também que eles ainda não sabem que o moço Carlos veio aqui no terreiro.

Bem, em resumo: A inteligência envolveu essa pobre infeliz e prometendo-lhe “devolver” o pai do moço Carlos pra ela e suga suas energias que é retro-alimentada pelo sentimento de culpa que o pai do moço Carlos tem. Parece que foi uma aventura dele na juventude, só não me preocupei em saber se desta ou de outra vida, pois achei que os dados que tinha já eram suficientes para podermos trabalhar.



Pai Benedito: Sim, sim... Mais do que suficientes! Não estamos aqui para julgar ninguém. Isso cabe ao Pai.

Bem, nesse caso teremos que destruir essa construção, mas precisamos primeiro recuperar a moça, e já que o pai de Carlos está involuntariamente retro-alimentando a construção, precisaremos de recursos para auxiliar os familiares também.

Assim, Pai Benedito se dirige ao Caboclo Flecha Dourada, responsável pela corrente de desobsessão daquele terreiro e expõe a situação.

Imediatamente o Caboclo determina que a Pomba Gira Figueira irá utilizar os seus elementos magísticos para que a equipe de resgate da Casa recupere a moça e quem mais tenha condições de tratamento e a “equipe de força” destrua a construção e todos os equipamentos dentro dela.

Tarefas distribuídas, eles partem para a construção.

Caboclos, Pretos Velhos e Exus guardam uma certa distância da construção e observam a Pomba Gira Figueira assumir uma configuração praticamente transparente.

Ao chegar perto da construção percebe-se sair de sua boca uma espécie de fumaça enegrecida que começa a tomar conta do ambiente. Logo atrás dela, homens empurram uma espécie de carrinho, que lembram os carrinhos usados em minas de escavação de carvão.

Conforme a Sra. Figueira vai entrando no ambiente tomado por essa fumaça negra, os seres que lá estão caem em profundo sono, sendo resgatados pelos homens e colocados dentro dos carrinhos. A ação dela é rápida. Ninguém percebe a sua presença.

Quando todos são resgatados, a Sra. Figueira começa a manipular a energia dos instrumentos dentro da construção mudando sua forma, plasmando outras energias e transformando os instrumentos em bombas auto-destrutivas.

Finalmente sai da construção e os Exus que compõe a “tropa de choque” ou “equipe de força” passam a detonar a bomba e a destruir a construção e a malha que envolve a construção material na Terra e a prender os seres grotescos que dão sustentação a malha no ponto da construção material.

Caboclos e Pretos Velhos começam a tratar ali mesmo as inteligências retiradas da construção, colocando-os em macas e direcionando aos locais adequados aos tratamentos que irão receber, sob os olhos atentos dos Exus Guardiões, Amparadores e de Trabalho.

Outros partem para a construção material e começam o trabalho individualizado entre os membros da família. Exus fazem o trabalho de limpeza e descarga, resgatando os “perdidos”, para serem encaminhados para os trabalhos de desobsessão da Casa de Umbanda, abrindo espaço e dando condições vibratórias para o trabalho dos Caboclos e Pretos Velhos que é o de inspirar pensamentos de perdão ao pai de Carlos, de esperança no próprio Carlos, saúde e bons eflúvios na esposa e mãe de Carlos. Através de passes magnéticos Caboclos e Pretos Velhos transformam o campo vibratório da casa e cuidam de seus moradores.

Enquanto tudo isso ocorre a casa dorme, e todos são tratados em espírito.

Enquanto isso os médiuns daquele terreiro também dormem em suas casas, mas alguns estão doando ectoplasma, auxiliando nos trabalhos de transmutação energética. Uns participando ativamente e outros observando e aprendendo, através do processo de desdobramento, assistem a boa parte dos trabalhos.

Após o trabalho realizado o Mentor da Casa sorri.

É claro que todos sabem que de agora em diante é de acordo com o merecimento de cada um, de cada membro dessa família, tudo dependerá do quanto cada um irá lutar para melhorar, mas agora sem as “amarras” ou interferência do Astral Inferior.

