sábado, 28 de fevereiro de 2009

O QUE É QUIUMBA ?

Existem casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de quiumbas, verdadeiros marginais do baixo astral, que tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda.
Em muitas incorporações onde a entidade espiritual ora se faz presente como Guia Espiritual e ora como Guardião, ou é a presença do animismo do médium (arquétipo) ou é a presença de um quiumba.

Vamos estudar e entender a atuação dos quiumbas, para uma fácil identificação.O quiumba nada mais é do que o marginal do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor.
Espíritos endurecidos e maldosos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é do bem querem a todo custo destruir.
Esses espíritos, “quiumbas”, vivem onde conhecemos por “Umbral” onde não há ordem de espécie alguma, onde não há governantes e é cada um por si. Muitas vezes são recrutados através de propinas, pelos magos negros para que atuem em algum desafeto.Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada de Boiadeiros, que são especializados em desobsessão, na caça e captura desses marginais (os quiumbas os temem muito), e os trazem até nós para que através da mediunidade redentora possam ser “tratados”, ou seja, terem seu corpo energético negativo paralisado através da incorporação e serem levados para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda, onde serão devidamente esgotados em seus mentais e futuramente se transformarão em um sofredor, e ai sim estarão prontos a serem encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais avançados, pois já se libertaram através do sofrimento, de toda a maldade adquirida.

O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “quiumbas” é o mesmo da obsessão, mas, o processo para “tratá-los” é peculiar à Umbanda e cada caso é analisado particularmente pelos Guias Espirituais que utilizam diversas formas (que conhecemos como arsenal da Umbanda) para desestruturar as manifestações deletérias negativas desses nossos irmãos.


Como identificar um quiumba incorporado

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros quiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam. Notem bem, que um quiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem. O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Como os quiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Guardião.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados,mas é fácil identificá-los.

Vamos lá:
Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

Quando incorporados:
machões, com deformidades contundentes, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram a roupa toda); utilizam imensos garfos pretos nas mãos.

Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de quiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria para tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc.

Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um quiumba como mentor.

Certamente será um quiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.

Os quiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

Os quiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos quiumbas.

Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente.
É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

Pelas vestimentas:
são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

Os quiumbas incitam a luxúria, incentivam as traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).

Os quiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

Os quiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.

Se for uma quiumba, mesmo incorporada em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados. Costumam também travestir o médium (homem) com roupas femininas com direito a maquiagem e bijuterias.

Os quiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais faria. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.

Os quiumbas (e só os quiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

Os quiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

No caso de quiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo um Guardião, geralmente utilizam de nomes exdrúluxos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior.

Exemplo:
Pomba Gira Leviana; Pomba Gira Assanhada; Pomba Gira Prostituta; Pomba Gira Mariposa; Pomba Gira da Desgraça; Pomba Gira Rameira; Pomba Gira Siririca; Exú Trapaceiro; Exú Tagarela; Exu Lambada; Exú Fracalhão; Exú Gostoso; Exú Falador; Exú Suspiro; Exú Come Tuia; Exú Acadêmico; Exú Galhofeiro; Exú Arruaça; Exú Alegria; Exú Cheira-Cheira; Exú Malandrinho; Exú Encrenca; Exú Topada.

No caso de se passarem por Guias Espirituais, com certeza utilizarão nomes simbólicos que representam, geralmente condições humanas degradantes, como:

Caboclo da Saia Curta; Caboclo da Pá Virada; Preto Velho Beiçudo; Preta Velha Barriguda; Baiano 7 Facadas; Baiano da Morte Certeira; Baiano Cabra Macho; Baiana Risca Faca; Boiadeiro Lascado; Boiadeiro Pé de Boi; Boiadeiro Laço da Morte; Marinheiro da Morte; Marinheiro da Cana Forte e assim por diante.

Obs:
Dificilmente encontraremos quiumbas se passando por Caboclos, Pretos Velhos, Crianças ou Linha do Oriente. Já os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e Ciganos, favorecem aos médiuns incautos a presença de quiumbas mistificando, pelo fato de terem o arquétipo totalmente desvirtuado pelos humanos.
É só observar.

É simples verificar a presença de um quiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, personalismos, egocentrismo, egolatrias, sexo, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um quiumba.

Cuidado, meus irmãos.
Não caiam nessa armadilha.

Quando um quiumba se agarra vibratoriamente em um médium, dificilmente largarão aqueles que os alimentam com negatividade, dando-lhes guarida por afinidade.

Dissemos tudo isso, para que nossos irmãos pudessem avaliar a gravidade e permitir a presença de qualquer espírito em sua mediunidade. Lembrando que semelhantes atraem semelhantes.

Analisem dentro da razão e bom senso, e constatarão a veracidade dos fatos. Não estamos aqui para criticar esse ou aquele irmão com sua mediunidade, mas sim, esclarecer dentro da luz da ciência umbandista, que todos os desavisados estarão sujeitos a terem do seu lado, não um Guia Espiritual de Luz, mas sim, um espírito embusteiro, cuja finalidade é tão somente achincalhar a Religião de Umbanda, e levar o médium e seus seguidores, à falência espiritual.

Reparem bem, que muitos pseudo-espíritos têm o grave costume de ingerir grande quantidade de bebidas alcoólicas. Vamos elucidar tal fato, para que você leitor, possa saber o que realmente ali está incorporado.


CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ÁLCOOL

Em alquimia, como o nome já sugere é considerada a 5ª essência dos elementos.É um elemento que desagrega e separa a substância etérea ao mesmo tempo em que estabiliza um padrão que pode ser de origem mental ou consciencial. Sendo a 5ª essência, equivale, portanto, ao plano mental de quem o está manipulando, constituindo um excelente veículo na composição de medicamentos principalmente homeopáticos e outros.

Na Umbanda, cujos Sagrados Orixás constituem a consciência Divina dos elementos planetários e suas egrégoras somatizadas, observamos uma constante transmutação entre um elemento e outro e uma integração entre “vida e morte”, ou melhor, transferência de uma dimensão para outra em diversos estágios de tempo.

No trabalho em Templos Umbandistas, eles aceleram o processo, extraindo essências de ervas, das flores e também das pessoas, tocando, repondo, transferindo e transmutando para um padrão elevado de acordo com o padrão mental das pessoas que buscam auxílio e dos que dirigem o ritual.

Já, nos trabalhos da esquerda (quimbanda), os elementos são mais densos e compactos, exigindo muito esforço para transmutar e extrair fluidos. Por isso é preciso saturar o ambiente utilizando o éter ou álcool para romper e movimentar os elementos astrais agregados.

Os processos de magias e formas pensamentos de baixa vibração, muitas vezes são sustentados por poderosos regentes do plano astral inferior e mantidos por pessoas possuidoras de ódios, sentimentos de vingança, inveja, etc.

No entanto, para desfazer e desagregar esses processos torna-se necessário utilizar os mesmos elementos usados para agregar. Porém, há variações em termos de quantidade, dependendo do poder mental e acessoria espiritual de quem se predispor a inverter estes processos.
É preciso entender que os seres evocados para realizar a magia atuam como elementos neutros. Quanto à intenção, atendem ao poder mental de quem os solicita, ocupando uma faixa de freqüência baixa com seres do astral inferior, que aproveitam tudo o que venha a sustentar seu meio de ação. No caso da utilização da bebida alcoólica, os Regentes da Quimbanda utilizam tanto para agregar como para desagregar substâncias e formas astrais, como também formas pensamentos de origem inferior, pois estas são imediatamente atraídas pelas substâncias etéreas contidas no álcool.

