domingo, 28 de junho de 2009

CARIDADE

Quantas vezes, você já se perguntou quanto errou ao fazer uso dos dons divinos a você concedidos:
o pensamento, a palavra, os atos?

Quantas vezes o uso inadequado destes serviu de discórdia, tristeza, desunião, desarmonia e uma gama imensa de destruição?

Quantas vezes você serviu de instrumento do astral inferior?

Não se preocupe !
Há sempre um tempo, um momento em que despertamos, em que uma luz brilha lá no fundo de nossa consciência e tomamos o caminho certo.
É só dar ouvidos ao nosso Deus Interior.

Você pode ainda e sempre :

Ser motivo de alegria onde imperam as lágrimas do desespero, da dor.

Ser a voz que reconcilia um ambiente de brigas, de desunião.

Ser o ombro amigo, o apoio, o leme, para aquele que se arrasta pedindo pelos caminhos esburacados da vida.

Ser o calor do ânimo para o irmão que se deixa dominar pelo desalento, pela vontade de não mais lutar.

Ser resignação onde o sofrimento deve seguir o caminho pré-determinado.

Ser a voz sábia que apaga o fogo da discussão improdutiva, das brigas fomentadas por diferenças sociais, econômicas, raciais e religiosas.

Ser a palavra amiga do perdão para aquele que só recebeu condenação e censura e traz o ódio no coração.

Ser o instrumento da paciência, da calma, da cautela onde reina o espinheiro da irritação.

Ser a luz do discernimento, da compreensão, da procura que faz crescer aquele que anda nas trevas da ignorância.

Ser a gota de orvalho vivificante para quem se chafurda na lama dos vícios, entupindo de veneno o corpos a ele designados.

Ser o sorriso de amor, de apoio onde as lágrimas banham o rosto e a alma daquele que se rasteja em desespero numa vida sem sentido.

Ser fonte de generosidade onde impera a ganância fomentada sempre no querer material, no completo esquecimento de que pode e deve dar a mão ao outro caminhante.

Ser a verdade, a vida, a luz sem ferir as suscetibilidades, os meandros da consciência, sem impor.

Ser a humildade que opera prodígios em ambientes destruidores de orgulho, de vaidade e maliciosidade.

Ser o pensamento vibrante, calçado no positivismo, em forças superiores onde haja atitudes comprometedoras ligadas às correntes desarmoniosas.

Ser a palavra serena e respeitosa que anula a voz descontrolada pela cólera, pois a agressão jamais convence, jamais une.

Ser o silêncio construtivo onde a palavra inadequada e desnecessária destrói.

Ser tolerância, entendimento, bênção para cumprir os seus ideais e compromissos assumidos.

Pensar harmoniosamente, ver com discernimento, ouvir com bondade, falar com lógica e agir com caridade para aproximar-se dos profundos ensinamentos transmitidos por Cristo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A UMBANDA DE JESUS

Sete Encruzilhadas, o Caboclo que anunciou o surgimento da Religião de Umbanda em 1908, declarou que Jesus seria o Mestre a ser seguido pelos umbandistas.

Controvérsias à parte, já que alguns não aceitam suas palavras como base para uma vida espiritual sadia, Jesus é o modelo mais perfeito escolhido para ser o espelho dos médiuns e demais seguidores da Umbanda. Não há outro Médium vivido entre os homens que tenha subtraído toda a autoridade do Grande Mestre da Judéia em se tratando de vida mediúnica sadia e correta.

Jesus, o Médium, em nenhum momento fez alarde de sua missão na Terra. Sendo detentor de tanta autoridade, jamais exigiu que os homens se subjugassem a Ele. Jamais impôs sua condição de Ser Iluminado a fim de obter prestígio perante os grandes e diante dos pequenos. Suas palavras, cheias de autoridade, jamais foram autoritárias. Pelo contrário, tinham uma meiguice e uma simplicidade que encantavam os pequenos e incomodavam alguns que se achavam grandes.

Em sua trajetória mediúnica na Terra, Jesus aguardou o momento certo para agir em favor da caridade. Seu primeiro ato caritativo, no casamento de Caná, foi precedido de uma oração feita pela mãe que, aflita, intercedeu pelos noivos e seus pais. Jesus podia muito bem ter feito a transformação do vinho antes mesmo de Maria lhe pedir com tanta veemência, mas aguardou a hora certa. Não se precipitou, mas foi paciente para esperar que o tempo definisse o momento propício.

O médiuns de Umbanda, tanto os que estão iniciando quanto aqueles que já militam na fé, precisam ser menos apressados em ser úteis no trabalho espiritual da caridade. O tempo urge, mas não se precipita. Há médiuns que desejam ou querem tanto ser utilizados como aparelhos dos Caboclos e Pretos Velhos que não se preocupam com o próprio aprimoramento ou com o tempo certo para tal trabalho. Avançam apressadamente para os terreiros, colocando roupas brancas – ou coloridas, como queiram -, enchendo os pescoços de guias sem fundamentos e “incorporando” alguma Entidade.

Esquecem-se que incorporar qualquer Entidade não é o principal. Essa faculdade é apenas uma das muitas tarefas a desempenhar durante toda a vida. O início de tudo é a mudança que deve ocorrer dentro de cada um. Assim como foi a transformação que Jesus realizou em Caná, quando a água dos jarros ganhou cor, sabor e essência de vinho.

Apressadamente, muitos médiuns estão servindo fel aos que comparecem às bodas que são realizadas cotidianamente nos Terreiros de Umbanda. Em nome da “vontade” de trabalhar ou “receber” Caboclo – como se isso fosse um verdadeiro milagre – estão sendo depositários de uma bebida amargosa, fétida e intragável, quando incorporam sem o devido preparo espiritual e logo realizam consultas e receitam banhos, garrafadas e obrigações sem fim aos convidados da festa chamada Gira. Não atinam para o fato de que eles próprios são os jarros que devem conter a verdadeira bebida espiritual servirá para alegrar os corações necessitados que foram chamados a participar do evento. E, como se isso não bastasse, logo depois das primeiras incorporações, já que tomam para si o título de “mestre divino”.

Satisfeitos de sua capacidade mediúnica de incorporar e de falar em nome dos Pretos Velhos e dos Caboclos, logo sobem num pedestal ilusório e passam a encenar o quadro do Sermão da Montanha.

Olham do alto para os irmãos, tal como o humilde Jesus, e orgulhosos iniciam uma pantomima que supostamente pretende ensinar aos fracos e oprimidos da última hora. Baseados em sua pouca experiência e sem a devida mudança de pensamentos, hábitos e desejos, levantam-se de peito inflado e voz autoritária sobre os menos favorecidos como verdadeiros “mestres da Galiléia”.

Jesus, o exemplo apontado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não foi um médium dessa estirpe. Ao contrário, desde moço, encheu-se de sabedoria, discernimento, autoridade e virtude para depois transmitir as novas da salvação aos homens de sua época e os dos dias atuais. Não teve como base seus pensamentos e suas experiências, mas sim nas Palavras Sagradas dos Profetas.

Jesus não teve olhos para os reinos do mundo. Como médium poderia servir-se de sua condição para angariar respeito e poder diante dos magistrados, sacerdotes e senhores da Judéia, mas rejeitou os oferecimentos políticos, mundanos e passageiros, para continuar humildemente sua missão na Terra.

Jesus não se intitulou “mestre”, mas Filho. Não se arvorou como “doutor”, mas apresentou-se como Aprendiz diante do Templo. Não subiu num trono para ser rei, mas encurvou-se como “Servo” aos pés dos discípulos.

Assim deve ser a Umbanda praticada por aqueles que se acham estupendos por incorporarem uma Entidade de Luz. Esse deve ser o retrato daqueles que batem no peito e dizem que são “médiuns”.

A Umbanda que Jesus praticou foi simples, sem estardalhaços, sem holofotes, sem soberba, mas cheia de doçura como o vinho e de palavras vivas como as da Montanha.


Deus Salve a Umbanda!

Texto de:
Julio Cezar Gomes Pinto

O JOVEM UMBANDISTA

Começo por destacar o preconceito que nós umbandistas sofremos no nosso dia-a-dia. As brincadeiras de colegas de trabalho, de familiares, de amigos...

A expressão de incredulidade quando expressamos sem vergonha a nossa religião.
Sim, eu sou UMBANDISTA!
E pronto. Logo começa o rebuliço. E as perguntas fluem.

Admito e concordo que muitas dessas dúvidas são comuns e até consideráveis, mas é cada coisa que se ouve...

E a que devemos toda essa falta de esclarecimento?
Todas essas dúvidas que seriam tão fáceis de serem explicadas?
A falta de estudo!

Muitos acham que ser Umbandista é só chegar no terreiro, incorporar e pronto.
Cumpri minha tarefa.

Mas a Umbanda também é estudo.
Estudo para se entender o porquê do caboclo gritar, o porquê do charuto do Exu ou da água e da vela tanto usadas pelos Pretos Velhos.
Estudo para se entender a nossa fé.

E aí chegamos a juventude.
E sua eterna sede pelo saber (ou ao menos assim deveria ser...).

É fraca a presença e a participação de jovens nos terreiros de Umbanda. Talvez por falta de informação ou até por vergonha de serem taxados de macumbeiros.

Por quê será que os jovens esperam envelhecer para adentrar em um terreiro e às vezes desencarnam jurando que são espíritas e não umbandistas?

Por quê o medo e a vergonha do jovem levantar a bandeira da Sagrada Umbanda?
De agradecer a Zambi e desejar a paz de Oxalá?