A Umbanda através de uma ação conjunta dos componentes da egrégora de uma Casa de Umbanda pôde proporcionar alívio, conforto e libertação aos membros da família e auxílio aos irmãos perdidos nas trevas da ignorância, do ódio, do rancor, do remorso e da culpa.

Mesmo que Carlos nunca mais volte ao terreiro para agradecer a melhora, ou que nunca desperte para a ajuda que recebeu, mesmo que o pai de Carlos nunca se perdoe, a Umbanda se fez presente em Caridade e Amor!

LAROYÊ EXU!


OBS: Essa história foi contada pela Pomba Gira Maria Padilha das 7 Encruzilhadas que trabalha na Egrégora do CECP, visando explicar algumas dinâmicas de trabalho. Os personagens dessa história receberam nomes fictícios.

Mãe Iassan Ayporê Pery
Dirigente do Centro Espiritualista Caboclo Pery

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MENSAGEM DE EXU TIRIRI

Vocês têm ligação com o Diabo?

Rindo, seu Tiriri diz:

O mal está dentro de cada um que vive na sua terra.
Cabe a vocês distingüi-los, trabalhando para combatê-lo.
Não adianta você está dentro de uma igreja, centro ou qualquer templo, invocar o nome de Deus, e logo ao sair deste, agir com maldade para com seu semelhante.
Muitos na terra seriam Exú, por viverem com o coração cheio de maldades.

Vêem nos pedir para fazer o mal, e eu te pergunto:
Quem é o Diabo?
Acho que deve-se contar é a fé. A essência que purifica e perfuma o coração dando a vida.

Alguns vivem a nos massacrar, por gostarmos de beber e fumar, quando deveriam verificar o trabalho realizado. Tantos em outros credos não bebem, não fumam, mas enganam e enrolam os humildes e carentes na fé.

Eu tenho certeza que meu trabalho é muito bem feito e copiado por tantos, vocês dificilmente irão ver um espírita criticar e atacar qualquer religião, porque aprendem a respeitar a liberdade de credo.

Antes de se atacar a religião por alguma coisa errada, deve-se procurar ver o caráter de quem a dirige. De falsos pastores a sua terra está cheia, tornando-se o grande inferno.
Somos massacrados por imagens e nomes que são puras palavras.

Pensem:
Quantos na terra receberam de seus pais nomes de santo e agem unicamente a serviço do mal.

A maldade existe não vindas conosco e sim com pessoas impuras e superficiais. Se um médium tem bom coração este jamais irá carregar um espírito sem luz a serviço do mal.

Alguns Dirigentes de credos diferentes mas obviamente ligados a Deus, criticam se achando os donos da verdade por lerem a palavra de Deus, criticam imagens criadas pela mão do homem se esquecendo que a Bíblia também é feita pela mão do homem e hoje já se encontra dividida por credos, acho que Deus deixou uma única escritura.

Será que eles mesmos agem por intermédio dela?

Procure observá-los no dia à dia e não somente em dias de reuniões. Será que a palavra de Deus ensina seus filhos a impor ou ridicularizar, mesmo quando foi traído por Judas este sentiu piedade e amor. O perdoando.

Quem sabe estes são impulsionados com fanatismo e por esses espíritos sem luz que dizem vir dos Espíritas Umbandistas, ou do Candomblé.
Os que criticam geralmente passaram pelo espiritismo desejando algo que jamais mereceram.

Hoje enganando vão acumulando seus seguidores vão emprestando bens para impressionar e chamar mais e mais fiéis.
Eu recebo em minha casa várias pessoas também revoltadas e enganadas em seus credos, mais de que adianta brigar quando um dia de tudo tem que se prestar conta.

Espíritas não atacam, são atacados.

Alguns em seus credos atacam julgando-se melhores.
Jesus não atacou e foi castigado.

Quem é quem?