Cabe aos Regentes da Luz, utilizar elementos de natureza superior para elevar estas freqüências e eliminar as tendências negativas de cada caso.De qualquer forma o éter extraído do álcool, também é um elemento neutro que se torna poderoso agente quando submetido às forças do pensamento que atrai esses agentes do plano astral.

Quando uma entidade espiritual ou Orixá é invocado, sintoniza com as intenções mentais e sentimentais dos envolvidos, atraindo para o seu centro de força, todo tipo de miasmas e larvas astrais..

Para centralizar as intenções para o bem, precisa movimentar o éter extraindo dos elementos por eles solicitados visando controlar estes seres inconscientes, em certos casos eliminá-los completamente, no caso de desmanche de magias.

O álcool, por ser um agente poderoso quando ativado deve ser usado com parcimônia. Nunca além do necessário, pois, pode levar à inconsciência se usado com excesso.

De qualquer forma é prudente evitar oferecer qualquer bebida alcoólica antes de ser solicitada pela direção de um Guia Espiritual, um Guardião de Lei, para evitar a invasão de forças indesejáveis de ambientes impregnados. Dirigido por uma Entidade Espiritual responsável, haverá um direcionamento correto, visando o fim desejado, pois, o mesmo agirá dentro da Lei Maior que representa.

Outro fator é que ao se submeterem ao contato com a nossa dimensão, estas entidades usam as energias do seu próprio campo de forças para interagir com o campo mental e intencional dos seres humanos e, para manterem seus corpos espirituais de manifestação.

Corpos astrais, Etéricos e Mentais, precisam repor suas energias, por isso são solicitadas as oferendas que inclui um catalisador, no caso de Guardião a pinga e da Guardiã a Sidra (não utilizar o champanhe; deve ser a sidra, pois é feita de maçãs), liberando o éter para facilitar a reconstituição dos mesmos.
Essas oferendas colocadas em seus campos de forças específicos, devem ser acompanhadas de pensamentos equilibrados e firmes.

Deve-se pensar coisas boas como a cura de alguém que precisa de ajuda, levantar os caídos nas lidas humanas, etc., enfim, pensamentos altruístas; isto também ajuda a fortificar e iluminar o caminho evolutivo da entidade ou das entidades solicitadas para atender os pedidos.

Quanto à ingestão de bebidas pelos médiuns, a princípio deve ser evitada ao máximo, a não ser que a entidade atuante em caso de desmanche de magias muito fortes, tenha que limpar fluidos absorvidos pelos chacras do médium, atingindo seus órgãos internos, no entanto sem desmandos desnecessários, bastando somente um ou outro pequeno gole, que já bastará para acionar o éter alcoólico necessário na manipulação energética e magística.

Os Guias Espirituais nunca utilizam álcool para alimentar seu vício e nem mesmo o vício do médium.

Lembre-se que a utilização é somente para efeitos terapêuticos, físico-espirituais e mesmo assim com muita sobriedade, sem desmandos e exageros, pois se preocupam com o bem estar físico e espiritual de seus médiuns. No entanto, o Sacerdote Umbandista pode usar outros meios e elementos ritualísticos para efetuar essa “limpeza”, evitando ao máximo a ingestão de bebida alcoólica.

A utilização de bebidas alcoólicas deve ser realizada de forma discreta e longe do público externo para evitar interferências de pessoas despreparadas mentalmente. A Doutrina Umbandista nada proíbe, mas mostra ao homem através da fé racionada, que ele é livre para realizar seus desejos, mas deve ter consciência das conseqüências boas ou más de seus atos. O ato de beber jamais fez bem a quem quer que seja.

É através dos alcoólicos que as regiões infernais mais se abastecem de energia. Os danos da bebida são terríveis, pois são repassados pelos exemplos dos pais para os filhos, dos médicos para os pacientes, dos umbandistas viciados para os seus seguidores.

Todo Umbandista que se encontra engajado nos labores mediúnicos, seja qual for a ocupação, deveria abdicar do uso dos alcoólicos em seu regime alimentar. Isto porque o álcool traz múltiplos inconvenientes para a estrutura da mente equilibrada e dos chacras, considerando-se suas toxidez e a rápida digestão de que é alvo, facilitando grandemente que, de modo fácil, o álcool entra na corrente sanguínea do individuo, fazendo seu efeito característico.
Mesmo os inocentes aperitivos devem ser evitados, tendo-se em mente que o médium é médium as vinte e quatro horas do dia, todos os dias, desconhecendo o momento em que o Mundo Espiritual necessitará da sua cooperação.

Além do mais, quando se ingere uma porção alcoólica, cerca de 30% são rapidamente eliminados pela sudorese e pela dejeção, mas cerca de 70% persistem por muito tempo no organismo, fazendo com que alguém que, por exemplo, haja-se utilizado de um aperitivo na hora do almoço, à hora da atividade noturna não esteja embriagado, no sentido comum do termo, entretanto, estará alcoolizado por aquela porcentagem do produto que não foi liberada do seu organismo. Segundo a ciência oficial, a cada dose de bebida alcoólica ingerida, um neurônio cerebral é destruído.

Finalizando:
o álcool no organismo faz com que os dutos energéticos estejam sobrecarregados de matérias tóxicas e o que você passará, através de passes, a título de fluidos regeneradores, serão na verdade fluidos envenenadores.

Portanto:
• Alguém poderia calcular a toxidade adquirida pelo médium através da ingestão de bebidas alcoólicas por parte de pretensos guias incorporados?

• Qual o motivo plausível e espiritual de uma entidade espiritual ingerir grandes quantidades de bebidas alcoólicas?

• Porque será que alguns “guias” pedem wuisky, vermout, campari, batidas de coco, conhaque, cerveja, malzibier, etc, etc, etc.???
Alguma coisa está errada; ou esses “guias” não vêem a hora de incorporar num médium, para poderem bebericar à vontade, inclusive escolhendo bebidas diferentes e exóticas?

Meditem…

Trechos do livro “O ABC do Servidor Umbanda”por Pai Juruá (no prelo)
Retirado do JUCA Nº 22

NATUREZA ANCESTRAL X UMBANDA X OPÇÃO SEXUAL

Vamos tratar de assuntos de grande importância para o nosso estudo a cerca da espiritualidade e formação religiosa de Umbanda, que é a natureza ancestral do ser, masculina ou feminina e a opção sexual de cada um.

Sim, falar sobre natureza e opção sexual já não é mais um tabu, algo que não possa ser discutido entre nós, precisamos sim esclarecer algumas questões, que são debatidas e convividas todos os dias.

Não cabe mais nos dias de hoje um preconceito quanto a opção sexual de cada um. Os mentores de Umbanda conhecem a fundo as questões da natureza sexual e instintos naturais do ser humano, desconhecidos no meio dos cultos "dogmáticos - intolerantes", ignorantes da genealogia espiritual e da psicologia humana, que estuda mais a fundo o comportamento do homem e suas causas no mundo material.