Sei que a nomenclatura não importa. Seja Deus, Alá, Zambi...
Mas porque não usar a nomenclatura própria da Umbanda?
Será que é tão difícil o jovem lutar para desmistificar a Umbanda?

A Umbanda é uma religião aberta que permite diversas interpretações.
E isso acaba dificultando o estudo.

Estudo para se entender o porquê do caboclo gritar, o porquê do charuto do Exu ou da água e da vela tanto usadas pelos Pretos- Velhos.

Às vezes a corrente que você segue no seu atual terreiro não será a corrente (de pensamento) que será no próximo.

Não existe uma "bíblia" explicitando a prática e os conceitos da Umbanda. Isso varia de terreiro pra terreiro. Mas será que a troca de experiências não nos auxiliaria a compreender melhor a Umbanda?

Não estou propondo aqui uma estilização da Umbanda.
Uma unificação de culto.
Não!

O que digo é, unirmo-nos em uma frente para acabar com o preconceito, com a falta de estudo e compreensão.
E poder oferecer esclarecimento para todos que se interessam por essa linda religião.

Isso é dever de todo Umbandista!
Mas deveria ser um desejo especial o jovem.
Lutar pela justiça!

Quantas barreiras impostas a Umbanda já não foram quebradas por uma geração anterior a nossa?
E o que a nossa geração faz?
Nós somos o futuro da Umbanda!
Seremos nós que escreveremos os próximos 100 anos de nossa história como religião. Assim como no início.

Ou será que esquecemos que foi um jovem o aparelho utilizado para a decodificação da Umbanda?
E que são os jovens, os jovens de espírito principalmente, que lutaram e lutam para que a nossa religião seja respeitada.

A Umbanda é juventude!
Juventude com seu desejo de se impor sem agredir.
A juventude com sua vontade de buscar e compartilhar conhecimento.

Então, avante filhos de fé!

Vamos buscar. Vamos partilhar. Vamos vivenciar.

Vamos ser UMBANDA!

texto de Matheus Zanon Figueira

O DIABO ESPÍRITA

O impulso inicial de qualquer bom espírita é repudiar o insulto que nos é, anacrônica e repetidamente, dirigido.
Mas, não! Não façamos isso!
Analisemos, que esse insulto não é um qualquer.

Quando os que nos são contra vêm com essa de que somos do demônio, há uma verdade nessa assertiva que deveríamos aceitar.
Allan Kardec ousou utilizar-se de uma linguagem eminentemente diabólica para tratar das coisas de Deus. Ele não aceitou que as verdades ditadas pelos Espíritos fossem encaradas como dogmas de sacerdotes em êxtase.
Colocou as revelações mediúnicas sob a prova da lógica e do consenso.
Utilizou-se, portanto, de elementos de filosofia e de ciência.

Para atestar a fé, portanto, ele começou colocando a prova os fenômenos da religião. Ele começou duvidando!
Os filósofos sempre foram tidos como orgulhosos pelos homens de fé.
Porque enquanto estes procuravam sua força em Deus, aqueles buscavam em si mesmos.

O que é ser demoníaco senão querer ser deus?
Porque, dentro de um sistema monoteísta, um só deus pode haver, e qualquer outro que pretenda fazer as vezes de deus, não pode ser outra coisa que não seu oposto. Deverá ser tachado de diabo, já que gerou discórdia onde só deveria haver harmonia, ainda que imposta.

No discurso espírita há as duas formas de se relacionar com Deus: a da concórdia e a da discórdia. Quando, fragilizados, damos nossa cara a tapa e nos entregamos à prece, estamos agindo dentro de uma perfeita via religiosa.

Quando, fortalecidos, tomamos a responsabilidade de nossos atos, inclusive do passado remoto e invisível, as reencarnações, somos deuses em busca da reconstrução de nossas vidas.
Nossa discórdia, todavia, é uma que objetiva uma melhor concórdia com o que há de divino no mundo.
Trabalhar para assumir nossa divindade não é querer destronar Deus, mas querer ser ao lado dele.

A psicologia não fez outra coisa senão deixar o demônio que habita em nosso peito falar.
Ela também nos é uma ciência afim.
A diferença é que permitimos que outros demônios que não os nossos se manifestem em nosso peito, e isso é caridade.

Permitir que o amor que tenho em mim possa abraçar o ódio que há no outro.
Mais do que isso, acolher o ódio de um outro qualquer em meu corpo para que o amor que me habita possa aliviá-lo é o sublime de uma relação mediúnica eminentemente cristã.

Enquanto todos os exorcistas consideravam o demônio como um inimigo merecedor da danação perpétua, Kardec, iluminado pelos preceitos espíritas, alertava:

“Por vezes acontece mesmo que a obsessão, quando simples, seja uma tarefa imposta ao obsedado, que deve trabalhar para melhorar o obsessor, como um pai a um filho vicioso”*.

*KARDEC, Allan. Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos, Quinto Ano, 1862/ traduzida por Júlio Abreu Filho. p. 381. Sobradinho, DF: Edicel, 2003.

O PESO DO EGOÍSMO

O peso do Egoísmo nas relações humanas

O egoísmo segundo os Espíritos é junto com o orgulho, a maior chaga da humanidade, uma verdadeira doença, que se instala de maneira sutil no ser humano e se espalha, chegando a se extravasar, atingindo outros.

Surgido, assim como o orgulho, de um resquício do instinto de conservação, o egoísmo aparece como uma forma primitiva e alternativa de auto motivação, em que a criatura, se põe como parâmetro central de tudo, galgando forças para sobreviver as interpéries do meio.

Acontece que a sua influência deixou de ter aquela finalidade necessária e saudável, visto que hoje somos seres inteligentes e a razão e os sentimentos quando equilibrados nos condicionam, passando a se instalar de forma inconsciente, sendo quase impossível sua auto percepção, isso porque é o sentimento que a criatura menos se confessa.

As consequências deste sentimento para a humanidade são desastrosos, é que ele é o grande iniciador de muitos vícios morais e materiais, sendo culpado em boa parte pelas desigualdades sociais, pela separação da sociedade , por varios conflitos bélicos entre países, e mesmo domésticos, destruindo famílias, atingindo um foco de influência que abarca praticamente todos os ramos da atividade humana, sendo o seu maior entrave para o progresso material e espiritual da humanidade.

A pessoa egoísta duplica sua personalidade, criando um personagem que tem que sustentar para dar conta das exigências do ego, e além de ser pai de muitos vícios é o egoísmo inibidor de muitas virtudes, porque o ególotra não consegue se enxergar.

O egoísmo é a própria negação da caridade e de todo o sentido moral que se pode dar a vida humana, visto que o egoísta não admite uma realidade que não é a sua, muito menos numa realidade divina, ou de vida espiritual, sendo o grande guardião do materialismo, embasado na tese de que se ninguém acredita que não há nada além da vida material, então é até crível que a maioria se comporte egoísticamente, mas esse comportamento nega toda a justiça social e o sentimento de caridade que tenhamos em favor do próximo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

COMPANHEIROS HIPÓCRITAS

Diz um antigo provérbio:
"Não há nada de nobre em ser superior a outro homem.
A verdadeira nobreza está em ser superior ao que eras anteriormente".

Na realidade, a maioria das pessoas bem-sucedidas na organização da Casa Espírita não pensa em competição, mas constantemente se perguntam:

"Estou mais próximo de minha meta hoje do que estava ontem?
Estou melhorando?
Como posso me aproximar de meus objetivos?”.

A melhoria da qualidade de uma instituição não está no espírito competitivo, mas na convicção e no desempenho dos associados e na qualidade de seus processos criativos.

Os companheiros que se fixam em si mesmos ou em seus próprios interesses acabam desprestigiando o grupo, por serem incapazes de ver além do seu proveito pessoal. Dessa forma, os projetos de ação no bem não transcendem o imediatismo egoístico da evidência individualista.

No serviço cristão, onde engrossamos as fileiras do bem, todos somos candidatos à renovação de nossas almas. Nesse labor iluminado, Jesus Cristo comanda nossos passos na evolução.

Entretanto, onde há trabalho há antagonismo, mas para que alguém avalie com certeza e critique produtivamente a respeito determinada empreitada, precisa relacionar a quantidade do tempo de serviço vivenciado dentro dela.

Na ânsia de comandar e dirigir, mas desgostosos por sua incapacidade para tal, muitos companheiros consolam-se atirando pedras para amenizar sua vaidade ferida.

Fomentam armadilhas sondando os insatisfeitos e inconformados, formam grupetos e, como os antigos hebreus, que escolhiam uma cabra do rebanho e sobre ela lançavam seus pecados para que os carregasse, assim também hoje em dia a artimanha do bode expiatório funciona de forma análoga em muitas circunstâncias na equipe de trabalho assistencial cristão.

Muitos se atiram contra os obreiros que não acatam seu comando particular, agridem os companheiros que não seguem seu catálogo pessoal e só cooperam do cume da montanha para a base.

Geralmente, a falsidade e a adversidade, a deserção e a amargura não nascem de nossos rivais conhecidos, mas justamente daqueles que durante anos se nutriram conosco do mesmo pão e nas mesmas fontes da existência.

Os maiores ataques não partem de meios estranhos, mas sim do ambiente mais íntimo, onde a crítica áspera e a inveja, a imprudência e a ingratidão invadem a mente daqueles que convivem conosco no cotidiano. O opositor mais pernicioso é sempre o amigo desajustado.

Lealdade é uma via de mão dupla.
Se usarmos de engodo e astúcia para com nossos companheiros de ideal, certamente

encontraremos dentro em breve tudo isso nos caminhos da vida.