Os espíritas verdadeiros são serenos e evangelizados, não precisam defender-se, já que Deus é nosso juiz, auxiliado pelo nosso supremo advogado – O divino Mestre Jesus Cristo, no tribunal celestial.

Lembrem-se constantemente:
A vida tem seu começo, meio e fim para todos…

Dialogo do livro o Retorno de um adolescente

domingo, 6 de setembro de 2009

DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE

Ninguém deverá forçar o desenvolvimento dessa ou daquela faculdade, porque, nesse terreno, toda a espontaneidade é necessária; observando-se, contudo, a floração mediúnica espontânea, nas expressões mais simples, deve-se aceitar o evento com as melhores disposições de trabalho e boa-vontade, seja essa possibilidade psíquica a mais humilde de todas.

A mediunidade não deve ser fruto de precipitação nesse ou naquele setor da atividade doutrinária, porquanto, em tal assunto, toda a espontaneidade é indispensável, considerando-se que as tarefas mediúnicas são dirigidas pelos mentores do plano espiritual.

Alguns médiuns parecem sofrer com os fenômenos da incorporação, enquanto outros manifestam o mesmo fenômeno, naturalmente.

Nas expressões de mediunismo existem características inerentes a cada intermediário entre os homens e os desencarnados; entretanto, a falta de naturalidade do aparelho mediúnico, no instante de exercer suas faculdades, é quase sempre resultante da falta de educação psíquica.


DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO

Tentando definir a mediunidade, podemos ainda interpretá-la como sendo a capacidade de fazer-se alguém intermediário entre pessoas e regiões distintas. E assim como existem agentes de variada espécie para variados assuntos da vida humana, temos medianeiros de especialidades múltiplas para a vida espiritual.

lnformados hoje de que a morte física não expressa sublimação, não podemos assim admitir que o desenvolvimento das faculdades psíquicas constitua, só por si, credencial de superioridade.

Daí, o imperativo de fixarmos no aprimoramento pessoal a condição primária do êxito em qualquer tarefa de intercâmbio.

* Aqui, encontramos clarividentes notáveis
* e além somos defrontados por excelentes médiuns falantes, mas se aquele que vê não possui discernimento para o esforço de seleção e se aquele que se faz portador do verbo não consegue auxiliar a obra de esclarecimento construtivo, o trabalho de transmissão sofre naturalmente consideráveis prejuízos, desajudando ao invés de ajudar.
Nesse sentido, somos obrigados a reconhecer que o espírito do Cristianismo jamais foi alterado, em sua pureza essencial, mas os representantes ou medianeiros dele, no curso dos séculos, impuseram-lhe cultos, interpretações, aspectos e atividades, simplesmente artificiais.
O médium de agora deve exprimir-se em mais altos níveis.
Acham-se, frente a frente, os dois grandes grupos da Humanidade — encarnados e desencarnados — e, em ambos, persistem os “altos e baixos” do mundo moral...

Se o intermediário entre eles não se aperfeiçoa, convenientemente, permanece na posição do aprendiz retardado, por tempo indefinível, nas letras iniciantes, quando lhe constitui obrigação avançar sempre, na direção da sabedoria.

*O artista é o representante da música.
*O violino é o instrumento.

Mas se o violino aparece irremediavelmente desajustado, como revelar-se o portador da melodia?

* A força elétrica é o reservatório de poder.
* A lâmpada é o recipiente da manifestação luminosa.

Mas se a lâmpada estiver quebrada, como apro­veitar a energia para expulsar as trevas?

*
*O benfeitor espiritual é o mensageiro da perfeição e da beleza.
* O homem é o veículo de sua presença e intervenção.

Todavia, se o homem está mergulhado no desespero ou no desalento, na indisciplina ou no abuso, como desempenhar a função de refletor dos emissários divinos?