Ouviremos ainda os inquisidores de ontem, hoje reencarnados, dizerem que isso, a liberdade de opção sexual, é coisa do "tinhoso", "do demo", "do capeta", esquecendo que luz e trevas estão em nossa mente e na maneira como lidamos com nosso semelhante, com Amor ou Desamor.

Ao que sabemos Jesus não condenava as pessoas, indo inclusive contra a lei segundo o velho testamento, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra", mas, antes os compreendia e auxiliava.

O que não pode haver é uma marginalizarão religiosa que pode até vir a alimentar um futuro desequilíbrio.

Opção sexual não é crime, o que tem de ser evitado é o vicio no sétimo sentido da vida, um dos mais sublimes pelo qual o criador nos deu o dôm de gerar, vida e energias. E Ter este sentido viciado nada têm a ver com a opção, portanto independente dela, deve haver respeito da comunidade para com o indivíduo e do indivíduo para com a comunidade, sempre levando em conta o bom senso e a moral de cada um.

Falamos assim porque nosso intuito é esclarecer a comunidade sem abrir brechas para comportamentos desrespeitosos. Existem hoje muitas denuncias de comportamento que chega ao absurdo do atentado ao pudor e este sim deve ser tratado com o rigor da lei e sempre denunciado, pois, nada tem a ver com religião. O que já não implica em opção sexual ou natureza espiritual, acontece todos os dias e os oportunistas de plantão se servem de nossa religião e de nossas falhas em apresenta-la à sociedade para cometerem crimes em nossos nomes, aqui voltamos aquele nosso chavão : ISTO NÃO É UMBANDA!


Quanto à natureza do ser, não há nada pior que usar o Orixá ou o guia como bode expiatório para justificar seu comportamento. Por exemplo Logunedé, filho de Oxossi com Oxum é visto por nós na Umbanda como um intermediário entre estes dois orixás, portanto fruto deste "entrecruzamento", o que podemos chamar de um Oxossi do Amor, natureza vegetal masculina voltada ao campo do Amor. Oxumaré fazendo par com Oxum, na Segunda linha de Umbanda, é o renovador no campo amoroso, amparando aqueles que têm frustrações neste sentido, trazendo mais cores e alegria a suas vidas. Ambos são Orixás masculinos todos os meses do ano. E mesmo que não fosse nada tem a ver com o comportamento do médium, assim como uma mulher não se torna masculinizada por incorporar um guia ou Orixá masculino o homem também não se torna afeminado por incorporar guia ou Orixá feminino. O que existe é um preconceito social e desconforto individual do médium incorporante, que também não deve ser exposto em uma situação que o exponha, guias vêm para trabalhar e não para chamar a tenção, pois, assistência não é platéia. Homens podem Ter como Orixá de frente uma Mãe Orixá e mulheres podem Ter um Pai Orixá de frente que em nada desequilibra seu comportamento, nem influencia em suas opções.

O estudo correto está no campo da natureza masculina e feminina que carregamos e claro de alguns desvios em outros casos.

Quando somos gerados por Deus e enviados para o plano fatoral, recebemos uma natureza ancestral masculina ou feminina, doada por nosso Orixá Ancestral Dominante que junto ao ancestral Recessivo formam o casal ancestral.

Confira esta mesma afirmação, sobre nossa natureza masculina ou feminina, nas obras de Chico Xavier por André Luiz:

No livro "Evolução em dois Mundos" - Pg.141 - Origem do Instinto Sexual:

- Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca (intocável), a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios.

A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veiculo físico (corpo físico), mas sim na entidade espiritual (espírito), em sua estrutura complexa.

No livro "No mundo maior", Pg.156 e 157:

A sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização.

Na esfera da crosta terrestre, distinguem-se homens e mulheres segundo sinais orgânicos, específicos.Entre nós prepondera ainda o jogo das recordações da existência terrena, em trânsito, como nos achamos, para as regiões mais altas; nestas sabemos, porém, que feminilidade e masculinidade constituem característicos das almas acentuadamente passivas ou francamente ativas.

Recorro a estas afirmações pela incontestável veracidade das comunicações do saudoso irmão Chico Xavier que dispensam qualquér comentário, as palavras são muito claras em afirmar da natureza do espirito, podendo reencarnar em corpo "trocado" ou não afim com esta natureza ancestral.

Desta forma entendemos que um ser é naturalmente masculino ou feminino.

Vale ressaltar que um ser masculino na maioria da vezes terá encarnações masculinas o mesmo vale para o ser feminino.

Confira no livro "Ação e Reação" " Chico Xavier " André Luiz, Pg.209:

Contudo, em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto intimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação a mulher criminosa que, depois de arrastar o homem a devassidão e a delinqüência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o senhor. Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale a renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual.

Mais uma elucidação sobre as encarnações. Muito bem, fica claro então e em ocasiões de extrema importância é que o espírito encarna em corpo diferente de sua natureza e neste caso o espírito se prepara por muito tempo para esta missão, onde ele viverá em corpo diferente de sua natureza. Por expiação, portanto dolorosa, ou por missão, em alto grau evolutivo e abnegada. O que explica alguns casos que a psicologia e a sociologia vem estudando como comportamento humano e que para a maioria de nós se resume em "opções", que nem sempre são escolhas mas apenas o cumprimento de uma natureza "lotada" na matéria.

Não cabe a nós ditar normas, apenas respeitar e esperar o mesmo respeito em âmbito social e mais especificamente no religioso.


No campo das energias, a mulher tem um tipo de energia e o homem outro tipo, é naturalmente necessário à troca energética, para equilíbrio. Por isso as relações vão além do procriar, cumprem um papel no equilibrar e isto está ligado á natureza e ao corpo que carregamos. O importante é o sentimento de carinho e amor, para que a energia flua. Por isso não se deve se relacionar só por necessidades fisiológicas.

Espero que eu tenha contribuído um pouco para o entendimento espiritual desta questão que tanto nos importa a todos.

Aqui está um resumo do resumo da palestra sobre o assunto que tenho ministrado.

Peço aos pais e mães que observem desde a infância, a natureza e os valores espirituais, sempre os aplicando com ética, bom senso e principalmente Amor.

Estudemos irmãos, para não cairmos nas trevas da ignorância.

Por Rodrigo Queiróz
Jornal de Umbanda Sagrada

ABORTO CRIMINOSO e suas CONSEQUÊNCIAS

Aborto criminoso I.

> Reconhecendo-se que os crimes do “aborto provocado criminosamente” surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidos da justiça humana?


- Temos no Plano Terrestre cada povo com o seu código penal apropriado à evolução em que se encontra; mas, considerando o Universo em sua totalidade como o Reino Divino, vamos encontrar o Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei Básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em cada círculo de trabalho no Campo Cósmico, o máximo de equilíbrio com o respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima quota de pena.

Atendendo-se, no entanto, a que a Justiça Perfeita se eleva, indefectível, sobre o Perfeito Amor, no hausto de Deus “em que nos movemos e existimos”, toda reparação, perante a Lei Básica a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida fragmentária que conhecemos na encarnação humana, porquanto, uma existência pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos e a Misericórdia do Senhor preceitua, não que o delinqüente seja flagelado, com extensão indiscriminada de dor expiatória, o que seria volúpia de castigar nos tribunais do destino, invariàvelmente regidos pela Equidade Soberana, mas sim que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução do sofrimento.