Não devemos estranhar o assédio desses irmãos transviados, se planejamos, perseverantemente, servir na Seara do Cristo.

Investirão no trabalho, acusando-nos de repressores; criticarão nossas realizações, nomeando-nos de orgulhosos; censurarão nossas interpretações evangélicas, chamando-nos de fascinados; escutarão nossas palavras de afetividade, ironizando sempre.

Não hesitemos, porém, diante do serviço do bem.
Mesmo entre vibrações antagônicas, continuemos a aperfeiçoar a qualidade do serviço, tomar iniciativa e estabelecer limites com responsabilidade.

Lembremo-nos de que, ante desavenças e dissensões, o tempo sempre será o mais salutar dos remédios.

(De “Conviver e melhorar”, de Francisco do Espírito Santo Neto/Batuíra – Lourdes Catherine)

domingo, 14 de junho de 2009

ESTRESSE E ESPIRITUALIDADE

Para o grande público, estresse é uma situação psicologicamente agressiva que repercute no corpo. Este, porém, é apenas um dos aspectos do estresse, a sua versão psicossomática, há outros, porém, a serem considerados. Na verdade, o ser humano vive em estado de estresse permanente, bombardeado por fatores estressantes diversos - físicos, psico-emocionais, e espirituais - que lhe exigem constante adaptação ao mundo que o cerca.

Os fatores estressantes emocionais tanto podem ser tristes, como a morte de um ente querido, o desemprego, quanto felizes, como o sucesso do atleta ou as alegrias do reencontro - todos desencadeiam, do mesmo modo, os mecanismos e as conseqüências do estresse. O mesmo acontece em relação aos abalos nervosos, como no estado de cólera, medo, etc., assim como frente aos fenômenos físicos nocivos -frio, calor, fadiga, agentes tóxicos ou infecciosos, jejum, exercícios físicos exagerados, etc.

Na verdade, o estresse é a resposta não específica que o corpo dá a toda demanda que lhe é feita. Ele corresponde à interação entre uma força e a resistência do organismo a esta força. É o complexo agressão-reação.

Se a agressão é ocasionada por uma grande diversidade de fatores, a reação comporta uma parte idêntica, comum a todos os indivíduos, e uma parte própria de cada um, denominada "coping" ou aspecto específico da reação não específica.

A medicina hoje considera a doença como sendo a resultante da agressão mais a reação não específica, mais reação específica. Isto pode ser resumido em estresse mais coping. Desse modo, considera-se a originalidade própria das reações específicas ao agente estressor, superpostas às reações não específicas do estresse, criando a diversidade dos aspectos clínicos.

Em 1936, Hans Selye, descobridor do estresse, publicou os seus primeiros trabalhos sobre o assunto. Em 1950, descreveu a Síndrome Geral de Adaptação - Reação de Alarme, estágio de Resistência e de Exaustão - com seus aspectos bioquímicos e endócrinos, mostrando qual a reação não específica do organismo às agressões do mundo exterior. Para ele, a intensidade da demanda, a duração e a repetição determinam a resposta. E condiciona o bom ou o mau estresse à eficiência ou não da fase de adaptação. Para Selye, todo indivíduo tem um capital de energia biológica diferente e pode consumir suas reservas conforme tenha maus estresses.

Na reação de alarme, a primeira resposta do organismo ao estresse, entra em ação o sistema hipotálamo-simpático-adrenérgico que prepara o organismo para a luta ou fuga. Entram em jogo a adrenalina e a noradrenalina, com isso, há muita produção de glicogênio, taquicardia, respiração acelerada, concentração do sangue nos vasos principais e nos músculos estriados, inibição dos sistemas digestivo, sexual e imunológico.
Depois disso, outro sistema vai entrar em jogo, o hipotálamo - hipófiso-suprarrenal com produção de ACTH e corticóides.
Esses sistemas entram em funcionamento na fase de reação e o organismo pode sofrer esgotamento ou entrar na fase de exaustão, tendo como resultado final doença e morte. São inúmeras as doenças de adaptação, entre elas, hipertensão, úlcera, hemorróidas, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes, enxaqueca, etc.

Hoje, com o avanço dos estudos, considera-se o sistema limbo-hipotálamo-hipófiso-suprarrenaliano (LHHS). Através do hipotálamo na zona parvocelular mediana do núcleo paraventricular (NPV), são liberados o CRF, o Fator de liberação corticotrófico (Corticotrophin Releasing Factor) e a Argenina Vasopressina (AVP) - que determinam a liberação de ACTH pela hipófise e esta o cortisol pela suprarrenal.
Com vemos, o estresse está ligado ao centro das emoções no hipotálamo, assim é importante o estudo de fatores como o medo, a raiva, etc, nos seus mecanismos e reações. Assim, quando o indivíduo sente raiva, por exemplo, é como se ele estivesse diante de um predador, de um perigo iminente e isto desencadeia a reação.

Como vimos, cada indivíduo tem uma reação específica frente ao estresse. Ele coloca suas estratégias de ajuste cognitivas e comportamentais, o "coping", para fazer face aos agentes estressores.

As pesquisas têm demonstrado que doenças como depressão estão absolutamente ligadas ao estresse. Investigação ampla, realizada em 52 países, da qual participou o dr. Alvaro Avezum, do Brasil, acerca dos fatores de risco da doença cardíaca, demonstrou que os psico-sociais entram em mais de 30% dos casos.

O estresse é o campo da medicina que reunifica corpo e alma. O seu estudo está, portanto, intimamente ligado à espiritualidade.

Segundo as lições espirituais dadas em 1947, no livro No Mundo Maior, o nosso cérebro tem três áreas distintas: a inicial, onde habita o automatismo e que está no plano subconsciente, a do córtex motor que engloba as conquistas do hoje e está na área do consciente e a dos lobos frontais que representam o ideal e a meta superiores e estão vinculados ao superconsciente. Esta classificação encontra respaldo no livro de Paul Maclean, de 1968, The Triune Brain in Evolution, que nos fala acerca dessas três regiões, afirmando que vemos o mundo através de três cérebros distintos.

Aprendemos também com os Instrutores Espirituais que somos seres em evolução. Quanto mais perto nos encontramos da animalidade mais agimos com instintos e sensações. Com o passar do tempo, e a evolução espiritual conseqüente, passamos a ter sentimentos, sendo o amor, o mais sublimado deles.
Se estamos escravizados aos instintos, a maneira pela qual fazemos face aos fatores estressantes é muito primitiva e resulta quase sempre em um mau estresse.

Aprendemos também que é preciso humildade para vencer a animalidade inferior. Infelizmente, porém, em nossas relações em sociedade e no lar estamos muito longe desse sentimento sublime que está intimamente ligado ao amor.

Assim, a fé é importante porque abre as portas do coração para sentir e viver o amor divino em nossas vidas. Através da oração, da meditação, da compreensão do valor da dor, temos a possibilidade de conhecermo-nos a nós mesmos e a reagirmos de forma mais equilibrada às tensões da existência humana. Compreendemos, igualmente, que é preciso treino para o perdão e para eliminação da raiva, da inveja, da mágoa e de outros sentimentos negativos.

A nossa busca da paz para viver no lar, no ambiente de trabalho, dentro da sociedade tem de ser centralizada em Jesus, o Médico da Almas, que afirmou ter a paz verdadeira para nos oferecer.

Chico Xavier disse com muita sabedoria:
"A paz em nós não resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranqüilidade de consciência no dever cumprido."

Para vencer positivamente o estresse é preciso guardar a paz, tê-la como patrimônio. E esta pacificação interior que é responsável pelo sucesso do "Coping", só será uma conquista definitiva quando houver harmonia entre os três cérebros.

Para isso, no entanto, é imprescindível não esquecer que é preciso fé em Deus e obediência às Suas Leis.


Por Dra. Marlene Rossi Severino Nobre
* Dra. Marlene Nobre é presidente da Associação Médico Espírita do Brasil e Internacional

Extraído do site da Associação Médico - Espirita do Brasil

CORPUS CHRISTI

É preciso respeitar o direito religioso de cada um garantido pela Constituição!

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII.
A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo.

Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca.

Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico.

A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

A Festa no Brasil
No Brasil, a festa foi instituída em 1961. Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas se revestem de práticas antigas e tradicionais são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.

Então, a Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Então, a Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Cristo) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

Cada um deve viver aquilo que acredita!
Costumo dizer que onde existe a ausência do mal, então, existe a presença do bem...

Então, muitos católicos, dentro da sua fé, hoje se reunem e vibram amor e esperança confiantes na presença do Cristo... E jamais podemos tirar a esperança daqueles que respeitam e amam a figura do Mestre através da fé católica ainda que alguns não aceitem os seus dogmas e rituais.

Cada um é livre para cultuar a crença que mais lhe agrade a alma e o coração.
Não podemos permitir que vivamos uma inquisição novamente, não podemos permitir a falta de liberdade de culto nem aos adeptos das Igreja Católica, nem aos adeptos do Espiritismo ou de qualquer outra religião...

É preciso respeitar o direito de opção religiosa de cada um...

Quando Jesus desceu a Terra não constituiu religião alguma, e quando disse para Pedro que ele edificasse alí a sua Igreja, não falava dos templos construidos pelos homens, mas do templo do coração... Do que poderíamos edificar de bom e de útil para que nos melhorassemos moralmente e então pudessemos passar para aqueles que necessitassem de alento espiritual... o verdadeiro sentido do Evangelho do Cristo...

Acredito que tudo que acontece é permitido pelo Criador, então, a Igreja, mesmo quanto Instituição, de certa forma tem seu grande valor porque ainda leva os ensinamentos de Jesus à muitas pessoas, assim como todas as outras crenças que ensinam os valores morais e da caridade...