Há muita gente que se reporta ao automatismo e à inconsciência nos estudos da mediunidade, perfeitamente cabíveis no círculo dos fenômenos. Não podemos olvidar, entretanto, que o serviço de elevação exige:

* esforço e boa-vontade,
* vigilância e compreensão daquele que o executa, a fim de que a tarefa espiritual se sustente em vôo ascensional para os cimos da vida.

Por esse motivo, quem se disponha a cooperar em semelhante ministério, precisará buscar no bem a sua própria razão de ser.

Amando, arrancamos no caminho as mais belas notas de simpatia e fraternidade, que constituem vibrações positivas de auxílio e apoio, na edificação que nos compete efetuar.

A bondade e o entendimento para com todos representam o roteiro único para crescermos em aprimoramento dos dons psíquicos de que somos portadores, de modo a assimilarmos as correntes santificantes dos planos superiores, em marcha para a consciência cósmica.

* Não há bom médium, sem homem bom.
* Não há manifestação de grandeza do Céu, no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra.

Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir.

* não é o mundo espiritual que deve descer para o homem
* e sim o homem que precisa elevar-se ao encontro dele.

E semelhante ascensão não será simples serviço da mediunidade espetacular. É obra de sublimação interior, gradativa e constante, sobre os alicerces do bem, ao alcance de todos.

As portas do tesouro psíquico estão vigiadas com segurança.

A direção de uma central elétrica não pode ser confiada às frágeis mãos de um menino.

Como conferir, de improviso, ao primeiro candidato à prosperidade mediúnica a chave dos interesses fundamentais e particulares de milhões de almas, colocadas nos mais variados planos da escada evolutiva?

Naturalmente que as grandes responsabilidades não são inacessíveis, mas a criança precisa crescer para integrar-se em serviços complexos; e o colaborador iniciante, em qualquer realização, necessita do tempo e do esforço a fim de converter-se em auxiliar prestimoso.

Nos problemas de intercâmbio com a Esfera Superior, desse modo, antes do progresso medianímico, há que considerar o aprimoramento da personalidade para melhor ajustar-se à obra de perfeição geral.

* O grande rio, sem leito adequado, ao invés de correr, beneficiando a paisagem, encharca o solo, transformando-o em pântano letal.
* A ponte quebradiça não suporta a passagem das máquinas de grande porte.

A mediunidade, como recurso de influenciar para o bem, não se manifesta sem instrumento próprio.

* Só o grande amor pode compreender as necessidades de todos.
* Só a grande boa-vontade pode trabalhar e aprender incessantemente para servir sem distinção.

Antes de nos mediunizarmos, amemos e eduquemo-nos. Somente assim receberemos das ordenações de mais alto o verdadeiro poder de ajudar.

Emmanuel .

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Partindo dessas definições falaremos hoje da ‘emancipação da alma’ e temos como base O Livro dos Espíritos, e o livro Sonhos de Djalma Argolo.

A questão 402 do Livro dos Espíritos argui como avaliar a liberdade do espírito durante o sono.

Essa interrogação deixa claro que ao dormirmos nos tornamos mais independentes, ou seja, nos emancipamos do corpo para vivermos, por assim dizer, novas aventuras. Novas aventuras, no sentido de podermos encontrar com outros espíritos encarnados e desencarnados para trocar idéias, realizar trabalhos ou mesmo visualizar acontecimentos de encarnações passadas, atual ou futura. Essas ações, algumas vezes, são realizadas e visualizadas para o encarnado em forma de sonho e, na maioria das vezes, a pessoa não se lembra do que Aconteceu.

A emancipação para o espírito encarnado, segundo Kardec, é uma morte momentânea onde ele tem a oportunidade de se instruir, inclusive com os espíritos superiores e onde alguns espíritos encarnados mais avançados também aprendem a não temerem a morte. Esses encontros noturnos entre espíritos encarnados geram amizades sinceras, uma vez que eles se relacionam enquanto seus corpos descansam, então, quando se encontram em estado de vigília, sentem afinidades um pelo outro, da mesma forma que não conseguem se entender de maneira inexplicável por causa dos desentendimentos ocorridos enquanto se encontram emancipados durante o sono.