Desse modo, segundo o princípio universal do Direito Cósmico a expressar-se, claro, no “ensinamento de Jesus” que manda conferir “a cada um de acordo com as próprias obras”, arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça Eterna, os nossos débitos jazem associados.


Aborto criminoso II.
...

À face de semelhantes fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as conseqüências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitòriamente, ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie.

É dessa forma que a mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências do “aborto delituoso”, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutificarão, mais tarde, em regime de produção a tempo certo.

Isso ocorre não somente porque o remorso se lhes entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas também, porque assimilam inevitàvelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino.


Aborto criminoso III.
...

No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para exculpar-lhes a deserção.

Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais graves.

O “aborto provocado”, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.


Aborto criminoso IV.
...

Dessarte ressurgem na vida física, externando gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas, mucíparas e intercalares não dispõem da força precisa na mucosa tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também certas síndromes hemorrágicas de suma importância, decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação baixa ou a placenta prévia hemorragípara que constituem, na parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal em desajuste.


Aborto criminoso V.
...

Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem, flagelando a vida feminina, como sejam o deslocamento da placenta eutópica, por hiperatividade histolítica da vilosidade corial; a hipocinesia uterina, favorecendo a germicultura do estreptococo ou do gonococo, depois das crises endométricas puerperais, a salpingite tuberculosa; a degeneração cística do cório; a salpingooforite, em que o edema e o exsudato fibrinoso provocam a aderência das pregas da mucosa tubária, preparando campo propício às grandes inflamações anexiais, em que o ovário e a trompa experimentam a formação de tumores purulentos que os identificam no mesmo processo de desagregação; os síndromes circulatórios da gravidez aparentemente normal, quando a mulher, no pretérito, viciou também o centro cardíaco, em conseqüência do aborto calculado e seguido por disritmia das forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração, ressentindo-se, como resultado, na nova encarnação e em pleno surto de gravidez, da miopraxia do aparelho cardiovascular, com aumento da carga plasmática na corrente sanguínea, por deficiência no orçamento hormonal, daí resultando graves problemas da cardiopatia conseqüente.


Aborto criminoso VI.
...

Temos ainda a considerar que a mulher sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se lhe evidenciarem na existência próxima pela vasta acumulação do antígeno que lhe imporá as divergências sanguíneas com que asfixia, gradativamente, através da hemólise, o rebento de amor que alberga carinhosamente no próprio seio, a partir da segunda ou terceira gestação, porque as enfermidades do corpo humano, como reflexos das depressões profundas da alma, ocorrem dentro de justos períodos etários.

Além dos sintomas que abordamos em sintética digressão na etiopatogenia das moléstias do órgão genital da mulher, surpreenderemos largo capítulo a ponderar no campo nervoso, à face da hiperexcitação do centro cerebral, com inquietantes modificações da personalidade, a raiarem, muitas vezes, no martirológio da obsessão, devendo-se ainda salientar o caráter doloroso dos efeitos espirituais do “aborto criminoso”, para os ginecologistas e obstetras delinqüentes.


Aborto criminoso - Final.
...

> Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no “aborto provocado”, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas ?

- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.

Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.

O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro (I Pedro, 4:8) adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males.


do livro Evolução em dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, Ed. FEB

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

HUMILDADE x ORGULHO

Humildade.
Esta palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu Verdadeiro significado.

O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente.

Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente.

A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice.

A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.

O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende.

O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade.

Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões.

Quando, por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é de aprender, de crescer.

Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz:
"não foi minha culpa", porque se acha acima de qualquer suspeita.

A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo.

Uma pessoa orgulhosa está sempre "muito ocupada" para fazer o que é necessário.

A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas.

A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências.

Uma pessoa humilde se compromete e realiza.

Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita.

A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser".

A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos.

A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos.

O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação.

O orgulhoso não colabora, e sempre diz: "eu faço o meu trabalho".

Uma pessoa humilde diz: "deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir".

A pessoa orgulhosa afirma: "sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo".

A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência.

A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.

Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.

O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia ao criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece.

Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham.

A pessoa orgulhosa defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.

Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição.

Você sabe por quê o mar é tão grande?
Tão imenso?
Tão poderoso?
É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha.
E certamente estaria isolado.

UMBANDA E QUARESMA

Dentre os vários compromissos que os verdadeiros Umbandistas devem ter para com a religião que abraçaram, estão os de esclarecerem, difundirem e enaltecerem os reais valores, bases e diretrizes de nossa Sagrada Umbanda. Desta forma, observações, avaliações e conceitos devem alcançar e modificar determinadas condutas que, embora habituais, têm como base preceitos estranhos a nossa religião.

Neste contexto, reportemo-nos, sucintamente ao ato litúrgico católico nominado Quaresma. A Quaresma e o próprio nome revela, é um período de 40 dias que tem início após as festas ditas profanas (carnaval), culminando no domingo de páscoa. Tem como finalidade, segundo os católicos, preparar o indivíduo, mediante processos de conversão e penitência, para a expurgação de influências carnais e mundanas e a absorção de valores sagrados. Tal período litúrgico, afirmam alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1° Concílio (Assembléia) Ecumênico de Nicéia, no ano 325.

Não obstante respeitarmos esta prática religiosa, própria dos católicos, devemos ter em mente que tal habitualidade pertence ao catolicismo, e não a Umbanda.

E por quê então um número razoável de terreiros fecham suas portas, suspendendo as atividades espírito-caritativas durante este período?

1° Influência dos tempos de Catolicismo:
- muitas pessoas que hoje são dirigentes Umbandistas, no passado professavam a religião católica. Converteram-se à Umbanda, mas esqueceram-se de deixar na antiga religião preceitos próprios da mesma.

2° Justificação para longas férias:
- encontram no período católico da Quaresma o meio ideal de justificarem sua vontade particular de descanso, de deleites materiais, sem serem alvos de críticas por estarem suspendendo atividade de auxílio espiritual aos necessitados, uma vez que a maioria não sabe o que é quaresma.

Os Umbandistas, consoante o que foi mencionado, devem ter consciência e convicção de que os terreiros são verdadeiros pronto-socorros espirituais e jamais poderão fechar suas portas a médiuns e assistentes.

Ou será que a tristeza, a frustração, as demandas, as doenças, e outras situações negativas deixam de afligir as pessoas durante a quaresma?

Sejamos sensatos. A Umbanda é religião cristã. É fato. Não significa, no entanto, que tenhamos de aplicar atos litúrgicos alienígenas à mesma.

Se os católicos são de opinião que a melhor forma de expiar suas faltas é jejuar e fazer penitência, ficando na última semana dos 40 dias a chorar o sofrimento de Jesus, bom para eles.

Nós umbandistas somos sabedores que o Meigo Nazareno não quer que soframos por Ele, mas sim que coloquemos em prática suas lições de amor, fé, caridade e fraternidade, virtudes que pregou quando encarnado, como alicerces seguros para a evolução da humanidade.

Reverenciemos o Cristo da Galiléia com trabalhos espirituais, que não podem parar, pois que o socorro é sempre urgente.
A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.
E caridade é Jesus em ação.


Saravá Umbanda !!!


Texto extraído do site www.jornalumbandahoje.com.br

O DESAFIO DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS

Medicina e Espiritualidade

A medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, conseqüentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como "secreção" do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.
O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a "demonização" das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.
A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer "o lado de lá" de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando os lunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou mal uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).
Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas.

Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação:

1. Doenças espirituais auto-induzidas
a) por desequilíbrio vibratório e
b) por auto-obsessão

2. Doenças espirituais compartilhadas
a) por vampirismo,
b) por obsessão,
c) por mediunismo e
d) por doenças cármicas


1-As Doenças Espirituais auto-induzidas


a) Por desequilíbrio vibratório
O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos - físico e espiritual - cujo "ajuste" exige uma determinada sintonia vibratória. Como o perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de idéias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o vigiai e orai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um "desequilíbrio vibratório". Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda, o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como "doenças psicossomáticas”. Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.

B) Por auto-obsessão
O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representações de nossas idéias. À custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal, as idéias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou pela proteção, etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, idéias fixas, desejo de vingança, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em "idéias-formas" na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a "imagem" ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos, assim, "obsedados" pelos nossos próprios desejos.

2 - As doenças espirituais compartilhadas
a) Por vampirismo
O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios - o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Para todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins.


Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de enrgia por parte do encarnado. Daí a expressão vampirismo ser muito adequada para definir esta parceria.

b) Por obsessão
No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos, reencontram- se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.
No decorrer de nossas vidas, seremos sempre ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo a nós.

Nos rastros das mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar noutros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.

c) Por mediunismo
São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas. Com muita freqüência, a mediunidade se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê às voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, "inchaço" dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável, etc. Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.

d) Por "doenças cármicas" (compromissos adquiridos)
A "doença cármica" é antes de mais nada uma oportunidade de resgate e redenção espiritual. Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de "lúpus" que nos compromete as artérias, do "pênfigo" que nos queima a pele, das "malformações" de coração ou do cérebro, da "esclerose múltipla" que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.

Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições.

O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação.

Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo.

Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual.

Dr. Nubor Orlando Facure - Neurologista
Artigo inserido no Jornal Espírita de julho de 2004
Publicado no Jornal de Umbanda Carismática – JUCA – Edição XIX

TRABALHO DOS EXUS GUARDIÕES NO CARNAVAL

Carnaval é uma festa pagã, cuja a origem exata é obscura.

Existem registros dessas festividades em civilizações antigas romanas
egípcias, gregas, entre outras.

Com a legitimação do Cristianismo em 313 d.C., pelo Imperador romano Constantino, através do Édito de Milão, a Igreja Católica proibiu essas manifestações pagãs. Mas o Édito de Milão, permitia a liberdade de crenças e não tornou o paganismo ilegal, mesmo sendo o Cristianismo considerado como religião oficial do Império Romano. O Cristianismo era para muitos, uma religião de fachada, e a elite romana ainda era pagã em sua essência. E nos campos, a população ainda mantinha-se fiel aos seus cultos ancestrais.

Mas muitos pagãos, que já simpatizavam com a doutrina Cristã, converteram-se à nova religião oficial, entretanto não conseguiam romper por completo com as tradições em que haviam sido formados.

A Igreja tinha que encontrar um meio de equilibrar esses opostos, e mesmo não permitindo aos cristãos participarem, moveu as festividades pagãs para antes do período da quaresma, que antecede a Páscoa.

Essas festividades ficaram conhecidas como "carnen levare", que em latin significa "adeus à carne". Mas em em 590 d.C., a Igreja Católica oficializou a festa, por perceber que não podia mais proibi-la, ainda que o paganismo já não fosse mais permitido como religião livre. Era um modo de "contentamento pagão controlado", que permanece até os nossos dias.

Nossos Guardiões, estão em vigília intensa nesse período, pois o mesmo
é carregada de vibrações densas. No Natal, as entidades trevosas oportunistas se valem do sentimentos de melancolia, abandono, solidão, carência material, saudades e culpa, entre outros como facilitadores da sintonia obsessiva, junto aos encarnados.

Já no Carnaval, as vítimas costumam ser outras. A sintonia se dá mais
facilmente com encarnados que mantêm, ainda que não conscientes ou expressos, sentimentos de luxúria , ira, vícios, desejos de vingança e falta de valores morais e espirituais, que consequentemente os afastam de Deus e os tornam presas fáceis das artimanhas das trevas.

Essas manifestações ocorrem desde os pequenos desentendimentos até aos mais graves atos de violência e crueldade, culminando em assassinatos. Esses acontecimentos estão presentes durante todo o ano, mais ganham "força" nesse período. O resultado está nas estatísticas: assaltos, drogas, álcool, orgias, acidentes, agressões, assassinatos, etc.

Devido ao livre arbítrio, que é uma determinação divina, os seres podem
escolher seu caminho e suas ações, mas não ficam livres da cobrança cármica. E esta é muito efetiva nessa época, os Exús como agentes executores da lei, cumprem determinações rígidas de suas hierarquias no sentido de promoverem esses ajustes, ninguém escapa da lei.

São protegidos e poupados os que merecem. São expostos e cobrados, os que devem, os "encontros cármicos de ajustes" são inevitáveis, mas o desfecho depende de cada um dos envolvidos. As oportunidades de evolução nos são fornecidas o tempo todo.
Nenhum Exú Guardião pode escolher por nós ou modificar por si só nossas débitos e créditos. O que eles podem e fazem como ninguém, é impedir o ataque em massa de entidades trevosas e sua tentativa de reino e domínio nesse, que ainda é um planeta de provas e expiações.

O trabalho dos Guardiões no Carnaval, difere do realizado no Natal, já que esse período vem sendo usado ao longo dos séculos para ajustes cármicos. Muitas são as pessoas de boa índole e alegres que brincam o seu Carnaval de modo tranquilo e que são protegidas, pois não sintonizam com as vibrações trevosas e nem têm "contas a ajustar", seus Guardiões têm o mesmo trabalho dos demais, a diferença é que
"podem poupá-las".


Para bom entendedor...

CLAUDIA BAIBICH


Tenda Espirita de Umbanda Vovó Benedita do Congo e Caboclo Sete Matas de Oxosse

NA UMBANDA NÃO HÁ DOUTORES

Em meio às atividades espírito materiais de alguns terreiros que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor e a caridade, um fato, dentre os muitos que nos deixam perplexos, tem nos chamado à atenção. Por isto mesmo, merece uma análise mais profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver o movimento umbandista mais forte e coeso.

Estamos falando da ostentação de títulos de ordem honorífica ou profissional como instrumento de aspiração ao poder e também como meio de dominação, subjugação e humilhação frente a terceiros.

A Umbanda, assim como outros agrupamentos religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes econômico-sociais e étnicas, que, justapostas, formam o que se denomina de meio religioso intercorrente.

Também é de conhecimento geral que, não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão estar ali, naquele espaço de caridade, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual e material aos necessitados. Faz-se então necessário traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas. Todos, independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que possam Ter, deverão estar irmanados com aqueles que não puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado, no sentido de juntos, poderem dar sua cota de sacrifício e suor em prol de nossa religião.

Com pesar, observamos que algumas pessoas ainda julgam a existência de bondade, de caridade e altruísmo pela riqueza material ou intelectual que alguns detêm. Não que bens ou Cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de grande valia para o progresso da humanidade.

Refiro-me a alguns médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam com pompa os que possuem títulos universitários, desprezando aqueles que possuem quando muito o primeiro grau; que dão atenção e mantém diálogos somente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso econômico.