Que dão de graça o que recebem de graça!

Jesus se faz sempre presente!
Onde existe boa vontade, amor e caridade alí Ele está.

Elô

O FUTURO DAS RELIGIÕES

As religiões sempre foram muito importantes para toda humanidade, porque sempre tivemos a necessidade de receitas ou de fórmulas para acessar Deus, em função de nossos níveis de consciência.
Mas o homem vem evoluindo e sua forma de ver o divino também.

Nos dias de hoje, percebemos que para o indivíduo moderno, a maioria das religiões não conseguem mais explicar com esclarecimento, sensatez e sobriedade, questões como por exemplo:

De onde viemos?
Para onde vamos?
Quem somos?
Qual é a nossa missão?
Porque sou brasileiro e não jamaicano?
Porque sou filho desse pai?
Porque sou filho daquela mãe?
Porque as pessoas morrem?
O que é a morte?
O que é o espírito?
Como posso transformar a minha realidade de vida?
Por que tenho essa realidade de vida?
Por que fico doente?

E todas essas, são algumas das poucas perguntas que não podem ser respondidas de forma coesa pela maioria das religiões do mundo.

Mas essa não é a única limitação.
Muitas pessoas não suportam falar de Deus porque associam esse termo às insanidades ocorrentes no planeta, em que pessoas comuns se mutilam, fazem guerra, tudo para defender seus pontos de vista religiosos.

Chega de tanta ignorância e alienação!
O homem precisa sair dessa hipnose insana que vive quando o assunto é a sua essência divina. Temos que aprender a perceber que somos de natureza espiritual, entendendo as implicações em que isso resulta.

Não foram os Grandes Mestres que criaram as religiões, foram os homens comuns!
Suas idéias e lições amorosas sempre foram voltadas a práticas de um estilo de vida orientado a evolução do espírito, sempre de forma leve e bondosa, respeitando, perdoando e amando.

Não existe um Deus que castiga, ou um Demônio que investe nas almas pecadoras, mas um universo que responde energeticamente a tudo que fazemos.

As religiões foram realmente importantes até os tempos mais recentes na história evolutiva da humanidade, só que precisam encerrar seus ciclos, que diga-se de passagem, dignos de aplausos (é claro que isso ainda demanda um pouco de tempo).
Só que agora, não mais comportam as necessidades e anseios que transbordam do coração das pessoas.

Se elas continuarem assim como estão nos dias de hoje, acabarão por escravizar, tolher e atrapalhar a evolução de seus fiéis, que por sua vez, não devem ser fiéis às linhas religiosas, mas a um estilo angelical de vida.
A conduta moral não deve acompanhar apenas escrituras, mas principalmente princípios de bondade, equilíbrio e amor ao próximo como a si mesmo.

Não existem fórmulas ou métodos perfeitos, não somos capazes de expressar em palavras faladas ou escritas, a divindade universal.
Qualquer tentativa, mesmo que bem intencionada e elaborada, ainda que crivada de muita sabedoria, mesmo assim seria um modelo rústico diante da grandeza da mente divina e do Grande Espírito que rege esse universo incrível.

E porque falar de tudo isso?

Simplesmente porque as pessoas estão distantes de Deus.
Um distanciamento que ocorre por ilimitadas causas.
Falta de crença, ignorância espiritual, alienação, contrariedade, inquietação, conflitos, preguiça, e tantos e tantos motivos.
O ser humano precisa de um estilo que se adapte ao jeito moderno e agitado de viver, que se ajuste a essa loucura toda que nós mesmos criamos.
Ou seja, religião nenhuma, com suas estruturas dogmáticas e rituais rígidos conseguem acompanhar essa necessidade.
O que reforça ainda mais as limitações das religiões e a necessidade que encerrem seus ciclos e saltem para uma nova concepção.

É importante evidenciar que, para muitas pessoas que tem preguiça de pensar, (ou até mesmo medo de buscar um conhecimento que gere uma reforma intensa) que precisam buscar no mundo exterior os ensinamentos e a conduta espiritual elevada, as religiões se mostram ainda importantes, porque estão sendo necessárias para esses níveis de consciência ainda existentes.

Nesses casos, sem o amparo das estruturas religiosas tradicionais, o caos seria ainda maior, comprovando que muitas pessoas ainda não estão prontas para esse novo conceito evolutivo.

Na sua maioria, as pessoas não conseguem perceber Deus ou o Espiritual em suas vidas.
Não podem compreender onde essa consciência seria necessária, mas a importância de caráter emergente se mostra quando assistimos o sofrimento diário das pessoas em seus conflitos e emoções atrapalhadas.
Se o sofrimento ocorre demasiadamente, algo está errado.
Definitivamente! E se a compreensão da natureza e a importância da vida lhe é algo remoto, o alerta é ainda maior.

As dores da alma estão borbulhando na crosta terrestre, e a natureza já dá sinais claros de que não anda nada contente...

Mas de que adianta falar tanto disso?
Muitas pessoas concordam com tudo que foi citado acima, acatam o pensamento de que nossa essência é divina e que precisamos nos conectar a ela.
Mas quando vão buscar esse Deus, essa compreensão, a confusão é grande.
Isso porque nossa educação sempre foi de cultuar um Deus que se mostra distante. Simplesmente, porque fomos ensinados ou conduzidos no passado a buscar um caminho religioso, que é muito diferente de buscar espiritualidade.

Um homem religioso é aquele que acata e segue os ensinamentos de uma determinada religião.

Já um ser espiritualizado é aquele que busca um estilo de vida fundamentado em máximas de vida, como amor, perdão, respeito, independente de rótulos ou estruturas.

A espiritualidade é um estado de consciência.
Assim como céu e inferno também são, que dependem muito mais da conduta de cada um do que qualquer coisa.
A espiritualidade é a verdade do espírito, que pode até ser aprofundada no aprendizado religioso, mas desde que não seja apenas por uma via ou receita.
Precisa ser leve, universal, senão trancará a evolução do homem, inevitavelmente.

Mas como sabemos, embora você possa concordar com tudo que foi dito, acatar integralmente, ainda assim existe uma lacuna muito grande, quando o assunto é colocar essa espiritualidade na prática, que quer dizer viver a vida com a consciência espiritual.
Sem punições, dogmatismos ou ritualísticas incompatíveis com a realidade terrestre atual, o que ainda não está impregnado em nosso nível de consciência.

Por isso a importância da busca espiritual livre e simples, que torne essa caminhada algo igualmente simples, principalmente que não se materialize no formato obsoleto de uma linhagem religiosa.
Mas que possa lhe ajudar a qualquer um no entendimento de que quanto maior for o nosso nível de consciência espiritual, maior também serão as nossas possibilidades de desenvolver felicidade real, duradoura.
Menor também serão os sofrimentos, os conflitos e as doenças da alma.
E principalmente, que tudo isso possa sim, ser feito na realidade do nosso dia-a-dia, sem dogmas.

Que possamos entender de forma gradual, tranquila, que o conhecimento e boa utilização de algumas naturezas do universo podem ser grandes aliadas na nossa caminhada por "aqui".

A busca espiritual não terá sentido se não melhorar a nossa história de vida, não nos fizer pessoas melhores ou não nos trouxer benefícios coletivos.

Medite sobre isso e mergulhe nessa experiência!

Fonte: STU/por: Bruno J. Gimenes

DESENVOLVIMENTO DO MÉDIUM UMBANDISTA

Como é o desenvolvimento do médium umbandista?

Embora essa questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, aliás como a maioria das questões, explanarei algum pontos que julgo importantes.

Em primeiro lugar é fundamental uma avaliação do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É fundamental que o médium esteja absolutamente certo de que é isso que deseja para si, para sua vida. Que entende a Umbanda como uma forma de evoluir e não de resolver seus problemas.

Em segundo lugar vem a Casa que ele escolhe para realizar esse empreendimento. A Casa deve estar o mais próximo possível do que o médium entende, acredita e deseja para si. É fundamental que seja uma Casa séria e comprometida com a Caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda.

As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atingir as diversas aspirações.

O médium deve, portanto, escolher com muito cuidado a Casa que irá tornar sua, pois ela deverá ser o sustentáculo físico, a provedora de oportunidades para a consecução dos objetivos de caridade, fraternidade e evolução, pois o sustentáculo espiritual é a própria Umbanda.

Freqüentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se, estudar… até ter certeza de que ali é o seu lugar.

Cada Casa tem um critério para ingresso na corrente mediúnica, procure saber qual é.

Ao ingressar para corrente, deverá seguir as orientações recebidas pelo dirigente ou pessoas a sua ordem.

Entender que não será apenas umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se sempre segundo as orientações recebidas pelo dirigente. A sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada, deverá lembrar-se que ao apresentar-se como umbandista fora do terreiro, terá a obrigação de honrar esse nome.

Participar de todas a sessões abertas aos médiuns novos, estudar com afinco e buscar sempre melhorar seus pensamentos, desejos e vontades. Buscar constantemente evoluir, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento de entidades e guias que estão num patamar evolutivo muito superior ao nosso.

Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação das entidades.
Entregar-se de corpo e alma verdadeiramente.
Não sentir medo, não querer correr.
É fundamental lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se adaptando.
Não pode haver pressa, pois “A pressa é inimiga da compreensão“.

Agora, se você deseja saber em quanto tempo você estará incorporando, dando passes e consultas, eu respondo que só dependerá de você, da sua dedicação, empenho e preparo, seguindo sempre as orientações do dirigente da sua Casa, ou seja, da Casa que você escolheu.