O espírito não descansa nunca. Enquanto o corpo relaxa, ele viaja, estuda, se relaciona com o mundo dos espíritos e aprende, porque essa é uma forma que Deus deu para que nós, os encarnados tenhamos oportunidades de nos renovar para o bem e para percebermos que podemos aprender com nossos erros passados visualizados através dos sonhos, bem como para entendermos certas coisas que acontecem em nossas vidas. É claro que nem tudo que se visualiza é lição, muitas vezes, o espírito precisa relaxar e vai se encontrar com seus afins apenas para se divertir mesmo.

Há que se pensar, porém, é que Deus não faz nada por acaso é por isso que nos possibilitou uma forma de saber o que aconteceu enquanto nos emancipamos do corpo “o sonho”, é a única forma que nós, espíritos encarnados, temos de nos recordar do que fizemos enquanto dormíamos, o sonho nos permite lembrar das nossas ações para que possamos refletir sobre o ocorrido, ao mesmo tempo em que essas ocorrências nos servem de alerta para acontecimentos futuros, seja conosco ou com pessoas que nos cercam. Outra façanha dos sonhos é nos transportar para rever acontecimentos do passado, seja ele, da encarnação presente ou de outras muito distante.
Carlos Bernardo Loureiro aponta no livro “a visão espírita dos sonhos” que a tese do sono como emancipação da alma já era propalada (divulgada) pelos seguidores de Pitágoras na Grécia Antiga onde eles afirmavam que a alma se libertava do corpo durante o sono para interagir com espíritos superiores enquanto isso, Artemidoro de Efeso buscava informações sobre a índole moral da pessoa que sonhava, para a partir daí, interpretar esse sonho. Cremos nós que essa forma de interpretar venha se coadunar (reunir) às idéias de Kardec de que os iguais se atraem.
A questão 404 do Livro dos Espíritos interroga sobre a significação dos sonhos e o espírito informa que eles não tem significado atribuído por alguns adivinhos, mas, apresentam imagens reais ao espírito, mesmo não tendo, muitas vezes, relação com o que acontece quando o sonhador se encontra acordado. O sonhador pode estar tendo um pressentimento do futuro, pode estar apenas vendo algo que esteja se passando no lugar onde ele esteja visitando, isso porque ele não fica parado enquanto o corpo dorme.

O espírito, no momento da emancipação, precisa se movimentar para não perder o contato com os seus afins que se encontram distantes ou desencarnados. Em suas horas de emancipação o espírito pode percorrer países diferentes para encontrar seus afins e quando acordar, dificilmente vai se lembrar de onde esteve e ou com quem esteve.

Djalma Argolo se referindo às discussões oníricas foi buscar suporte nas pesquisas de Jung, psicanalista suíço que se baseou nos sonhos e visões que teve para desenvolver seu trabalho psicanalítico, e ao mesmo tempo fortaleceu a leitura de emancipação da alma. Ele acabou comprovando por seus estudos científicos que a alma pode se libertar momentaneamente do corpo e produzir informações que contribuam com o desenvolvimento moral do encarnado. Ou seja, Jung com suas pesquisas, ratifica o que Kardec, no século XIX descobriu interrogando diretamente aos espíritos.

Argolo enfatiza que o sonho não é apenas um fator inerente a existência física do espírito, ela está intrinsecamente (próprio da alma) ligado à vida permanente do espírito em todas as suas existências, mesmo porque a reencarnação é uma lei natural e o espírito não perde sua individualidade, portanto, enquanto se encontra preso pelo laço da encarnação sempre que pode se liberta para encontrar com seus amigos, distantes ou desencarnados, e qual melhor momento? O sono, enquanto o corpo descansa o espírito realiza as suas viagens.