Refiro-me também àqueles que desejando fazer parte ou já estando no corpo de médiuns ou assistentes, fazem tremenda e irrevogável questão de serem conhecidos e chamados como Doutor Fulano, médico; Doutor Beltrano, Engenheiro; Doutora Fulana, Advogada etc. Que fazem absoluta questão de alcançarem cargos ou funções que os façam importantes e admirados, dentro da coletividade religiosa.

Temos assistido alguns destes "doutores" reclamarem, apresentando seus diplomas, um lugar de destaque ou maior envergadura dentro das atividades de um templo de Umbanda. Pressionam para que aqueles que têm alguma função ou responsabilidade dentro de um terreiro, fruto de méritos espirituais, morais, éticos e caritativos, sejam substituídos, asseverando:
"Eu sou formado, sou doutor, logo sou melhor e não posso obedecer a ordens ou estar em posição inferior em relação àquele que não é instruído ou formado". A soberba, a vaidade, o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, vale dizer, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, ter títulos profissionais, carrões último tipo, mansões suntuosas, e um belo saldo bancário.
A religião jamais poderá ser utilizada como ferramenta de projeção social, bem como em complemento de sucesso profissional. A Umbanda, nossa querida e elevada religião, foi plasmada do plano astral trazendo como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representa a humildade, a dignidade, à sinceridade e oi alto grau de espiritualidade, sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações.

Em nossa religião não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais, tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres", mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças etc. que, seguindo as diretrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados ou não, a progredirem espiritualmente.
Que esta simples dissertação possa de alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; de doutores e proletários, mas sim em segmento religioso de irmãos, unidos por laços de amor e fraternidade.

É o que deseja nosso Pai Orixalá.

Artigo retirado da comunidade Umbanda Somente Umbanda de autoria do nosso irmão Carlos Piqueira.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO TAMBEM VAI QUEM JÁ "MORREU"

“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...”. – Caetano Veloso

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval. O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval. Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.
Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval. Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das musicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”. Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.
Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo. O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade, hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

“A carne nada vale”. O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra. Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.
Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.
Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”. Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento. Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.

Processo de loucura e obsessão. As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.
Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.
Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apostolo da caridade no Brasil”.

Fonte: Visão Espírita

MEDIUNIDADE E UMBANDA

Toda a pessoa que escuta es­ta frase:
“Você tem que vestir bran­co, e precisa de­sen­volver a sua mediuni­dade”.

Pronto!
Aí vem o medo e ao mesmo tempo a ansiedade, imagi­nando-se vestido de branco e já incorporando “seus guias”, ele julga que após poucas semanas já estará apto a “trabalhar” dando “consulta”… Será que é só colocar o médium “novo” no meio da gira e girar? Ou será que ele precisa primeiro de atenção, carinho, ajuda e esclareci­mento neste mo­mento único e delicado de transição dos seus valores reli­gio­sos, e principalmente de doutrina, acres­cido de tempo e humildade de ambos os lados, seja do dirigente para com o filho pequeno (que nasce para a espiritua­lidade) e precisa ser cuidado com amor. Ou por parte do filho que precisa de conhecimento e isto só é con­seguido através do estudo, movido pela paciên­cia, humildade e fé, pois só assim con­seguirá de fato ser um filho de fé da Umbanda Sagrada. Como as giras de desenvolvimento fazem parte deste processo mediúnico comentarei sobre os recursos rituais: atabaques, cantos, defumações, dan­ças, roupa branca, etc…

Defumações:
descarregam o cam­po mediúnico e sutilizam suas vibra­ções, tornando-o receptivo às energias de ordem positiva. Ela é essencial para qualquer tra­ba­lho num terreiro, pois certas cargas se juntam (agregam) ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vi­bração pesada, rancores, preocupa­ções, pen­samentos negativos, etc, tu­do isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso campo eletromag­nético, bloqueando trans­missões energéticas. Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra o campo as­tral, mental e a aura, tornando-os no­va­mente “libertos” de tal peso para pro­duzirem seu funcionamento normal.

Palmas:
Se cadenciadas e ritma­das, criam um amplo campo sonoro cujas vibrações agudas alcançam o centro da percepção localizada no mental dos médiuns. Com isso, os predispõem a vi­brarem orde­nadamente, facilitando o tra­balho de reajus­tamento de seus pa­drões magnéticos.

Cantos:
a Umbanda recorre aos can­­tos ritmados que atuam sobre al­guns ple­xos, que reagem aumen­tando a velo­cidade de seus giros. Com isso, cap­tam muito mais energias etéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a incorporação. Os pontos can­tados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai a um ter­reiro de Um­ban­da pela pri­mei­ra vez. Os pontos canta­dos são, den­tro dos ri­­tuais, um dos aspec­tos mais im­por­tantes para se efetuar uma boa gira. São louvações e orações canta­das, para chegada dos Orixás e guias, tam­bém para descarga e limpeza fluí­dica, bem como para a subida dos Orixás e guias. Um verdadeiro ponto cantado nos atin­ge lá den­tro do coração e da emo­ção, nos trazendo paz, fé, pela pureza e firmeza desses pontos maravilhosos.

Atabaque:
As vibrações sonoras têm o poder de adormecer o emocional, estimulando a sensibilidade, modifi­can­do as irradiações energéticas, atuando sobre o padrão vibratório do médium, após esta mudança o mentor aproveita esta facilidade e adentra no campo ele­tromagnético, igualando-se ao padrão e fixando-o no mental de seu médium, direcionadamente. Em pouco tempo o médium, entra em sintonia magnética para a incor­poração. Existem vários tipos de toques: • suaves e cadenciados (renovação afetiva e amorosa); • vibrantes (descarrega); • sons alegres (predispostos ao bom humor) .

Danças:
A Umbanda recorrem às “danças ri­tuais” pois, durante seu transcorrer, os médiuns se desligam de tudo e se concentram intensamente numa ação onde o movimento cadenciado facilita seu en­volvimento mediúnico. Nas “giras” (danças rituais), as vibrações médium-mentor se ligam de tal forma, que o espírito do médium fica adormecido, já que é paralisado momentanea­mente. No princípio, o médium sente ton­turas ou enjôos, mas estas reações cessam se a entrega for total e não houver tentativa de comandar os movi­mentos, já que seu mentor quem o comandará. Nada é por acaso. Se o ritual de Umbanda optou pelo uso de atabaques, cantos e danças ritual, há todo um comando pelos senhores do alto dando amparo e sustentação.

Roupa Branca:
O branco é a cor de Oxalá, que é o regente da Fé, da religiosidade dos seres da pureza, da humildade, da benevolência, da paciência da fraternidade da união e da caridade… O simbolismo da veste branca é bem visível, além de permitir uma uniformidade na apresentação do corpo mediúnico. Mas, se alguém se veste de branco e assume o grau de médium, dele também se exige que purifique seu íntimo, reformule seus conceitos a respeito da religiosidade e porte-se de acordo com o que dele esperam os Orixás Sagrados, pois estes que o ampararão daí em diante. O fato é que a Umbanda como uma religião possui seus próprios rituais ,suas próprias característica, e suas práticas.

Desenvolver a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitado para recebê-lo, mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o dom com o qual foi ungido.

Saravá Umbanda!