Fonte: LIVRO: Umbanda: Mitos e Realidades
– Mãe Iassan Ayporê Pery

DESENVOLVER SUA MEDIUNIDADE

Quando alguém lhe diz:
Você precisa desenvolver sua mediunidade!

Quantos já ouviram essa expressão?

É uma frase típica, muito utilizada nos centros espíritas/espiritualistas, que possui um significado amplo. No entanto o sentido que essa palavra produz nas pessoas que ouvem, muitas vezes é distorcido em relação ao seu verdadeiro significado.

Como sabemos, a mediunidade é um instrumento de evolução.
Ela nos possibilita um crescimento mais rápido, na direção da realização de nossa missão.

O que seria de nós sem as possibilidades mediúnicas que ganhamos de Deus?

Então, pense.
Certo dia, lá em cima no plano astral, o Papai do Céu nos escalou. Isso mesmo, como um técnico de futebol, que chama seu jogador para entrar em campo.

Ele veio e falou:
“Você vai descer, vai voltar para a escola (Planeta Terra).
Precisa aprender, evoluir, resgatar muitas coisas, por isso precisa descer…
Mas, você sabe que sua necessidade é grande, possui muitas coisas para curar, muitos erros de outrora para corrigir.
Dessa forma, uma existência apenas não seria tempo suficiente para tanto.
Por isso filho, vou te proporcionar a mediunidade, como um instrumento para ajudar você a fazer muito mais coisas em menos tempo.
Sem essa faculdade, isso não seria possível, pois ela lhe ajudará a otimizar sua encarnação, ou seja, sua experiência no plano físico, que é tão necessário para a reforma íntima”.

“Essa dádiva vai lhe permitir fazer grandes tarefas, o que será muito importante para que consigas aproveitar muito bem sua encarnação e seu propósito nessa descida. Entenda que ela é uma grande aliada na sua empreitada, é um presente para lhe ajudar. A mediunidade é como a Betoneira para o pedreiro. Ajuda a virar a massa, mexer o cimento com muito mais facilidade. Sem ela, a abra demoraria muito mais tempo, geraria muito mais desgaste…”

E assim nascemos no plano físico, nos desenvolvemos e chegamos a maturidade(física apenas). E em meio a tantas ilusões e tanto distanciamentos em relação a nossa essência divina, acabamos considerando a mediunidade um “Fardo”!
Esquecemos-nos do seu real objetivo…
Isso é “cuspir para cima”. Um equívoco sem igual!
Desperdiçamos uma oportunidade incrível.

Centros espíritas/espiritualistas, através de seus orientadores, trabalhadores e monitores, alertam para as pessoas sobre a necessidade de trabalhar a mediunidade e desenvolver a espiritualidade. Normalmente, atuam de maneira amorosa, respeitando o livre-arbítrio de cada um. No entanto é normal, as pessoas fazerem mal uso dessa liberdade de escolha. Alienadas de sua finalidade aqui na Terra, acabam que por rejeitar a sugestão para desenvolver a sua mediunidade. A recebem como uma coisa ruim, algo incômodo, realmente um fardo.

Se essas casas de amparo e desenvolvimento espiritual pudessem interferir na escolha das pessoas, seus orientadores diriam assim: “ Meu irmão, se liga, você recebe um presente de Deus, chamado mediunidade, não porque você é um ser iluminado ou puro, tampouco porque você possui dons extraterrestres. Simplesmente porque você está abarrotado de coisas(karmas) para curar….

Você tem a obrigação de mergulhar nesse entendimento, mas o azar é seu se você virar as costas para essa necessidade, e quiser desperdiçar mais essa oportunidade de evolução”.

Então, amigo leitor, pense á respeito:
Quando alguém lhe disser a fatídica frase: Você precisa desenvolver a sua mediunidade!

Entenda de uma vez por todas, isso quer dizer que chegou a hora de você utilizar esse poderoso recurso, como um instrumento para dinamizar a sua tarefa de curar-se! Redimir-se de erros do passado e evoluir.
Essa é a meta de todos!

Com isso, se você fizer bom uso desse instrumento, quando o ciclo dessa vida se finalizar e o desencarne chegar, você voltará ao grande Pai, O Supremo Técnico de futebol, e ele terá o prazer em lhe dizer:

“Parabéns, que ótima partida você realizou, que grande jogo!
Agora descanse um pouco e prepare-se para a próxima, temos um Campeonato inteiro pela frente!”

Publicado em Mensagens, Umbanda.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

MECÂNICAS DE INCORPORAÇÃO

Sabemos, que há várias modalidades mediúnicas, analisemos agora de forma mais detalhada cada uma delas:

1) Mecânica de Incorporação

Esta é, sem dúvidas, é a modalidade mais popular pelos terreiros espalhados pelo Brasil.

A Incorporação, como é conhecida, é o que faz com que os terreiros recebam dezenas e centenas de pessoas na expectativa de escutarem uma mensagem de paz, amor, tranqüilidade das entidades.


INFELIZMENTE, INSISTEM EM TRATAR TAIS ENTIDADES (INFINITAMENTE MELHORES QUE NÓS), COMO ATENDENTES DE UM GRANDE BALCÃO, ONDE AS PESSOAS SERVEM-SE, RESOLVEM SEUS PROBLEMAS E NUNCA MAIS VOLTAM, SEQUER PARA AGRADECER. Mas isso é um problema que está ligado ao grau consciencial de cada um, portanto...


Mas voltando a incorporação, apesar de ser o principal meio de comunicação com o Astral Superior, SÃO RARAS AS PESSOAS QUE CONHECEM OS PROCESSOS MAIS SUTIS DA MECÂNICA DE INCORPORAÇÃO. Alguns levam-na as raias do fanatismo, chegado até as raias do absurdo, com suas vagas idéias.

Agora, mas tentar acabar com os MITOS que a cercam:

- a mecânica de incorporação está dividida em duas partes:

- incorporação inconsciente

- incorporação semi-inconsciente

Alguns pregam uma terceira modalidade que seria a CONSCIENTE, porém nesta não ocorre o processo de incorporação propriamente dito. É o que chamamos de IRRADIAÇÃO INTUITIVA(veremos mais para frente).

Obs: Para haver incorporação a entidade atuante deve fazer uso de 3 partes fundamentais da constituição etéreo-física do médium:

-Parte psíquica

-Parte sensorial – sensitiva

-Parte motora

Na irradiação intuitiva a entidade só faz uso da função psíquica do médium; portanto não é incorporação.

Na incorporação a entidade não entra no corpo do médium pela cabeça, como muitos dizem. Na verdade, a entidade incorporante apenas se liga magneticamente ao Corpo Astral do médium em algumas regiões chaves que são:


* 1ª REGIÃO – núcleos vibracionais superiores – região ENCEFÁLICA.
* 2ª REGIÃO – núcleos intermediários – região TORACO-ABDOMINAL.
* 3ª REGIÃO – núcleos vibracional genésico – região do CÓCCIX.


SEM LIGAR-SE A ESSES 3 PONTOS NO CORPO ASTRAL DO MÉDIUM, NÃO HÁ A INCORPORAÇÃO. CASO A ENTIDADE ACHE NECESSÁRIO ELA PODE ATUAR EM OUTROS 3 PONTOS DISTINTOS, MAS NO MÍNIMO EM 3 DELES. Esse é o conceito básico para ocorrer o processo da incorporação.


Mecânica de incorporação INCONSCIENTE:

Como o próprio nome diz, há uma tomada total, deixando o médium completamente inconsciente, como se estivesse em sono profundo.

A passividade do médium é total, fazendo com que a entidade tenha plenos poderes sobre seu corpo físico, isto controlando toda sua parte psíquica, sensorial e motora.

O médium não tem consciência nenhuma, durante do transe mediúnico e nem lembranças após o mesmo.

Nos dias de hoje isso é RARO, isso era muito comum no inicio do Movimento Umbandista, onde os médiuns eram tomados pelas entidades quase a “força”, pois muitos não eram nada esclarecidos e dificultava de forma insistente o trabalho das entidades.

Suas vibrações mediúnicas eram muito LENTAS E LONGAS, facilitando a atuação das entidades, embora era muito fácil de serem LOGRADOS E LUDIBRIADOS POR ENTIDADES DAS SOMBRAS.

Hoje, tal incorporação restringe-se aos médiuns com uma sistemática evolutiva pouco trabalhada.

Para entendermos melhor:

1. O médium preparado para a incorporação inconsciente, tem abundância de energia VITAL em todos núcleos vibratórios.


2. A entidade incorporante enlaça os corpo Astral do médium e, com a mão direita emite certos fluidos na região da cabeça e com a mão esquerda emite fluidos na região genésica. Esse são os primeiros fluidos de contato, sendo que a manutenção dos mesmos é feita pela projeção energética do médium junto à entidade. As duas constituições astrais se unem como se fosse uma só e a entidade bloqueia certas regiões cerebrais, para que o médium não tenha consciência.


3. O sistema nervoso central é totalmente controlado pela entidade, o mesmo acontecendo com os centros da memória. A zona neurosensitiva e mesmo as sensações também ficam sob o controle da entidade.