Jung define a alma em duas substâncias ou partes reais onde predominam o consciente e o inconsciente. A consciência é o órgão de orientação humana, ela constata a existência das coisas, produz as sensações e as percepções de forma geral. Dentro do consciente também o pensamento está ligado à percepção e logo em seguida vem o sentimento que valoriza o objeto da percepção de forma particular, levando o espírito encarnado ao prazer ou ao desgosto. O que Jung chamou de quarta faculdade da consciência é a intuição que está ligada a percepção para compreender o que lhe é superior, ou seja, o que não atinge o campo visual do encarnado e que não pode ser notado pelas outras funções.

Para Jung a consciência é produzida pela percepção. Posto que o ser humano nasce inconsciente e vai se estruturando à medida que vai se desenvolvendo. Até certo ponto eu concordo com Jung por que a consciência é produto de trabalho é só pode haver consciência a cerca de alguma coisa ou ação a partir do conhecimento das causas e das conseqüências, porém, não podemos acreditar que um espírito reencarne zerado de conhecimento porque não se justificaria as interações dos espíritos no momento da emancipação, com espíritos de outras dimensões ou localidades onde eles nunca estiveram enquanto encarnados.

Ainda segundo a teoria de Jung, o inconsciente é o lugar onde se encontram armazenadas as lembranças perdidas e os conteúdos ainda poucos enraizados no consciente. Nessa ordem se encontram os arquétipos (modelos representativos de coisas ou eventos ex: arquétipo de bruxa, mulher feia, nariguda, corcunda, magra usa chapéu vassoura e roupas negras.) que se encontram presentes em todo o mundo, em todas as línguas e que é conhecido como o inconsciente coletivo. Coletivo porque é reconhecido em todas as partes do mundo por todas as pessoas. Nesses aspectos penso eu, que sonhar está intimamente ligado ao arquétipo liberdade, viagem do espírito encarnado.
A questão 405 do livro dos espíritos se refere aqueles sonhos que parecem pressentimento, mas não se realizam, os espíritos esclarecem que a alma mesmo afastada, continua ligada a matéria por sua influência terrena, por isso pode muito bem ver o que deseja durante o descanso do corpo, isso depende do seu grau de preocupação com a problemática vivida em estado de vigília. Sobre a interpretação dos sonhos Argolo conta que na antiguidade os deuses utilizavam os sonhos para realizar curas, inclusive no Egito e na Grécia havia templos para os enfermos dormirem até sonhar e conseguir a cura através do encontro com os espíritos dos seus ancestrais.

Na antiguidade a mediunidade era exercida no sonho, os sonhadores tinham visões do que iria acontecer e os sonhos posteriormente se confirmavam, assim eles viam os sonhos como mensagens que lhes ajudariam mais tarde, inclusive nas batalhas das guerras, como acontecia com Joana D’arc na guerra dos cem anos.

Foi por causa de um sonho que Constantino, o imperador romano estabeleceu através do Edito de Milão no ano de 312 d.C. a tolerância religiosa. Depois de sonhar com Jesus numa cruz com o seguinte dizer: “com este sinal vencerás”, ele então se converteu ao cristianismo utilizou a cruz nas vestimentas dos seus soldados e venceu a batalha da ponte Milvia, como reconhecimento ao aviso que teve durante o sono, estabeleceu a lei de tolerância religiosa.

O que se pode pensar então do sonho? Uma coisa é certa, o sonho é a porta da comunicação entre o espírito encarnado e o mundo dos espíritos, ou como diz Djalma Argolo, “é o resultado das vivências do espírito desligado do corpo durante o sono e da associação de conteúdos inconscientes aglutinado pelo afeto despertado em algum episódio.”. Isso porque o cotidiano influencia tanto o encarnado que ele no momento em que se liberta parcialmente vai à maioria das vezes ao encontro dos seus semelhantes.

A questão 407 do livro dos espíritos expressa dúvida sobre o momento da encarnação e interroga se é preciso adormecer completamente para se afastar do corpo físico. Os espíritos então responderam que sempre que os sentidos de uma pessoa se entorpecem o espírito pode dar uma escapada, posto que a condição para o espírito se afastar do corpo é ele se encontrar débil.