MÔNICA BEREZUTCHI

OS TRES PILARES DO MÉDIUM

Nem sempre o médium sabe quais caminhos á seguir, conduzindo-se nas veredas do trabalho de comunicação entre os planos material e espiritual, de maneira superficial, deixando-se levar pela supoerfinalidade que a vida material acostumou.

Desta forma vale ressaltar que o médium não o é somente apenas enquanto cumpre suas funções de intermediário entre os planos físico e espiritual, ele é médium ( mediador) 24hs de todos os dias de sua existência carnal, pois ser médiumé viver um estado de espírito e este o acompanha em todos os momentos, em todas experiências. Médium é constantemente acompanhado pelo mundo espiritual e atitudes inadequadas por parte do médium podem prejudicá-lo direta ou indiretamente, seja por obssessões, perda temporária ou definitiva de suas faculdades mediúnicas, etc.

Cabe ao médium a obrigação de melhora interna, não para simplesmente ser um bom aparelho receptor e transmissor de comunicações espirituais, mas para que ele quite-se perante sua própria consciência e assim livrar-se de amarras cármicas. porém o caminho da reforma íntima é longo e trabalhoso.

o médium deve ter em mente isso.
Não há fórmulas e regras para a obtenção deste êxito, mas, junto á força de vontade própria, o médium tem um pequeno roteiro, simples, mas por vezes difícil de se acompanhar.

EVANGELIZAÇÃO:
Significa mudarmos internamente, seguindo como exemplo os ensinamentos de Jesus Cristo. Devemos a cada ação, colocar em prática, ou seja, viver realmente, o amar o próximo como a si mesmo, praticando a caridade em múltiplas formas, sem todavia esperar algo em troca e praticá-la com o coração. Devemos nos policiar, conhecendo-nos profundamente, detectando nossas más tendências e lutando a todo instante contra elas. O egoísmo, a vaidade, a maledicência, a volúpia, o orgulho, a raiva, o ódio e outros baixos sentimentos devem ser tratados através de reforma íntima. Como fazer tudo isso? Bem, é muito difícil, mas os outros dois pilares darão sustentação para esse;

MEDIUNISMO:
Somente com a prática tormamo-nos aptos e especialistas nos exercícios mediúnicos, pois estee são ligados diretamente com nossos corpos físicos e astral. Com a prática constante, rotineira, persistente e racional, vamos conhecendo os meandros da espiritualidade. Tornamo-nos ótimos medianeiros sob o aspecto das comunicações, assim, vamos, a partir daí, recebendo lições, seja por desdobramentos naturais (sono) ou induzidos, seja por vidência/ clarividência, seja por intuições cada vez mais fortes. Vamos com isso ligando-nos fortemente ao mundo espiritual e os espíritos aproximar-se-ão mais intensamente, levando-mnos a mais aperfeiçoamento. Recebemos lições, puxões de orelhas, conselhos, aulas, etc...que nos auxiliará em nosso melhoramento moral...

CONHECIMENTO:
O estudo é uma exigência para quem sabe que é imperfeito em todos os aspectos. devemos conhecer para fazer melhor e corretamente. Só nos tornaremos bons medianeiros e nos envangelizares se estudarmos.
Estudar não é somente ler alguns livros, é ler de tudo, e reter somente aquilo que é proveitável. Estudar é também observar.
Ao observar nosso íntimo estaremos obtendo respostas para nossas próprias falhas, estudar aquilo que nos rodeia, vamos percebendo coisas sutis que antes nos passavam desapercebidos.
Estudar as pessoas, pois somente assim vamos dscobrindo que cada um é um universo em si e com isso, vamos entendendo as pessoas como elas são (empatia), compreendemo-nas e passamos a amá-las como a nós mesmos. Estudar a natureza e compreender seus fenõmenos físicos, energéticos e astrais.
E por fim, estudar os fenômenos mediúnicos práticos, pois é estar em campo e aprender sutilmente.
Tabem não podemos esquecer que o Verbo contém poderes construtivos ou destrutivos, e uma palavra mal dita pode causar estragos irreparáveis...

EMANUEL FALA SOBRE O CARNAVAL

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.

Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier
em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo,
Janeiro de 2001.

CADA UM COLHERÁ AQUILO QUE PLANTOU

Os pretos-velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram apender e encontrar uma fé.

Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados.
Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e o encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos e elevar o espírito para a luz divina.
Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do da causa e efeito.

Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente.
Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos.
Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo com encare seu distino e os acontecimentos de sua vida:

"Cada um colherá aquilo que plantou.

Se tu plantaste vento colherás tempestade.

Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento podeis tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciencia do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o cescimento e a felicidade do futuro.

Não sejais egoista, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás.

Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS"

(Pai Cipriano, incorporado no médium Etiene Sales, em setembro de 1997).

sábado, 21 de fevereiro de 2009

BEBER O MORTO

Expressão estranha para costume antigo

Antigamente, antes que as cidades crescessem tanto, que houvesse luz elétrica por toda parte, quando os defuntos eram velados em casa, na sala, caixão sobre a mesa de jantar, uma vela acesa em cada canto (não as luminárias em forma de vela de hoje em dia), pés voltados para a porta da rua, havia um costume que hoje só muito raramente encontramos e assim mesmo no interior, no sertão desse Brasil imenso:
- beber o morto.

Quanto maior fosse a posição social do finado, mais aparato teria que ter o seu velório. Assim, não havia mãos a medir para dar conta de salgadinhos, bolos, cafés e licores servidos a todos os que participavam da cerimônia.
Carpideiras eram contratadas para chorar copiosamente enquanto exaltavam as muitas qualidades do morto, mesmo que não fossem tantas assim. O ritual durava cerca de 24 horas.

Nas famílias um pouco menos abastadas serviam café, bolo e broa de milho.
Os licores eram substituídos pela pinga de alambique e cortavam-se as despesas com as carpideiras.
O pranteamento ficava mesmo por conta dos parentes e amigos.

Nas classes mais pobres, que em geral viviam nas periferias ou nos morros em habitações de pouco ou nenhum conforto, o velório era chamado de “gurufim” (expressão que não sei traduzir) e, além do café normalmente direcionado para as mulheres, servia-se alguma coisa de sal (de acordo com as possibilidades da família) e cachaça de litro.

Aqueles que adormeciam, vencidos pelo cansaço e pela cachaça, eram acordados pelos demais com o aviso:
“cuidado, fulano (diziam o nome do morto) vem te buscar”.

Os participantes do “gurufim” podiam não saber porque o faziam, mas, ao acordar quem adormecia, repetiam procedimentos de algumas culturas tradicionais africanas, onde não era permitido dormir durante os ritos funerais.

No interior era comum convidar as pessoas para “beber o morto”, ou seja, tomar uma bebida, geralmente pinga, em memória do falecido.

De comum aos quatro tipos de velório mencionados encontramos o hábito de serem servidas bebidas alcoólicas.
O que passava e provavelmente ainda passa despercebido é o fato de ser essa uma herança africana.

Entre alguns povos bantu, em sua cultura tradicional, quando morria alguém da comunidade, fazia parte dos ritos funerais a reunião das pessoas da aldeia, de parentes que morassem em outros lugares, amigos, etc em torno do defunto e ali fazerem uma refeição comunitária e tomarem marufo (espécie de vinho) .