4. Tudo isso se reflete no corpo físico da seguinte forma:


a) No inicio do processo, há uma profusão de bocejos, visando oxigenar melhor o cérebro propiciando sua revitalização.

b) Atua também no cerebelo, onde irá controlar a memória, impedindo que este se lembre de alguma coisa após o transe. A entidade usa também os movimentos do médium.

c) O contato mediúnico faz com que ocorra um certo sacolejo no médium, em virtude do choque nervoso, mas logo é frenado e controlado pela entidade.

d) Controla a fonação e todas as funções endócrinas, mas principalmente a complexa rede nervosa cardíaca. Sendo todas essas mantidas com gasto mínimo de energia. O núcleo vibratório mais incitado é o cardíaco, devido à quantidade de energia necessária para deslocar o corpo astral do médium. O médium fica consciente astralmente, mas as lembranças no físico são completamente apagadas.


Esses são os principais aspectos, sem dúvidas não são todos, mas sim o suficiente para entendermos o processo de forma lógica.


Mecânica de incorporação SEMI – INCONSCIENTE:

É a modalidade mediúnica que prevalece no Movimento Umbandista da atualidade.

Na incorporação semi-inconsciente há perda relativa ou parcial, essa perda da consciência obedece a uma graduação, isto é temos em termo de porcentagem de inconsciência, o qual pode variar de 10% a 90% no máximo.

Mas por que ocorre tal variação nos graus de consciência?

· Normalmente a incorporação SEMI-INCONSCIENTE, liga-se a médiuns de karma probatório um pouco mais avançado passando para o evolutivo (a escala evolutiva destes médiuns varia), por isso a porcentagem de inconsciência também, de acordo com cada um).

· No inicio da mediunidade, varia sempre entre 5% e 10%, com o desenrolar do desenvolvimento, a porcentagem vai aumentando, chegando a níveis de 40% e 60%, o que já é considerado altíssimo.

· Essa incorporação semi-inconsciente é destinada aos médiuns de graus evolutivos melhores, porque através da mediunidade, o médium aprende com a entidade:


a) Como ajudar as pessoas de forma mais adequada;

b) Ser mais caridoso;

c) Ser mais generoso e benevolente;

d) Atender todos sem distinção.


Esse é o real objetivo da mediunidade, ajudar os seres desenvolverem-se espiritualmente e deste modo caminharem mais rápido rumo a evolução.


Dependendo da vibração original da entidade (da linha), os pontos ou regiões atuadas podem VARIAR, provocando diferenças fundamentais nas incorporações, sendo que o médium mais experiente, só pelos fluídos saberá identificar a vibração (a linha), mas será atuada no mínimo 3 pontos.

De acordo com o trabalho realizado, o médium poderá ter mais ou menos recordações sobre a atuação do seu mentor.

Quando o médium está BEM INCORPORADO ele NÃO PENSA, portanto tudo que vê e ouve é o seu mentor atuando, isso varia de acordo com o percentual de cada médium.

Na incorporação semi-inconsciente POSITIVA, o médium quase não tem domínio de seus movimentos (pois seus sentidos são rebaixados e não passivo), sempre variando de 10% a 90%.

Quanto mais experiente for o médium, mais rápido se desliga, é mais fácil de ser atuado pela entidade, podendo estar com até 30% de consciência, MAS SEU COMPLEXO MENTAL É FRENADO, NÃO PENSA. É como se sua mente parasse temporariamente de trabalhar, assim tudo que sai da sua boca é palavra da entidade, isso INFLUENCIA A FONAÇÃO COMPLETAMENTE.

A MEDIUNIDADE NUNCA É PERFEITA, SEMPRE HÁ O QUE MELHORAR, portanto O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO É MUITO IMPORTANTE para a evolução do médium. Mas só isso não basta, não podemos nos esquecer da conduta MORAL ESPIRITUAL (não só a moral imposta pela sociedade, mas sim uma moral calcada nos NOBRES PRECEITOS DIVINOS).


Mediunidade = Afinidade

Exemplo:

Se o médium tiver uma conduta desleixada, fútil, se prendendo demais a valores materiais, esquecendo o objetivo da mediunidade (caridade e evolução espiritual) = se afinará só com espíritos de baixo calão vibratório = prejudicará seus complexo astro-físico = atrapalha MUITO sua evolução.

Portanto cuidado! Só depende de você!

Retirado do Livro: A UMBANDA AO ALCANCE DOS JOVENS
- Domingo Rivas Miranda Neto (ITAMIARA)

VIVÊNCIA DE PRETO VELHO

A figura do Preto-Velho é um símbolo magnífico.

Ela representa o espírito de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente.

Certa vez, em um centro do interior de Minas, uma senhora consultando-se com um preto velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e, só retornavam ao terreiro, quando estavam com outros problemas.

O preto velho deu uma baforada com seu cachimbo e respondeu tranqüilamente:

"Sabe filha, essas pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo.

Procuramos ajudá-las, resolvendo seus problemas, brincando de pechinchar obrigações, de propósito. mas aquelas que podem ser aproveitadas, depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca, descalças, fazendo parte do terreiro.

Muitas pessoas vem aqui buscar lã e saem tosqueadas; acabam nos ajudando e cumprindo suas missões nos trabalhos de caridade".

Essa é a sabedoria dos Pretos Velhos...

Autor Desconhecido

AURA

Você com certeza já deve ter conhecido alguém assim: basta chegar perto para se envolver numa maravilhosa onda de luz e paz. Sua energia é tão positiva e contagiante que poderia até ser tocada. Outras pessoas, ao contrário, provocam uma desagradável sensação de cansaço, como se roubassem nossa energia.
Esta capacidade de apagar ou iluminar o ambiente reflete o poder da nossa aura.

Uma pessoa altamente emotiva com um chakra do plexo solar desenvolvido e descontrolado, pode causar destruição. Por outro lado uma pessoa que use corretamente o centro do coração, leva a inspiração a centenas de pessoas, expandindo sua Aura e tornando seu campo energético mais amplo, mais forte, mais protegido e mais resistente aos ataques das energias telúricas e de energias negativas.

Ela foi estudada nos anos setenta pelo físico russo Samuel Kirlian, que inventou a kirliangrafia, que não é nada mais que a fotografia da nossa aura. Através dela pode-se detectar visualmente que todo ser humano representa um gerador de energia que produz um campo energético.



A aura é constituída por quatro campos, quatro camadas:

1) Aura da saúde física;
2) Aura astral ou emocional;
3) Aura mental;
4) Aura do corpo etérico.


Existe uma correlação entre o estado geral de corpo-mente-alma de uma pessoa e seu corpo vibratório. Danos à alma, tensão e fraquezas físicas tornam-se perceptíveis, antes mesmo de se manifestarem em você, tais como depressões, fadigas e doenças. Quem passa por uma perda de um parente querido, por exemplo, terá chances de se recuperar mais rapidamente se seu campo energético estiver equilibrado. Uma das maneiras para deixá-la em perfeito estado é tomar o banho de água com sal.

Antes de tudo, devemos esclarecer a essência da aura. Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal. A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência. Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.

Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam. Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.


Para assegurar a boa luminosidade de sua aura todo cuidado é pouco. Ciúme, raiva, ódio ou inveja podem atuar negativamente sobre o equilíbrio dos campos energéticos. O primeiro passo é combater as situações de estresse com constantes exercícios de relaxamento, caminhar todos os dias pela manhã (se possível por vinte minutos), e viver situações que salientem o seu lado alegre.



A Aura e suas Cores

Ensinaremos uma técnica bem simples para visualizar a aura de alguém. Use apenas sua intuição.

Coloque-se na frente pessoa. Fixe seu olhar nos intercílios. Conte até 5. Feche os olhos por alguns segundos.

Depois, fixe sua atenção no alto da cabeça da pessoa que está na sua frente. Conte até 5. Feche os olhos e pergunte mentalmente: "Qual a cor da sua aura". A resposta virá instantaneamente.

Apresento algumas das qualidades principais das cores, as quais se referem à segunda camada da aura, que nos indica o estado de nossa alma: Clique na cor desejada.

AURA VERDE
Autoconfiança, capacidade de resolver problemas e de perdoar. Pessoa que ama a paz; sensibilidade. É organizador, planejador e estrategista.

AURA AMARELA
Capacidade de dar e receber; ter esperanças; a saúde e a família desempenham um papel importante. Tem o dom de trabalhar em grupo harmoniosamente. O amarelo é uma das cores cinestésicas do espectro; isso significa que uma pessoa com aura desta cor tem uma reação física antes de ter uma resposta emocional ou intelectual. Quando ele entra numa sala cheia de gente, sabe de imediato se quer permanecer ou não.

AURA AZUL
Capacidade de curar através das próprias energias mentais e espirituais; age sobre os outros de modo agradável e calmante; altos ideais de vida; sinceridade. O Azul personifica as características do cuidado e do carinho. É a cor da aura que mais se preocupa em ajudar os outros.

AURA LARANJA
Destemidos, poderosos e descuidados com a própria segurança pessoal, brandem os punhos fechados contra o próprio Deus. Sua busca espiritual é, na verdade, uma busca de um sentido de vida além de si mesmo.


AURA DOURADA
Adora saber como e por que uma determinada coisa funciona, e lança mão de uma paciência infinita. A espiritualidade, para a pessoa de aura dourada, é o estudo da ordem superior do universo e de leis e princípios que o governam. Ele quer entender a organização mental, as leis ou as probabilidades que geraram a ordem no interior do caos espiritual.


AURA VERMELHA
Ênfase no modo de vida material; sucesso alcançado através da dedicação pessoal completa; saúde física estável; tendência à irritabilidade quando contrariada.


AURA VILETA
Espiritualidade bem desenvolvida; inspirações criativas; capacidade de transformar os sofrimentos pessoais em fatores positivos para o próprio destino. O violeta é a cor do espectro mais próxima do equilíbrio psíquico, emocional e espiritual em vigor no planeta neste momento.