Assim o espírito utiliza vários estágios para se emancipar, e à medida que esses estágios vão ficando mais altos, o espírito vai ganhando espaço e se deslocando mais, nos desdobramentos, por exemplo, o encarnado pode se relacionar com outros espíritos em casa ou em lugares distantes. O espírito não dorme nunca, ao contrário, ele aproveita o relaxamento do corpo para praticar ações que durante a vigília não pode realizar.

Se alguém me perguntasse por que se sonha, eu certamente não saberia responder, mas, estudiosos como Jung tem várias explicações, ele afirmou que os sonhos se realizam por diversos motivos, inclusive, por estímulos fisiológicos e esse tipo de sonho acontece devido a necessidade orgânica do sonhador, por exemplo, o sonhador ( o espírito) se encontra em uma festa se divertindo, mas o corpo sente necessidade fisiológica de fazer xixi então o espírito recebe a informação e a transforma em sonho, assim, tem a necessidade de sair a procura de um banheiro, ao perceber que está dormindo tem o impulso de acordar para não molhar a cama. O que se nota nessa situação é que a necessidade fisiológica do corpo adormecido provoca a sensação no espírito que se encontra fora e este retorna para evitar o “desastre”.

Quando a situação do sonho é o desdobramento o espírito se desliga do corpo e entra em contato com o mundo dos espíritos, sem perder o seu estado de consciência, mas sabe perfeitamente que está interagindo com outros espíritos encarnados ou não, e quando acorda se lembra nitidamente de onde estava e com quem esteve. Já nos sonhos premonitórios como demonstra Argolo, o sonhador se comunica com o que vai acontecer no futuro. É claro que nem sempre se tem um sonho com a mesma clareza que acontece no desdobramento, mas, se o sonhador souber fazer uma leitura mais apurada, perceberá que as simbologias apresentadas nos sonhos podem se tornar realidade.

Os sonhos premonitórios visualizam problemas que podem acontecer com outras pessoas e não possuem uma objetividade, eles se apresentam quase sempre em linguagem simbólica e quando o sonhador acorda tem apenas a intuição de algo de bom ou ruim vai acontecer, mas não sabe precisar o que ou com quem. Ainda na categoria dos sonhos diversificados vamos encontrar os mediúnicos. Os sonhos mediúnicos são aqueles que têm a interferência direta dos espíritos desencarnados. É um sonho que possui características bem próprias.

Carl Gustav Jung relata um sonho mediúnico que teve com sua falecida esposa Emma Jung, ela apareceu para ele em sonho, como se fosse uma visão, aparentava mais jovem, vestia um lindo vestido que ganhara de presente de sua prima, mas que jamais usou em vida. Tinha olhar sereno e não mostrava apego ao mundo dos vivos, permaneceu paralisada à frente dele e não proferiu nenhuma palavra. Mas fez com que Jung percebesse nela, toda sua história de vida à dois e os seus últimos dias de vida com ele. Ela se mostrou para ele não como um espírito desencarnado do qual ele se lembraria casualmente, mas se fez ver como pessoa real para que ele tivesse a certeza de que estava diante de uma pessoa desencarnada e não um produto do seu inconsciente provocado pelos seus problemas diários.

Essa forma de apresentação acontece entre médiuns e espíritos para que não reste dúvidas sobre o fenômeno da espiritualidade. O próprio Jung, a partir de suas experiências pessoais passou a observar e abordar fenômenos mediúnicos em seus estudos nos moldes da teoria estabelecida por Kardec, dando atenção aos efeitos inteligentes que se processam através do psiquismo ou fluído universal que anima os seres vivos. E é por causa do fluído universal ou inteligência, que as lembranças permanecem com os espíritos por muitas vidas, podendo ser visitadas durante o sono, ou melhor, dizendo relembradas e denominadas de sonhos de existências passadas.