O último grande rito de passagem é o funeral e quanto maior a importância do morto dentro do grupo, mais complexos e longos os ritos, estendendo-se por dias.
Neste período havia uma série de tabus a serem seguidos, dentre eles o de não pronunciar o nome do morto e não manter relações sexuais.
Estas só seriam permitidas quando terminassem todos os ritos funerais e após um banho lustral..

Como acreditavam que as almas dos mortos habitavam um mundo paralelo no interior da terra, eram colocadas oferendas de alimentos em volta das sepulturas vertidos nove goles de bebida no chão, para satisfazê-las.

É muito comum, em alguns pontos do Brasil, ver-se alguém jogar um pouco de bebida no chão, antes de ingeri-la.
Mesmo muitas vezes não sabendo o porque do gesto, a herança africana fala mais alto.

Ainda hoje, quando morre um membro de um grupo de culto afro-brasileiro, é comum após o enterro, as pessoas se juntarem em um bar para tomar um copo de cerveja, vertendo antes um gole no chão, para “lavar o pé”, ou seja, afastar a morte de seus caminhos “bebendo o morto”.

Vale lembrar também que, dependendo da graduação e importância do finado dentro do culto, os ritos funerais podem levar dias e não se pode deixar de oferecer a comida e a bebida.

É a África viva no Brasil.

Nádia Chaia (Sidewi)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CONDUTA ESPÍRITA DO MÉDIUM

Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada
transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e
importantes como as de qualquer outra pessoa.

O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.

No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a
subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões,
tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando
lealdade ao próprio dever.

Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.

Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica,
evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as
explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim
de que não se prive do ensinamento.

A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.

Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível,
respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer
gestos violentos.

O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz
portador.

Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele
fenômeno.

A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do
Espírito.

Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.

Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.

Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com
o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da
inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades
doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.

Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.

Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja.

No rastro do orgulho, segue a ruína.

Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência
de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável.

O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

.

CONDUTA ESPÍRITA
André Luiz - Chico Xavier

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

OS CIGANOS EXISTEM NÃO SÓ COMO ESPIRITOS


SOU CIGANA e estou viva!

Afirmo isso porque, infelizmente o único lugar onde meu povo se vê respeitado são nas casas de umbanda.

Nestes locais somos considerados santos, e nossa cultura é vista com bons olhos, quem sabe, pelos trajes coloridos e pela alegria que demonstramos. Alegria essa que talvez seja apenas uma forma de retribuição devido à maneira com que somos recebidos.

Mas fora dali,… o preconceito nos acompanha por todos os lugares pelos quais passamos.

Somos um povo participativo, mas nossa presença na história deste país foi apagada, ignorada pela sociedade e pelas autoridades.

Hoje somos cerca de 800 mil nômades, vivendo como clandestinos dentro do nosso próprio país.

Meus antepassados chegaram aos portos brasileiros logo após o seu descobrimento e, juntamente com os negros e índios participaram na construção desta nação. Porém a nossa presença foi marginalizada e cercada de lendas que envergonharam nossa raça.

A falta de informação sobre quem somos, e como encaramos nosso modo de viver, transformou-nos em criaturas do sub-mundo, alvo fácil até mesmo para literatos com o quilate de Guimarães Rosa, que no seu livro Sertão Veredas classificou-nos como assaltantes e prostitutas.

Mas somos um povo forte, e feliz. Suportamos as grandes mudanças, passamos com elas e por elas. O mundo antigo nos esmagou, e o moderno nos desqualificou.

Fomos um povo perseguido por grandes reis. Sofremos com a Inquisição, e sobrevivemos ao Holocausto.

Nem mesmo Hitler, a “besta do Apocalipse” nos dizimou por completo. Mas nós sabemos o porquê.

Estamos vivos e ativos… Existimos!

Hoje lutamos por nossos direitos e não exigimos nada que seja impossível, apenas queremos não ser mais ignorados pelo governo e reivindicamos em uma só voz que seja “ Cumprida a Constituição”.

“A forma mais eficiente de baixar a auto-estima de um povo é negar sua cultura”, disse Giovanovitch.

Autora: Mahra

ENVIADO PELA AUTORA AO PORTAL POVO DE ARUANDA.COM.BR

DOUTRINA DE DEMANDA

Temos na Umbanda uma “Doutrina de Demanda”, ou seja, qualquer problema que a pessoa esteja passando é visto como sendo uma demanda e muitas vezes é esquecida a responsabilidade da pessoa envolvida.

Vejamos:

No Kardecismo tudo é encarado como um carma, (do sânscrito, ação), ou seja , resultado de nossas ações passadas, as vezes mal entendidos, como se fosse uma conta bancária que temos que saldar, e de qualquer forma a pessoa entende a sua responsabilidade.

No Budismo todo sofrimento é visto como uma ilusão decorrente do apego à matéria onde se entende que a pessoa tem a responsabilidade de se desapegar da matéria para livrar-se do sofrimento.

No Judaísmo, o ser reconhece os seus pecados e muitas vezes usa um “Bode Expiatório” para livrar-se dos erros por ele cometido, o “Bode” simboliza o sacrifício e mais do que isso, o auto-sacrificio para alcançar a absolvição.

No Catolicismo nascemos predestinados e podemos melhorar nossa situação, reconhecendo os nossos pecados, “Somos Todos Pecadores”, pedindo perdão e rezando para obter a absolvição e no catolicismo não há sacrifício animal, pois Jesus o “Ultimo Cordeiro”, dando seu “Sangue Por Nós” tendo assim o dom do perdão.

No Taoísmo o Tão é o Tudo, é o equilíbrio. O sofrimento vem quando a pessoa luta contra a sua natureza, quando age de forma antinatural, quando deixa de seguir o rumo do rio e a responsabilidade é assumida por reconhecer que está vivendo sem equilíbrio, a busca pelo “caminho Novo”, é algo que deve ser alcançado pelo ser.

Na Umbanda vivemos a “Doutrina da Demanda” que muito nos tem prejudicado, pois as pessoas tem esquecido as suas responsabilidades.

Se analisarmos a maioria das demandas são feitas por nós mesmos com nossos comportamentos desregrados.

Na “Doutrina da Demanda”, quando um filho de Fé não consegue resolver seus problemas, ele põe a culpa na Religião e se afasta dela, como se a Religião fosse uma fabrica de milagres ou como se os Guias fossem “Deus” que tudo podem.

Vamos assumir a responsabilidade por nossa situação e lembrar que o melhor que a Religião nos oferece não são milagres de solução material, mas de “Reforma Intima”.

Dêem um basta á “Doutrina da Demanda”, expliquem aos médiuns e consulentes que podemos sim, limpa-los, desobsediá-los, quebrar demandas e encaminhar espíritos, mas o grande responsável pelas “Portas Negativas” que se abrem é a própria pessoa que uma vez limpa, deve dar início a reforma interior.

O mundo exterior de cada um é apenas um reflexo do seu mundo interior, não existem grandes mudanças no exterior, na matéria, sem a mudança interior espiritual.

Se vale a pena citar um exemplo, me lembro de um senhor que ao ver inúmeras amarras negativas e trabalhos serem desfeitos queria ele o nome da pessoa que tinha feito aquilo para o seu mal, e após insistir em saber quem tinha lhe feito mal, o Caboclo que estava atendendo solicitou ao Cambone que fosse buscar um espelho para que aquele senhor pudesse ver quem realmente o prejudicava...