AURA PRATEADA
Um curandeiro, médium natural. Utiliza energia para transformar luz em em raios que curam, seu maior desafio é aprender a se conhecer e descobrir seus dons especiais.


AURA ANIL INDIGO
A aguda perspicácia intelectual é um dos aspectos mais gratificantes e mais exasperantes, é brilhante e inquiridor, com uma inteligência que vai muito além dos conceitos mais tradicionais.


Garantir uma aura equilibrada não é um bicho-de-sete-cabeças.
Tenha muito bom humor e otimismo, assim você estará sempre iluminado (a)!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O SUICIDA

VI - Desgosto Pela Vida. Suicídio

943. De onde vem o desgosto pela vida que se apodera de alguns indivíduos sem motivos plausíveis?

— Efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente; suportam as suas vicissitudes com tanto mais paciência e resignação quanto mais agem tendo em vista a felicidade mais sólida e mais durável que os espera.

944. O homem tem o direito de dispor da sua própria vida?

— Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei.

944-a. O suicídio não é sempre voluntário?

— O louco que se mata não sabe o que faz.

945. O que pensar do suicídio que tem por causa o desgosto da vida?

— Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes teria sido tão pesada!

946. Que pensar do suicida que tem por fim escapar às misérias e às decepções deste mundo?

— Pobres Espíritos que não tiveram a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que não têm forças nem coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Infelizes, ao contrário, os que esperam uma saída nisso que, na sua impiedade, chamam de sorte ou acaso! A sorte ou acaso, para me servir da sua linguagem, podem de fato favorecê-los por um instante, mas somente para lhes fazer sentir mais tarde, e de maneira mais cruel, o vazio de suas palavras.

946-a. Os que levaram o desgraçado a esse ato de desespero sofrerão as conseqüências disso?

— Oh! Infelizes deles! Porque responderão como por um assassínio.

947. O homem que se vê às voltas com a necessidade e se deixa morrer de desepero pode ser considerado como suicida?

— É um suicida, mas os que o causaram ou que o poderiam impedir são mais culpáveis que ele, a quem a indulgência espera. Não acrediteis, porém, que seja inteiramente absolvido se lhe faltou a firmeza e a perseverança e se não fez uso de toda a sua inteligência para sair das dificuldades. Infeliz dele, sobretudo, se o seu desepero é filho do orgulho; quero dizer, se é um desses homens em que o orgulho paralisa os recursos da inteligência e que se envergonhariam se tivessem de dever a existência ao trabalho das próprias mãos, preferindo morrer de fome a descer do que chamam a sua posição social! Não há cem vezes mais grandeza e dignidade em lutar contra a adversidade, em enfrentar a crítica de um mundo fútil e egoísta, que só tem boa vontade para aqueles a quem nada falta, e que vos volta as costas quando dele necessitais? Sacrificar a vida à consideração desse mundo é uma coisa estúpida, porque ele não se importará com isso.

948. O suicida que tem por fim escapar à vergonha de uma ação má é tão repreensível como o que é levado pelo desespero?

— O suicídio não apaga a falta. Pelo contrário, com ele aparecem duas em lugar de uma. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso tê-la para sofrer as conseqüências. Deus é quem julga. E, segundo a causa, pode às vezes diminuir o seu rigor.

949. O suicídio é perdoável quando tem por fim impedir que a vergonha envolva os filhos ou a família?

— Aquele que assim age não procede bem, mas acredita que sim, e Deus levará em conta a sua intenção, porque será uma expiação que a si mesmo se impôs. Ele atenua a sua falta pela intenção, mas nem por isso deixa de cometer uma falta. De resto, se abolirdes os abusos da vossa sociedade e os vossos preconceitos, não tereis mais suicídios.

Aquele que tira a própria vida para fugir à vergonha de uma ação má, prova que tem mais em conta a estima dos homens que a de Deus, porque vai entrar na vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-las durante a vida. Deus é muitas vezes menos inexorável que os homens: perdoa o arrependimento sincero e leva em conta o nosso esforço de reparação; mas o suicídio nada repara.

950. Que pensar daquele que tira a própria vida com a esperança de chegar mais cedo a uma vida melhor?

— Outra loucura! Que ele faça o bem e estará mais seguro de alcançá-la, porque, daquela forma, retarda a sua entrada num mundo melhor e ele mesmo pedirá para vir completar essa vida que interrompeu por uma falsa idéia. Uma falta, qualquer que ela seja, não abre jamais o santuário dos eleitos.

Todos os suicidas vão invariavelmente parar no umbral e sofrer?

R: Umbral não é um local FIXO, é apenas uma passagem para Expurgos de energia densa, os locas são de acordo com o pensamento coletivo vigente, contudo não é de sofrimento eterno, somente condo o Espirito a necessidade de compreender o auto-perdão e perdoar ao próximo, mudará sua vibração e estará habito a outro local de vibração equilibrada e salutar.


Será que não existe nenhuma "atenuante", como a dor pela perda de um filho, que faça com que a pessoa que se mata não vá parar no umbral?

R: Claro, é levado em conta os verdadeiros motivos, pois não é Deus que pune, é a própria consciência nada mais, e aonde estiver ela vibrando (suas emanações Sentimento/energia) ali ela estará em tempo ideterminado. Até que ela mude suas vibrações.
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O Pior pesadelo do suicida é saber que com a morte fisica nada se resolveu, pois os desquilibros vem da consciencia e não do fisico. É um processo bastante dolorido para o ser.

O Umbral (Passagem) TODOS nós passaremos, sem nenhuma exeção, até que nos desprovemos dos fluidos densos, o tempo vai de acordo com a evolução MORAL de cada um.


Quem já viu a alma de um suicida no astral?
R: Em Runião Mediúnica somente, e em situações lamentaveis, de muita dor e revolta, uma energia muito densa.
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Contudo sabemos que são ESTÁGIOS TRANSITÓRIOS, e depende da força interior de cada um, e ninguém estará desamparado, e assim que se veem a necessidade de melhoramento...logo passa a vibrar de outra forma.
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"O Pai nunca desampara seus filhos" Jesus

livro dos espiritos

sábado, 6 de junho de 2009

UMBANDA NÃO FAZ MILAGRES,FAZ CARIDADE !

É fato comum chegarem aos terreiros pessoas extremamente deprimidas, adoentadas ou desesperadas pelo fato de não encontrarem em nenhum outro lugar o remédio para seus males. Já passaram por consultórios médicos, igrejas, milagreiros de todas as espécies. Em todos os lugares, foram deixando sua história registrada, acrescida de decepção e gastos financeiros além da conta.

Com a promessa e a busca de “milagres”, pagaram dízimos ou oferendas, tentando terceirizar a solução de seus problemas ou de sua suposta “má sorte”. E enquanto seu saldo bancário e sua fé diminuem, sua decepção e dor aumentam.

O local que não cobra pela caridade geralmente leva a fama de ser “muito fraco”, pois infelizmente as pessoas ainda têm a falsa concepção de que “se não cobrar e bem cobrado, a coisa não funciona”. Além disso, há os que necessitam vivenciar o “fenômeno” para que sua fé tenha fundamento.

“Imagina... guia que fica só aconselhando, mandando rezar e mudar a maneira de pensar...”.

Como bem fala o ditado popular:
“só quando a água bate onde não deve é que se aprende a nadar”.

Assim, só como último recurso, no desespero total, é que eles batem à porta da Umbanda. Mesmo descrentes, buscam o milagre, chorosos e vitimados pela vida. Ajoelham-se na frente do preto velho ou do caboclo e derramam lágrimas, dedilham rosários de reclamações, tentando convencê-los de que a culpa da desgraça é de todo mundo, menos deles próprios. Acolhidos com todo amor pelos guias de luz, não recebem promessa de milagre, apenas a exigência de uma gradual reforma íntima, aliada a mandingas que os limpam do lixo energético que conseguiram agregar ao longo do tempo.

Saem dali bem melhores do que entraram, quase sempre voltam e aos poucos compreendem que o milagre estava dentro deles próprios.

Não faltarão nessa lista os que, após a melhora, voltam a freqüentar os bancos da igreja aos domingos, exibindo saúde e roupas novas. Quando não, transformam-se em carregadores de bíblia, passando a combater ferrenhamente aqueles por quem foram ajudados. Jamais vão admitir que um dia entraram num terreiro de Umbanda – coisa do capeta.

Não faltarão nessa lista os que, após a melhora, voltam a freqüentar os bancos da igreja aos domingos, exibindo saúde e roupas novas. Quando não, transformam-se em carregadores de bíblia, passando a combater ferrenhamente aqueles por quem foram ajudados. Jamais vão admitir que um dia entraram num terreiro de Umbanda – coisa do capeta.

O que será que os Pretos Velhos e Caboclos pensam disso?

Um dia desses fiz essa pergunta à Vovó Benta:

– Zi fia, nosso trabalho é a caridade e quem se dispõe a ela, esteja encarnado ou no mundo dos mortos, tem de saber que o “dar gratuitamente” sempre é motivo para darmos “graças” pela oportunidade de servir ao Criador, à sua obra. Ajudar esses filhos desnorteados é construir pontes entre o céu e a terra. Nunca podemos ou devemos esperar qualquer recompensa pelo bom serviço, a exemplo do Criador que distribui raios de luz ou gotas de água todos os dias a todos, bons e maus. O que cada filho fará com as dádivas recebidas só a ele cabe definir, escolhendo assim seu futuro. Sigamos fazendo o bem sem olhar a quem e façamos isso com a alegria de quem sobe os degraus para o céu, sem ter de pagar por isso com lágrimas ou moedas falsas. Lembre-se, filha, de que servir com alegria é servir duas vezes.