No sonho de existências passadas o sonhador revive fatos acontecidos em encarnações anteriores. Mas isso não significa que ele tenha sempre, uma visão esclarecida sobre o que viu no sonho. Algumas vezes as imagens aparecem de forma confusa, outras vezes não deixam dúvidas quanto a veracidade do fato revisitado, outras vezes mostram episódios relacionados a problemas da existência atual do sonhador, e essa não deixa de ser uma forma de ensinar ao sonhador que o que ele está fazendo é uma viagem às suas origens e que ele pode utilizar como exemplo para melhorar seu posicionamento ou suas atitudes referentes ao produto do seu sonho ligado ao seu problema atual.

Djalma Argolo ao discorrer sobre o assunto ratifica que o espírito uma vez liberto pela emancipação momentânea da alma, vai procurar solução para os seus problemas existenciais, podendo recorrer a vários tipos de ajuda e uma das primeiras opções é desenvolver tarefas que possam ajudar a outros espíritos necessitados e acumular bônus para o seu próprio crescimento interior. Até porque o espírito trabalha todas as horas do dia e quando o corpo descansa, as chances dele desenvolver trabalhos mais bem elaborados e de avançar na escala espírita são bem maiores. Dependendo do grau de entendimento em que se encontre, no momento em que seu corpo descansa, o encarnado pode se juntar a outros no mundo espiritual ou amigos encarnados para colaborar com o desenvolvimento intelectual de espíritos menos instruídos, ajudar espíritos perdidos a se encontrarem ou mesmo cuidar de doentes.

Esse tipo de viagem espiritual é também chamada de sonhos terapêuticos, e eles não estão apenas nos livros, eles se realizam no dia a dia das pessoas mais simples e que às vezes nem têm consciência de sua mediunidade ou que por várias razões não sabem fazer a leitura mediúnica.

Não podemos nos esquecer que o espírito ao se afastar momentaneamente do corpo não realiza apenas ações boas, ele pratica e recebem influencias ruins, podem ser obsidiados, fazer mal a pessoas que não gostem, é só encontrarem um espírito na mesma sintonia dele para ajudá-lo na maldade, assim como aproveitam para realizarem coisas que acordados não fazem por questões de ética social. Porém ao se encontrarem com espíritos do bem só realizam boas ações, outro fator muito positivo e que acontece durante a emancipação da alma é o tratamento durante o sono. Os espíritos amigos ao perceberem que o sonhador está precisando de socorro podem submetê-los a diversos tipos de tratamentos como, por exemplo, submeter o obsidiado a confronto direto com seu obsessor para forçá-los a um perdão das ofensas e início de uma nova vida.

Outras vezes fazem terapias de regressão de vidas passadas durante o sono para que o sonhador possa se recuperar física e mentalmente do mal que o atinge. É a partir desses tratamentos que o encarnado vai tomando consciência de suas atitudes e conquistando novas amizades no mundo espiritual, amizades estas que lhe facilitam a aceitação das coisas que antes ele se negava a acreditar ou a realizar.

Para finalizar, a emancipação da alma é a forma de manter o contato do encarnado com o mundo dos espíritos e ao mesmo tempo do encarnado aprender a entender utilizar suas visões para o seu próprio crescimento. Allan Kardec assim definiu os sonhos:

“os sonhos são o produto da emancipação da alma que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de convivência […] a lembrança que traz à memória acontecimentos realizados na existência atual ou em existências anteriores”.

Fiquemos todos com Deus e uma boa noite.

REFERÊNCIAS:
ARGOLO, Djalma. Sonhos: interpretação dos sonhos à luz da psicologia e do espiritismo. Contagem, MG: Casa dos espíritos Editora, 2005.

LOUREIRO, Carlos Bernardo. A visão espírita do sono e dos sonhos.
Casa Editora: O Clarim, Matão, SP- Brasil.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos-
São Paulo: Petit, 1999.