– Servir duas vezes?

– Sim, duas vezes. A você mesmo e ao próximo. Quando colocamos alegria e desprendimento, dissipamos qualquer possibilidade de nos machucarmos com nossa ação. Porém, o fazer por fazer ou para que as pessoas vejam que somos caridosos é um meio de ajudarmos aos outros sem, no entanto, estarmos com isso nos ajudando.

O azedume que muitos “caridosos” carregam demonstra o quanto ainda sua caminhada é longa. Sem contar que pode ser um meio de captar para si as energias dos outros em vez de dissipá-las. Quanto aos filhos que viram as costas a quem os ajudou, não passam de espíritos infantis que precisam do pirulito para adoçar suas vidas, ignorando que um dia o doce chega no palito.

Leny W. Saviscki

A CRUZ

A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo.

Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino, na linha vertical, e mundano, na linha horizontal (Koch, 1955).

Na subcultura Gótica, este símbolo geralmente é a representação da tortura ou angústia interna, já que a palavra Cruz vem do latim "Crucio", que significa tormento ou suplício.

Provavelmente esta definição tenha o sentido original, já que em Roma antes mesmo da morte de Cristo, era usado para esta finalidade.

Uma das formas de condenação à morte consistia em atar ou pregar condenados em uma cruz, fazendo os mesmos padecer terrivelmente.



USO DA CRUZ NO CRISTIANISMO

Um dos símbolos mais utilizados na religião é a cruz.

The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica) chama a cruz de “o principal símbolo da religião cristã”. Num julgamento em tribunal na Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega chegou a afirmar que aqueles que rejeitam a ‘Santa Cruz’ não são cristãos.

O instrumento da morte de Jesus é mencionado em textos bíblicos como Mateus 27:32 e 40. Ali, a palavra grega stau·rós é traduzida por “cruz” em várias Bíblias em português por saber que o costume dos Romanos era a crucificação. Entretanto a palavra grega stau·rós denota primariamente uma estaca, ou poste.

A forma da “cruz”, duas vigas em ângulos retos, “teve sua origem na antiga Caldéia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome) naquele país e em terras adjacentes, inclusive no Egito. Por volta dos meados do terceiro século A. D., as igrejas ou se tinham apartado ou tinham parodiado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata aceitavam-se pagãos nas igrejas à parte de uma regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reterem seus sinais e símbolos pagãos.

Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais freqüente, com o madeiro atravessado um pouco abaixado para representar a cruz de cristo. — Expository Dictionary of New Testament Words (London, Inglaterra; 1962), W. E. Vine, Vol. I, página 256.

“Encontraram-se diversos objetos, datando de longos períodos anteriores à Era Cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do mundo antigo.

A Índia, a Síria, a Pérsia e o Egito produziram todos inúmeros exemplos, ao passo que em quase toda a parte da Europa se encontraram numerosos casos, datando desde a parte posterior da Idade da Pedra até os tempos cristãos.

O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos não-cristãos provavelmente pode ser considerado como quase universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da natureza.”

ESPÍRITO E MATÉRIA

Não há efeito sem causa; nada procede do nada. Esses são axiomas, isto é, verdades incontestáveis.

Ora, como se constata em cada um de nós a existência de forças e de poderes que não podem ser considerados como materiais, há a necessidade, para explicar sua causa, de se chegar a uma outra fonte além da matéria, a esse princípio que chamamos alma ou espírito.

Quando, descendo ao fundo de nós mesmos, querendo aprender a nos conhecer, a analisar nossas faculdades; quando, afastando de nossa alma a borra que a vida acumula, o espesso envelope de preconceitos, erros e sofismas que têm revestido nossa inteligência; penetrando nos recessos mais íntimos de nosso ser, encontramo-nos face a face com esses princípios augustos sem os quais não haveria grandeza para a humanidade: o amor ao bem, o sentimento de justiça e de progresso.

Esses princípios, que se encontram em diversos graus, tanto entre os ignorantes quanto entre os homens de gênio, não podem vir da matéria, desprovida que está de tais atributos.

E se a matéria não possui essas qualidades, como poderia formar, sozinha, os seres que delas são dotados?

O senso do belo e do verdadeiro, a admiração que sentimos pelas grandes e generosas obras, não poderia ter a mesma origem que a carne de nossos membros ou o sangue de nossas veias. Está lá, na sua maior parte, como os reflexos de uma luz sublime e pura que brilha em cada um de nós, da mesma forma que o sol se reflete sobre as águas, quer estejam perturbadas ou límpidas.

Em vão se pretende que tudo seja matéria. E apesar de que ainda que nos ressintamos de poderosos impulsos de amor e de bondade, já conseguimos amar a virtude, o devotamento, o heroísmo; o sentimento da beleza moral está gravado em nós; a harmonia das coisas e das leis nos penetra, nos arrebata.

E, com tudo isso, nada nos distinguiria da matéria?

Sentimos, amamos, possuímos consciência, vontade e razão e procederíamos de uma causa que não encerra essas qualidades em nenhum grau, de uma causa que não sente, não ama nem conhece nada, que é cega e muda?

Superiores à força que nos produziu, seríamos mais perfeitos e melhores que ela!

Uma tal maneira de ver não suporta um exame.

O homem participa de duas naturezas.

Por seu corpo, por seus órgãos, deriva da matéria; por suas faculdades intelectuais e morais, é espírito.

Dizendo ainda mais exatamente, relativamente ao corpo humano, os órgãos que compõem essa admirável máquina são semelhantes a rodas incapazes de agir sem um motor, sem uma vontade que as coloque em ação.

Esse motor é a alma.

Um terceiro elemento religa os dois outros, transmitindo aos órgãos as ordens do pensamento.

Esse elemento é o perispírito, matéria etérea que escapa aos nossos sentidos.

Envolve a alma, acompanha-a após a morte nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo um corpo diáfano, vaporoso.

O espírito jaz na matéria como um prisioneiro em sua cela; os sentidos são as aberturas pelas quais se comunica com o mundo exterior.

Mas, enquanto a matéria, cedo ou tarde, declina e se desagrega, o espírito aumenta em poder, fortifica-se pela educação e experiência.

Suas aspirações se engrandecem, se estendem para além da túmulo; sua necessidade de saber, de conhecer e de viver não tem limites.

Tudo mostra que o ser humano pertence apenas temporariamente à matéria.

O corpo não é senão uma vestimenta emprestada, uma forma passageira, um instrumento com a ajuda do qual a alma prossegue, nesse mundo, sua obra de depuração e de progresso.

A vida espiritual é a vida normal, verdadeira, sem fim.

A FÉ

Esta é a parte mais importante na feitura de qualquer trabalho, seja este para amor, negócios ou saúde, temos que fazer com muita fé, confiar no poder dos Orixás, fazer com o coração aberto, sem dúvidas da resposta;

A fé é "meio trabalho", muitas vezes não precisa grandes oferendas, damos uma vela com fé e recebemos a graça desejada, é claro que em seguida damos uma oferta maior para agradecer os Orixás, nós precisamos desta força interior.

E há casos em que desejamos determinados acontecimentos, e o objetivo não é alcançado, neste caso, não devemos ficar irados com os Orixás, nem sempre aquilo que queremos servirá para nos fazer feliz, pode ser bem ao contrario, não devemos perder tempo com ilusões, só virá até nossas mãos aquilo que merecemos, eles não nos darão um fardo maior do que possamos carregar.

Todos sacerdotes de Orixá, também precisam se descarregar, de vez enquando fazer uma boa limpeza, uma boa descarga para clarear a aura, os que vivem para ajudar, também precisam de ajuda, e seria melhor cultuada e preservada a nossa religião se estes que ainda detem um pouco da sabedoria dos cultos, passassem a diante, é tão bom quando se precisa de auxilio e ele esta próximo, se não passarmos os segredos do culto, como ficará no futuro a nossa raiz?

Já perdemos muito e o que resta tem que ter continuidade, peço aos meus irmãos de culto que pensem nisto, não querer ensinar é egoísmo, se recebemos podemos dar, claro que temos que ver para quem estamos passando os rituais sagrados dos Orixás, não dá para entregar na mão de qualquer um, mas, se olharmos a nossa volta sempre terá um ou outro que seguirá a risca o que lhe for delegado, os Orixás sempre irão por descendência na religião, porém, ninguém nasce sabendo.

Falando ainda na preservação dos cultos, tem muito pai e mãe de santo perdido, acham que sabem tudo, e as vezes se deparam com situações difíceis, e não sabem para que lado correr, por que será?

É por que não perguntam quando tem dúvidas, não querem ser humildes e pedir explicações para quem sabe, acabam fazendo errado aquilo que seria tão prático, pedir auxílio; o médico quando não tem certeza do que fazer, num caso raro, pede ajuda de seus companheiros, fazem uma junta médica, e isto está faltando no culto, nós vamos morrer e não vamos ver tudo, não vamos saber de tudo, sempre tem um que sabe um pouco mais.

Tem sacerdote aí que só quer aprender a fazer maldade, fazem mil assentamentos desnecessários, não se contentam só com Orixás que devem fazer parte da sua feitura, querem ter "coisas" que nem pertencem a sua raiz (sua nação religiosa), estes sempre acabam sem saída, temos que compreender que, o que é nosso ninguém nos tira, não é tendo um "cemitério" em casa que me fará seguro; sempre tem uma arma para "matar" uma pomba voadora, e muitas vezes só com nossos humildes "santinhos", conseguimos dar largos passos.

autor desconhecido